Katia Chausheva
Diz o que viste quando desviaste
o olhar da claridade matinal.
Ficaste com mãos indecisas
na orfandade da luz.
E, ao redor dos lábios,
um espaço deserto desdizia
o esboço das palavras
que sempre afirmaste serem tuas.
Como se precisasses de outra boca,
de outra voz, de outros sons.
Como se o centro esvaziado de um grito
traçasse um vínculo contínuo entre silêncios.
Graça Pires
In: CONTINUUM: antologia poética. Pinturas de Luís Liberato, fotografias de Soledade Centeno. Braga: Poética, 2018, p. 121
Um poema sublime... Bom dia :))
ResponderEliminarPoema do Gil António que, está quase de regresso das suas merecidas férias. Esperamos que entendam. Obrigada. :))
Hoje:- Dentro do meu coração
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira
Bom dia, querida amiga Graça!
ResponderEliminarA fuga da luz para não se enxergar o que é claro...
Forte e profundo!
Vínculos entre silêncios é extenuante.
Tenha dias felizes e abençoados!
Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem
Versos profundos de sensibilidade ímpar, fuga aliada ao silencio, belo momento amiga!
ResponderEliminarVotos de uma feliz semana!
Bjss!
Existem silêncios que dizem tanto! :)
ResponderEliminarBeijos e uma excelente semana!
Tantas vezes a dificuldade em falarmo-nos nos , até no nosso silêncio
ResponderEliminarSempre tão profundos e belos os teus poemas !
Grande abraço, Querida amiga Graça 😘
En ese silencio
ResponderEliminarEs cuando se encuentra respuesta a lo que es valioso en la vida
Me gustó tu blog.
Às vezes, ficamos sem saber o que dizer.... e no entanto, estamos a falar bem alto....
ResponderEliminarNa luz do olhar, no sorriso ou nas mãos estendidas...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Um abraço desse tamanho para
ResponderEliminaro trabalho de Luís Liberato
e para a imagem que Soledade
Centeno nos deixam. Quanto a
sua alma, poeta. Só Graça Pi-
res sabe a respeito. Eu, lei-
go que sou, até me arrepio
quando me falam de poesia e
ardo em febre se o assunto é
amor.
Beijos e beijos, Graça.
.
Alta poesia, Graça, que não precisa de tradução nem da explicação para comprender e vibrar com a sua profundidade fruto da sua introspecção, como não é necessário conhecer a composição da água en nenhum idioma para saciar a sede. Admirável realmente.
ResponderEliminarUm abraço mais uma vez grato.
No hay verso que señalar como más evocador que otro, con mayor sentido o profundidad porque todo el poema es necesario y es hermoso.
ResponderEliminarBuena semana. Saludos cordiales.
Assino por baixo as palavras de Carlos Perrotti
ResponderEliminarBeijinhos, lindinha, feliz semana
ResponderEliminarGraça,
muito grata estou pela sua visita aos meus dois blogues!
Do fundo do coração, fico mesmo sensibilizada pela sua presença.
Lindo o seu poema,
dá para comprender a profundidade das suas palavras.
Parabéns!
Quanto ao seu comentário: Vê-se pelas fotografias e pelos textos que aprecia bastante as viagens que faz…
Digo-lhe mais, dá-me Vida aquela "pica" em andar por lugares desconhecidos
Aqui, agora, em casa, estou completamente sem energia, nem acção
Fico tão diferente quando aquela "pica" desaparece.
Uma boa semana.
Um beijo.
Graça, o que escreves, a beleza de teus versos, o sentimento que transferes para o que escreves servem de incentivo para todos os que amam poesia. Não há como medir a admiração que tenho por tua obra. Não sei como retribuir o prazer que sinto ao lê-la. Vontade de ir a Portugal para poder agradecer-lhe com um simples beijo... Obrigado, poeta querida.
ResponderEliminarOlá, Graça,
ResponderEliminarAqui estamos mais uma vez diante do limite da linguagem, neste corpo a corpo com a palavra que só os verdadeiramente poetas conseguem alcançar. Excelente o alcance da tensão entre a busca do poeta de a tudo converter em formas do dito e, por efeito deste mesmo esforço, as camadas do não dito, cujo resultado é este brilhante poema.
Um beijo, amiga Graça Pires!
