Monserrat Gudiol
Grito contra grito.
O combate a estremecer o chão
na vertigem do ódio.
O gesto e o suor a oxidarem o gume
dos dentes, das unhas, dos martelos.
Em delírio, em êxtase quase,
não cediam ao amor, cediam à morte
por terem no sangue um veneno tribal
e a danação dos despojos.
Entre eles, ela e ele, assombrados de paixão.
Chama-me só amor, ele lhe pediu,
vergastando o próprio nome.
Graça Pires
In: A CNB e os Poetas, 2016, p. 36
Maio de 2016, depois de ter assistido ao bailado "Romeu e Julieta", coreografado por Rui Horta, a convite da Direcção da CNB, através de João Costa
O combate a estremecer o chão
na vertigem do ódio.
O gesto e o suor a oxidarem o gume
dos dentes, das unhas, dos martelos.
Em delírio, em êxtase quase,
não cediam ao amor, cediam à morte
por terem no sangue um veneno tribal
e a danação dos despojos.
Entre eles, ela e ele, assombrados de paixão.
Chama-me só amor, ele lhe pediu,
vergastando o próprio nome.
Graça Pires
In: A CNB e os Poetas, 2016, p. 36
Maio de 2016, depois de ter assistido ao bailado "Romeu e Julieta", coreografado por Rui Horta, a convite da Direcção da CNB, através de João Costa
Bom dia. Parabéns pela escolha. Adorei.
ResponderEliminarHoje temos para si:-Mermurios em desnorte.
-
Bjos
Votos de uma óptima segunda feira.
«não cediam ao amor, cediam à morte»
ResponderEliminarE tudo aqui se diz, neste verso incomparável!
Beijinho
O extremo do amor! Adorei! ;)
ResponderEliminarBeijos!
https://ludantasmusica.blogspot.com.br
Amar em pleno....
ResponderEliminarNum bailado que só quem ama sabe...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Muito bela escolha! Um abraço!
ResponderEliminarQue forte, muito expressivo. Uma ótima semana!!
ResponderEliminarMuito bom!! Amei :)
ResponderEliminarRecordo com saudade, o teu carinho. (Poetizando)
Beijo e uma excelente semana
Bellísima poesía me ha encantado.
ResponderEliminarUn placer venir a disfrutar de tus letras.
Besos enormes y feliz tarde.
A wonderful image and nice words.
ResponderEliminarKind regards,
Marco
Muito forte, mas é compreensível pela inspiração no bailado "Romeu e Julieta"
ResponderEliminarAmor forte este aqui escrito neste poema excelente.
Boa semana
Beijo
:)
A paixão desafiando o ódio.
ResponderEliminarChama-se só amor...
Linda construção!
Se o bailado já dizia tudo, trazes a síntese.
ResponderEliminarE as imagens são tão fortes, tão poderosas, que não há mais o que dizer.
É usufruir o seu modo de nomear o amor entre Romeu e Julieta.
Um beijo, amiga!
ResponderEliminarO Amor, como uma ilha azul... por vezes, naufrágio!
Belo, o poema!
Beijo meu
Lídia
O amor não se pede
ResponderEliminardesponta
porque quase tudo se conquista
por instantes vagarosos
Bjs sempre minha amiga
Boa noite Graça,
ResponderEliminarQue poema tão belo numa versão poética sublime do bailado Romeu e Julieta.
Ódios que não deixaram vingar o amor...
Beijinhos, minha Amiga, e uma excelente semana.
Ailime
O amor trágico de Romeu e Julieta muito bem interpretado neste poema, em que duas famílias rivais esgrimam os seus ódios. Ele renega o seu nome e com razão: só o Amor será nomeado.
ResponderEliminarMuito belo, Graça.
Bj
Olinda
Um poema sublime.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Que dizer?
ResponderEliminarMuito, muito belo e, "Chama-me só amor, ele lhe pediu,
vergastando o próprio nome.", sublime.
É um verdadeiro e profundamente enriquecedor privilégio passar aqui pelo: Ortografia do olhar.
Excelente semana
Beijo
Olá Graça, poema magistral com a marca das suas digitais!Sensibilidade aflorada no interpretar.
ResponderEliminarDesejo uma ótima semana!
Abraços!
ResponderEliminarQuando os sentidos captam a essência e depois se escreve assim, é esta sublime inspiração.
Um abraço para si, Graça.
Beijinhos
Muito belo este poema, gostei bastante.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
E venceu o amor.
ResponderEliminarMuito expressivo, querida Graça, e a obra ótima, casa belamente com o poema sofrido, mas lindo.
Beijo, amiga!
Querida Mestra/Poetisa, Graça Pires !
ResponderEliminarNesta confusão de sentimentos, conseguiste
resgatar o amor, quase na hora da morte...
Parabéns. Que belo texto !
Uma ótima semana e um fraternal abraço, aqui
do Brasil.
Sinval.
Forte! Belo!
ResponderEliminarAo auge da paixão, esculpido em sangue.
Boa semana, amiga!
Bjos
Este poema da Graça é pura magia. Porquê? Porque a poeta escolheu para descrever o combate entre dois grupos rivais que se odeiam palavras comuns ao amor/paixão: grito, estremecer, vertigem, suor, delírio, êxtase, sangue, danação.
ResponderEliminarO que é um nome quando basta o amor?
Beijo.
Um amor sofrido... brilhantemente traduzido em palavras...
ResponderEliminarAdorei este confronto... de leitura apaixonante, Graça! Parabéns!
Beijinho! Desejando-lhe uma excelente semana...
Ana
Um excelente poema, que o título diz implicitamente
ResponderEliminar- O que é um nome?- a revelar que decorrente de
um nome (Sobrenome) das famílias rivais, no
impedimento da vivência deste amor clássico
Romeu e Julieta, no final do poema, a poeta
evidencia este nome que seria,
simplesmente o Amor!...
