Jean Dieuzaide
Não tem limites a cúmplice desordem
das
cidades onde resistimos
ladeando
de argila
as
janelas das casas
para
que o ferrolho do ruído
não
abra uma ferida
nas
paredes brancas
em que um extenso silêncio se instalou.Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
Profundo olhar esse.Linda poesia! bjs, chica e tudo de bom!
ResponderEliminar"A cúmplice desordem das cidades"...
ResponderEliminarPor mais ferrolhos, por mais muros que se interponham, a brancura original está manchada pela nossa mão. Irremediavelmente?
A impotência do barro, nós, o barro dividido entre os de dentro e os de fora da janela?
A Poeta ao editar este poema, já com algum tempo, prova a intemporalidade da poesia. Ele interpela-me com uma frágil janela.
Bj, amiga Graça.
Pequeno mas profundo e verdadeiro!
ResponderEliminarBeijo e uma excelente semana.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
O Mundo e a sua desordem... Entra pelas janelas e corrompe... O tempo e o silêncio e arrasta mágoas...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Olá, minha querida Graça!
ResponderEliminarDiga-me tudo o que tem feito por estes dias. Não ligue, pke não é nada disto k pretendo escrever. Enfim, são as minhas divagações, mas já não me "curo".
Pois, tem toda a razão, pke a escrita da menina (ora, mora na Linha, portanto, este termo, assenta-lhe que nem uma luva -rs) é de tanta qualidade e assim, a modos que filosófica com verdades, que fico "à nora" para comentar o k escreve.
A desordem das cidades é fruto de mta coisa, de mtos fatores, e vamos continuar a resistir, umas vezes com "ferrolho", outras sem, pke o silêncio, por vezes, precisa de ser agitado, sana e inteligentemente, o k é raro acontecer, acrescento.
Agradeço a sua visita e comentário, sempre, mas sempre na "mouche".
Beijos e dias de muita luz
Esqueci-me de falar sobre a foto, pintura, não sei, que encima o seu poema.
ResponderEliminarGosto mto de janelas e portas, gosto, e em tons de preto e branco, ainda mais.
A imagem encaixa-se, perfeitamente, nas suas palavras.
Espero, num destes dais, ler um poema de amor, seu. Posso meter a "cunha" (risos)?
Beijo com estima e afeto.
As janelas da nossa vida
ResponderEliminarQue nossas cidades compõem
Por vezes são a partida
De imagens de vida, sem vida
Que a nossa vida destroem
.
Deixo amizade e carinho
Nada é mais limitado, a desordem das cidades entra saltitando pelas frestas, não há trancas ou isolamentos que aguente tanta arruaça, tanto espíritos em desavença.
ResponderEliminarQue linda janela... você tem um gosto bem refinado, amiga.
Um beijo, belo poema!
Graça Pires:
ResponderEliminaro tempo é agreste e sem memória.
e os ventos sopram, em falsa normalidade, com remoinhos imprevisíveis.
este é o clima, literalmente, que nos assola.
"todo o tempo é tempo de mudança", como diz o poeta, mas só não sabemos, com as escolhas que fazemos (ou não fazemos), que mundo criamos e para onde caminhamos.
vivemos, aqui no ocidente, setenta anos duma paz relativa.
agora, uma nova ordem mundial está visível, pondo em causa os progressos alcançados.
a europa não está nada preparada para isto.
dúvido muito das capacidades destas lideranças, que teem falhado sistematicamente na resolução dos problemas surgidos.
esta europa que se cuide, pois vai enfrentar grandes desafios.
vamos olhar mais para o nosso "quintal", e esquecer o do vizinho, esquecendo que o bem dele é, também, o nosso.
o sonho ainda é possível...
gostei muito que tenha, neste momento de incertezas, partilhado este lúcido poema. obrigado.
um beijo, minha Amiga e uma semana de paz interior.
Boa tarde, linda imagem, pela janela entra o ar e luz sem limite, faz o equilíbrio da desordem das cidades.
