Adriano Miranda
Não é ficção nem simbologia.
São homens sem abrigo,
excluídos da luz, à espera
de um mês propício para morrer.
Em seus sonhos não há sol
e possuem nos pés sem pátria
todos os vestígios de fuga.
A pele magoada de ardis
tem o mesmo cheiro do rio na maré-vaza.
Sobre os seus ombros apenas a noite:
sempre tão húmida, sempre tão humilhante.
Graça Pires
De A solidão é como o vento, 2020, p. 52
A solidão na poesia desperta sensações e emoções... 👏👏👏👏👏
ResponderEliminarHá vidas bem difíceis.
ResponderEliminarExcelente poema.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
É o virar costas de muitos de nós... é o olhar para o lado para não ver...
ResponderEliminare é mais um belo poema.
abraço Graça
Um belo poema a lembrar os deserdados de tudo até do essêncial para sobreviver. Em que sociedade vivemos que convive com estas enormidades?
ResponderEliminarEXEMPLAR SEU PONTO D VISTA..BEM ISSO..PARA A NOVA GERACAO..
EliminarNice poem i liked
ResponderEliminarGraça, bom dia.
ResponderEliminarLinda pintura de uma
realidade cruel.
Amei ler.
Bjins de boa nova semana
CatiahoAlc.
Quem os outros limita, ignora, quem tudo lhes sonega, irá um dia ter a suprema humilhação de precisar deles e conhecer a noite, sempre tão húmida e tão humilhante. É pelo menos essa a minha esperança!
ResponderEliminarUma boa semana Graça, com muita saúde.
Um beijo.
Nenhuma hora é boa para morrer.
ResponderEliminarMuito menos na "maré vaza" deste rio.
O teu poema é uma dor não ficcionada da
desumana irmandade. Houvesse um sol em cada dia e da esperança um mundo melhor cresceria.
Gostei muito.
Um beijo, minha amiga Graça.
Um bom dia
Very nice.
ResponderEliminarBom dia Graça.
ResponderEliminarUma bela escrita com uma realidade cruel, onde nem em sonhos a luz se faz presente.
Uma excelente semana para você. Beijos.
Mind blowing post
ResponderEliminarBom dia querida Graça,
ResponderEliminarSão muitos a viver essa realidade tão dura, e o olhar indiferente é árido como o deserto. No meu entender, pode vir a Pandemia que vier, as mentes não se abrem para o humanismo.
Grande postado e aplausos mil.
Bjs e boa semana.
Poema naturalista, carregado do desconforto que é a vida dos sem-abrigo.
ResponderEliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema tão belo, quanto verdadeiras as palavras que o compõem e em que a imagem fala por si.
Por vezes pensamos em como é possível em pleno século XXI haver ainda tantas vidas a sofrer penas que ninguém merece.
Fica o alerta cheio de sensibilidade da Poeta.
Que ninguém fique indiferente!
Um grande beijinho e uma boa semana, com saúde, minha amiga e Enorme Poeta.
Ailime
Olá Graça
ResponderEliminarLinda postagem, obrigada pelas palavras no aniversário da minha filha, bjs.
Olhei a fotografia em silêncio. Em silêncio li o poema. E, respeitosamente, em silêncio me deixei ficar.
ResponderEliminar.
Inicie a semana em Paz e Amor
Abraço
Esa voz poética por el otro, el desheredado de patria y sustento. Un abrazo. carlos
ResponderEliminarÈ una poesia di un'umanità sconcertante.
ResponderEliminarComplimenti, amiga poetisa
Um beijo
Seus versos reforçam a imagem, Graça, Poeta, e não é o contrário. Um profundo humanismo destila seu poema ...
ResponderEliminarAbraço grande. Realmente admirado.
Que poema intenso, belo. A imagem é qualquer coisa...
ResponderEliminar-
Quão cinzenta é a vida ...
-
Beijos, e uma excelente semana.
pensando em tantos que não têm tecto nem lugar, somos afortunados. Mas não consigo entender a razão de o avanço civilizacional permitir que haja gente a sobreviver em condições sub humanas.