"Chama-me só amor, ele lhe pediu,
Vergastado o próprio nome."
Parabéns pelo poema, Graça!
Uma boa semana.
Um beijo.
Simplesmente fabuloso. Um delírio de poema. Doce magia poética
ResponderEliminar.
Poema: * Amor ... ou castigo do coração? *
.
Deixando saudações poéticas.
.
Boa tarde, lindo poema a relatar um amor incompleto, um amor que não evolui,
ResponderEliminarBoa semana,
AG
Apesar de se tratar de um amor sofrido é um poema encantador amiga. Parabéns, amei! Abraços, tenha uma tarde feliz e que se estenda ao anoitecer.
ResponderEliminarEste é um daqueles poemas que se lê e as imagens continuam rodando em nossa mente procurando os significados dos embates, na relação de amor e desamor, que nos diz o canto denso e provocante. Um poema de grande beleza, Graça. Parabéns querida amiga.
ResponderEliminarUm beijo.
Pedro
Um poema que traduz, se forma sublime, os amores proibidos por ódios entre famílias rivais. Mas o amor de Romeu e Julieta foi mais forte que tudo, mesmo que o final tenha sido trágico. Mágica a parte final do poema!
ResponderEliminarBeijo.
Graça Pires
ResponderEliminarGosto, grande visibilidade poética, na tradução da peça, um clássico da literatura teatral.
Reportando-me: o Niassa ardia, no porão, e eu jogava sueca a 50$00 o risco, no poráo transformado em dormitório. Já saímos sobre faúlhas e anotei no meu diário, olhei o panorama, como aventura vivida. Sei que num dos jornais saiu apenas uma pequena notícia, que mais tarde descrevi no meu livro AMOR NA GUERRA, assim não fica o episódio ignorado.
Beijos
Li e não comentei.
ResponderEliminarMas é um poema de amor com grande força e resistência...
abraço Graça
o amor é mais forte
ResponderEliminarque a dor
o ódio e o rancor.
nem a morte
mata o amor.
o clássico drama bailado
num poema que a Graça
retrata com sublime mestria.
gostei muito, pena não ter assistido.
um beijo, minha Amiga.
Amor sem fronteiras, sem tabus, sem medos...
ResponderEliminarEXCELENTE !!!!!!
ResponderEliminarBeijinhos, Poeta
Se não tivesse referido, não descobriria a história
ResponderEliminarde Romeu e Julieta...
O poema está excelente, mas este verso está especial,
«por terem mo sangue um veneno tribal»
Parabéns pelo talento, querida Poeta.
Beijinhos
~~~~
Bom dia, Graça, o amor é magnífico. Bjs
ResponderEliminarQue bonito Graça.
ResponderEliminarUm poema intenso como o bailado (pelo menos em algumas partes).
ResponderEliminarE excelente! Os meus aplausos (demorados, como no final do bailado...).
Bom fim de semana, amiga Graça.
Beijo.
Hola me paso tu blog Anna de Poemias.
ResponderEliminarEs muy interesante tu blog pasare mas amenudo.
Besos
a fusão das identidades numa única palavra : "chama-me só amor..."
ResponderEliminarmuito belo, Graça
beijo
Um contato, um improviso
ResponderEliminarCercanias floridas enleadas a outros sabores
Demandas que se tornam, contudo inquestionáveis
Acolhendo a sede na rouquidão da garganta.
Amei simplesmente seu poema Graça e me inspirei de meu lado de cá.
Beijinho querida.
O amor é belo quando livre e cativado...
ResponderEliminarUm poema bastante forte e gritante, bonito!
O meu abraço
Olá, Graça!
ResponderEliminarVoltei e logo “pasmei” com a dureza e beleza destes versos.
“O que é um nome?” Uma pérola de poema.
Quem sabe, diz TUDO com poucas palavras.
Amiga Graça, vou ler tudo o que postaste na “minha ausência”.
Beijo e bom domingo.
O amor para além do nome, para além da morte.
ResponderEliminarMagnífico poema!
Beijos :)
Bailado de emoções em palavras bailarinas onde se esconde o grande amor e o gume da raiva.
ResponderEliminarTudo, na belissima encenação do teu poema
Abraço, Graça! ***
Graça,
ResponderEliminarentre o trabalho e o viver bem
eu sempre
tenho um tempo
para um cafezinho enquanto saboreio
escritos maravilhosos como os que leio aqui em seu blog
e o blog de alguns querido.
Feliz tarde querida
Bjins
CatiahoAlc.
Muito bonito! (como sempre). Os seus são poemas breves cheios de sentido, de sentimento, de interioridade, de espanto. Muito bons - sempre. Obrigada.
ResponderEliminarBeijinho.
Encontros e desencontros, em chão determinado, numa ânsia quase animalesca de respirar, de existir... Depois, para melhor entender, se fez literatura.
ResponderEliminarUm abraço, Graça :)
Um poema traçado ao sabor do movimento coreografado dos corpos: um bailado eterno. Com uma assinatura inconfundível.
ResponderEliminarAfinal, o poema recorda a essência do amor onde se cruza a luta entre o carácter primitivo e selvagem da posse e a capacidade de apaziguamento manifesta do acto, a ternura e a contemplação da beleza do divino.
Muito grato pelas palavras amigas recebidas. Bj.
Da qualidade do bailado não duvido pois que tão intensas emoções despertou.
ResponderEliminarMas a poeta foi para lá dele e traduziu, no poema, o drama da história de amor condenada
"por terem no sangue um veneno tribal
e a danação dos despojos.
Entre eles, ela e ele, assombrados de paixão."
Brilhante!
Bjo, Graça