Christine Ellger
Há a palavra em duelo no poema.
Há um grito rasgando
o surdo rumor
da chuva de novembro.
Um grito a cortar a respiração
das árvores
sem folhas.
Um grito que estremece nas mãos
das mulheres estéreis
e no silêncio
das aves que não voam.
Graça Pires
De Caderno de significados, 2013
Se o grito fosse como o vento
ResponderEliminarQue passa sereno, sem escolhas
Levaria ao mundo o meu lamento
Por ver as árvores sem folhas
....................
Amei seu poema
.
Semana feliz.
Começando pela foto que é excelente, o poema não fica a trás. Parabéns!!
ResponderEliminarBeijo e uma excelente semana.
Inspiração Divina. Gostei muito
ResponderEliminarA foto é maravilhosa
Bjos
Boa Segunda-feira
Ah!Este grito presente no coração daqueles que quase não mais sonham, na alma dos que já não choram, nos olhos de quem já nem têm a quem olhar... Lindíssimo, Graça. Parabéns...
ResponderEliminarUm grito poético cheio de significado...
ResponderEliminarabraço Graça
Divino e inspirado grito! Adorei! bjs, chica
ResponderEliminarHá um grito de vida pela vida em seu poema. Majestosa sua inspiração no foco essencial da vida.
ResponderEliminarAbraço.
Maravilhoso as vezes devemos gritar para esvaziar da situação,
ResponderEliminarobrigado pela visita, tenha semana abençoada.
Blog:https://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br
Canal:https://www.youtube.com/watch?v=DmO8csZDARM
Querida Gracinhamiga II
ResponderEliminarEse teu poema é um espanto!Um grito no papel e no sentimento. Mais uma vez aplaudo-te!
Qjs do Henrique, o Leãozão
Um grito... Sonhos... Desejos.. Paixões...A vida que não podem ficar esquecida....
ResponderEliminarLindo..
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Muito bom este poema e magnificamente ilustrado.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Hello Graça,
ResponderEliminarA wonderful poem with a beautiful picture.
This could be nice to be framed.
Hugs, Marco
Boa tarde, amiga Graça Pires
ResponderEliminarFui abençoado por este dourado outonal que guardo nos bolsos para os dias que hão-de vir. Abri a janela para conferir o Ortografia. Experimentei o gozo de haver poesia. Inexplicavelmente
Li li li li
Até que os olhos deixaram de ver
o contorno e a linha e
a boca repetiu a imagem do som
que pairava no ar
até o silêncio imprimir aos lábios
o movimento da imobilidade total
O verso revelou-se então
na sua cristalização divina
desenhada no "ó" dum beijo
um grito em forma de poesia
ResponderEliminarem Novembro que deixou cicatrizes
um grito asfixiado que por vezes é preciso deitar fora nem que sejam
por meio das palavras
a imagem de suporte é muito bonita
gostei...
boa semana.
beijinhos
:)
Boa tarde , querida amiga Graca !
ResponderEliminarUm grito sufocante e proveniente se um coração angustiado ... ele ressoa como frio cortante na alma dilacerada ..
Seja feliz e abenciada !
Bjm de paz e Ben
Boa noite Graça,
ResponderEliminarQue poema tão belo!
Há um grito que teima em quebrar o silêncio das ausências.
Mas, na sua excelente poesia, há um grito imenso e inspirador da Poeta na sublime forma como tece as palavras.
Um beijinho, minha Amiga, e continuação de boa semana.
Ailime
sinais de esperança
Há gritos que não dormem
ResponderEliminarBj sempre
Não diria que é um grito maravilhoso, mas um sofrimento intenso. E a ilustração é divina, casa perfeito com o poema triste.
ResponderEliminarBeijo, querida Graça. Uma feliz semana.
Há um sofrer sem conta amiga.
ResponderEliminarNo silencio o grito pela vida
Semana maravilhosa
Beijo
Graça Pires
ResponderEliminarNão me canso de meditar em cada poema teu. Com isto penso que fica dito o que penso.
Beijos
Um grito oriundo d'uma alma em sofrimento!
ResponderEliminarQue bela ilustração!
Desejo um dia azul com muita paz!
Abraço!
Um grito necessário, que não quer nem pode mais calar-se...
ResponderEliminarQue palavras poderosas.
ResponderEliminarDas árvores despidas outras o não ficam
ResponderEliminare essas também gritam
gritam no poema quase dor
na ausência da chuva, por amor
das que (a)guardam as palavras
neste outonal calor.
Abro as janelas e espreito a madrugada
e o frio choca com o poema, na chegada
só aí, desperta a alvorada.
- todas as aves ficam presas à minha mão...!
Muito belo este "significado", minha Amiga!
Gostei mto.
Um beijo, Graça.
Aiiii!
ResponderEliminarMulheres estéreis e aves que não voam...
Elas existem e por isso estão tão lindamente nesta poesia.
Mas estremeci...
Sempre há um grito preso.
