Claire Rydell
Porque os sentidos se furtam
a qualquer ausência sei
que nunca me aconteceu
a tua morte.
Teus gestos recordo.
Teu nome confundo
com os sonhos.
Em teu exílio
construo meus caminhos.
Diz-me o que perturbou teu olhar,
o que te devorou a inocência
do sorriso, o que esvaziou
tuas mãos de tanta sedução.
Diz-me que moinho de vento
te moldou, no corpo,
essa imprevista forma de loucura.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
a qualquer ausência sei
que nunca me aconteceu
a tua morte.
Teus gestos recordo.
Teu nome confundo
com os sonhos.
Em teu exílio
construo meus caminhos.
Diz-me o que perturbou teu olhar,
o que te devorou a inocência
do sorriso, o que esvaziou
tuas mãos de tanta sedução.
Diz-me que moinho de vento
te moldou, no corpo,
essa imprevista forma de loucura.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
Graça Pires, foi a falta do vento...A alegria do moinho está na presença no "ar em movimento"...Beijos. Carlos
ResponderEliminarMelancolicamente belo. O vento da memória que sopra sobre o corpo do poema é um beijo de saudade. Não dá respostas. Nunca dá. Por isso vai repetindo-se no tempo como velas de vento. Um beijo.
ResponderEliminarNo moinho que mói a nossa vida
ResponderEliminaronde toda a grandeza se esfarela
há uma esperança sempre renascida
mas o vento não parou a sua vela...
Um beijo Graça!
AL
Quando as palavras trazem a "imprevista" subtileza de todos os sentires. Belíssimo. Um beijo, Graça.
ResponderEliminarMaravilha, Graça!
ResponderEliminarMuitos beijos.
G.
ResponderEliminarentre a melancolia, e o vento ou a falta dele, aqui nos dá a partilhar um poema muito belo.
um beijo
Poetiza Brilhante:
ResponderEliminarUm excelente poema de crítica humana/existencial que se enraizou e ganhou contornos de significação profunda.
Notável.
Jorra de si, um versejar de pureza e encanto. SEMPRE!
Uma poesia imensamente significativa e construtiva compostas de sonhos admiráveis.
Adorei. Parabéns.
Abraço amigo
pena
o corpo como uma forma de loucura no exílio...que lindo poema, GRaça, embora tenha uma ponta de tristeza- a ausÊncia,a inocência devorada. Sempre uma grande passagem aqui.
ResponderEliminarJá sabe como gosto tanto da sua poesia...
ResponderEliminarOi Graça, seus textos poéticos são sempre muito expressivos e este não foge á regra. Belos versos ! Bj e obrigada pelo carinho.
ResponderEliminarUm poema da saudade sem remédio. Tão bonito, Graça, esse sopro de lembrança, essa recusa dos sentidos diante da ausência.
ResponderEliminarBeijo.
Os sentidos sempre nos levam à negação da ausência, mesmo quando ela é bem real. Que o digam muitos Natais...quando as cadeiras ganham pó.
ResponderEliminarVou estar ausente nas próximas semanas, aproveito para lhe desejar um Natal muito Feliz.
beijinhos
Versos preciosos imantados em reminiscências, a memória fala ao ouvido/olvido. Abraço.
ResponderEliminarHá searas que nem ausência ou lâmina ceifam.
ResponderEliminarO vento pode varrer os sonhos, as formas e a inocência. A brisa virá de mansinho trazendo de volta a lembrança e abrir as portas a uma nova manhã de luz.
Beijo carinhoso
trazemos nas mãos um monte de vendavais. um legado penitente que se enraíza no sorriso.
ResponderEliminaraté que uma noite nos possui o corpo, o único trajecto dos sonhos.
_____
um beijo e abraços maior querida Graça
Também gosto do vento, de o sentir na cara...
ResponderEliminarÁs vezes, esqueço memórias tristes e sigo-o por esses labirintos....
Gostei muito..
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta
Do exílio dos caminhos vivem estas memórias...
ResponderEliminarBeijo
Uma trama de indagação e nostalgia construída num tear de sutilezas. Teu nome confundo com a poesia, Graça Pires.
ResponderEliminarem mim. na minha casa. uma extensa mancha de "poesia rara".
ResponderEliminarbeijo Graça.
sempre.
penso que a loucura é que resgata um pouco da nossa inocência, se é que me faço entender... gostei muito, graça. um beijinho grande*
ResponderEliminare se a tua morte
ResponderEliminarnunca me aconteceu
não perturbarei
jamais
os moinhos de vento
os meus sonhos
e tudo o mais
.
para a Graça
memória de Dulcineia
um beijo
Manuela
A nostalgia e o desencanto...
ResponderEliminarOniricamente muito belo.
Bem haja!
Beij*
tantas perguntas...
ResponderEliminarnum belo poema.
abraço Graça
O moinho e o poema, não sei bem por que, me deixaram uma sensação de rio na boca. Gostei muito das imagens.
ResponderEliminarOlá Graça
ResponderEliminarLindíssimo, como tudo que aqui nos apresentas.
Recordações, sonhos, exílio, loucura... e o moínho de vento do poema, da imagem e as "Memorias de Dulcineia"...
Beijinhos amigos
"Porque os sentidos se furtam
ResponderEliminara qualquer ausência sei
que nunca me aconteceu
a tua morte..."
são tão bonitos estes versos. em sua deslumbrante melancolia.
adorei o poema.
beijo
Os caminhos constroem-se por onde vamos, é no corpo que se desvendam outros...
ResponderEliminarBem bonito!
ResponderEliminarUm beijinho.
"Em teu exílio
ResponderEliminarconstruo os meus caminhos..."
São Caminhos de Coragem e de Esperança...
Belo como sempre!
Beijo.
memórias melancolica mente inscritas num excelente poema
ResponderEliminar.
um beijo
Um texto de melancólica beleza ,o que aqui nos dás.
ResponderEliminarGrande abraço.
...Diz-me o que perturbou teu olhar,
ResponderEliminaro que te devorou a inocência
do sorriso, o que esvaziou
tuas mãos de tanta sedução.
Sem palavras, Graça...siplesmente divinal. Jhs
A foto de Claire Rydell, bela também...no seu P.B
As pessoas importantes permanecem vivas dentro de nós!
ResponderEliminarE moinhos de vento no nosso olhar sempre nos apoquentam...
Votos de um Feliz Natal!
Bjos
Graça
ResponderEliminarO moinho da vida?
Gostei muito mas faz doer na saudade.
Um abraço
Em que ventos te te deixas levar.
ResponderEliminarGosto muito
Bjs
José
"Diz-me o que perturbou teu olhar,"
ResponderEliminarque eu te direi o que me agitou e não me deixou dormir...
( o complemento foi a primeira coisa que me passou pela mente ao reler esse verso que me chamou muita atenção )
Abraço,
belo, Graça. o pressentimento da mudança no outro, da perda, dos traços de loucura. dito de forma muito bela.
ResponderEliminarbeijos.
um excelente poema onde a ausência se transforma em negação
ResponderEliminar( não presença )
e onde todos os sentidos em alerta se traduzem em vivências//memórias
belíssimo
.
um beijo