Franz von Suppe:
Poeta e Camponês
A jovem camponesa que faz versos.
Não os passa ao papel porque não sabe escrever,
mas diz que os preserva em cada árvore que vê,
e na chuva que cai,
e no sol que se põe.
Uma pequena erva pode ser um poema,
ou a água que corre no leito de um ribeiro
onde uma luz se esconde ou uma sombra vibra.
Como cuidar da imperfeição
senão sofrendo pelo que é perfeito?
Às vezes – diz ela -, passa-me pela cabeça
uma onda de música que não tem lugar
e eu sei pertencer a um mistério sem nome
que dói no coração muito devagar.
Amadeu Baptista
In: O bosque cintilante, Maia: Cosmorama, 2008
Poeta e Camponês
A jovem camponesa que faz versos.
Não os passa ao papel porque não sabe escrever,
mas diz que os preserva em cada árvore que vê,
e na chuva que cai,
e no sol que se põe.
Uma pequena erva pode ser um poema,
ou a água que corre no leito de um ribeiro
onde uma luz se esconde ou uma sombra vibra.
Como cuidar da imperfeição
senão sofrendo pelo que é perfeito?
Às vezes – diz ela -, passa-me pela cabeça
uma onda de música que não tem lugar
e eu sei pertencer a um mistério sem nome
que dói no coração muito devagar.
Amadeu Baptista
In: O bosque cintilante, Maia: Cosmorama, 2008
Tão bonito!! Obrigada pelas tuas palavras no meu romãs. Mas eu estou em várias frentes...muitos beijos.
ResponderEliminarOlá
ResponderEliminarObrigada pela visita e pelo teu comentário. Gosto muito do teu espaço também, quer quando lavras em seara alheia, quer quando lavras na tua.
Beijinhos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGostei imenso, imenso, do poema.
ResponderEliminarSerá que este Amadeu Baptista é aquele que conheço desde o Liceu?...
Feliz semana, Graça!
Antes de a poesia ser transcrita para o papel ela perteceu primeiro ao olhar e quando não o é por alguma razão, vai ficar guardada
ResponderEliminarna efemeridade do momento, mas dentro do coração.
beijos de além-mar
Duma maneira geral gosto muito da poesia de Amadeu Baptista; este, que não conhecia, é duma pura simplicidade poética, a mais bela e os seus 4 versos finais são doridamente sublimes.
ResponderEliminarBelissimo poema!...
ResponderEliminarabraços!
Olá Graça
ResponderEliminarBelíssimo poema.
Bj
Tudo é poesia quando se tem alma de poeta...
ResponderEliminarLindo!
Beijo.
A poesia sente-se no rio que corre, no vento que sopra, na onda que rebenta na praia, no verde do campo, nas flores que o pintam...
ResponderEliminarBelíssimo poema!
Beijinhos
Bem hajas!
Belíssimo poema, como os seus!!!
ResponderEliminarA poesia está mais no sentir que nas letras. Podemos, sem saber escrever ou mesmo sem escrever tão bem, ser poetas no sentir e no pensar.
Aceites um bj em seu belíssimo coração (que sente tão bem quão bem escreves) desta tua humilde admiradora brasileira.
Bárbara Carvalho.
http://cinzasdecarvalho.zip.net.
Linda Amiga:
ResponderEliminarUm belo poema em tom campestre.
As palavras parecem bailar ao ritmo da natureza.
MUITO LINDO!
Fascina quando diz, admiravelmente:
"...A jovem camponesa que faz versos.
Não os passa ao papel porque não sabe escrever,
mas diz que os preserva em cada árvore que vê,
e na chuva que cai,
e no sol que se põe..."
Excelente momento de poesia.
Bj amigos de grande estima e respeito.
Sempre a lê-la com delícia
pena
Querida G.
ResponderEliminaré um renascimento a fingir....
:(
________________mas foi tão bom vê-la....:)
em piano nunca alheio....e nesta sera especial....
abraço.
imf
A poesia não precisa realmente de ser escrita!
ResponderEliminarMuito obrigada pelas visitas e sobretudo pela paciência...
Um abraço
Ai quem me dera agitar o tempo
ResponderEliminarAtirar a mágoa à voragem da noite
Arrancar as raízes ao pensamento
Sentir a paz que uma lagoa acolhe
Boa férias
Mágico beijo
A Poesia de Amadeu Baptista que me diz também tanto.
ResponderEliminarEspero que não se importe que tenha postado o seu poema (que me dedicou pelos meus anos) e que o dedique a um "velho" Amigo meu.
Um abraço carinhoso e grata pela partilha ;)
Graça,
ResponderEliminarontem deixei aqui um comentário
que desapareceu... mistério?! Eu
dizia lá: que era interessante a coincidência, pois tinha acabado de
comprar este livro do Amadeu Baptista. E terminava dizendo que
havias feito uma boa escolha. Sucede que o comentário desapareceu
E encontrei uma alusão ao "teu seara alheia" num blogue (pouco
claro) chamado "Revista". Podes
entrar no dito pelo meu blogue pois eu tenho um link. Eu estou-me
completamente borrifando para qualquer tipo de brincadeira... e se alguém quiser saber algo sobre mim (ou nós?) pouparia tempo per-
guntando directamente. O blogue "Revista" só tem dois links: nós!
Fala da Susana Ventura (?), do
budismo (?)... É de uma Maria da Graça que "trabalha em jóias"...
Vai ver! Será que sabes de quem é?
Assina: Hércule Poirot
P.S. se precisares de um relatório
clínico em como não sofro de comportamentos maníacos ligados a
"manias da perseguição" também posso arranjer (eheheheh!)
Belo poeta. E agora... ARTE DO REGRESSO.
ResponderEliminarBeijnho, Graça.
A observación primeiro e a elaboración despois conleva certa espera tanto na propia seara como na allea...
ResponderEliminarApertas muitas.
:)
Olá, amiga!
ResponderEliminarPassei para ler as novidades e deixar beijoca.
Assim se faz poesia com os olhos puros de uma camponesa
ResponderEliminarbeijos
Lindo este poema.
ResponderEliminarCompletamente para reflectir...
Agradeço ter dado a conhecer este autor!
No entanto, fico na expectativa de mais um poema sobre "Dulcinea"!
PS. Bem-haja pela visita ao meu cantinho. Retribuo o beijo.
Gosto da simplicidade na poesia.
ResponderEliminarPor isso, adorei.
Eduardo