Harry Callahan
Pinto na janela a tormenta
de um mar imaginado.
De costas para a lua
preparo a minha fuga.
Enrolo à volta do corpo
a primeira onda:
a derradeira âncora
para roçar na boca
o lamento verde das marés.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
A saciar a sede verde de marés,
ResponderEliminartraço uma rota navegável ao destino dos barcos
___ ainda há viagens possíveis nos argumentos do mar.
_____
Como só a tua voz Graça.
Imensamente bela, cantante como um olhar sobre a ria.
e até mais logo, quando te der um beijo extenso de carinho
Lindíssimo, amiga. Às vezes apetece-me fugir e enrolada numa onda seria, com certeza, uma boa companhia.
ResponderEliminarBem-hajas!
Beijinhos
um lamento de ouro!
ResponderEliminarouro que nunca vou esquecer....(a minha mancha diária).
enorme abraço. respeitoso.
Que nenhuma âncora impeça a liberdade... Gostei muito de mergulhar neste poema.
ResponderEliminarE sigo a maré....
ResponderEliminarEncontrarei tormenta, mas talvez encontre nela a razão da minha fuga...
Lindo....
Obrigada pela visita..
O próximo tema do Com Amor será a amizade...
Beijos e abraços
Marta
Sei duma fuga idêntica.
ResponderEliminarEm que regresso e volto a tentar. Não uma fuga. Talvez uma (outra) evasão.
E nestas palavras me vejo e reencontro.
1001 bjs
que coisa bonita...
ResponderEliminarabraço Graça
graça:
ResponderEliminarte encontrei na diversos afins.
um abraço.
romério
O mar, a fuga, o espaço. Encontros.
ResponderEliminarBelo poema, Graça.
ResponderEliminarBeijos
Esse é o lamento verde das marés...gostei muito. Beijos.
ResponderEliminarGraça, ler-te é atirar-se voluntariamente em um mar ondulado de metáforas e com ele afogar-se na beleza da profundidade de tuas palavras.
ResponderEliminarEsse teu mar é puro fascínio.
beijo no coração
São imagens belíssimas as deste poema, Graça. Meu Deus, como escreves. Parabéns por poemas tão lindos. Bjo.
ResponderEliminarEu aqui, de novo, minha querida amiga. Olha só o que acabei de receber de uma amiga, Amália Catarina, como 'scrap' ( mensagem) no Orkut:
ResponderEliminarA CASA
“A minha irmã a trouxe: a foto da casa onde nasci,
como se fora uma gaivota de névoa.
Agora, a casa respira a meias com o longe
que nos separa da infância. As suas raízes
sobrevoam, tão cúmplices, tão subtis,
os nossos corações atordoados de menina.
Do fundo da tarde adivinhamos, sei lá,
o sótão pintado de pretéritas inocências,
a janelinha por onde as bolas de sabão
nos levavam, em estado de sonho,
por lugares que só o imaginário sabe.
Onde está o retrato do medo,
que sabíamos de cor, mesmo sem o olhar?
Onde está a outra menina
que connosco partilhava os frutos
de todas as estações e a quem,
também, chamávamos irmã?
Em vão, esperar a mais perfeita lágrima
para, em nome da sua ausência,
reconstruirmos a casa.”
GRAÇA PIRES
Muito lindo, lindo. Fiquei feliz com tua divulgação no Brasil. Este poema é de uma outra fase tua? Senti isso, pois os poemas que conheço de ti são de imagens , como posso dizer?, mais surreais, sensoriais, alegóricas, e este poema que recebi é de uma simplicidade , e ainda profundidade, que muito me encantou também. Muito lindo. Bjos.
Oi, Graça!
ResponderEliminarLindo esse desejo ambíguo de fugir e querer ficar; permitindo-se âncora
num mar de tormentas [pela derradeira vez...].
Nossa... Que arte a sua!!
Beijos!
Um poema depurado, este.
ResponderEliminarGrande abraço.
Uma fuga maravilhosa como todas as fugas. Sempre com imagens lindas os seus poemas. Parabéns.
ResponderEliminar"enrolo a volta do corpo a primeira onda...que lindo isso,Graça.Seu mar esverdeado a luzir em ti.
ResponderEliminarQuerida,
ResponderEliminarsaudade de vir aqui...Alegria de deslizar por seu poema marulhado...
grande bjo e admiração!!!
"Enrolo à volta do corpo
ResponderEliminara primeira onda:..."
Que sensação boa de frescura!!!
Poema fascinante, como todos os que escreves.
Beijo.
Gosto muito do poema.A associação com a imagem é perfeita.
ResponderEliminarum beijinho
Graça
ResponderEliminarSerá mesmo uma fuga?
Gostei muito!
Abraço grande e obrigado
a lamentar é que o mar vai e vem... um beijinho, graça*
ResponderEliminarÉ assim mesmo, junto ao mar há o nosso lamento que vai com as ondas e âncoras numa bela Fuga.
