Família
sentado no chão da cozinha
a rabiscar um papel
o menino brinca
o cão dorme
debaixo da laranjeira
a mãe passa a ferro
aquela blusa
pela centésima vez
faz dois anos
que partiu o pai
o vento
curioso
espreita na janela
Filomena Fonseca
In: Os degraus da casa, 2015, p. 62
O livro "Os Degraus de Casa" de Filomena Fonseca oferece-nos uma poesia clara. Sem artifícios. Sem palavras dissonantes. Mostra-nos uma imensa sensibilidade com as palavras, com as emoções, com a ambiência de cada poema.
ResponderEliminar"Não espero que me visitem os anjos se não fui capaz de caminhar em direcção à luz" (p. 71). Parabéns, Filomena!
Lindo e os versos nos levam até o cenário...beijos, desde já FELIZ NATAL! chica
ResponderEliminarBom dia. Tão lindo, voltei ao meu tempo de criança em certas palavras, :)
ResponderEliminarHoje:-Prometeste-me um dia d'amor em alto mar.
Bjos
Óptima Segunda-Feira
Muito bom este poema da Filomena retratando uma família "amputada" pela falta do pai.
ResponderEliminarUma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
ResponderEliminarPalavras de dizer sentimentos puros. Eu gosto!
Deixo votos de um FELIZ NATAL, com carinho.
Lídia
Filomena Fonseca, que eu não conhecia, é dona das palavras certas nos poemas certos. Surpresa muito agradável logo pela manhã. Grande beijo, Graça.
ResponderEliminarFascinante e tão verdadeiro!!
ResponderEliminarBeijo e uma excelente semana
Uma paisagem que parece parada, com o vento a espreitar na janela a dar-lhe a devida animação, a fazer a ligação à vida.
ResponderEliminarUm beijinho, Graça :)
"Não espero que me visitem os anjos...", lindo!
ResponderEliminarMuito dolorido, mas muito bonito!
ResponderEliminarA vida continuou na imagem da família e o vento espreitando...O vento?
O vento, visitando, cumprindo o imaginário...
Beijo, querida Graça.
Retrato de um cotidiano melancólico, mas doce.
ResponderEliminarBoa tarde, querida Graça, um poema simples, mas rico que nos mostra claramente o ambiente
ResponderEliminardo lar, junto à família.
A descrição de cada cena, nos dá a nitidez de estarmos vislumbrando e convivendo com a mesma situação.Excelente, gostei muito da sua escolha para a postagem. Grande abraço!
Nada como um belo poema que retrate o ambiente tão gostoso e acolhedor que é o familiar, gostei bastante!
ResponderEliminarTenha uma ótima semana!
Uma pequena história contada num poema
ResponderEliminarsimples, mas muito belo.
Beijinhos
~~~
A incomensurável complexidade do simples
ResponderEliminarBj
A naturalidade e a beleza da poesia, num encantador quadro familiar. Que harmonia!
ResponderEliminarBeijinho, Graça.
"Graça Pires11/12/2017, 18:28:00
ResponderEliminarLuís, levo o guarda-rios no meu barco, aquele que todos os dias invento para escapar aos naufrágios desta vida. Tenho lá lugar para ele. Não quero que fique no lodo...
Muito belo, o teu poema."
Graça, minha cara Amiga:
Permita-me, em primeiro lugar, transcrever aqui, no seu admirável espaço, este seu (não tenho adjectivo digno) verdadeiro poema, como comentário.
Com ele fiquei muito feliz.
(vamos lá...nesse barco poético. Eu acendo um pequeno farol.)
...
do poema divulgado:
Não conheço a autora, nem nada dela. Mas este poema é muito belo.
Parabéns à Filomena Fonseca, e a si, por a dar a conhecer.
Sou administrador deste tipo de escrita (além do seu).
Um beijo e boa semana.
*admirador....
ResponderEliminar(correcção ao corrector, rss)
sorry
Com simplicidade, Filomena abarca os "degraus de casa" e nos faz passear pelos jardins da sua poesia, quando "o sol desce devagarinho...", o mesmo sol que "fez ninho em sua casa", mas antes certamente venceu "os degraus", sem tomar posse definitivamente da casa!
ResponderEliminarBela partilha, Graça!
Beijo,
A passar por cá para conhecer mais um bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Hello Graça,
ResponderEliminarWonderful poetic words. Nice.
Best regards,
Marco
Versos bonitos que retratam um quadro realista.
ResponderEliminarMuita paz! Um abraço
Um dia passado em família....
ResponderEliminarCom a saudade bem presente...
Que lindo!
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Trouxe-nos uma poesia:
ResponderEliminara Mãe e do Menino.
E o Pai ausente!
Se fosse hoje seria Natal!?
Inimaginável a grandeza da alma
Incomensurável a simplicidade
Simplifica-se ouro em poesia
Para quê a eternidade no negro
Da blusa cem vezes cem
e a ideia do sagrado menino?
E para o fado assim é
Beijo amigo, Graça Pires.
Momentos singulares de saudade.
ResponderEliminar.
Hoje
Límpidas Gotas de Amor em execução de Carência.
.
Deixando um abraço poético.
Uma terça feira muito feliz. Boa tarde.
.
Retrato de um instante poético! lindo. beijos
ResponderEliminarNão conhecia, mas gostei.
ResponderEliminarBoa semana, Graça.
