Seguiam-se momentos obscuros
decifrados nas docas e nos cais.
Os andantes da noite
procuram prazeres mundanos
e instantes propícios às palavras
palavras indizíveis, sem nome
que atravessam o próprio rosto
e circundam as mulheres de fogo.
Atam as mãos em noites de lua cheia
e despem as noites de breu.
Pisam as areias molhadas e rasgam as sombras
com que percorrem lado a lado
o ponto mais alto do silêncio.
Transformando as palavras em navios.
José M. Silva
In: As sombras. Edição de autor, 2010
decifrados nas docas e nos cais.
Os andantes da noite
procuram prazeres mundanos
e instantes propícios às palavras
palavras indizíveis, sem nome
que atravessam o próprio rosto
e circundam as mulheres de fogo.
Atam as mãos em noites de lua cheia
e despem as noites de breu.
Pisam as areias molhadas e rasgam as sombras
com que percorrem lado a lado
o ponto mais alto do silêncio.
Transformando as palavras em navios.
José M. Silva
In: As sombras. Edição de autor, 2010
As palavras podem, também, transformar tudo - já que até podem, como vimos, transformar-se em navios.
ResponderEliminarPor isso, é que os poderosos gostam do silêncio.
Por isso é que não podemos calar-nos.
Boa escolha!
ResponderEliminarque as palavras possam ser sempre navios que nos levem a bom porto.
Bjos
fantastico tremenda força
ResponderEliminarme dás.. preciso mesmo
de vir aqui á tua casa.
obrigado pelo teu comentário
orgulho sempre para min.
um beijo amiga!!
As palavras poderosas a rasgar o silêncio...
ResponderEliminarNum grito, uma revolta....
Boa escolha...
Beijos e abraços
Marta
Pisar as areias molhadas de poesia alheia é sempre uma aventura agradável.
ResponderEliminarBem hajas, linda.
...quantas palavras dizemos
ResponderEliminarcom gestos?
felizes os que conseguem
decifrá-las.
bj, querida!
As palavras são de uma força enorme, capazes de tanto mudarem. Adorei esse ponto mais alto do silêncio. Um abraço.
ResponderEliminarnão conheço o autor, mas gostei muito do poema. um beijinho, amiga graça*
ResponderEliminarMais uma vez, repito-me, o poder encantatório das palavras fascina qualquer leitor.
ResponderEliminarBeijinhos
Bem-hajas!
Preciosa e Consagrada Poetiza Amiga:
ResponderEliminar"...Atam as mãos em noites de lua cheia
e despem as noites de breu.
Pisam as areias molhadas e rasgam as sombras
com que percorrem lado a lado
o ponto mais alto do silêncio.
Transformando as palavras em navios..."
Que "coisa" mais subime, bela e terna.
Fiqui fascinado por tanta gigantesca beleza.
Sim! O prazer da noite nos cais de navios que a ela aportam, confeccionam sentimentos destes.
É brilhante e fabulosa, poetiza amiga. Encantam, os seus versos.
Abraço amigo ao seu génio poético e a si.
Com respeito.
Sempre a admirá-la
pena
Bem-Haja, notável poetiza amiga.
Fantástica.
Adorei.
É um grande poeta o José Miguel Silva, e falam muito bem do Atlântico essas palavras que se transformam en navios...
ResponderEliminarbelo poema,
um beijo
e navegam
ResponderEliminardespidas de breu
as palavras
são os códigos de cada momento
muito bonito
o poema de José M. Silva
e a escolha deste cais!
um beijo
manuela
Os navios são como as palavras...unem o mundo.
ResponderEliminarParabéns ao autor e a si Graça que nos deu a conhecer este poema.
Beijos.
entendo e sinto esse poema porque sou eu um " andantes da noite
ResponderEliminarprocuram prazeres mundanos"
As palavras tem poder podendo levar à portos bons e ruins, mas nós temos o poder de controlá-las.
ResponderEliminarBjos
Belíssimo poema onde as mãos mergulham as palavras na noite, como navegam sabia e extraordinariamente neste navio.
ResponderEliminarPor mares nunca dantes navegados.
ResponderEliminarIndo aonde nenhum homem jamais esteve.
E ainda assim mundano, lascivo e terreno.
Boa escolha.
Lindo esse poema, Graça. Não o conhecia ainda.
ResponderEliminarBeijos e obrigada.
Sempre escolhas criteriosas e poeticamente excelentes.
ResponderEliminarExcelente poema!
ResponderEliminarObrigada pela partilha, Graça. Beijos.
