Edouard Boubat
Agora que regressaram os meses
em que a
encosta dos medronheiros
se encheu de frutos vamos correr
ribanceira abaixo
como quando éramos
meninos imortais e sem recato.
Talvez mais tarde os
medronhos
e a lascívia nos embriaguem e,
enquanto os pólenes se vão acoitando
nas flores, haja um inesperado mel
a extasiar-nos os lábios.
Graça Pires
De Caderno de significados, 2013
Belíssimo !
ResponderEliminar:)
Não me digam mais nada senão morro
ResponderEliminaraqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o país de que sou é estar aqui.
Não me digam mais nada senão falo
e eu não posso falar eu estou de pé.
De pé como um poeta ou um cavalo
de pé como quem deve estar quem é.
Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo os que eu entendo
os que podem ser tanto como eu.
Aqui ninguém me põe a pata em cima
porque é de baixo que me vem acima
a força do lugar que for o meu.
José Carlos Ary dos Santos
O medronheiro
ResponderEliminarleva a um outro mundo,
ao mundo do prazer
Onde tudo pode acontecer!...
Belo e discreto no seu dizer. Gostei!
Maria Luísa
Ritmo perfeito, dourado! abraços
ResponderEliminarBoa tarde Graça,
ResponderEliminarQue dizer de um poema assim que me faz admirá-la tanto, tanto!
Belíssimo!
Obrigada!
Um beijinho,
Ailime
Gracitamiga
ResponderEliminarHoje comento sinteticamente: mais um poema belíssimo!
No entanto, venho fazer um pedido.
Como se sabe, vou publicar o meu livro de crónicas tiradas daquelas que venho publicando na Travessa. Ora, quando ele vier a público – tão brevemente quanto seja possível – aqui deixo uma sugestão/ORDEM!!!. Compra, no mínimo, 13 exemplares, pois penso que será uma óptima prenda para casamentos, baptizados, primeiras comunhões, crismas, velórios, divórcios, Natais, Anos Novos, carnavais, Páscoas e até homenagens.
Também preciso que faças propaganda/publicidade da obra para ela ser conhecida – e comprada. Trabalhar para aquecer não me parece aconselhável e uns quantos €€€€€ sabem muito bem. Para tal darei conhecimento da data e local da ocorrência. Espero e desejo que estejas lá e as tuas Amigas e os teus Amigos também. Muitíssimo obrigadérrimo!
Qjs
E nada desaparece...nesse mundo, nesse momento em que o prazer fala...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Muito belo, amiga.
ResponderEliminarGostei muito.
Bj. e desejo que esteja bem.
Irene Alves
Ah, Graça, como era bom viver a imortalidade na infância inocente e sem recatos.
ResponderEliminarComo seria bom, agora, apesar de algum recato que não nos fica mal, nos pudéssemos enfim, valer-nos dalguma embriaguez às escusas dos medronhos...
bjo amigo
Graça
ResponderEliminarBelo poema de um tema que nunca vi abordado. No entanto os morangos se vistos de vários ângulos. Daquele talvez pouco conhecido, que o próprio fruto embriaga.
Beijos
Soberbo!
ResponderEliminarGostei muito Graça.
Faces afogueadas
da aventura
embriagados dos medronhos
vermelhos
os melros no canto
afinam as cordas
Que post harmonioso, Graça!
ResponderEliminarBeijinhos, muitos
Prazer.. Ler-te.
ResponderEliminarabraço Graça
Um dia seremos de novo crianças
ResponderEliminarBjs tantos poeta
Lindo poema, Graça!
ResponderEliminarGostava de um dia conhecer um medronho!
Beijo!
Minha querida
ResponderEliminarComo era bom que a criança que temos dentro de nós, tivesse sempre aquele sorriso dos dias de sol que nos afagava o rosto de menina.
Como sempre maravilhoso.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Nós, abelhas, em colmeias de cimento,jamais esqueceremos esse néctar rural,imortal,de meninos
ResponderEliminarcomo tal.