ResponderEliminarNão basta ter razão
ResponderEliminarBj
Boa tarde. Realmente existem muitas vidas e muito sofridas. Um dia quero postar uma poesia de sua autoria com uma foto da natureza brasileira.
ResponderEliminarMinha muito estimada e admirada amiga Graça Pires, é não só um profundo prazer voltar a revê-la por aqui, quanto tão mais profundo prazer voltar a reler o que aqui escreve e/ou aqui partilha de "seara alheia"; cujo este presente "Não é ficção nem simbologia" de sua seara própria, se me apresenta alta e/ou profundamente sublime _ um regalo para os sentidos, apesar do seu sofrido conteúdo! Que nesta última sofrível acepção, mesmo que muito mal comparado seja, como que me remeteu para a minha própria partilha de hoje "No topo"
ResponderEliminarCom votos de que esteja tudo bem e de continuação dum excelente resto de semana
Beijo
VB
Te gusta la literatura y tienes una buena cultura.
ResponderEliminarSim, amiga.
ResponderEliminarCom a pandemia, os abrigos se tornaram mais raros e as pessoas que ainda passavam com uns trocados diminuíram bastante.
A expressão "pés sem pátria" é muito triste.
Estranho para mim ver a palavra "húmida", que no Brasil não tem h...
Boa semana, Graça.
O estar só sem Sol é muito dorido..
ResponderEliminarLindo....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Um poema dorido e real.
ResponderEliminarQuantos deserdados de um pingo de carinho.
Quantos desterrados de uma vida que nao escolheram ou nao sabem gerir.
Tão triste e tao real!
A imagem é sublime para acompanhar o poema.
Boa semana com saúde e paz.
beijinhos
:)
uma foto triste com um poema um pouco triste mas é a verdade da vida bjs coragem
ResponderEliminarE quantas vezes cai sobre os nossos ombros a noite fria tão humilhante!...
ResponderEliminarBoa semana, amiga!
Beijinhos.
Muito boa esta poesia e imagem bem escolhida.
ResponderEliminarArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Mais um bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Uma triste realidade, espalhada pelo mundo. A carência é enorme e distribuída por todos os lados. São os abandonados, os sem teto, os sem pátria, os famintos... Nossa!!! Bjs.
ResponderEliminarOlá minha querida amiga Graça!
ResponderEliminarA solidão doí!
E neste momento tantos pés magoados! Sem Pátria!
Tão triste!
Que venham dias melhores!
Continuação de uma semana abençoada!
Um doce beijinho!
Olá, querida amiga Graça!
ResponderEliminarMuito dolorida essa situação de muitos e muitos espalhados pelo mundo inteiro.
Humilhante por demais e dói no 💙 de todos nós.
Sem dignidade alguns... Postrado sobre sua insignificância.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Nessa imagem e na poesia, tem uns segundos que a vida na gente geme. Mais uma vez eu penso o mesmo, somos os que deveriam de saber que nossa boa vontade não precisa de governo.
ResponderEliminarUma boa semana e grande abraço.
Um grito que soa fortemente...
ResponderEliminarUm poem realista e objetivo que muito me agradou.
Gritemos!
Dias bons, desejo-os no meu abraço.
~~~~~~
Hello Graça,
ResponderEliminarNice words.
But it is actually sad that these kinds of things are still reality.
Big hugs, Marco
ResponderEliminarUm comovente poema aos condenados da terra, que nos interpela.
nos pés sem pátria
todos os vestígios de fuga.
A imagem que ilustra o poema é tocante.
Beijo
dói como lâminas acesas.
ResponderEliminare a palavra sufoca na garganta.
beijo, Poeta
e boa Amiga
Infelizmente não é ficção.
ResponderEliminarExcelente poema.
Continuação de boa semana, querida amiga Graça.
Beijo.
Poema belo, belíssimo!
ResponderEliminarMas duro, pois a existência cruel de homens sem destino, excluídos, que caminham à procura de um chão, emociona e envergonha. Não todos lamentavelmente, mas os que têm coração.
