Sigo os teus passos, caminheiro
perdido em
cidades sombrias.
Não sei manejar as estacas
com que te inclinas no abrigo dos alpendres.
Mas todos os caminhos me desafiam para o desvario
de um lugar, de uma palavra,
de um rosto.
Como se a linha da vida me cartografasse o olhar.
Graça Pires
De Caderno de significados, 2013
Bom dia, Graça
ResponderEliminarCurioso seu poema. Fez-me refletir sobre vidas que parecem que, por mais que escolham caminho, acabam em situação idêntica à anterior, que os tinha levado a querer alterar a rota. Há vidas que parecem verdadeiramente pré-destinadas, e o mapa de seu percurso já traçado.
bjo amigo
Querida Graça,
ResponderEliminarHá algum tempo tenho refletido sobre a poesia enquanto "destino". Sinto que esse poema elabora perfeitamente esta reflexão.
Sempre agradecida , um grande beijo.
Por vezes, os caminhos são sombrios e pensamos que voltamos ao ponto de partida.
ResponderEliminarVoltamos, sim, ao ponto de partida, mas estamos mais conscientes, mais sabedores. Quando isso não acontece, perdemos.
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Todos os caminhos me desafiam para o desvario de um lugar, distante, de uma palavra, amor, de uma poeta...
ResponderEliminarA linha da vida em cada ponto celeste! abraços
ResponderEliminarNão saberás manejar as estacas, mas as palavras maneja-las com mestria, Graça!
ResponderEliminarAbraço com força :)
Lindo poema!!! Vou levá-lo para o meu facebook.
ResponderEliminarhttp://osdiasdaflororquidea.blogspot.pt/2014/07/se-alguem-me-perguntar.html
Beijinho.
Belíssimo desfecho...
ResponderEliminarGraça, beijo!
como serão leves os passos - e festivos os alpendres.
ResponderEliminar... nos caminhos assim louvados!
beijo
Muito bonito este poema Graça, a fé na recompensa da audácia.
ResponderEliminarÉ curioso que fiz há dias um pequeno poema que tem a figura do caminheiro como tema. Resultou da leitura recente de um diário. Embora não me pareça ter a maturação devida vou publicá-lo na minha janela.
O objetivo do caminheiro será sempre o mesmo?: encontrar, encontrar-se?
E de viagem também vou...
ResponderEliminarAté breve Graça.
Por outros caminhos , vou...
Beijinho
e quão bela será a caminhada mesmo sem saber manejar as estacas(da vida).
ResponderEliminarmuito belo!
:)
Nos caminhos percorridos
ResponderEliminarhá um serôdio olhar
despertando os sentidos
que nos deixam a pensar...
Este é um poema profundo
de quem está atenta/o aos sinais.
Obrigado por nos dar a conhecer
(aos poucos), desta forma, algo da sua Obra.
Um abraço
"Viagem" sublime!
ResponderEliminarOs caminhos, por vezes, difíceis e os rumos incertos, "desafiam para o desvario de um lugar, de uma palavra, de um rosto"
A imagem ilustra bem o poema.
Muito profundo belo!
Beijo
Gracitamiga
ResponderEliminarHoje não comento, só informo: já tenho quem me produza o livro de crónicas, é a Chiado Editora
Qjs
Nem sempre é fácil manejar as estacas, até porque a vida as muda de lugar constantemente.
ResponderEliminarMas um olhar firme ajuda a seguir as pegadas…
Lindo poema.
Bom fim de semana
Beijinhos
A vida é mesmo desafiante... mas só para os que querem aprender a manejar estacas...
ResponderEliminarExcelente poema, como é teu timbre.
Graça, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Li com o olhar entorpecido.
ResponderEliminarJulgo ter entendido a mensagem.
Um bom poema...
antónio
belíssimo e de sentido intenso e profundo...
ResponderEliminar...belo olhar o teu.
bj
Fico a reflectir na "linha da vida a cartografar o olhar"... sendo que todos os caminhos devem ser trilhados...
ResponderEliminar:)
OI GRAÇA!
ResponderEliminarQUANDO ESSES CAMINHOS NOS CONDUZEM A ALGUM DESAFIO E O CONSEGUIMOS VENCER,A CAMINHADA VALEU.
BELO, COMO SEMPRE O SÃO TEUS TEXTOS.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Mas todos os caminhos me desafiam para o desvario
ResponderEliminar---------
Os caminhos são como estações do ano. Começam e acabam. Depois, voltam a reiniciar-se no ponto de de partida. O mesmo não acontece com a VIDA. Tem Primavera, Verão, Outono e Inverno. Muitos não percorrem as 4 estações.
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Que a felicidade ande por aí.
MANUEL
Uma viagem onde a poesia é brilhantemente manejada encantando que aqui chega.
ResponderEliminarUm abraço
Maria
O Coro, na Antígona, de Sófocles, lembra que "o homem nada sabe sem queimar os seus pés no fogo ardente". E Sophia escreveu num poema que os descobridores portugueses "navegavam sem o mapa que faziam".
ResponderEliminarGraça Pires segue os passos do caminheiro numa VIAGEM improvisada, a linha da vida, enfrentando desafios e desvarios,à procura de «um lugar, uma palavra, um rosto». O fogo ardente, o desafio, o desvario, revelam-se a condição necessária à «cartografia do olhar».
ManuelFL
É teu olhar o caderno de significados mais genuíno, porquanto toda palavra, gesto ou menção, transforma-se na poesia mais bela. A poesia que só teu olhar revela.
ResponderEliminarUm beijo, minha amiga!
Oi, querida amiga, Graça Pires !
ResponderEliminarNa subjetividade, consegues manejar as palavras, conduzindo-as, com maestria, à expressão de um pensamento
poético. Parabéns.
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Tem coisas bem difíceis de aprender a manejar, e isso sinto só com o tempo conseguimos nos atentar mais.
ResponderEliminarUm beijo, poetisa (e não poeta, como escrevi dia desses rs)
Cris
E como com um enorme saber e
ResponderEliminarsensibilidade se manejam as
palavras fazendo com que elas
falem...
Bj.
Irene Alves
gosto.
ResponderEliminarLindo poema querida amiga.
ResponderEliminarUm beijo.