DÁ-ME DE BEBER...
Dá-me de beber em tuas mãos
uma nesga do céu
sem coares as nuvens que passam.
Morde (se quiseres)
a romã entre a rosa e o amanhã.
Prisioneira de um mito
liberta-me (se quiseres)
na próxima primavera:
puxa-me as verdes tranças
arrebata-me do trono e de seu rei obscuro.
Leva-me (se quiseres) em teus braços
para onde fores e seremos primavera.
As primícias serão tuas:
as mais belas campânulas
tilintando ouro ao sol
prata sob a lua.
O que dizer do que seremos
se mudamos a cada gesto?
Dança pura.
Dá-me de beber em tuas mãos
uma nesga de céu
sem coares as nuvens que passam.
Dora Ferreira da Silva
In: Cartografia do Imaginário. São Paulo, T. A. Queiroz, 2003
Dá-me de beber em tuas mãos
uma nesga do céu
sem coares as nuvens que passam.
Morde (se quiseres)
a romã entre a rosa e o amanhã.
Prisioneira de um mito
liberta-me (se quiseres)
na próxima primavera:
puxa-me as verdes tranças
arrebata-me do trono e de seu rei obscuro.
Leva-me (se quiseres) em teus braços
para onde fores e seremos primavera.
As primícias serão tuas:
as mais belas campânulas
tilintando ouro ao sol
prata sob a lua.
O que dizer do que seremos
se mudamos a cada gesto?
Dança pura.
Dá-me de beber em tuas mãos
uma nesga de céu
sem coares as nuvens que passam.
Dora Ferreira da Silva
In: Cartografia do Imaginário. São Paulo, T. A. Queiroz, 2003
e o que dizer do que seremos se aqui não lermos?
ResponderEliminarboa noite, graça. um beijo*
Dá-me de beber em tuas mãos
ResponderEliminar-----------------
Fazer concha com a mão, e beber. Necessidade a quanto obrigas. Lá diz o ditado; 'Nunca digas, desta água não beberei'.
fica bem.
Felicidades.
Manuel
Simpática Amiga:
ResponderEliminarUm versejar lindo. Surpreende pela entrega. Pela busca de alguém que lhe é precioso.
As palavras sinceras arrebatam pela veracidade e autenticidade do sentimento puro. Terno. Admirável.
Enfim, conquista e encanta.
Parabéns sinceros.
A comunicação poética é perfeita e expressa em linhas escritas de ouro.
Com amizade e estima.
O sempre presente aqui
pena
Olá
ResponderEliminarNão conhecia o teu blogue, vim só dar uma espreitadela...
Venho beber a nata desse leite.
ResponderEliminarNão devo coar o que alimenta.
Permito-me a poesia.
Abraços,
JEN
Gracinha, que beleza de Poema Amiga, que beleza!Obrigada por me (nos) dares a conhecer o Poema e a Autora; desconhecia ambos.
ResponderEliminarMuitos parabéns e beijos da
Maria Mamede
Um bonito poema!...
ResponderEliminarAbraços!
Ainda encalhada no regresso foi bom voltar aqui e ler este poema e especialmente os dois anteriores. Um beijo.
ResponderEliminarBeber a vida, sempre!
ResponderEliminarAbraço-te.
(se quiseres) podes beber, morder e provar de todo o ser que és saciando todas as vontades que desejas...
ResponderEliminarMuito giro o texto ;) aprecio bastante ler-te!
Bjo :)
Um bonito poema. Gostei imenso. E fala em romãs...beijos.
ResponderEliminarUm belíssimo poema.
ResponderEliminarGostei muito.
Beijinhos
'Em seara alheia' é possível também matar um pouco da sede da alma.
ResponderEliminarGrande abraço.
gostei do poema. musical...
ResponderEliminarUm poema lindíssimo, cheio de metáforas que dariam uma bela pintura.
ResponderEliminarBom fim de semana!
Beijinhosssss
muito bonito e encantatório.
ResponderEliminarOlá gostei muito de aqui vir.
ResponderEliminarLinda poesia