Não sei
Não sei dizer-te,
se o rio corre para o mar
se a ponte encurta o caminho
se o mar está em maré vaza.
Não sei dizer-te, amor,
se o amor é a palavra certa
para te dizer,
se o meu coração parou
ou o tempo parou para nós.
Não sei dizer-te, amor,
se o amor é a palavra certa
para te dizer,
se o meu coração parou
ou o tempo parou para nós.
A textura da tua pele
sente o arrepio
que diz a sede
da tua boca,
que diz a sede
da tua boca,
o orgasmo falhado dos
sentidos,
a fome que no teu
corpo espreita?
a fome que no teu
corpo espreita?
Não sei dizer-te
se o medo de perder-te
te fez perder-me,
te fez perder-me,
se os beijos que guardei para ti
já no tempo os perdi,
se foi a saudade que nos matou
ou matámos a saudade
se foi a saudade que nos matou
ou matámos a saudade
dentro de nós.
Não sei dizer-te
Não sei...
Otília Martel oferece-nos, no seu último livro “Olhos de Vida”, uma escrita onde as palavras se envolvem com todas as facetas de uma vivência autêntica, desinibida e destemidamente partilhada.
ResponderEliminarPor isso, ora nos fala de amor e paixão, com uma sensualidade intrínseca à sua poesia, ora nos leva para um imaginário de sonhos, de emoções e sensações que revelam o seu olhar atento sobre os outros e sobre um quotidiano que é o dela e o nosso também.
Parabéns, Otília.
Gostei de ler Otília Martel. Obrigada, Graça pela apresentação.
ResponderEliminarBelissimo poema de amor e tristeza...
ResponderEliminarbeijo "from" Figueia, onde estou há 2 semanas.
Ana
Quantas dúvidas, quantos questionamentos neste belo poema de Otília Martel...
ResponderEliminarGraça, amor e paz!
Muito bom! Gostei muito.
ResponderEliminarGrata Graça, grata Otília Martel.
Não se sabe, mas sente-se intensamente...
ResponderEliminarTodo esse amor, toda essa tristeza.
Gostei muito...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Ai os mistérios do não saber são infindos.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Gostei .
ResponderEliminarMinha amiga, beijinhos a ambas :)
Bom dia, o poema junta a vertente do amor com tristeza, é lindo e profundo.
ResponderEliminarAG
Lovely text and illustration, greeting from Belgium
ResponderEliminarleio a MM faz muitos anos e gosto da limpidez com que põe na sua escrita.
ResponderEliminarnão conhecia este poema e achei-o muito bom.
uma belíssima escolha!
:)
Minha querida Graça, é um privilégio "ver-me" assim mencionada.
ResponderEliminarE muito grata pelas palavras que dirige a propósito do meu "Olhos de Vida" no primeiro comentário.
Fiquei muito sensibilizada por elas.
Um grande abraço de ternura.
Otília Martel
Pois, amiga,
ResponderEliminarmeteu-se bem por seara alheia...
Beijinho para si!
Às vezes por pensar sabermos de menos, é quando já sabemos tudo que sentimos.
ResponderEliminarUm beijo!
Um poema de saudade e emoção...
ResponderEliminarGostei muito!
Parabéns à Otília e um obrigada à Graça por a dar a conhecer "em seara alheia".
Beijo.
Gosto da poesia da Menina Marota... Há anos que a leio. Por isso, a tua escolha foi muito boa.
ResponderEliminarTem uma boa semana, querida amiga Graça.
Beijo.
Sei que não sei
ResponderEliminarBjs
Oi, amiga Graça Pires !
ResponderEliminarÉ muito difícil explicar a morte de
um amor. Talvez, nem mesmo haja explicação.
Linda postagem !
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
O irreparável,o doloroso... tornado poema pela Otília.
ResponderEliminarBeijo
Muito bem dito sobre como é doído a sensação de ausência do amor,
ResponderEliminarNão sabemos dizer com palavras,como bem diz a poeta _quem sabe talvez com lágrimas.
Parabéns a Otília Martel.
Gostei muito Graça.
beijinhos
Afinal Graça Pires. É Analista de Literatura. E com Classe.
ResponderEliminarAgora Espero que o livro seja tão Bom como a sua Análise!
Jc
Olá! Um emaranhado de não saberes, próprio do amor e que bom não saberes! abração
ResponderEliminarOtília Martel é ela própria vida.
ResponderEliminarNo seu livro agora editado, "Olhos de vida" revela-nos ainda mais a sua autenticidade, surpreendendo-nos em cada poema ,com a maturidade poética que lhe conhecemos.
Parabéns pela escolha, Graça.
beijinho
um poema muito belo, sem dúvida. de um poetisa (e boa amiga) que muito admiro.
ResponderEliminarbeijos (repartidos)
Um belo poema de amor e perda onde transparece tantas interrogações.
ResponderEliminarGostei bastante!
beijinho
Fê
Boa noite Graça, outra excelente poetisa, outro belíssimo poema!
ResponderEliminarGostei de conhecer Otília Martel!
Um beijinho,
Ailime
A poeta não sabe como eu não sei.
ResponderEliminarUm poema perfeito a pôr à flor angústias do atravessar da ponte.
Soube do lançamento pois acompanho os eventos pelo FB. Não conheço a Otília e acho que foi o primeiro poema que li. Encantada, confesso! Apreciei, sobretudo, o jogo de palavras (em versos dicotómicos) conferindo sentidos imagéticos sui generis.
ResponderEliminarObg pela partilha, Graça.
Bjo :)
O tempo que passa, o que não se fez por isto ou por aquilo, um sentir que desconforta...
ResponderEliminarParabéns a Olívia Martel, gostei muito!
Um beijo :)
Olá, Graça Pires
ResponderEliminarBom tudo.
Vim, desejar-te, um fim de semana, bem bom.
Muita Paz. Desejos de alegria. Certeza sim, que independente da tua religiosidade, o Criador, está sempre de plantão, olhando por mim e por ti, e nos convidando, a refletir sempre, que o melhor do mundo, somos nós, os seres humanos. Por isso, somos humanos e, criados, à sua semelhança.
Dito isto, te convido a vim " cumê' um "manuê" cá no meu blogue.
Um abraço.
Vim agradecer os comentários que tão generosamente teceram ao meu poema que a Graça Pires teve a gentileza de partilhar neste seu blogue que tanto gosto de ler.
ResponderEliminarObrigada.
Aproveito para desejar a todos um Feliz Natal, com um grande abraço de carinho.
Otília Martel