Sensacional. Poema engomadinho.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Gostei muito do poema, Graça
ResponderEliminarem cada verso é um "casulo" (in)comunicável
como membros de família desestruturada
uma poetisa que não conhecia
beijo, minha Amiga
Com simplicidade e palavras cristalinas se faz um grande poema!
ResponderEliminarGostei!
boa semana.
beijinhos
:)
Que doce... Poema simples e sensível.
ResponderEliminarGrande beijo!
E' sempre una piacevole sorpresa per me leggere le tue poesie.
ResponderEliminarUn abbraccio grande carissima
Mais uma partilha preciosa da poesia, que a Graça com
ResponderEliminargestos de generosidade nos permite conhecer e se encantar.
Fiquei encantada com a poética da Filomena Fonseca, a excelência na
limpidez textual, inscrita de uma originalidade sobre o sentir da vida
na singularidade dos gestos, nestes gestos, o afeto é vivenciado de
verdades.
Muito grata por esta leitura aqui, querida Graça.
Um beijo.
OI GRAÇA!
ResponderEliminarSUAVE, DEIXANDO A QUEM A LÊ, A EMOÇÃO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Nunca tinha lido nada da autora, mas gostei deste poema.
ResponderEliminarContinuação de boa semana, amiga Graça.
Beijo.
ResponderEliminarOlá, Graça
Bela seara!
Aparentemente um calmo quadro familiar
não fora a mulher a passar a ferro...
Por andará o pai?
Bj
Olinda
Pois é, Graça, esse é um dos quadros familiares da atualidade, em que a mulher fica sozinha a cuidar do filho (meu caso mesmo). Família não se limita somente à trindade pai-mãe-filho, e tem ido além dos laços de sangue e padrões impostos pela sociedade.
ResponderEliminarO que temos de fazer é ensinar aos nossos filhos amor e respeito. O mundo precisa de menos guerra.
Meu carinho.
Graça, já lhe disse que é genial? Está uma pessoa toda feliz a imaginar o bonito quadro familiar e em três tempos deixa-nos sem reação. Brilhante.
ResponderEliminarQuisiera ser capaz de transmitir con mis palabras la hondura de mis mejores deseos para que la felicidad sea una realidad en vuestra vida:en estas Navidades y en el año que está a punto de llegar.
ResponderEliminarVoy a tomarme algún tiempo de descanso y es por esa razón que no llegarán mis comentarios a vuestros blogs. En cuanto me sea posible, retornaré.
Con el afecto y la cordialidad de siempre, repito:
¡Feliz Navidad y que el Año Nuevo os colme a todos de paz, amor y libertad!
Mestra/ Poetisa, Graça Pires, bom dia !
ResponderEliminarO registro de um cotidiano, repleto de lembranças,
tão bem descritas por Filomena Fonseca que, por
generosidade tua, chega ao nosso conhecimento.
Muito grato.Um feliz final de semana e um carinhoso
abraço,aqui do Brasil.
Sincal.
Interessante...
ResponderEliminarTambém perdi o pai há dois anos...entendo bem o sujeito poético.
Beijo meu
Olá poetisa querida.
ResponderEliminarCom certeza a família é uma inspiração constante, um elo de amor e saudade.
Feliz Natal e um Ano Novo repleto de saúde e Amor
Beijinho
O poema é maravilhoso. Não conhecia o trabalho da autora.
ResponderEliminarDesejo um Feliz Natal e um Ano Novo cheio das mais alegres flores, dos mais perfeitos pensamentos, de uma luz imensa que lhe ilumine os caminhos, e principalmente, com todos aqueles sonhos que só Deus pode permitir que tenhamos.
Beijos e uma boa semana!
Boa noite Graça,
ResponderEliminarUm poema aparentemente simples, mas muito belo e cheio de poesia.
Obrigada por ter partilhado.
Um beijinho e boa semana, minha Amiga.
Ailime
Quando menos... é mais... e a simplicidade se torna genial...
ResponderEliminarMais uma extraordinária partilha, de uma autora que não conhecia!...
Pura maravilha!... Adorei cada palavra...
Um beijinho grande
Ana
Amiga, estamos dizendo adeus ao ano velho e em breve vamos receber o novo. Não poderia deixar de vir aqui agradecer por ser uma seguidora do meu blog, ou dos meus blogs. E independentemente de como decida viver o ano novo, espero que você tenha sempre Jesus no coração.
ResponderEliminarQue o amor e a bondade estejam presentes todos os dias desse novo ano, e a sua fé se fortaleça cada vez mais. Que em todos os seus planos você inclua Jesus e a paz e o sucesso e a saúde,sejam constantes na sua vida.
Feliz Ano Novo!
Só o vento ousa penetrar o interdito, refrescar a comunicação coarctada pela ausência do pai. Tudo o resto é monotonia ritualizada pelos gestos que se repetem no dia-a-dia, na placidez morna das projecções decalcados de ontem.
ResponderEliminarBom Ano de 2018
Olá Graça,
ResponderEliminarLindo o poema da Filomena de quem tenho a fortuna de ser amiga!
Verdadeiro e singular!
Obrigada pela partilha. Abraço
Olá Graça,
ResponderEliminarMuito obrigada pela gentileza de ter postado um poema meu. Quis o destino que nos encontrássemos nas andanças da poesia e a palavra floresceu mais e mais. Sabe que admiro imenso a forma como escreve. Bem-haja pelo seu carinho e amizade.
Agradeço também a todos quantos se manifestaram sobre o meu poema. Uma partilha de sentimentos agradavelmente saudáveis. Muito Obrigada a todos.
Filomena Fonseca