Se viesse do mar o silêncio
transparente desta mágoa,
eu podia desenhar
um barco para fugir,
ou esperar que a maré
levasse a água
que outras sedes me trouxeram.
Graça Pires
transparente desta mágoa,
eu podia desenhar
um barco para fugir,
ou esperar que a maré
levasse a água
que outras sedes me trouxeram.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
que outras sedes me trouxeram.
ResponderEliminar-------------
Por vezes a sede está connosco. Noutros momentos não temos 'sede' de nada. É aí que impera o silêncio, a solidão.
Fica bem.
E a felicidade por aí.
Manuel
Mastigando a infinita sede.
ResponderEliminar...o silêncio
ResponderEliminartransparente desta mágoa...
Beijo,
mariah
A sede insaciável do Poeta.
ResponderEliminarLindo.
Prezada poeta Graça Pires, depois de muito ter reflectido nos comentá
ResponderEliminarrios anónimos do maluco (ou será da maluca?) , que disse mal da sua poesia, decidi corrigir-lhe este poema tornando-o SEMANTICA
MENTE mais rico (lá me esqueci do
raio do acento circunflexo!), assim, e peço-lhe que me desculpe,
tirei as referências ao mar, ao silêncio, à mágoa, etc., pois, segundo a pessoa em questão, isso
empobrece um poema, portanto, e de acordo com essa teórica, o seu poema sairia enriquecido se ficasse, por
exemplo, assim:
"Se viesse do meltenério o estrema
controlécito desta induração,
eu poderia concatenar
uma barcagem para esbagoar
ou esborcinar a maré, etc., etc."
Veja, cara poeta, como o poema ficou logo semanticamente (quem me
teria roubado a tecla do acento
circunflexo?) mais rico. Isto sim
é que é poesia! Depois poderia aindar temperar com um ou outro palavrão... Formalmente, e como a/o maluca/o sustentaria, a minha cara poderia também trocar as minúsculas pelas maiúsculas, as vírgulas pelos pontos, etc.
Isso sim, é que era um poema formal
mente rico... Olhe, e porque não um
poema com as letras de pernas para
o ar? Isso é que era enriquecimento
formal...Eu vou assinar este comen-
tário, para que me possa responder...
(eheheheh!)
G.
ResponderEliminarque belo!
______________que prazer!
obrigada.
beijos.
É lindo.
ResponderEliminarVou passar por aqui mais vezes.
Eduardo
O mar vem sempre e traz o silêncio, o barco, a vida...
ResponderEliminarBeijinhos
Fermoso texto.
ResponderEliminar"Se viesse do mar o silêncio"
ResponderEliminaras ondas seriam segredos
os corais, seus desejos...
e o desafio de inventar um mundo
perto do jeito que preciso
como um paraiso
cria o sonho de ser mais alguém
um dia mudo, uma musica no mute
que acorda a inocência
desta vontade de me molhar
"que outras sedes me trouxeram."
mas só uma veio pra ficar...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarDe fato, há mágoas que, de tão fortes, nos calam, deixam-nos perplexos. O silêncio, de etéreo que é, contundente na alma a ponto de servir qualquer embarcação imaginária, insegura, traçada a lápis, para a fuga.
ResponderEliminarPara a fuga do barulho imenso que faz o silêncio dentro de cada qual, porque cada qual tem suas mágoas e os seus silêncios conseqüentes.
Que a maré carregue as águas (turvas ou claras) que outros rompantes meus me-as fizeram beber.
Fuga do silêncio que causa a mágoa...
Fuga ou o olvidar do que se bebe quando a garganta seca e só se bebe quando ela está árida...
Perdoe-me o devaneio. Mas que a sua poesia (de tão rara) me precipita o pensamento.
Cá virei mais vezes colher da sua estética, da sua arte.
E não me furtarei, com o perdão da ousadia, de comentar que o Sr. Victor aí logo abaixo é nada menos apaixonante.
Quem sabe (nem sei do que comentam em verdade) com as pernas para o ar o poema fique formalmente mais rico (rsrsrs). Que espirituoso esse sr. Que brilho ele tem!
Abraço e fique com Deus.
Uma sua admiradora brasileira,
Bárbara Carvalho.
