Amedeo Modigliani
Já não possuo a voz de outrora,
quando
repartir o pão
era
um gesto maternal
e
os filhos me pediam os olhos
para
poderem adormecer.
Com
os pulsos abertos
a
qualquer aflição
manejo,
como sei,
o
sulco invisível da luz.
E
sei-me rodeada por um rio
gemido
até à secura.
Graça Pires
De Fui quase todas as mulheres de Modigliani, 2017
Adorei!
ResponderEliminarBom Domingo
beijos
Lindo, tocante,Graça! bjs, chica
ResponderEliminarSensibilidade e inteligência, nesta série extraordinária sobre os modelos femininos(agora também nossos...?) de Modigliani!!!
ResponderEliminarbj e sinceros parabéns
Magnifico poema muito bem ilustrado pela pintura do mestre Modigliani.
ResponderEliminarUm abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Uma poesia que traz um encanto admirável.
ResponderEliminarObrigada por compartilhar esse seu lindo trabalho "Fui quase todas as mulheres de Modigliani".
Beijinhos estalados...
Verdade explícita das fases da vida...
ResponderEliminarAbraço.
A solidão... as memórias... o tempo....
ResponderEliminarMas a voz continua forte... ainda se escuta....
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Muito bonito, e emoldurado por Amedeo Modigliani só podia ficar assim, uma pérola!
ResponderEliminarBeijo, querida Graça, uma feliz semana!
Hoje a " camisola é preta, o coração está triste, sem cor; já nada é igual, nem a " voz", nem as mãos que " repartiam o pão e os olhos...já os filhos não os pedem para adormecerem, mas...o coração está lá inteirinho pronto e " aberto" a qualquer aflição; é uma mulher, uma mãe, uma amiga que , forte e firme de vontade ali estará, olhando o rio atenta a qualquer " gemido " ; nada será como outrora, não será ela, não serão os filhos , não será o rio e nem será a camisola, mas uma coisa não mudará.... a sua vontade firme de olhar o rio até que ele seque.
ResponderEliminarRevi- me nesta mulher, mesmo hoje não vestindo camisola preta, mas já vesti essa cor e não sou capaz de imaginar a cor que usarei daqui a alguns instantes, a cor que me vestirå amanhã, se o tiver
Querida amiga, obrigada pelo belo momento onde nos retratas mais uma mulher, uma mulher que pode ser cada uma de nós. Beijinhos e que o negro não te vista o coração, que fique só na camisola.
Emilia
Estou a adorar as tuas mulheres de Modigliani.
ResponderEliminarabraço Graça
Amiga Graça, uma pérola de poesia, para emoldurar lembranças guardadas no coração. Abraços, um anoitecer feliz e um amanhecer para um início de semana de muita paz e saúde. bjuss
ResponderEliminarAdorei! Dentro de cada mulher há sempre várias mulheres que com o desenrolar do tempo e da vida vão tendo o seu papel principal.
ResponderEliminarBoa semana, beijinhos.
Sentimientos femeninos se enlazan con la imagen del gran pintor y los acertadísimos versos que esta imagen ha inspirado. Me han encantado. Saludos muy afectuosos y cordiales. Franziska
ResponderEliminarA voz pode não ter a mesma limpidez de outrora mas tem, seguramente, o mesmo querer do sulco invisível da luz.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana cheia de poesia.
Muito bom!!
ResponderEliminarMuito dorido como o dia de hoje...
Beijinho.
Oi, Graça!
ResponderEliminarQue lindo!!! Sensível, delicado... as palavras nos tocam!
Beijos! =)
Boa noite querida Graça.
ResponderEliminarMinha amiga muito lindo, uma poesia tocante. Uma feliz semana. Grande abraço.
A cor, faz a diferença?
ResponderEliminarParece que não, mas sim!
Faz a diferença assim
Como glamour ou doença...
Preto... No preto há a crença
Que essa peça em cetim
Seduza. Eu tiro por mim
Não ser o que o povo pensa.
Sedução é a cor-de-rosa
Ou branco que sempre goza
De pureza e de meiguice
É cor da mulher dengosa
Que se exibe e só de prosa
E posa com essa meninice .
Grande abraço. Laerte.
Um eterno mistério, um eterno poema: as mulheres.
ResponderEliminarA ler, logo que possível, em "Fui quase todas as mulheres de Mondigliani"
Beijo e boa semana
Super sentimental, obrigado pela visita.
ResponderEliminarBlog:https://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br/
Canal:https://www.youtube.com/watch?v=DmO8csZDARM
Bah, até já me vejo um pouco assim.
ResponderEliminarAntevejo o futuro, enfim...
E não temo.
Amo!
Esta poesia até me ajudou nisso.
abraço
Lola
Tão fui uma das mulheres
ResponderEliminarKis :=}
Oi, minha amiga Graça,
ResponderEliminareste poema me fez rever o Retrato de Cecília Meirelles.
Tão poética a sua transfiguração, tão mais nostálgica a de Cecília. Em ambas a poesia pede passagem sem sair de dentro de cada leitor.
Retrato, Cecília Meirelles
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Uma boa semana, Graça!
