24.11.10

A oriente dos sonhos

Dorothea Lange


Aqui já ninguém se comove
com canções românticas.
Noutros lugares talvez.
Não aqui, onde há homens encostados
ao muro do desencanto,
esperando o fuzilamento da sua sombra
a oriente dos sonhos.

Graça Pires
Em Conjugar afectos, 1997

37 comentários:

  1. Perfeita fusão entre poesia e imagem. Belíssimo!

    ResponderEliminar
  2. Olá Graça,
    Admiro os seus poemas,
    pois dizem muito, em poucas e belas palavras.
    Saudações.
    Helena

    ResponderEliminar
  3. Ainda me comovo...beijinhos, Graça.

    ResponderEliminar
  4. Estimada e Preciosa Poetiza Amiga:
    "...Não aqui, onde há homens encostados
    ao muro do desencanto,
    esperando o fuzilamento da sua sombra
    a oriente dos sonhos..."

    Perfeito. Lindo. Fabuloso versejar de sonho.
    Excelente. Adorei. É lindíssimo. Feito com uma "Arte" poética que só podia ser concebido com beleza e encanto profundos por si.
    Abraço amigo de respeito e estima gigantescas.
    Com admiração constante pelo que concebe.

    pena

    Bem-Haja, notável poetiza.
    Admirável.

    ResponderEliminar
  5. Graça,

    aqui tudo é arte, sensibilidade e beleza. A foto e o poema são fortes, contundentes e belíssimos.

    Beijos com carinho.

    ResponderEliminar
  6. encolhe meu coraçâo...

    arrepios..

    beijos!!

    ResponderEliminar
  7. Em que se perde tudo...sem horizonte, sem brilho no olhar....
    A dor é grande demais....
    Lindo....
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  8. Não será o teu melhor post, mas é um dos melhores. Absolutamente!

    Parabéns, Graça.

    ResponderEliminar
  9. O desencantar de sentimentos sempre amedronta.

    Beijo imenso, Graça linda.

    Rebeca

    -

    ResponderEliminar
  10. nos lugares do coração, talvez...

    mas há homens encostados
    arredados, tão arredados dos sonhos

    hoje, aqui

    sinto-me a sul deste poema, onde ainda me comovo
    com os pontos cardeais de outras canções

    um beijo, Graça!

    manuela

    ResponderEliminar
  11. um poema especial, num dia especial, de muito desencanto e revolta.

    beijinho Graça

    ResponderEliminar
  12. um poema alusivo a um dia que ficará, a imagem está muito bem escolhida.

    beijo Graça

    ResponderEliminar
  13. teresa p.9:50 da tarde

    "...há homens encostados
    ao muro do desencanto,..."

    Triste, mas sempre actual.
    A foto é perfeita para ilustrar este belíssimo poema!
    Beijo.

    ResponderEliminar
  14. Um poema publicado há 3 anos mas actual,hoje.
    Até quando?
    Um abraço Graça.

    ResponderEliminar
  15. Muito bom,

    amiga!

    Muito bom!

    Saudações poéticas

    ResponderEliminar
  16. Aqui o coração dos homens endurece por nada perspectivar, sem futuro, sem sonhos...

    Admirável!...

    Olá Graça bom dia. Se eventualmente tiver algum problema com a entrega do livro, não deixe de me dizer.

    Bjinhos

    José

    ResponderEliminar
  17. Aprecio a fotografia de D. Lange.
    O poema também, sombras e fuzilamento, muito rimam.

    Abraço

    ResponderEliminar
  18. Cara POETISA Graça;
    Excelente poema. LINDO!
    Quem não sonha, não escuta canções românticas nem o pulsar da vida.
    Gostei muito.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  19. Quanto tudo se esvai á nossa volta, apenas nos resta a sinistra sombra do patíbulo!


    Beijo!
    AL

    ResponderEliminar
  20. Em Portugal, muitos são os homens e as mulheres actualmente encostados ao muro do descontentamento,e esperam ... a oriente dos sonhos.

    Belo poema, para ilustrar a angústia do momento presente.

    beijinhos

    ResponderEliminar
  21. ...tão triste quando perdemos
    as ilusões!

    bjinhos, Graça!

    ResponderEliminar
  22. Belíssimo à flor da pele do sentir... :)
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  23. aqui, comovo-me, sempre. um beijo, graça*

    ResponderEliminar
  24. Não só a Oriente...
    Um poema urgente e directo.

    Bjs e bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  25. Graça, não sei dizer quanto me agrada este poema. Tem uma força espantosa. Uma precisão, uma concisão... É perfeito. Tem tudo o que se quer de um poema.

    Um grande beijo, Amiga.

    ResponderEliminar
  26. O olhar é igual ao muro. O mesmo desencanto.
    descobri esta cantinho por mero acaso. E valeu a pena!

    ResponderEliminar
  27. Olá Graça, bom dia e bom domingo.
    É verdade amiga, é infelizmente verdade.
    Aqui e um pouco por toda a parte vai havendo cada vez mais "homens à espera do fuzilamento", de tantos e tão diversos fuzilamentos!
    Dorido e comovente; parabéns!
    Bjs.
    M.M.

    ResponderEliminar
  28. Há lugares assim, sim. Demasiados lugares assim. A preto e branco.
    Desencanto.
    Real.
    Sem encanto.
    Beijos meus.

    ResponderEliminar
  29. Passa o tempo, os desencantos sucedem-se, os homens esperam dias melhores e eu comovo-me com este poema, com esta foto e...com canções românticas.

    (mas deve ser pelo tempo que demorei a passar por cá :-)
    Bjs

    ResponderEliminar
  30. Tu consegues comover doce Graça
    Brisas mansas para ti*

    ResponderEliminar
  31. tristes palavras, tão actuais em muitos lugares deste mondo... Bela composição...
    Um beijo

    ResponderEliminar
  32. Nem as sombras restam, quando o sol se esconde e a lua não brilha...

    Bjs dos Alpes

    ResponderEliminar
  33. O desencanto é a tragédia que a poesia resolve...

    Sempre muito profundas, as suas palavras, Graça! Obrigada...

    Bjos

    ResponderEliminar
  34. Imaginando que te referias ao país, como seria hoje o mesmo poema? Sim, porque há 13 anos ninguém pensava como seria o 2010...
    Dizes tanto em tão poucas palavras.
    O poema é excelente, pois claro.
    Um beijo, querida amiga Graça.

    ResponderEliminar
  35. Homens encostados a restos de vida, o fio do horizonte em restos de poete quase esquecido. Carregam nos ombros uma manhã sem sonhos; a bolsa está seca há tanto, que já nem lembram...

    ResponderEliminar
  36. Este belo poema sugere-me o Alentejo com os seus velhos à espera, de quê?

    ResponderEliminar
  37. Pequeno poema perfeito, Graça.

    Um beijo.

    ResponderEliminar