ResponderEliminarComo sempre, PRECIOSO!
Um beijo
Lídia
Escreves por gestos
ResponderEliminarAbraço amigo
Ah, a imagem e a postura "escondida" e tão silenciosa da mulher, que encima o seu fantástico e erudito poema, que eu não sei comentar, é tão do meu agrado, querida Graça! Sabia disso, não é?
ResponderEliminarApesar dos pesares, julgo que o entendi, minimamente, pelo menos, mas as "maganas" das palavras não se querem soltar para as minhas mãos. Tenho k lhes dar uma ordem: digam o que sentiram, quando leram este poema e não se façam desentendidas. Digam!
Muito a medo, uma a uma, vão retirando o cetim preto, k as envolve e é com os olhos, que esboçam os primeiros gestos de enlevo, de respeito e de admiração. A boca sorri-lhes, tenuemente, e surge de entre elas uma luz difícil de descrever.
É nos silêncios, que tanto se diz, embora, por vezes, nos queiramos "divorciar" daquilo que dissemos e sabemos que nos pertence. Há mutismos faladores e o contrário tb é verdadeiro.
Não consigo fazer um comentário tão atinado e ligado como o do nosso amigo comum, Carlos Perrotti, que até se socorreu da Química, mas eu sou uma "menina" de Humanidades. Tenho de arranjar alguma desculpa, então -rs.
Grata pela sua visita e comentário, sempre tão avantajado, que deixou no meu blogue.
Beijo com elevada estima e votos de boa semana.
Belleza tu poema desde donde se lea.
ResponderEliminarAbrazo
Boa noite Graça! Lindo poema. Há silêncio que vale mais que mil palavras. Parabéns
ResponderEliminarAbraço.
Hello Graça,
ResponderEliminarSo nice to read these beautiful words.
Very special to could write this. And the picture is very special to.
Big hug, Marco
De mim só se solta um mudo e maravilhado silêncio perante tamanho fulgor.
ResponderEliminarHá palavras que afirmamos nossas, e que quando menos esperamos são apenas silêncios.
Beijinhos.
Poema digno de uma enorme Poetiza!
ResponderEliminar=)
Olhares e Deslumbres
Bjinhos
Sempre no silêncio é quando nos expressamos intrinsecamente.
ResponderEliminarAbraço.
palavras silenciadas
ResponderEliminarou apenas silencios entre as palavras
mais um poeme belissimo que gostei bastante.
beijinhos
:)
Intimidade feita de silêncios,gestos e expressões neste magnifico poema. É tão belo e profundo que leva a silenciar as emoções que transmite. A imagem é uma maravilha, perfeita para este tema.
ResponderEliminarBeijo.
Belíssimo!!
ResponderEliminarAmiga, não sei o que dizer mais. Amei de tal maneira este poema que... bloqueei.
Beijo, poeta.
Instante de lirismo puro e solene, sóbrio e arrebatador. Necessidade urgente de respiração boca boca.
ResponderEliminarCadinho RoCo
OI GRAÇA!
ResponderEliminarSILÊNCIOS QUE FALAM, E NÃO PRECISAM DE PALAVRAS OU DE BOCAS.
AMEI AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Boa noite Graça.
ResponderEliminarUm poema profundo. As vezes um simples olhar na ausência das palavras no profundo silêncio revela o que as palavras não conseguiram expressar. Um grande abraço amiga .
Louvo-me no comentário da teresa p..
ResponderEliminarAs palavras certas para este poema da Graça.
Beijo.
ResponderEliminarSilêncios são importantes, mas encarar a luz é essencial e tem o seu devido tempo...
Belo poema de uma alma ardente!!
Bjs
Um belo poema!
ResponderEliminarUm poema que conduz à meditação sobre consequências
ResponderEliminarda «orfandade da luz» matinal...
Em conjunto, uma expressão poética delicada e bela.
Beijinhos, estimada Amiga.
~~~~~
Do silêncio profundo à busca incansável da luz, que ilumina nossa claridade das coisas.
ResponderEliminarUm poema com marca Graça Pires pronto emoldurar.
Que lindo amiga.
Beijo
Excelente poema.
ResponderEliminarParabéns pelo talento poético que emana de cada verso.
Amiga Graça, continuação de uma boa semana.
Beijo.
O comentário e’ por vezes uma faca de dois gumes.