ResponderEliminarFeliz semana,
AG
Bonito texto, Graça. :)
ResponderEliminarBoa semana. Beijos
Boa tarde, querida Graça!
ResponderEliminarGosto de imagens assim para fotografar e poetar, como vc fez muito bem!
Bj muito fraterno
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarBem verdadeiro. Um bom começo de semana.
Beijokas,
Tânia Camargo
Não há barreiras que se possam levantar quando o ruído se quer instalar – rimei, sem querer.
ResponderEliminarAssim acontece com o nosso interior. Queremos isolá-lo de perturbações externas, mas os muros que levantamos apenas nos permite um intenso silêncio.
Gostei muito deste seu texto poético, amiga Graça.
A imagem está em perfeita sintonia com as palavras.
Votos de uma semana muito feliz.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
E assim vamos vivendo a realidade que passa por entre
ResponderEliminaras janelas que por vezes nos conquistam por
vezes nos decepcionam.
Bjs e boa semana.
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Maravilhoso contraste de palavras.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Silêncio, sim, mas prenhe de sons...
ResponderEliminarBeijinhos e feliz semana , amiga
Lindas palavras amei, tenha uma semana abençoada e obrigado pela visita.
ResponderEliminarBlog: https://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br/
Canal:https://www.youtube.com/watch?v=DmO8csZDARM
Portas abertas janelas escancaradas
ResponderEliminarUm belo equilíbrio na assimetria
Bjs tantos
Linda e triste, Graça, como a própria vida. Todo o cuidado para manter o ferrolho não desperto,
ResponderEliminarpara que a vida seja forte. Beijo!
Nas cidades, o silêncio e a solidão perduram minha amiga.
ResponderEliminarUm beijinho e boa semana
Pois não, Graça...
ResponderEliminarabraço
Oi, querida Amiga, Graça Pires !
ResponderEliminarE tudo isto para preservar a intimidade
do ambiente.
Belíssimas observações poéticas !
Uma ótima semana e um carinhoso abraço,
aqui do Brasil.
Sinval.
E quando se percebeu as grades nos isolaram do mundo.
ResponderEliminarGostei muito da iustração e o que a ela representa.
Abraços com carino.
Bjs
Os paradoxos da vida, em poucas, belas palavras!
ResponderEliminarCumprimentos, com votos duma feliz semana
Para refletir...
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
✿゚ه° ·.
ResponderEliminarCada vez mais vivemos trancados em nossas próprias grades!...
A fragilidade não é das janelas... é nossa e de como deixamos a vida chegar a esse ponto!...
Você tem uma visão aguda para ver a vida, mesmo poetizando.
Boa semana, com tudo de bom!
Beijinhos.
⎝❀ه° ·.
É da relatividade
ResponderEliminarDe cada ponto de vista
Que o observador avista
A sua realidade.
Realmente a claridade
Cega sem deixar uma pista
Nem do espaço que dista
A mentira da verdade.
Einstein foi sábio, diria.
Quando se ama, a luz do dia
É clara e não a vemos, pois.
Quando se ama, há a magia
De um outro Sol que alumia
Verdade só para os dois.
Abraço amigo e fraterno. Laerte.
As cidades possuem seus próprios ruídos, que por vezes vem perturbar nosso desejo de quietude.
ResponderEliminarAbraço.
as cidades todas diferentes todas iguais
ResponderEliminaressa desorganização que fala também se remete a nós
à mão do homem
e seus sentires
mais um belo poema curto e tão grande na sua mensagem
a foto muito bem escolhida e igualmente muito boa
boa semana
beijinhos
:)
Teu olhar para essa imagem, ao mesmo tempo tão pesada ou mesmo tão leve e cheia de poesia, transborda em belas palavras!
ResponderEliminarBeijo!
O silêncio do comodismo, que prefere não sair da sua área de conforto em prol de uma ordem social mais justa. Lindo poema, Graça!
ResponderEliminarBjk.
Ah, Graça, como sabes falar desse silêncio pesado!