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
O preto da camisola na luminosidade de versos impecáveis a me colocarem em meditação ouvindo a www.hellowebradio.com ... você.Vem!
ResponderEliminarCadinho RoCo
Graça Pires
ResponderEliminarQue beleza de poema e de ilustração!... Confesso-me admirador da desta forma de poesia, talvez clássica, mas bem bonita.
Beijos
que bonito, Graça!
ResponderEliminarParabéns e uma boa semana!
Graça querida, te ler um presente sempre.
ResponderEliminarVocê tem o dom de poetizar ao redor .
Um beijão
Quanta nostalgia, pesar e solidão na «Mulher com camisola preta»!
ResponderEliminarExcelentemente expressos no teu brilhante poema.
Beijinhos, estimada Amiga.
~~~~
Querida Poetisa, Graça Pires !
ResponderEliminarFico enamorado ao ler os teus lindos
versos, sempre com sabor de "quero mais".
Parabéns e, como de costume, um carinhoso
abraço, aqui do Brasil !
Sinval.
Olá Graça!
ResponderEliminarLembro de ter assistido um filme sobre a vida de Modigliani. E aqui encontro sua obra em versos. A beleza não é limitada, é pura expansão. Adorável, Graça.
Uma boa noite, com muitos beijinhos do outro lado do Atlântico.
Tenho esta, tenho-as todas. São de Modigliane e tuas.
ResponderEliminarE, de cada vez que leio um poema do teu livro, encontro mais um acrescento de poesia e beleza.
Folhear é sentir mais intensamente.
Beijinho, amiga.
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarQue poema tão belo!
Recordações de gestos e olhares que hoje a voz já não acompanha.
Apenas o rio, sempre o rio, a extravasar emoções.
Beijinhos minha Amiga,
Continuação de boa semana.
Ailime
OI GRAÇA!
ResponderEliminarRECORDAÇÕES, DITAS DE MANEIRA TÃO BELA QUE NOS PENETRA A ALMA.
AVRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Lindo do princípio ao fim este livro.
ResponderEliminarAconselho vivamente a sua leitura.
beijinho, Graça e que continue assim a deliciar-nos
Um poema que exige muito do leitor. Terá ele que ir próximo à alma da poetisa, para melhor senti-lo. Belo poema, querida amiga Graça.
ResponderEliminarUm beijo, Pedro.
Linda quarta-feira!!!!!!!!!! Beijos
ResponderEliminarmas ainda existe a ternura
ResponderEliminare se o tempo deixa marcas, também cria sabedoria.
muito belo, como sempre!
beijinhos
:)
Não sei o que sentiu A. M. ao pintar este retrato. Mas sei que a poeta manejou, com precisão, a palavra para retratar a Mulher que se cumprirá sempre...
ResponderEliminarBelo, muito belo!
BJ, Graça
Lindo poema!
ResponderEliminarO tempo passa
e desgasta
como água de um rio correndo
corroendo tudo à sua passagem.
Bjo
Assim é a vida de tanta gente, de facto... um gemido até à secura...
ResponderEliminarExtraordinário trabalho, Graça... com a sensibilidade e o realismo, bem presentes!
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
Mais um excelente poema.
ResponderEliminarParabéns pelo talento constante que os teus poemas exibem.
Bom fim de semana, amiga Graça.
Beijo.
Há mulheres vestidas de noites que despertam madrugadas
ResponderEliminarBj
Boa tarde, a pintura de Amedeo Modigliani é maravilhosa, de preto ou de encarnado a vida vai-nos tirando as faculdades lentamente, em compensação dá-nos a sabedoria, o poema é lindo.
ResponderEliminarFeliz fim de semana,
AG
Amiga, só poderia ser o preto, pelo momento
ResponderEliminarque o nosso país está a passar.
Continuo na Irlanda e a acompanhar o que se
passa em Portugal. A m/tristeza é imensa e
muito tenho chorado.
Vale-me estar com os m/pequenos da família
e esta frescura da Irlanda.
Desejo que a amiga se encontre, dentro do
possível bem.
Um bj.
Irene Alves
Graça, boa noite!
ResponderEliminarAgradecida pela sua visita em meu blog.
Aproveito para desejar-lhe um bom final de semana e deixar um forte abraço.
Neste poema a Graça dá-nos a ver esta mulher com camisola preta a repartir o pão, gesto cheio de simbolismo, sulco invisível da luz.
ResponderEliminarBeijo.
Olá Graça!
ResponderEliminarQue poema lindo, lindo!
Fiquei com vontade de "devorar" o livro.
Sucesso, beijo e bom fim-de-semana.
o preto, a ausência de luz
ResponderEliminarapenas na camisola, porque a mulher, mesmo voz a gemer, é luz
um abraço, Graça
Da camisola
ResponderEliminartalvez o preto não seja
já o tempo fatal
que nos mingua o caudal
Quem sabe se posso ainda tingir
no mínimo fingir
vesti-la de outra cor
e do gemido brote amor?
Bj, Graça.
Oi Graça
ResponderEliminarFicaria por aqui a ler-te silenciosamente, como gosto!
Tanta beleza nas palavras! tanto gemido ora de alegria ora de dor.Todos necessários.
Beijo