ResponderEliminarbjokas =)
Hay un sentido dramático y una profunda desesperación expresado en los versos de este gran poema. Es perfecto. Feliz semana. Un abrazo.
ResponderEliminaranónimo sou eu...
ResponderEliminarDas árvores despidas outras o não ficam
e essas também gritam
gritam no poema, quase dor
na ausência da chuva ou do amor
das que (a)guardam as palavras
neste outonal calor.
Abro a janela e espreito a madrugada
e o frio choca com o poema, na chegada
só aí, desperta a alvorada.
- todas as aves ficam presas à minha mão...!
(texto/poema dum comentário meu que, por sabe-se qual mistério, saiu 'anónimo' - à Graça Pires as m/desculpas)
Excelente grito y maravilloso a la vida.
ResponderEliminarBesos
è sempre un piacere leggere le tue emozioni carissima...un abbraccio
ResponderEliminarGritos que vêm do fundo da alma de quem sofre.
ResponderEliminarUm poema sublime!
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Tudo parece estéril neste tempo em que a névoa sufoca todos os grito.
ResponderEliminarMais uma poesia com que me deixas a olhar para o vazio com o tanto que dizes, Graça!
Abraço, querida amiga
Excelente, querida Amiga.
ResponderEliminarBeijos
~~~
Querida Amiga/Poetisa, Graça Pires !
ResponderEliminarTodos temos gritos sufocados que, um
dia, são libertados... Parabéns.
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil,
e uma ótima semana !
Sinval.
Ah...so touching and beautiful dear Grace
ResponderEliminar"silence of birds who do not fly"
silence that speaks so loudly
Lindo! Adoro poesia :)
ResponderEliminarPassei só para desejar um bom resto de semana!
ResponderEliminarMais um poema bonito!
Beijinhos
ResponderEliminarPalavras por dizer, lágrimas por chorar.
Uma situação que atravessa a sociedade,
o nosso mundo, o recesso do lar.
Cada qual com a sua vida sofrida.
Bj
Olinda
Soberbo, este poema, Graça!
ResponderEliminarLi e reli, de tal modo me agradou.
Talvez por haver demasiados gritos sufocados, que tanto gostariam de se expandir...
Esperemos que a chuva, que teima em não aparecer, possa contribuir para a descompressão...
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Há " palavras em duelo" , há árvores perdendo as folhas porque a natureza assim quis, há outras tantas que são decepadas,há rios que parecem chorar lágrimas acinzentadas sufocando os peixes antes felizes nas suas águas cristalinas que gritam, gritam mas nāo encontram ouvidos dispostos a escutá-los. E depois há gritos de todos nós que, apesar dos tremendos ruidos à nossa volta , continuamos a gritar na esperança que nos ouçam; há gritos gritados bem alto, até à exaustão, há gritos silenciosos de almas desesperadas, há gritos dados por aqueles olhinhos tristes de crianças que têm fome , que têm frio, que não tem um afago na hora de deitar , mas....todos são abafados por outros gritos mais poderosos, pelos estrondos dos canhões, pelo barulho estridente das moto -serras, pelo crepitar das madeiras comidas pelas chamas, pelo roncar de motores potentes que sufocam as cidades, correndo, atropelando, poluindo, como se, só a eles estas pertencessem; " enclausurados " em blocos de cimento, almas choram e corações gritam a sua tristeza, a sua dor, a sua solidão, mas....outros barulhos se alevantam espalhando-se dominadores por toda a cidade. Eu também grito, Graça, e muito, mas, especialmente quando vejo os tais olhinhos tristes que já não sabem como gritar e, olhando-os, imaginando-os, penso nos meus netos e, então amiga.... a minha alma grita...grita...grita ...
ResponderEliminarJuntei ao teu grito poética o meu, Graça, sem poesia, mas sincero e com vontade de gritar ainda mais e muito mais ainda. Junto, deixo-te um beijinho muito especial e o meu agradecimento pelo grito que nos deve levar a uma profunda reflexão. Também nós somos causadores de alguns " GRITOS" !
Emilia
E há tantos gritos.
ResponderEliminarUns audíveis, outros nem tanto.
Magnífico poema, parabéns.
Bom resto de semana, amiga Graça.
Beijo.
ResponderEliminarA natureza arrefece. O grito rasga o silêncio sofrido. É Outono na natureza e em tantos corações!
Poema tão belo quanto dorido.
Beijinho, Graça.
poema declinado no feminino para assim falar das dores da natureza!
ResponderEliminare no grito que "estremece nas mãos das mulheres estéreis",
escutar "o silêncio das aves que não voam"
gostei muito, Graça
beijo, minha Amiga
Olá, Graça!
ResponderEliminarBelíssima imagem como abertura para O grito, poema também belíssimo, que tem belos versos como estes:
Um grito a cortar a respiração
das árvores sem folhas.
Parabéns, querida amiga Graça.
