27.4.08

Lembras-te?

Ruth Burke

Se eu viesse do mar, falaria do vento,
do sol inclinado para o sul,
ou da sombra azulada das gaivotas.
E diria: o teu corpo é um mastro
afundado em minhas águas.
Mas, retenho nas palavras
o lugar da vertigem.
E recordo. E recordando digo:
Foi no princípio do mundo.
De seda se vestiam minhas ancas
De aconchego se tomavam nossas mãos.
Lembras-te?


Graça Pires
De Afectos: amor, 2008

25 comentários:

  1. e aqui e magnifica srenidade....


    que bom.
    beijo.A.

    ResponderEliminar
  2. Um poema para ler e reler. O tema que mais aprecio. Essa vastidão de azul é uma paixão.

    Lindíssimo.

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  3. como era bonito o principio do mundo...

    abraço Graça

    ResponderEliminar
  4. Memórias inesgotáveis

    nos remos dos barcos

    que rumam

    ResponderEliminar
  5. Do principio do mundo vem a pureza da tua poesia, Graça!
    Semana feliz .

    ResponderEliminar
  6. Anónimo2:21 p.m.

    e como seria possível não lembrar? mais uma vez, graça, muito bonito. um grande beijinho para si.

    ResponderEliminar
  7. Palavras, lugar de vertigem... e de horizontes encantados.

    Bjinhos

    ResponderEliminar
  8. no princípio do mundo o vento anda à solta

    ResponderEliminar
  9. eu lembro-me sempre.

    tem um livrinho guardado para si. só falta a morada. pode mandar-me por mail. ou esperar pelo lançamento em lisboa. depois, eu digo-lhe quanto é.

    um abraço
    jorge vicente

    ResponderEliminar
  10. Gosto dos corpos que, como mastros, nos seguram às águas e à vida,,,Belíssimo! 1 bj

    ResponderEliminar
  11. Adorei a serenidade do poema.
    Linda ilustração.

    bjs.

    JU Gioli

    ResponderEliminar
  12. quem poderá esquecer um poema assim? belo...

    ResponderEliminar
  13. Anónimo11:34 p.m.

    "De aconchego se tomavam nossas mãos"
    Recordação boa...
    Beijos

    Teresa P.

    ResponderEliminar
  14. É que no mar, Graça, as recordações mantêm-se à tona. Sempre. Mesmo que lhes atemos muitas pedras. Ele é azul. Como a visão do poeta.

    ResponderEliminar
  15. e tu dizias
    sim, lembro-me.
    e eu sabia
    que tu provavas
    minha côr de sul e mar.



    ..



    lindíssimo, graça.

    comme d'habitude.



    x

    ResponderEliminar
  16. Lembro!
    Gostei das palavras. Levo-as para degustar muito lentamente.
    bj
    Gui
    coisasdagaveta.blogs.sapo.pt

    ResponderEliminar
  17. (...)Se eu viesse do mar, falaria do vento,
    do sol inclinado para o sul,
    ou da sombra azulada das gaivotas(...)
    E eu falaria deste poema maravilhoso que escreveste, vestiria-te de algas e ofercer-te-ia a mais bela concha apanhada no mar.
    Jinhos

    ResponderEliminar
  18. Venho desejar-te um bom 1º de Maio, Gracinha.
    Fica bem!

    ResponderEliminar
  19. Um belo poema com sabores de iodo...

    abraços!

    ResponderEliminar
  20. Mais um poema carregado de sensualidade falando-nos do SOL e do VENTO, elementos fortes para descreverem recordações dum amor vivido e que se mantem quando diz: "o teu corpo é um mastro afundado em minhas águas".
    Um grande beijo e
    O resto duma óptima semana e
    Seja Feliz!

    ResponderEliminar
  21. bom MAIO....Graça.


    "amaiscendo"...:)

    ResponderEliminar
  22. Que este 1º de Maio seja celebrado com a força e a convicção de que queremo um Portugal mais justo, mais igualitário, mais incluso, mais livre.

    Um bom dia do Tabalhador!

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  23. Obrigada minhas Amigas e meus Amigos pelas palavras e pelo carinho. Um beijo

    ResponderEliminar
  24. do início do amor...

    beijos.

    ResponderEliminar
  25. ai, não me lembro, não... mas sou dada a amnésias temporárias...

    ResponderEliminar