1.5.08

Há noites



Há noites em que morremos de tristeza,
à espera que uma estrela nos rebente no olhar.
Depois, pela manhã, amontoam-se-nos, na boca,
gritos de combate, como se tivéssemos, no colo,
uma criança correndo perigo.


Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005

25 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  2. Depois, pela manhã,......
    -------------
    Depois há o acordar, e relembramos os momentos de tristeza. E a mesma se prolonga pelo dia, até que, o tempo a vai dissipando.
    Fica bem.
    Felicidades.
    Um beijinho.
    Manuel

    ResponderEliminar
  3. A urgência destas palavras. o limite. o apelo


    prendem-nos ...


    Bj* grata pela visita

    iv

    ResponderEliminar
  4. Simpática Amiga:
    Sabe, a noite quase sempre me acolhe no seu seio. Gosto dela.
    A estrela que é, não pode expressar tristeza pois cintila no seu olhar, doce e perfeito, o mundo inteiro fantástico.
    De manhã gosto de me levantar tarde.
    É ao alvorecer que o "combate" surge. Necessário. Próprio. A criança terna que mora em si é forte demais para permitir o perigo de terminarem com o sonho lindo da menina que é.
    Avanço, convicto, não corre perigo!
    Um belo poema, sensato, belo e puro.
    Gostei muito de ler. É de um talentoso sentir e de uma capacidade poética grandiosa.
    Parabéns sinceros.
    Beijinhos amigos

    pena

    ResponderEliminar
  5. Essas noites em que o desassossego nos "assalta" e, paulatinamente, os «suores frios» tomam conta de nos...
    Se não fosse o sonho a comandar a vida, nunca se vislumbrariam as estrelas...
    Beijo
    Paulo

    ResponderEliminar
  6. Belissimo este grito de combate. Belissimo.

    ResponderEliminar
  7. A poesia é um combate nocturno para morcegos de olhos claros.

    ResponderEliminar
  8. ... a noite e a madrugada podem ser a qualquer momento, o que interessa é que depois do desespero "rebentem" os ramos do recomeço...1 bl

    ResponderEliminar
  9. Belíssima a imagem final.

    ResponderEliminar
  10. dos sonhos, do reviver de outras idades...

    gostei muit deste poema. beijo.

    ResponderEliminar
  11. Quando dos dias se nos rebentam as cordas!

    Quanto à música na Cabotagem o CD de O Lusitano está à venda e francamente recomendo-o. Claro que ouvido em Azay-le-Rideau numa noite de final de Agosto é qq coisa que nos deixa um gosto a eterno.

    Qualquer dia hei-de postar uns poemas dessa viagem que publiquei no Brasil (!!!!!!!!!!!!!) num livro a que chamei Desfolhando Lugares.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  12. Olá

    Há noites assim, há dias assim. É a vida, nas suas intermitências.

    Bom fim de semana.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  13. Há noites assim.
    Mas também há as estrelas...
    Beijo

    Teresa P.

    ResponderEliminar
  14. "até na noite mais longa..."
    (desculpa a recorrência!)

    gostei de ler. como sempre.

    ResponderEliminar
  15. Nas noites em que morremos de tristeza, ansiamos por uma esperança de luz. Eis que surge, então, um brilho, que num instante inaugura a escuridão: o reflexo das nossas palavras.
    E, tenho certeza, de que as tuas possuem uma intensidade peculiar, especial, pela maneira como escreves.
    beijo no coração

    ResponderEliminar
  16. à noite
    sempre um poema onde colocamos
    nosso porvir.
    Tão plena de sonhos.

    Lindo o seu poema.

    bjs.

    JU Gioli

    ResponderEliminar
  17. Querida Amiga

    Morremos de tristeza noite e dia, à espera que um mundo seja um berço onde durmam crianças sem fome.

    Mas ELES comem tudo, comem sempre tudo. E ainda não há outro Zeca para o contar/cantar.

    O melhor do mundo para ti.

    ResponderEliminar
  18. Noites tão escuras que nos negam o sorriso das manhãs.

    Triste e belo.

    Beijinho.

    ResponderEliminar
  19. Um poema em dois tempos, mas todo atravessado por um alarme que de manhã se faz clamor, alarme. Gostei muito, Graça, em especial da comparação que fecha o poema - não há grito mais atávico! E a fotografia é lindíssima.
    Um beijo

    ResponderEliminar
  20. Olá, boa tarde!
    Gostei da combatividade do poema, que apesar de tudo é suave.
    Beijo

    Maria Mamede

    ResponderEliminar
  21. Gostei muito das vossas palavras. Obrigada minhas amigas e meus amigos. Um beijo.

    ResponderEliminar
  22. há noites que não trazem promessas de madrugadas e há manhãs que nascem escuras de desconfortos...

    ResponderEliminar
  23. olá Graça,
    Gostei muito deste, dos gritos que se amontoam na nossa boca.

    ResponderEliminar
  24. Adorei este poema
    sentei-me no colo das letras
    e fui embalado pelas tuas palavras
    é dia e sinto-me mais vivo
    porque aqui respiro poesia

    abraço poetisa

    beijos para a figueira da foz

    ResponderEliminar