Nenhum tumulto denuncia a hesitação
das mãos colhendo os frutos.
Apenas o restolhar das folhas
no extremo do estio, chora,
em surdina, a privação do sumo
e da polpa, no bico dos pássaros.
das mãos colhendo os frutos.
Apenas o restolhar das folhas
no extremo do estio, chora,
em surdina, a privação do sumo
e da polpa, no bico dos pássaros.
De Quando as estevas entraram no poema, 2005
Lindo, Graça. Bom fim de semana.
ResponderEliminarBj.
Ea
Belíssima forma de anunciar o Outono.
ResponderEliminarSuas, e não desses pássaros, são as asas que nos fazem voar. E isso independe da estação. O jardim do Éden não nos deu frutos tão belos quanto os seus.
ResponderEliminarQuerida Graça: POEMA LINDO!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarBeijo.
Acho que a vida recomeça com o cair das primeiras folhas.
ResponderEliminarBjs e bom fim de semana
hesito perante o bico da pena
ResponderEliminara caneta soletrando o frágil
caminhar - o outono dos poetas.
um abraço
jorge
Linda esta forma poética de dizer adeus ao Verão.
ResponderEliminarBeijo.
Mas existe a esperança... a Natureza se renova... tal como os sentimentos e o nosso próprio sangue...
ResponderEliminarBeijinho, querida Poeta. Que tenha um óptimo fim de semana. ;)
As imagens e as palavras em sintonia perfeita. Um blog que não dispenso.
ResponderEliminarAi a poesia! É linda, amiga!
Beijinhos
Havíamos de fazer da colheita um acto sagrado, recordar o sentido do sacrifício. Talvez recordemos: as mãos hesitam, há tumulto contido, privação anunciada. Como em tudo na vida, quando colhemos o que semeámos, frutos inesperados. É um poema doce, a melancolia que o percorre não corta a doçura.
ResponderEliminarBom fim-de-semana :-)
...e deste verão feito outono cujo vento nos desarruma a pele e nos faz temer a rotina que se avizinha. Belo,
ResponderEliminarum belo poema a nos anunciar o outono.
ResponderEliminarsempre a boa poesia por aqui.
um beij
Olá
ResponderEliminarComo sempre os teus poemas transportam-nos a outra dimensão: a da verdadeira alma poética.
Bom fim de semana
Onde acaba a terra e começa o Mar
ResponderEliminarHá um lugar onde vive a ilusão
Repousa na madrepérola das conchas
Com a forma de um coração
Onde as giestas se agarram à areia
Onde as pedras têm diadema de algas
Onde o Mar conta histórias longínquas
Onde as vagas soltam distantes mágoas
Bom fim de semana
Mágico beijo
A colheita dos frutos não deve ser feita de qualquer modo - daí talvez
ResponderEliminara hesitação das mãos -, porque o nosso sem-jeito poderá privar de sumos e polpas os bicos dos pássa-
ros. Mas, por vezes, somos tão
desatentos, fazemos a colheita de modo tão desajeitado.
Um beijo, Graça.
Graça como sempre aqui estou para deixar o meu afeto e o meu aplauso por tamanho talento com as palavras.
ResponderEliminarGrande beijo
Graça, é perfeito.
ResponderEliminare se fosse passaro e ouvisse o seu poema, nas suas maos iria dizer-lhe ao seu ouvido que nao lhe queria mal...este apanhar o fruto, tirar o suco do seu bico, ele perdoava-a, certamente.
Beijo de Paris.
LM
Nunca o Outono teve tão bonita recepção, Graça!
ResponderEliminarBeijinhos.
Cirúrgico, Victor.
ResponderEliminarMas há sempre a esperança da próxima colheita, em que o estio, em vez de chorar no "bico dos pássaros", dará lugar à abundância extrema e a um canto bem mais feliz.
Bj, Graça.
Bárbara Carvalho.
P.S. Já havia comentado esse "post"?
Doce Amiga: Perfeito!
ResponderEliminarComo é agradável lê-la.
Todo o poema brilha.
Quando, ternamente, diz:
"Nenhum tumulto denuncia a hesitação
das mãos colhendo os frutos.
Apenas o restolhar das folhas
no extremo do estio, chora,
em surdina, a privação do sumo
e da polpa, no bico dos pássaros..."
Excelente poetisa. Fantástica, onde cintila o seu encanto e beleza de imenso significado.
Como já expressei e reforço: PERFEITO! Gostei imenso.
Beijinhos de amizade que a respeita e estima
pena
Um belo poema a anunciar o Outono!
ResponderEliminarA natureza também chora, quando apenas as folhas secas restam...mas em cada folha que cai, outra rebentará e dará novo fruto.
Um beijo.
Simples, belo, perfeito, Graça.
ResponderEliminarGostei
Bj
Tão belo, Graça!... Admiro tanto esta tua capacidade de, em poucas palavras, de uma forma contida, mas mais-que-perfeita, dizer dos sentimentos que te (me - nos) assaltam. No momento certo!
ResponderEliminarBeijos.
Minha querida Graça,
ResponderEliminarDás-me autorização para que poste, devidamente identificados como sendo de tua autoria, como é óbvio, alguns dos teus poemas num outro espaço meu que não o thornlessrose, de maior abrangência em termos de visitantes de língua portuguesa, que não necessariamente portugueses (brasileiros, sobretudo), mas que, para sua desdita, desconhecem a tua magnífica poesia?
Sugiro que visites o meu sítio naquele lugar, antes de decidir se autorizas:
www.mariacarvalhosa.multiply.com
Antecipadamente grata, beijo-te com admiração e afecto.
"Apenas um restolhar de folhas..."
ResponderEliminare como por encanto, tudo se transforma
e as asas crescem, sempre que quiseremos, com o mesmo restolhar das folhas que neste equinocio calcamos.
Beijo
Maria Mamede
nenhum pássaro...
ResponderEliminarAs palavras numa cadência maravilhosa! A foto lindíssima! Beijos.
ResponderEliminarcolho teus poemas. como frutos silvestres. no bico dos pássaros. deslumbrados...
ResponderEliminarbeijo
nostalgico....belo...
ResponderEliminar******
assim como nenhum tumulto denuncia a sobriedade com que elaboras sempre os poemas mais belos.
ResponderEliminar