Henri Matisse
No
insondável lugar das encruzilhadas
traço
os sons, acolho as formas,
corrijo
a dicção.
Evito
que as letras ignorem o lume
perturbante
onde podem arder os sonhos.
Procuro
a voz diferida da inocência
para
estilhaçar o verbo no centro do medo
e
espalhar o meu nome pelas pedras
tão
alheias a qualquer simbologia.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
para que na verticalidade
ResponderEliminara palavra fique a marcar o espaço e o tempo
- a imortalidade.
Mas não são inocentes as tuas palavras...
ResponderEliminarExcelente poema, minha amiga, gostei imenso.
Graça, tem uma boa semana.
Beijo.
Lindo poetar. Parabéns e uma feliz e inspiradora semana
ResponderEliminarGraça, a cada vinda aqui, uma lição. Tanta criatividade, delicada e profunda. Mestra. Muito a ensinar. Muito a nos comover. Beijos.
ResponderEliminar...como a criança que sonha
ResponderEliminarafagar estrelas na luz e pureza.
claridade...
um beijo, amiga!
Olá Graça
ResponderEliminarLindo poema, desejo uma bela tarde. Abraços.
E se escrevam memórias de luz...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Essa voz está presente em todos os seus poemas amiga Graça!
ResponderEliminarLindo, lindo!
Um beijinho e boa semana
Como sempre fico encantada com os seus poemas. Parabéns por mais um.
ResponderEliminarBeijos de boa noite
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Apetece-me ser original no comentário
ResponderEliminarBelo o teu livro
Bjs
Alegria colocamos no nosso dia, quando podemos ouvir a voz da inocência.
ResponderEliminarUm abraço,
Sônia.
ResponderEliminarGosto muito da força imprimida às formas verbais que a Graça utiliza. O poema mexe-se.
Beijo meu!
Lídia
Que a palavra vença sempre o medo!
ResponderEliminarBeijos, Graça :)
É também este o incansável trabalho do poeta que a Graça cumpre tão bem!
ResponderEliminarBeijinho
Lindo =)
ResponderEliminar~~~
ResponderEliminar«Um lume perturbante» que emite «uma claridade que cega»...
Muito belo o poema que procurou a voz inocente e imaculada.
Abraço, Graça amiga.
~~~~~~~~~~~~~
Boa noite querida Graça.
ResponderEliminarUm maravilhoso poema. Uma abençoada semana. Enorme abraço.
A voz que aclara e fala de coisas que acredito.
ResponderEliminarProfundo lindo poema de sua arte bela.
Semana linda para voce Graça.
Bjs da paz.
em verdade, minha amiga, não sei se a inocência será possível.
ResponderEliminartodas as coisas - até as pedras - estão "maculadas" de sentido(s).
compete aos poetas - ambos o sabemos - descobrir a "gramática" de seu entendimento.
que assim seja - e na tua poesia acontece. sempre! - e então teu nome, poeta, é o nome de todas as coisas.
(desculpa a "banalidade" do comentário, Graça. poderia ter-me limitado a dizer que gosto muito do poema e de teu livro rss)
beijo, minha Amiga
assim é...com tão poucas palavras e tanta intensidade
ResponderEliminarmas a inocência se perde e é urgente a fazer reviver em nós e nas palavras
mais um belo poema
beijo
:)
Esta voz acompanhará sempre aqueles que aprenderam a escutar!
ResponderEliminarLindo demais Graça.
Beijos, com carinho,
Mariangela
Hum! Momento sublime de inspiração. Grato por seu amor ao nosso Brasil.
ResponderEliminarCadinho RoCo
lindo, Graça, tão bom te reler... teu poema adquire vida, é quase visual. beijos :)))
ResponderEliminarhttp://notasborradas.blogspot.com.br/
O poeta pode ter o olhar da criança que não se perdeu (ativa no modo
ResponderEliminardo sentir...), dando a luz desta inocência as palavras, que dançam (se movimentam)
na racionalidade e estética literária.
Percebo o seu belo olhar sempre na sua poética
de grande Poeta!
Um beijo.
Graça convoca o seu trabalho poético - «traço os sons, acolho as formas, corrijo a dicção» -, na demanda de uma luz primordial - «evito que as letras ignorem o lume […] procuro a voz diferida da inocência para estilhaçar o verbo» -, e constrói um universo só seu, tão próximo do coração da vida - «o meu nome pelas pedras tão alheias a qualquer simbologia».
ResponderEliminarAdorei a escolha de Matisse para ilustrar este poema.