ResponderEliminarBjo, querida.
fuga
ResponderEliminar... para as águas do sonho,
na tristeza das lágrimas.
beijo
A textura salina desses versos, sente-se aqui, além-mar...
ResponderEliminarLindo!
maré verde
ResponderEliminarAqui eu, embebedo-me de saborosos poemas que me fazem baloiçar...
ResponderEliminarBom fim de semana
Susana
sempre a soletrar o mar , na entrega se sabedoria !
ResponderEliminarseu
______ JRmARTo
Um lamento entre metáforas que toca o outro lado do pensamento...
ResponderEliminarbjs
Chris
pintar mares imaginados... são tão belas as imagens...
ResponderEliminarbom dia, graça
um beijo
Também gosto de imaginar o Mar, Graça!
ResponderEliminarO poema é belo como tudo o que escreve. Um beijinho de saudade,
Gisela
para roçar na boca
ResponderEliminaro lamento verde das marés.
porque no mar se toca...
i.
Graça...
ResponderEliminarNa mais densa onda... há o fulgor de um relâmpahgo submerso!
Beijos...
Graça
ResponderEliminarUma "Fuga" lindíssima, esta que hoje nos ofereces.
Não me canso de te ler e reler.
Parabéns, amiga.
Mil beijinhos
E k a tormenta depressa passe à calmia da noite...envolvida em desejos.
ResponderEliminarBeijinho de lua*.*
Ago que não damos importância e pode tornar-se muito belo.
ResponderEliminarVocê marca essa diferença.
Cumprimentos.
Muito lindo o blog, adorei o textinho !
ResponderEliminarVisitando.
espero poder voltar.
Beijos
É também por isto que as tuas páginas permanecem à minha cabeceira.
ResponderEliminarBeijinhos.
gosto da poesia da Graça Pires, porque acho-a rica no seu todo.
ResponderEliminaro verde das marés...deixa-nos a pensar.
o verde das algas, o verde da esperança.
deixo um beij
Desculpe a ausência, mas este calor...
ResponderEliminarReceio sempre as âncoras que me impedem de ir...
ResponderEliminartocata e... fuga!
ResponderEliminarbelíssimo
beijo
Muito bem!
ResponderEliminarBjs
longe mas nunca deste "coração".
ResponderEliminarenorme o meu abraço.
sempre.
até breve. espero.
.
imf.
Um mar imaginado cria sensações apaixonantes e faz "Milagres" do sentimento repleto de pureza e belezas imensas. Foi o que, ternamente, fez.
ResponderEliminarPerfeito.
Beijinhos de admiração pelo seu fascínio poético gigantesco.
Bem-Haja, amiga genial.
Adorei!
Deslumbrado por tanto encanto...
pena
Fabulosa. Linda...!
Que a fuga seja breve e o lamento verde das marés nos traga sonhos belos para serem vividos.
ResponderEliminarUm abraço, Graça.
Muito bonito este poema bem ao teu jeito.
Querida amiga, tu pintas com as palavras. As tuas imagens poéticas são sempre belíssimas, tal como neste poema.
ResponderEliminarGostei imenso da tua fuga. Mas não vás para longe... eheheh...
Um beijo.
"...o lamento verde das marés."
ResponderEliminarescuto-o agora, quase mudo, na quietude do mar que me enlaça.
E nas suas palavras, estimada Graça...
(e, creia, sem que disso me tivesse dado conta ... rimei.)
A
*___bonecadetrapos___*
deixa-lhe um sorriso de trapos ... e um humano abraço muito grato pela sua presença, pelas suas palavras e, acima de tudo, pela generosa partilha de poesia com elevada qualidade: a sua!
Venho dizer-te que, para além dos rios que se esgotam de murmúrios, a tua voz é uma corrente que me anima, me dá um destino sempre mais amplo, mais fecundo...
ResponderEliminarCom ele atravesso as pontes e reencontro-me, mesmo quando as horas e os dias me pesam desmesuradamente.
Obrigada Graça, minha amiga que me alarga as fronteiras do coração.
Sempre belos
ResponderEliminaros teus desejos
na rota dos barcos
navegáveis
O medo do desconhecido, pode ser castrador.
ResponderEliminarO que está para além da fuga, a volta que nos limita... É sempre melhor o sabor do lamento, que o lamento de não içar a âncora!
Beijos...
José
Há sedes que nunca se saciam :)
ResponderEliminarE depois diz se: que o mar devolve tudo á praia... Diz se :)
escrevo nest post porque foi este o livro que a livraria bulhosa me conseguiu.
ResponderEliminarsó tive que lá ir buscá-lo dois dias depois da encomenda. foi fácil.
não sei escrever sobre poesia. nem sobre prosa. sei, à minha maneira, sentir.
encantado, senti.
soube-me a pouco...
porque vi que um dos outros lá foi editado,irei assim que possa à editora vega que também é em lisboa.
um beijo
uma magnífica pincelada de cores
ResponderEliminar.
um beijo
bons poemas.
ResponderEliminar