Daniel Garber
Ninguém imagina
por quantos lugares
a noite me encontrou
em retirada.
Comecei a ler romances de cavalaria
para não temer o peso da saudade
que se me alojava na alma.
Prendi à cintura o cheiro
do feno e da alfazema
e deixei que as minhas ancas
tomassem a forma dos moinhos,
para que o vento se inquietasse
com a minha sombra.
Graça Pires
por quantos lugares
a noite me encontrou
em retirada.
Comecei a ler romances de cavalaria
para não temer o peso da saudade
que se me alojava na alma.
Prendi à cintura o cheiro
do feno e da alfazema
e deixei que as minhas ancas
tomassem a forma dos moinhos,
para que o vento se inquietasse
com a minha sombra.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
belas imagens, que redundam num poema de fantasias.
ResponderEliminarbeijo.
que bela dulcineia...
ResponderEliminarabraço Graça
Só se perde, verdadeiramente, quem se perde de si. Estou a (re)ler a tua poesia, devagar e repetidamente, para melhor te encontrar/entender.
ResponderEliminarNunca me desiludes. E os moinhos - todos eles, mesmo os imaginários - nunca são inúteis nem demais.
Um beijo
É um poema muito lindo dos ventos e dos risos de fantasia que giram em torno dos moinhos e que habitam na noite dos seus sonhos e fazem durante o dia despertar tantas madrugadas...
ResponderEliminardelicioso o poema e ternurenta a imagem.
Beijinho
quase um poema, quase um monólogo...
ResponderEliminarbeij
Simpática Amiga:
ResponderEliminarUm terno e lindo poema bem ao seu estilo muito sensível e doce.
Lida com as palavras com um à vontade admirável.
A noite. Os romances. A saudade imensa.
Tudo se conjuga harmoniosamente neste genial e sublime poema de enternecer.
Adorei, com sinceridade.
O seu Ser é puro e magnífico e expressa doçura e encanto em lindos e criativos poemas que sente profundamente.
Beijinhos de admiração e pasmo pela beleza do que carinhosamente concebe.
Sempre a estimá-la
pena
foste encontrada pela noite no relento
ResponderEliminarsem que tenha partido em teu alcance
menina em alvoroço na idade do romance
querendo ver levada pelo vento
gostei muito das tuas palavras, graça
um abraço
Uma aventura, num poema envolto em mistério, mas que termina serenamente lendo "romances de cavalaria", junto a um recanto magnífico, o local ideal para ler e sonhar...junto de uma janela...de sonho!
ResponderEliminarBj.
Querida Graça, esse poema é, como todos os seus outros, belíssimo. Beijão do seu fã.
ResponderEliminar" deixei que as minhas ancas
ResponderEliminartomassem a forma dos moinhos,
para que o vento se inquietasse
com a minha sombra"
.
re.maravilha!!!!
G R A Ç A....
tenho estado a imaginar o vento sobre o moinho, o movimento deste enquanto as suas mãos escrevem :) o poema resulta de uma dança como essa! um grande beijinho, graça*
ResponderEliminar"deixei que as minhas ancas tomassem a forma de moinhos..."
ResponderEliminarSimplesmente maravilhosa esta Dulcineia!
Beijo
moinhos que moem muito bem. o trigo da palavra poética. perfumada.como o feno outonal...
ResponderEliminarsaborosos tais moinhos. de inquietas sombras. ávidas de sol...
Quer espreitar o projecto do meu novo "profile"?
ResponderEliminarMuito obrigada.
e reinventei-me.
ResponderEliminarna voz do vento.
à sombra.
de moinhos. na anca do sonho.
vergo-me.
maré
É muito belo este teu poema!! Adorei. Beijinhos.
ResponderEliminarOs livros aliviam-nos sempre o peso
ResponderEliminarda saudade, sobretudo os livros de rara beleza, como este...
1 bj.
Graça, as imagens que crias me provoca saudades de algo que ainda não encontrei decerto. Difícil explicar.
ResponderEliminarbeijo no coração
Passei para ler o poema e deixar um beijinho.
ResponderEliminarMuito belo e divino esse poema.
ResponderEliminarParabéns.
Voltarei mais vezes.
beijos da amiga
Regina Coeli.
Te aguardo no meu cantinho.
Simplesmente
ResponderEliminarBelo
Ninguém imagina em quantos lugares Quixote te avistou...
ResponderEliminarO meu grande apreço, Graça.
tempestades nocturnas...
ResponderEliminarHoje o Sol pintou de luz o verde
ResponderEliminarAs hortênsias são nuvens na terra
Plantadas por um deus romântico
No sortilégio que esta ilha encerra
Um sol de vida
Um mágico beijo
Belo poema, Graça.
ResponderEliminarEncontrei seu blog por um comentário da Soledade Santos.
Foi muito bom tê-lo encontrado.
Beijinhos.
Querida Poeta Graça
ResponderEliminartentei imaginar noites de saudade, sentir o cheiro a alfazema, a sombra, o bater das pás de um moinho longínquo
mas só a consegui senti-la a si dentro do poema ...
magníficos versos que inquietam até a sombra...
tão profundo entre imagens
um abraço terno e o encanto delicioso de a ler
beijinhos
Eu estou nesse grupo, daquelesque não imaginam.
ResponderEliminarMas integro ambem o outro, daqueles que gostaram imenso ter lido este poema.
Imagem perfeita para uma Menina-Mulher que sonha...
ResponderEliminar"...Comecei a ler romances de cavalaria
para não temer o peso da saudade
que se me alojava na alma."
E a "minha" Dulcineia acompanha-me nas palavras que adoro ler...
Grata por a partilhar, comigo e com tantos, que também a admiram.
Um abraço carinhoso ;))