Um beijo. Pedro
Também nós soltamos um grito, de apreensão por não ouvirmos «o surdo rumor da chuva de novembro», de júbilo por partilharmos o poema da Graça.
ResponderEliminarBeijo.
Um quadro muito bonito acompanhado por um poema ainda mais bonito.
ResponderEliminarHá um grito que nos leva a ir mais além
ResponderEliminarÉ no “grito que estremece nas mãos”, que se instaura a realidade vital do poema, fazendo-o retornar ao ser original que o habita em estado de latência. Noutras palavras, poesia é adentrar o ser.
ResponderEliminarUm beijo, minha amiga!
Poesia que chega no grito mais profundo e inaudível do ser. Lindo poema!
ResponderEliminarAbraços!
Há um grito mudo que nos entope a voz... para lá dos poemas que nos assombram o voo.
ResponderEliminarBelo o teu grito.
Beijos.
Se pensarmos bem... o silêncio pode mesmo conter tantos gritos silenciosos...
ResponderEliminarUm poema lindíssimo... que nos aponta com sensibilidade, para o facto de, por detrás de um silêncio... muito sofrimento se poder esconder...
Excepcional, como sempre, Graça!
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
Também há silêncios que são gritos de solidão. O poema é profundo e belo e a imagem que o ilustra é magnífica.
ResponderEliminarBeijo.
Novembro não corre de feição: simulam-se podres verões, as folhas mostram-se indecisas, as nascentes gemem por alimento...
ResponderEliminarO teu poema, contudo, é intemporal. Sobrevoa pequenos dramas, dando cor a sentimentos, a estados de alma...
Mais um grande poema, Graça!
Um beijinho :)
Querida, por aqui as chuvas de novembro também rasgam as folhas. Até dezembro é primavera...
ResponderEliminarBeijos
Olá, estimada Graça!
ResponderEliminarUm poema de todos os tempos, assim o considero, pois sempre houve palavras em duelo, quantas vezes, sem razão, mas "fica bem" ser do contra, estar do lado de lá da barricada e quanto mais barulheira se fizer, "melhor". As pessoas gostam de movimentação e romarias, já há muito percebi.
O clima está a mudar, penso que mundialmente, ainda hoje ouvi essas afirmações na televisão, e portanto temos de nos habituar e aceitar aquilo que vem ou não vem. E não vale a pena barafustar, lamentar, pke muitas são as causas para esta situação e o Homem tem contribuído para algumas delas.
As árvores sem folhas é uma situação natural, pois estamos na estação da queda. Não sei se gritam, mas poeticamente tudo é possível.
As aves continuam a voar, embora noutras direções e menos, porque o tempo está frio e desagradável. As mulheres estéreis não deveriam "gritar", pois há atualmente tantos recursos para que possam ter uma criança e nem precisam pagar como fez o CR7 (que situação estranha)!
E estava eu aqui a pensar que o país, nós, começávamos a estar em estado de graça, afetos e mais afetos, economia a crescer, desemprego a diminuir, salário mínimo nacional a aumentar, progressivamente, aumentos para todos os funcionários públicos, descongelamento das carreiras e mais umas tantas medidas, de que agora não me lembro (deve ser do avançado da hora) e "zás", incêndios e mais incêndios, seca, legionella e as palavras de Adalberto Campos Fernandes, Ministro da Saúde, que me deixaram a pensar: "o país está pobre, velho, muitas vezes abandonado e entregue a si próprio". Então, mas que contradição é esta? Nós temos uma forma de governo, a possível. Não irei berrar, porque sempre fui pelo diálogo e serenidade.
O seu excelente poema exprime, talvez, o estado de alma de mutos portugueses, não o meu, mas não há mal que sempre dure. Pensemos positivamente.
Gostei da imagem, que está triste, acastanhada, abandonada, mas aquelas duas cadeiras precisam de uma "mãozinha". Talvez daqui a mais uns tempos, quem sabe?
Beijos e bom domingo!
Boa tarde. Venho desejar um Domingo feliz
ResponderEliminarHoje no nosso blogue:"A amizade não precisa ser perfeita, mas sim verdadeira." Mini conto.
http://brincandocomaspalavrass.blogspot.pt/
Bjos
Muita paz e amor..
ResponderEliminarUm grito suplicante! Há esperanças, sem dúvida...
Bjs
Um poema que "grita" dor e beleza.
ResponderEliminarBoa semana, Graça.
Beijo
Olá Graça!
ResponderEliminarO grito do poeta não quebra vidros, mas arrepia...
Lindo!
Beijo.
O grito de uma alma ferida é capaz de parar as tormentas por pequenos instantes.
ResponderEliminarUm poema profundo que muito apreciei!
Um beijinho
assim gritado, esse grito é mágico
ResponderEliminarum abraço, Graça
A contramão
ResponderEliminarde mão em mão
também encontra o seu chão.
Tem uma sensibilidade única, Graça!
Um beijinho :)
Uma forma de dizer maravilhosa!
ResponderEliminarSabe a dom inato!
Beijinho