Edouard Boubat
Acendo as mãos para aquecer o olhar
de quem atravessa apressadamente o outono.
Um morno ruído desdobra o voo quebrado
dos plátanos obstruindo um caminho
desenhado a carvão por onde passeio
à beira dos acontecimentos e das sílabas,
alheia a tudo, como se pudesse passar
o resto da vida à sombra do pólen das palavras
e adormecer no confluir da transparência
e da luz, neste outono: lugar frágil.
Graça PiresDe Outono: lugar frágil, 1993
Acendo as mãos para aquecer o olhar
de quem atravessa apressadamente o outono.
Um morno ruído desdobra o voo quebrado
dos plátanos obstruindo um caminho
desenhado a carvão por onde passeio
à beira dos acontecimentos e das sílabas,
alheia a tudo, como se pudesse passar
o resto da vida à sombra do pólen das palavras
e adormecer no confluir da transparência
e da luz, neste outono: lugar frágil.
Graça PiresDe Outono: lugar frágil, 1993
Belíssimo este teu poema! Um lugar tão frágil o Outono, tal como nós o somos...beijos.
ResponderEliminarOi Graça, lindo poema como tantos outros que já apreciei aqui. Bj e um ótimo fds.
ResponderEliminarGraça, o poema e a imagem que escolheu completam-se. O seu poema tem imagens líndíssimas. Adorei!
ResponderEliminarUm grande beijinho
aqui só tem duas estações: o verão e a Estação Ferroviária. rs
ResponderEliminarum abraço!
Lindo o seu poema, amiga.
ResponderEliminarMas fragilidade aparente: preparação secreta para os frios rigorosos do inverno!
Doce e terna fragilidade...
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Obrigado pelo interesse na aquisição do meu livro.
Fico contente.
Se me desse a sua morada eu mandavo-lho, assim como o meu NIB.
Pode contactar-me para o meu email,sff, já que eu não teho o seu.
Beijo
O Outono, apesar das cores fortes e bonitas, torna-nos frágeis realmente...
ResponderEliminarGostei da imagem...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
graça:
ResponderEliminarvenho e te deixo um abraço.
romério
É a alma que assim vê o outono!
ResponderEliminarUm tempo suspenso, que se quer breve, entre o passado e o futuro.
Dói-nos sempre.
Lindo!
Um beijo
Ana
É lindíssimo.Como um canto baixinho.
ResponderEliminarGP
ResponderEliminartanto o poema e a imagem estao muito bons, retratam bem a estação.
um bom fim de semana.
um beij
O Outono não é estação de que goste, mas a tua poesia sim.
ResponderEliminarUm grande abraço.
Ai qe triste e kindo poema Graça...sabes tirar a delicadeza da imagem ,bem como sua crítica.É sempre uma poesia esar aqui.
ResponderEliminarÓtimo poema, Graça.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Beijos
Graça,
ResponderEliminarPalavras que têm polén sabem o valor da flor de um sentimento.
Beijo imenso, menina linda.
Rebeca
-
Olá Graça
ResponderEliminarÉ sempre com prazer que aqui passo e te leio.
Mais um momento maravilhoso de poesia que nos ofereces com este teu "Outono: lugar frágil".
Parabéns amiga e obrigada.
Beijinhos
Oh, Perfeita Poetiza Amiga:
ResponderEliminarQue lindo poema, cuja fragilidade delicia e maravilha no epílogo de um Outono sentido de fascinar e maravilhar.
"...desenhado a carvão por onde passeio
à beira dos acontecimentos e das sílabas,
alheia a tudo, como se pudesse passar
o resto da vida à sombra do pólen das palavras
e adormecer no confluir da transparência
e da luz, neste outono: lugar frágil..."
Parabéns por todos estes instantes de magia poética pura e extraordinária. Maravilhosa.
Bem-Haja pela sua amizade.
Com imenso respeito e estima.
Admiro-a imenso, sabia?
Beijinhos amigos de sinceridade.
MUITO OBRIGADO pela fabulosa visita que adorei.
Sempre a lê-la atentamente...
pena
A sua poesia sente-se em cada verso. Em cada instante.
Deslumbra, amiga!
Tudo é frágil neste breve tempo da nossa existência.
ResponderEliminarUm abraço e um óptimo fim de semana, Graça.
lindo...
ResponderEliminarneste Outono quente, ainda armado em forte, a esconder as "fragilidades"...
abraço Graça
a fragilidade nunca será o seu lugar Graça. Nunca.
ResponderEliminarantes a extrema força da sagesse e da cumplicidade com o adentro do sentido das estações de uma escrita que se cumpre.
(gosto tanto).
beijo. da imf.
lugar frágil.
ResponderEliminar---------
A fragilidade é constante para os desfavorecidos da sorte. É algo que os deuses determinaram.
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Que a felicidade ande por aí.
Manuel
ou não fosses a ponte que desbobra o caminho das sílabas
ResponderEliminarou não fosses o tronco inteiro da palavra que aquece o olhar e redime do frio...