ResponderEliminarBeijo
Uma lúcida metáfora à vida das cidades. Desordem e ruído, a contrastar com "um extenso silêncio" e muita solidão.
ResponderEliminarLindíssimo o poema e, também, a foto que o ilustra.
Beijo.
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema magnífico!
A “desordem nas cidades” e cada vez mais a nossa incapacidade para resistir ao caos que tantas vezes fere o silêncio que abrigamos.
Beijinhos e continuação e boa semana.
Ailime
Cidades que nos matam. Lindo!
ResponderEliminarBoa tarde, Graça
ResponderEliminarLindo poema, abraços.
Confusão, muito betão, ruído e mais sei lá o queê nas cidades. MAs eu dou-me bem com isso. Sou uma moça de cidade agitada. e nasci em cidade pequena. Estranho não é?
ResponderEliminaras casas têm uma voz
ResponderEliminarpor isso dizemos voltar a casa e escondemo-nos da desordem da cidade
um abraço, Graça
Um excelente poema crítico sobre o isolamento e uma
ResponderEliminarcerta desolação que as metrópoles provocam na
vida das pessoas.
Um bom final de semana, Graça.
Um beijo.
Este poema evidencia um exímio trabalho sobre as palavras – cúmplice desordem, ferrolho do ruído, extenso silêncio. Deste modo a poeta, ao “fabricar” as nossas emoções, cria um entendimento que vai para lá do entendimento. Isso é arte poética, para ser amada e partilhada.
ResponderEliminarA foto com a janela é espantosa, desassossega, inquieta. Tal como o poema.
Beijo, Graça
Verdade que não tem limites de se estender não, bem vistas as coisas, o progresso ditado pela globalização progressiva dita abandonos, que para mitigar nos refugiar na poesia.
ResponderEliminarAgradeço que veja, leia e comente BRASIL - O SORRISO DE DEUS.
ALAGOAS, A GUERRA COM OS HOLANDESES E O QUILOMBO DE PALMARES
Bjs
Poema maravilhoso. Parabéns pelo trabalho, foi um prazer a leitura.
ResponderEliminarBelo dia.
Boa tarde, desejo-lhe feliz fim de semana,
ResponderEliminarAG
Deve ser por isso que cidades para mim, só em visita.
ResponderEliminarPoema sublime!
Beijinhos e bom fim de semana!
E há que resistir...
ResponderEliminarMais um excelente poema, gostei imenso.
Bom fim de semana, querida amiga Graça.
Beijo.
E as cidades, por vezes, conseguem isso mesmo, em nós... silenciar-nos com o seu ruído!
ResponderEliminarE como muito bem, diz o Jaime... há que resistir!
Um belíssimo poema, Graça! Mais uma vez, de uma profundidade e alcance notáveis!
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
Um silêncio agitado, um prenúncio de maus desígnios...
ResponderEliminarSempre oportuna, Graça, nunca descurando o talento.
Um beijinho :)
A crueza da cidade e, ao mesmo tempo, a atracção que exerce sobre nós.
ResponderEliminarBelíssimo, Graça!
Beijos :)
Nos isolamos cada vez mais para tentarmos ficar seguros e nisso, gritamos por dentro.
ResponderEliminarBelo poema, bela imagem.
Abraços e feliz semana.
O que admiro em si é o casamento perfeito entre o belo e o sentido. Para mim, é isto a poesia!
ResponderEliminarbeijinho, Graça!
Belíssimo e profundo o seu poema. É clara a nossa cumplicidade na desordem das cidades , quando simplesmente fechamos nossas janelas e silenciamos. Covardemente.
ResponderEliminarGrande poema. Um abraço Graça.
Fantástica criação poética sobre a solidão e a indiferença humanas, sobretudo nas grandes urbes!
ResponderEliminarSim, todos somos cúmplices!
BJ, Graça ☺
Uma cumplicidade perfeita entre ideia e imagem.
ResponderEliminarCriação poética assertiva.
Beijo, Graça.
Inspiração deliciosa
ResponderEliminarCadinho RoCo