Federica Erra
Nada
temos para dizer quando lembramos
os
cântaros da sede, a boca alagada
e
o corpo aberto à humidade dos trevos.
Calamo-nos
então para não ferirmos
a
água represada no olhar.
Os
lábios gretando na fenda da secura.
Graça Pires
De O Silêncio: lugar habitado, 2009
Sede de água, que corre nos olhos, molham a terra! abraços
ResponderEliminarO desespero, o desânimo...
ResponderEliminarHá muito a dizer nesse desespero, nessa procura...
Lindo..
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
ResponderEliminarNada haverá para dizer além do momento que dizes... Tão belo!
Um beijo
Querida Graça,
ResponderEliminarQuando o silêncio é a morada da negação, então só resta sofrer a tristeza do luto.
Imagem e poesia intensa!
Beijo.
É mesmo, há momentos em que nem um som no sai...nem uma lágrima.
ResponderEliminarBeijinhos, Poeta
O que dizer desta sede em terreno alagado?
ResponderEliminarO que dizer do amor ausente em meio a esta desmedida paixão.
Somente os lábios gretados sabem dizer.
Belíssimo poema!
ResponderEliminarHá momentos em que o silencio abarca até a sede que nos fere a alma.
Um beijinho.
Ailime
Querida amiga, Graça Pires !
ResponderEliminarNão encontrei, em meu idioma,
um adjetivo para definir, com
justiça, este poema tão especial.
Parabéns. Simplesmente, parabéns.
Sinval.
OI GRAÇA!
ResponderEliminarSEDE, QUE NEM SEMPRE A ÁGUA TEM O PODER DE APLACAR.
VERSOS LINDOS AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Quando as palavras doem na miragem do desejo e o silêncio habita a dor...(assim o vejo e sinto)
ResponderEliminarBelo poema!
um abraço
Na imagem dos lábios gretando está a prova daquilo que sobrou: nada, só recordações.
ResponderEliminarA sensibilidade dos sentimentos expressa num poema com a marca da Graça.
quando a sede te afoga as palavras, o silêncio nasce na secura das gotas que se prendem ao olhar.
ResponderEliminarLindíssimo.
Beijo amigo. D
http://acontarvindodoceu.blogspot.pt
Momentos assim prefiro sinto vontade de ficar invisível, porque parece absolutamente nada é viável ser dito...
ResponderEliminarVocê é uma poeta, Graça, parabéns!
Cris
Há aqui...tanto de mim! Só não sou criatura de lágrimas...
ResponderEliminarbj
(Gosto muito de E. de Andrade)
"Nada temos para dizer" perante este poema, profundo e belo, da tristeza silienciosa, solitária e contida...
ResponderEliminarA foto de Federica Erra, é a cara do poema. Lindas todas as imagens.
Beijo.
É viver o momento e deixar o sentir fluir... beijo.
ResponderEliminarE nada dizemos
ResponderEliminarE não há nada para dizer...
Mas no muito que vislumbro
no desânimo do personagem,
há uma vida a esclarecer e a viver!
Lindo,
Maria Luísa "os7degraus"
minha estimada Graça,
ResponderEliminara sua poesia é de uma beleza indizível. sabe da minha admiração e estima, sempre
beijo com saudade
um até breve
Venho reler...e desejar um bom fim-de-semana.
ResponderEliminarBeijinho
Graça,
ResponderEliminarvim te ler,
te agradecer a presença la no meu blog nesse meu tempo
difícil.
Logo estarei de volta
publicando meus poemas.
Bjins
CatiahoAlc.
Minha querida
ResponderEliminarPor vezes o silêncio é um vendaval de palavras.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Mas há muito a dizer do teu poema, já que é excelente.
ResponderEliminarComo sempre, aliás, pois não fazes por menos.
Graça, tem um bom fim de semana.
Beijo.
talvez apenas o sopro do beijo - como bálsamo!...
ResponderEliminarUm poema que nos leva a pensar. Gostei. Meu beijo.
ResponderEliminar“Nada temos para dizer”, é como apetece começar, sem ironia, este comentário, tal a força elegíaca e a beleza dilacerada deste poema de Graça Pires.
ResponderEliminarA terra sem vida, ou sedenta de vida, a que a mulher da foto vira o rosto, num gesto de desespero ou recusa, é memória dolorosa da “boca alagada e (do) corpo aberto à humidade dos trevos”.
O poema corta-nos a respiração, tal como a imagem. Se, recorrendo à etimologia, é legítimo dizer que fotografar é escrever (grafar) utilizando a luz (foto), então só podemos concluir que Federica Erra se inspirou na escrita e na luz de Graça Pires para construir a imagem que ilustra o poema.
Sua poesia é belíssima e tocante.
ResponderEliminarBeijos.
Nem mesmo o poema pode ser dito.
ResponderEliminarUm excelente e tocante Poema ! Gostei muito !
ResponderEliminarQuando nada se tem para dizer...
ResponderEliminarBelíssima poesia.
Desejo que a amiga esteja bem.
Bj.
Irene Alves
Quando o silêncio é um lugar habitado, então é melhor calarmo-nos, se nada temos para dizer.
ResponderEliminarFechar-se no silêncio interior...
ResponderEliminarGraça, beijo!
Boa tarde,
ResponderEliminarÉ uma realidade que em certos momentos devemos ficar fechados no silencio.
Lindo poema realista.
Dia feliz
AG
http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/
ResponderEliminarGraça, e voce conseguiu uma imagem que se casou perfeitamente com suas palavras. Demais!
Bjs
Foi bom reler esse bonito poema...
ResponderEliminarGraça, beijos!!!
Os olhos gretando tuda poesia mais pura.
ResponderEliminarLindo como discorres tão suavemente com as palavras, como água a saciar nossa sede.
Um beijo, querida.
Precioso líquido.
ResponderEliminarNada temos para dizer. E eu gostaria tanto de ter...
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