Sem hora marcada,
os navios passam ao largo das ondas.
Nenhum mar existe sem a silhueta dos mastros,
para chorar os peixes verdes em extinção.
De tão ausentes, as naus esqueceram
o orgasmo das marés
e permanecem, exaustas,
na memória das conchas.
Graça Pires
De Ortografia do olhar, 1996
Linda Amiga:
ResponderEliminarUma bela e terna dedicatória ao mar. Fala docemente com ele.
Sim! Há que chorar os peixes verdes em extinção.
Restam as belas naus de si e a linda memória das conchas inertes na praia deserta.
Admirável. Terno. Encantador.
Um poema admirável.
Existe em si um perfeito fluir terno de palavras expressas deliciosas e puras.
Os meus sinceros Parabéns.
Gostei muito.
Beijinhos amigos de profunda estima e respeito
pena
O mar tem destas coisas
ResponderEliminartransporta os barcos
permite os peixes
de todas as cores
até um dia
acordar
Um dos primeiros fascínios do mar que me foi ensinado consistiu no encostar ao ouvido um búzio e ouvir a ressonância do mar.
ResponderEliminarAchei extraordinário!
O teu poema está dmirável.
Longe do mar nos Alpes mas sp com ele no coracao. 1 abraco.
ResponderEliminarmemórias essas nunca atraiçoadas por quem assim sabe escrevê-las, querida graça. um grande beijinho.
ResponderEliminarSempre o mar, fonte de inspiração de poetas!E as naus, figura simbólica dos nossos desejos de conquista e expansão, estão na memória das conchas, -diz a poetisa- mas, creio que, dentro de todos nós, existirá sempre, o desejo de conquistar e não permanecer nas conchas já mortas.
ResponderEliminarCada palavra do seu poema convida à reflexão.
Um abraço.
Memórias de sal. Belo.
ResponderEliminarum abraço
Um poema muito belo, Graça! Beijos.
ResponderEliminarUma vez mais o mar, e o poema é belo, como sempre.
ResponderEliminarBeijo.
É triste quando os navios passam ao largo das ondas... deve ser por isso que elas, depois, vêm morrer no areal...1 bj., Graça!
ResponderEliminarexiste mar sem a silhueta dos mastros...
ResponderEliminarmas é um mar vago, que se confunde com o deserto...
abraço Graça
Um belíssimo poema para uma não menos bela imagem, que nos alimenta a alma e que vemos, dia a dia, esfumar-se em cada maré negra, pela ousadia de quem não sente a agonia dos peixes verdes...
ResponderEliminarUm momento cheio de significado...
Um abraço carinhoso ;)
a imagem feita poema.
ResponderEliminaro poema feito a imagem da ternura e da rebeldia do mar.
Sublime!
beij
permanecem na memória. muito belo.
ResponderEliminarAmiga:
ResponderEliminarLi este poema ainda sem quaisquer comentários e pensava ter deixado um. Afinal, li-o, adorei, é lindíssimo, saboreei o tema, a minha paixão, e saí.
Desculpa!
Mil beijinhos
exauridos os mares. resta o murmúrio das conchas...
ResponderEliminarbelo. o teu poema...
uma maré uma memória...
ResponderEliminarpor isso as conchas são tantas sobre a areia
e pelos seus poros entra o lamento do mar
aquele que ouvimos nos búzios
um chorinho sincero de quem se perdeu
como uma criança cansada a entrar no sono
um abraço
luísa
lindo poema!
ResponderEliminar... e da areia cheia de sede.
ResponderEliminarmaravilhosa memória que vive na extenção dos dedos.
maré
bonito, Graça!
ResponderEliminarbom lembrar as espécies em extinção.
um beijo.
Linda imagem, Graça, que criaste neste poema. Não canso de me surpreender com as tuas palavras.
ResponderEliminarbeijo no coração