Beijo, Graça.
Olá Graça.
ResponderEliminarSua postagem já começa muito bem com essa tela de Matisse, depois segue com o “Procuro a voz da inocência”, um poema de singular beleza. Parabéns.
Abraço.
Pedro.
As coisas mais bonitas da vida... só podem ser vistas através da inocência... e são sempre os poetas... que as descrevem como ninguém, através das suas palavras...
ResponderEliminarComo sempre, um poema muito belo e profundo, Graça!...
Beijinho! Continuação de uma boa semana!
Ana
Mais um bom poema, GRaça !
ResponderEliminarBeijinhos de bom dia :)
A representação do trabalho árduo de um escritor: transmitir o sentimento sem ferir a retórica.
ResponderEliminarBelas as suas palavras.
Gostei do quadro a acompanhar o texto.
Beijinhos
Como é habitual em si uma excelente poesia.
ResponderEliminarDesejo que se encontre bem.
Bjs.
Irene Alves
"Procuro a voz da inocência" é mais um poema pleno de significado e luz. Gostei muito e também da pintura que o ilustra.
ResponderEliminarBeijo.
Leio-te sempre a decifrar a semiótica que pretendes projetar com a escolha do léxico, tendo em vista mensagem. E sempre me encanto! No poema, a essência de um EU, eivado de qualquer contaminação. Excelente trabalho poético (para não variar).
ResponderEliminarBjo, Graça :)
Oi Amiga, Graça Pires!
ResponderEliminarBoa noite !
Inclua, por favor, às demais manifestações,
o registro desta minha admiração, por tão
belos versos. Admiráveis versos !
Parabéns e um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Até Setembro amiga Graça!
ResponderEliminarbeijinho
Uma linda descrição.
ResponderEliminarUm beijo na estrela.
Bela poesia. Tenha um final de semana lindo.
ResponderEliminarBjs
Tânia Camargo
Gostei de reler este teu excelente poema.
ResponderEliminarGraça, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Olá. Seu senso criativo é graciosa.
ResponderEliminarO melhor elogio.
Obrigado por sempre visitar.
Cumprimentos de Japão. ruma
Graça Pires
ResponderEliminarUm pedacinho, ao menos, da voz da inocência devia sempre ficar connosco. No caso fica mencionado pela poetisa, num dos seus bonitos poemas.
Postagem “Maranhão – São Luis”
Veja e comente o post
http://amornaguerra.blogspot.pt/
BRASIL: O SORRISO DE DEUS.
Beijos
Graça Pires
ResponderEliminarPelo menos, vale a menção da voz da inocência, num dos teus belos poemas.
Postagem “Maranhão – São Luis”
Veja e comente o post
http://amornaguerra.blogspot.pt/
BRASIL: O SORRISO DE DEUS.
Beijos
Prudente, tacteante, mas eternamente curiosa...
ResponderEliminarUm beijinho, Graça :)
perturbante onde podem arder os sonhos.
ResponderEliminar------------
Os sonhos ardem?!... Os sonhos dão alegrias e tristezas. E há sonhos que acabam nos destroçando porque foram sonhos que deram a ilusão de realidade, mas não passaram de sonhos.
Que a felicidade ande por aí.
MANUEL
"A voz da inocência" é uma belíssima inspiração.
ResponderEliminarMais um poema incrível. Parabéns! Acho que representa muito bem o que é escrever.
Ótima semana. Beijinhos.
"pedras tão alheias a qualquer simbologia", contudo são depósito de histórias de todos os tempos. Lindíssimo!
ResponderEliminarLindo e profundo poema. A voz da inocência é pura e espontânea...
ResponderEliminarUma boa semana... Muita paz e um grande abraço.
É sempre bom este encontro com a palavra reveladora, sobretudo pelas mãos de quem conhece a aventura da escrita. E como gosto "dessas pedras tão alehias a qualquer simbologia".
ResponderEliminarBeijos,
Muito significativo para mim este poema, gostei muito. Estou tentando lembrar algo meu parecido, mas como estou viajando, não estou com meus poemas todos neste notebook...
ResponderEliminarDe passagem
o silêncio da palavra
rasga o fulgor da vida
no gesto mais simples
fértil
efêmera
o poeta se despe em cada poema
e sente a arritmia do tempo
quase musical
quase poesia
a dizer que
somos livres
Solange Firmino
À busca da palavra, do termo, para o deenvolvimento do texto. A análise precisa, o,traço que transporta o poema. Sempre a procura, sempre.
ResponderEliminarUm beijinho.