Essa sua sensibilidade flui de uma maneira linda.
ResponderEliminarBeijo, Graça.
Rebeca
-
Graça,
ResponderEliminarNas tuas palavras navego, nelas naufrago e me afundo... com prazer!
Beijos!
AL
"Transformando as palavras em navios."
ResponderEliminarMágico!!!
Beijo.
Bela escolha. Gostei.
ResponderEliminarBeijo, querida amiga Graça.
É no cais que começam tantas viagens, as palavras transformadas em navios...
ResponderEliminarTão lindo este poema, tão cheio de metáforas lindas...
Navios de palavras molhadas e sombras que atravessam o próprio rosto em instantes propícios de silêncio...
ResponderEliminarAmiga Graça,
ResponderEliminarUm belíssimo poema nesta feliz escolha feita por sua apurada sensibilidade , talento econhecimento do que é realmente bom na literatura. Obrigada.
Beijos com carinho.
Olá Graça
ResponderEliminarÉ para mim motivo de grande orgulho e satisfação ver um poema meu publicado no teu blogue!
Bjinhos
Não comento alguns comentários aqui feitos. Mas tenho que corrijir o amigo viernes.
O meu nome não é José Miguel Silva, mas sim José M. Silva, nome de baptismo, que assina muitos trabalhos de pintura, designer... espalhados pelo país e estrangeiro; em locais privados e públicos, há mais de vinte anos).
Um bem-haja à Graça e aos autores aqui presentes.
José M. Silva
________________________________
ResponderEliminarPalmas para o poeta e obrigada a você por nos trazer tão belo poema!
Beijos de luz e o meu carinho...
____________________________
a excelência em verso
ResponderEliminar.
um beijo
gostei do poema.
ResponderEliminargrato por revelares um poeta para mim desconhecido.
beijos
.
ResponderEliminarAguarde enquanto carrega,todo meu carinho por vc...
CARREGANDO...
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CARREGADO COM SUCESSO...
Passo rapidinho pra deixar o carinho, bom resto de semana. Beijos.
Simples, direto, ao coração do leitor!
ResponderEliminarFui atingido, mesmo no peito!
Me rendo! À classe, singeleza, pureza de uma poesia esculpida no mármore da verdade e da honradez.
Minha querida
ResponderEliminarUm poema muito belo, não conhecia o autor, mas gostei muito de ler.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Ola tudo bem.
ResponderEliminarBelo poema.
" NENHUM CAMINHO É LONGO DEMAIS QUANDO UM AMIGO NOS ACOMPANHA".
"ENQUANTO HOUVER AMIZADE COMO VOCÊ NO MUNDO, HAVERÁ PESSOAS DE SORTE COMO EU, SENDO PRIVILIGIADA PELA SUA AMIZADE".
OBRIGADA PELO SEU CARINHO, PELA SUA AMIZADE, PELA SUA CONFIANÇA. COM MUITO CARINHO..SANDRA
palavras temperadas pelo "sal" das docas e do cais...
ResponderEliminarbeijinho Graça
Felizmente há tantas pessoas a escreverem maravilhosamente!...
ResponderEliminarObrigada apela partilha:)
Beijinho
Nas sublimes palavras do autor José M. Silva, navego de mãos atadas em noites de lua cheia para despir as noites de breu, num grito de revolta.
ResponderEliminarBem haja, querida Graça pela magnifica escolha. Só um espírito com extraordinária sensibilidade e estetica sabe escolher o melhor.
Bjito amigo e parabéns ao autor
Como não publicaste novo poema, fui ao blog do autor e limais poesia dele. Fiquei maravilhado.
ResponderEliminarQuerida amiga Graça, bom resto de Domingo e boa semana.
Beijos.
os noctivagos das docas...
ResponderEliminarboa escolha!
beij
E assim o poema ilustra o sol a nascer nas noites, afastando as brumas, ressuscitando os risos, transformando as lágrimas em rios de música e de regresso aos sonhos com as palavras deslisando como barcos nas águas da vida, sem medo.
ResponderEliminaras mulheres sempre rasgaram as sombras emboscadas n seu rosto.
ResponderEliminarfazem com que as palavras sejam navios nos destinos que as luas lhe indiciam.
às vezes, no cais, só aportam barcos sem memória de viagens ou vestígios tristes de naufrágios.
pesam a noite e o semblante luminoso do silêncio das águas.
--
a ti um abraço imenso
ao Zé, um até já
navegar é preciso..haja coragem pra fazer a viagem...
ResponderEliminarGostei
brisas doces para si*