O nosso mel é extraído nas memórias do sabor.
Fica-nos este odor..., dum poema lindo, feito de cor.
Um abraço.
Com que delicadeza sua poesia adocica o declamar dos nossos lábios. Muito bom!
ResponderEliminarCadinho RoCo
Sempre bem! Beijinhos, Graça.
ResponderEliminar
ResponderEliminarGraça,
raramente leio algo tão bonito, fácil de visualizar na imaginação e delicioso de ler a cada instante.
Bjs
O prazer sem defesas... só de viver e sentir. Adorei!
ResponderEliminarUm beijo,
Cris
é bom voltar à infância.
ResponderEliminara minha mãe avisava-nos para não comermos os medronhos pois podiam nos fazer mal, e nós na nossa inocência e rebeldia até verdes os comíamos.
sabedoria de mãe.
traquinices de crianças.
beijo grande
:)
Não sei porque será
ResponderEliminaro medronheiro de cá
dá flores dá
mas frutos ainda não
tantos anos
porque será?
Bj
Que feliz recordação!
ResponderEliminarMedronhos, os frutos vermelhos e doces que saboreava com avidez e alegria.
Poema mágico, que nos transpota à infância, tal como a foto onde a amizade e ternura estão patentes.
Beijo.
Ah, Graça, como seria bom o belo quadro do teu poema! Lindo.
ResponderEliminarBj
Um poema que eu vivi. Ainda tenho medronhos e o amor também mas não corremos encosta abaixo.
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ResponderEliminarOlá, Graça Pires, boa noite.
Mesmo com esta correria do tempo, encontrei tempo, para passar aqui e desejar-te, uma noite maravilhosa de Sexta Feira.
Se quisermos, tudo pode-se, realizar
Abraços
OI GRAÇA!
ResponderEliminarLINDO!
CORRER COMO EM CRIANÇA, IMORTAIS E SEM RECATO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
bom dia, o poema é maravilhoso pela sua beleza, e pelo que me fez recordar nos meus tempos de miúdo, quando corria pela serra do caldeirão no meu Algarve que amo.
ResponderEliminarAG
http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/
Nossa, amiga Graça Pires !
ResponderEliminarQue forma sutil de me transportar
ao meu sagrado mundo de criança...
Muito agradecido por esta "carona",
querida !
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil !
Sinval.
Tempo de apetites de verão e de desejos mornos.
ResponderEliminarbeijos
Magnifico, saluda del Belgica.
ResponderEliminarQue garoto sortudo, esse da Ilustração. No meu tempo de escola, não havia dessas coisas. Não! Ainda que houvessem medronheiros!
ResponderEliminarJc
A fotografia dos dois miúdos é um encanto, um milagre de ternura e cumplicidade, atrevimento inocente, pura magia, que o poema partilha, ou sublinha, quando nos faz regressar ao tempo em que “éramos imortais e sem recato”. Este poema toca no mais fundo de nós, quando o tempo se suspendia porque nos sentíamos eternos, livres e sem máculas postiças.
ResponderEliminarComo sempre Graça Pires incita-nos a não desistir da vida verdadeira, quando nos anuncia que “talvez haja um inesperado mel a extasiar-nos os lábios”.
E se ela o diz com tanta beleza, só nos resta agradecer e acreditar, porque a beleza não se questiona, aceita-se como uma dádiva.
Tomara exista sempre esse mel.
ResponderEliminarGraça, beijo!
Tão bom o regresso aos meninos imortais e correndo sem recato pelas ribanceiras abaixo....
ResponderEliminarBeijo, amiga.
Muito belo, como sempre!
ResponderEliminarSaudações poéticas!
Haja essa liberdade cheia de imortalidade. Onde somos o que somos, mente livre que tem de renascer.
ResponderEliminarBelo!
São estes meses que nos preparam para o Inverno (se a cidade nos permitir).
ResponderEliminarO mel extasia-nos sempre, embriaga-nos na doçura que nos recorda tempos indefinidos.
Bom Outono.
voluptuoso
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