De fato, há mágoas que, de tão fortes, nos calam, deixam-nos perplexos. O silêncio, de etéreo que é, contundente na alma a ponto de servir qualquer embarcação imaginária, insegura, traçada a lápis, para a fuga.
ResponderEliminarPara a fuga do barulho imenso que faz o silêncio dentro de cada qual, porque cada qual tem suas mágoas e os seus silêncios conseqüentes.
Que a maré carregue as águas (turvas ou claras) que outros rompantes meus me-as fizeram beber.
Fuga do silêncio que causa a mágoa...
Fuga ou o olvidar do que se bebe quando a garganta seca e só se bebe quando ela está árida...
Perdoe-me o devaneio. Mas que a sua poesia (de tão rara) me precipita o pensamento.
Cá virei mais vezes colher da sua estética, da sua arte.
E não me furtarei, com o perdão da ousadia, de comentar que o Sr. Victor aí logo abaixo é nada menos apaixonante.
Quem sabe (nem sei do que comentam em verdade) com as pernas para o ar o poema fique formalmente mais rico (rsrsrs). Que espirituoso esse sr. Que brilho ele tem!
Abraço e fique com Deus.
Uma sua admiradora brasileira,
Bárbara Carvalho.
sempre o mar como inspiraçao!
ResponderEliminartambém eu me inspiro nele.
gosto sempre dos poemas que vás tecendo com palavras belas e singelas.
um beijo de carinho
Desenhar o mar no silêncio e deixar que as ondas nos apagassem, o medo.
ResponderEliminargostei muito, esse mar é profundo e como sempre, me faz sufocar...
abraço de paris.
LM
"...o silêncio transparente desta mágoa..."
ResponderEliminarÉ um poema belíssimo que toca fundo na alma.
Beijo
Quão bela é a simplicidade!
ResponderEliminarFeliz final de semana, zogia.
Se nossas mágoas pudessem ser literalmente afogadas pelo mar, por outras águas, mataríamos a sede das dores da alma.
ResponderEliminarÉ sempre muito bom estar por aqui.
beijo no coração
Olá Graça
ResponderEliminarO silêncio e a mágoa e as alternativas para os resolver.
Belíssimo texto
"Se viesse do mar o silêncio
ResponderEliminartransparente desta mágoa,"
Este seu belo poema deixa-me sem palavras!
Vou continuar a ler!
Um forte abraço!
Um poema lindíssimo, amiga. O mar, eterno tema dos poetas, deixa-me sempre um gostinho especial.
ResponderEliminarContinuo de férias, pouco ligada à net, mas venho desejar-te um bom fim de semana. Do meu mar e da minha serra envio-te beijinhos e um abraço amigo.
Pois.
ResponderEliminarMas o silêncio não vem do mar
Temos que procurar outras paragens
pois podias, Graça...
ResponderEliminarabraço
O Verão tem destas coisas...
ResponderEliminarEsse mar de mágoa, de sede, devora-nos e alimenta-nos.
ResponderEliminarBeijo, Graça.
comparo um pouco o silêncio à transparência... nunca os temos a 100%. e andamos todos de algo sequiosos
ResponderEliminarabraço, graça
Com um bocadinho de tempo livre para divagar, vim aqui ler a poesia de que gosto e esta especialmente deu-me paz e sossego.
ResponderEliminarObrigada Graça.
Um bom começo de semana.
Prezados Graça e Victor: Diante de visitas tão ilustres, só tenho a agradecer e dizer que, apesar da imensidão do mar que nos separa, tenho pelos dois grande simpatia e admiração e os fiz amigos do coração. Retornem sempre que quiserem a este humilde lar. Fiquem sempre com Deus! Beijo enorme.
ResponderEliminarBárbara.
muito bonito, Graça. um beijo.
ResponderEliminarBelo poema que veio do mar...
ResponderEliminar***
Diante deste oceano de poesia que vem de dentro de você, resta a nós somente o sonho do naufrágio.
ResponderEliminarBelíssimo, claro!!!
ResponderEliminarTudo o que escreves tem a marca da tua imensa e profunda sensibilidade poética... e eu fico quase eufórica, tonta de prazer as ler teus versos!
Beijos sentidos.