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o mais forte possível
e de imensíssima ternura o meu abraço, querida Graça. Falta pouco para um beijo
a fragilidade é ler con calma um poema, como quem olha para um retrato pintado...
ResponderEliminarbelos versos outonais...
beijos!
Bonito.
ResponderEliminarMuito bonito.
Belíssimo, este teu poema.
Convite:
http://oguizoeogato.blogspot.com
(Agora que «A Gaiola De Darwin» evoluiu para "etiqueta")
Lindo poema sobre o outono e a sacralização das árvores e do amor.
ResponderEliminarbjs
enternecedor e muito belo...
ResponderEliminarbeijinho,
véu de maya
Impossível passar apressadamente por seu poema ou deixar a vida sem a luz de suas palavras, Graça.
ResponderEliminar...à beira dos acontecimentos e das sílabas,
ResponderEliminaralheia a tudo, como se pudesse passar
o resto da vida à sombra do pólen das palavras
e adormecer no confluir da transparência
e da luz, neste outono: lugar frágil.
Que beleza de versos, querida amiga. Tuas palavras têm a delicadeza de poesia mais maturada, e transparecida. Muito bonito. Beijo.
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ResponderEliminarA fragilidade de certos momentos, muito bem expressa nesse seu belo poema!
Beijos de luz e o meu carinho...
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Já tantos comentaram aquilo que eu também penso...continuo a gostar muito de passar por aqui, Graça!
ResponderEliminarTantas imagens belíssimas.
ResponderEliminar"Acendo as mãos para aquecer o olhar..."
ResponderEliminarSublime esta imagem poética com que começas o poema.
Lindo!!!
Beijo.
Olá Graça lindo!
ResponderEliminar"acendo as mãos para aquecer o olhar"
Beijos José
Corre assombração
ResponderEliminarVai para outro mundo numa toada de vento
Afasta de mim este cálice
Deixa-me aprisionar a morte na vida por um momento
Deixa-me sentir com a alegria dos sentidos
Deixa-me acreditar no voo do por-do-sol
Deixa-me beijar as águas de um lago feliz
Deixa-me navegar sem rumo, perder o control
Mágico beijo
Olá
ResponderEliminarNunca tinha pensado no Outono desta forma: um lugar frágil.
Mas desde que li este poema, dou comigo, a repetir em silêncio esta frase!
Obrigado e um grande abraço
de uma vibração quente e acolhedora. a tua sabedoria...
ResponderEliminaradmirável Poema.
beijos
Com o frio tudo fica mais frágil...
ResponderEliminarBeijo
Frágil, como corações de vidro, almas de vidro, sentimentos de vidro...mas forte, como a vontade das Mulheres e também como elas colorido, este Outono, estação da minha preferência e da minha paixão.
ResponderEliminarAMEI Graça, amei; obrigada por me /nos dar a conhecer.
Bj
Maria Mamede
Lugar de fragilidades como "a sombra do pólen das palavras". O Outono a perpassar o poema e a cumprir-se nele. Como tu sabes fazer.
ResponderEliminarUm beijo.
As palavras também têm pólen, também têm viço, beleza!
ResponderEliminarParabéns pela mestria e pela sensibilidade fina e refinada!
Um achado1
Lindo, este Outono...
ResponderEliminara imagem é perfeita para o poema. ambos de uma sensibilidade incrível, como o outono.
ResponderEliminarsempre que venho aqui, me apaixono.
beijos, querida!
Claros que não podes "passar o resto da vida à sombra do pólen das palavras e adormecer no confluir da transparência e da luz"...
ResponderEliminarPorque és a diva da poesia (para mim), querida amiga.
Beijos.
Um beijo
ResponderEliminarem todas s estações
Os poemas da Graça emanam uma tranquilidade por vezes melancólica que me enternece.
ResponderEliminarEste, gostei particularmente, porque o Outono entre os plátanos da cidade, dá-me alento.
Um abraço.
Muito bonito.
ResponderEliminarOutono, lugar de nostalgia. onde as gotas de água se misturam com as gotas de lágrimas. e tudo brilha. frágil.
ResponderEliminarMuito bonito o teu poema.
Bjos
Um lugar frágil noutro belo poema,
ResponderEliminaro de hoje!
Na próxima semana conto enviar os livros.
Obrigado pelo seu pedido.
Beijinho
(...)Um morno ruído desdobra o voo quebrado
ResponderEliminardos plátanos obstruindo um caminho
desenhado a carvão por onde passeio
à beira dos acontecimentos e das sílabas,(...)
Outono é sim um lugar frágil.Jhs
A vida é um lugar frágil... e nós, nela, frágeis seres à deriva das palavras...
ResponderEliminarBeijinho Graça
Não vinha cá há tanto tempo.
Muito bonitos estes dois últimos trabalhos...
Lindo!!!
ResponderEliminarBjinho
uma ligação perfeita entre a iamgem e o poema
ResponderEliminarcomo se de complementos directos se tratasse
.
um beijo