ResponderEliminarOlhamos para dentro de nós e não descobrimos onde nos pode levar a interpretação de um poema, tão bem construído.
Olhei os meus silêncios e, entre eles, só encontrei um zumbido
persistente a recusar o vazio.
Como nos furacões, dentro do ‘olho’ , a harmonia do poema ‘entre silêncios’,suscita-me essa paz, com círculos de perturbação.
No entanto, minha Amiga, posso dizer que não desviei o olhar. E ele foi persistente e repetitivo. E belo como e’, só me resta admira-lo.
Um beijo, Graça.
INFORMAÇÃO
ResponderEliminarTal como tinha anunciado acabo de publicar mais um episódio, o oitavo, da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGOLÓIDE que desta feita tem como título... "Empernanço de pestana"... Com este texto a acção entra de raspão na guerra colonial e ainda na ida do primeiro homem à Lua. Uma vez mais alerto para imagem que pode impressionar as/os mais sensíveis.
Volto depois para comentar.
Olá, Graça, como deixar de admirar um poema tecido com fios de ouro d'alma? Um belíssimo canto da minha amiga poeta portuguesa. Parabéns!
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijo
Pedro
Boa tarde, o silencio consegue transmitir a bela mensagem que todas as pessoas gostam de receber em silencio, o poema e a imagem são de enorme beleza.
ResponderEliminarFeliz fim de semana,
AG
Silêncios. Às vezes são as melhores palavras... as mais envolventes. Parabéns Graça.
ResponderEliminar20 de julho dia da amizade.
ResponderEliminarNão poderia deixar de vir aqui neste dia tão especial.
Agradecer a você por fazer parte dos amigos que seguem o meu blog e que sempre que pode passa lá e deixa uma palavra de carinho, um elogio comentando a postagem um oi que para mim é muito significativo. Que seja escrito no momento da visita ou colado, não importa para mim, o importante é ter sido lembrada por você.
Amigo é aquele que te toca com ternura através das palavras.
Aquele que te abraça, mesmo longe.
Aquele que te apoia nos teus sonhos e aquele que critica os teus erros, não para te desmotivar, mas, porque quer em teus caminhos a luz plena.
Ser amigo é ser luz, ser amigo é transferir o melhor que há ao próximo.
FELIZ DIA DA AMIZADE!
Abraços da amiga Lourdes Duarte.
https://poemasdaminhalma.blogspot.com/
ResponderEliminarBoa noite Graça!
Belíssimo poema, o silêncio é a voz da alma, que nos transmite aquilo que o nosso ego por vezes não consegue pronunciar.
Amei este poema, Parabéns!
Beijinho e ótimo fim de semana.
Luisa
O silêncio que tantas vezes diz mais que as palavras.
ResponderEliminarBonito poema. Parabéns!
Já está no blogue o capítulo 2 do nosso conto escrito a várias mãos "Janelas De Tempo". Convidamos-vos a ler:
https://contospartilhados.blogspot.com/2018/07/janelas-de-tempo-capitulo-2.html
Votos de excelente fim-de-semana.
Saudações literárias!
Bonito poema, o silêncio pronuncia para a alma muito mais que a consciência permite. Norma
ResponderEliminarEntre silêncios... ouve-se a vida... e o peso ou a leveza das palavras... que se ouviram... ou que se proferiram...
ResponderEliminarUm poema de uma riqueza e profundidade, brilhantes como sempre, Graça!
Magnífico... e precioso momento poético!
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
Graça Pires
ResponderEliminarO poema e mesmo de antologia, bem requintada a busca e colocação de palavras.
Beijos
Meu coração estava com saudades de ler suas poesias, e como sempre recebo uma imensidão dentro do meu coração. Linda!
ResponderEliminarObrigada!
Beijos!
às vezes precisamos de nos ver, do outro lado do espelho
ResponderEliminarcomo um vínculo silencioso
um beijo, Graça
Um belíssimo poema como são todos os seu. Silenciar talvez quando é gritante as palavras que porém não conseguimos proferir.Recolhimento para não não errar, ou não não chorar. Lindo.
ResponderEliminarO silêncio fatal sempre intimida. Acumulamos muitos silêncios no interior, mas às vezes eles explodem em palavras, ou até gritos.
ResponderEliminarMuito bom esse poema.
Beijo, querida.