E a imagem dos pés magoados, a imagem querida amiga Graça, não me sai do pensamento.
Ufa, desta vez molhaste-me os olhos.
Beijo, saúde.
Desalojámo-nos de compaixão.
ResponderEliminarCada um confinado na sua circunstância e isto, muito antes dos vírus que nos atemorizam.
Sejam bem vindos os gritos dos poetas!
beijinhos Graça!
Es muy triste la realidad que nos rodea y nos remediamos. Todo el que pasa aparta la mirada hacia otro lado.
ResponderEliminarUn poema cierto y terrible, desafortunadamente hay tanta gente, tantos hermanos esperando morir, porque el mundo no ha sido justo para con ellos, porque no han tenido posibilidad de elección en su destino y les ha tocado la peor parte, la de la humillación y el desamparo.. Una poesia fuerte y contundente. Mi abrazo fraterno.
ResponderEliminarA fotografia não engana, é real, sem encenaçôes fantasiosas, tem o adn do Adriano Miranda.
ResponderEliminar"[...] à espera do mês propício para morrer [...]", como não, se passaram a vida em trabalhos a secar ao arame a carcaça salgada pela desgraça?
Cara Poeta, que retrato tão profundo, emotivo, a mostrar o quotidiano que nos rodeia... e na pressa tanta gente a elevar muros para fingir o desconhecimento.
"A pele magoada de ardis"!
Beijo muito amigo, Graça Pires.
Esses pés dizem da vida. Esses pés assinam teu extraordinário poema.
ResponderEliminarBeijos, querida Graça.
Um grito para despertar consciências.
ResponderEliminarBelo poema sobre a condição humana.
Quantos de nós olham para o lado, evitanto ver todtos pálidos, cansados e famintos.
Beijinho querida poetisa e amiga
Os homens sem abrigo vivem no limite da tristeza e da solidão, sem sonhos nem esperança. Este emocionante poema é como um grito de alerta, para a pobreza extrema dos "excluídos da luz" é muito realista, muito belo, assim como a foto.
ResponderEliminarbeijo
Boa noite, querida Graça, só a foto já me trouxe lágrimas, dor na alma, pois
ResponderEliminarsabemos que o seu poema revela uma realidade que existe, e está ao nosso lado.
Pessoas necessitadas de tudo, os pés sujos nos mostram a falta de tudo, para viver com um pouco de dignidade.Conhecemos e sabemos que é uma realidade triste, situações de extrema pobreza, a qual leva a pobreza de alma também, pois como ser feliz vivendo sem condições.Peço a Deus que nos ajude a ampliar nossas consciências para que possamos encontrar as soluções para que todos possam viver dignamente.Belo e triste poema. Abraços!
Um poema bastante triste, mas belo!
ResponderEliminarInfelizmente, os pês mostrados nesta gravura tão triste, não simbolizam só pés massacrados de tanta caminhada feita em fugas de guerras e perseguições; infelizmente há aqueles que são sempre desprotegidos, não sei se pelos deuses, se pela sorte, se pela vida, mas na realidade só têm sofrimento, nunca têm motivos para sorrir, nunca podem admirar a beleza do sol, do mar, de uma simples flor que por acaso esteja bem perto do cartão que lhes serve de abrigo. Tudo é escuridão na vida destas pessoas por mais que o sol brilhe e o céu se encha de estrelas. E aí, tem de surgir a pergunta? Que fiz eu de melhor para merecer a graça de ter uma vida plena, com saúde, com comida, com uma moradia digna? Nada de surpreendente...nada fiz mais do que qualquer um desses que, merecidamente homenageias no teu poema, Graça E outra questão tenho de me colocar ...que tenho feito eu para minorar o sofrimento de um deles, pelo menos? Infelizmente, tenho que confessar...nada ou muito, muito pouco. Tenho de fazer mais e tenho de me queixar menos. Sabes que aprecio muito os teus poemas, mas este, amiga, tocou-me muito, porque sei que não faço a minha parte para mudar um pouco a triste realidade de muita gente. Obrigada, Graça, por este " grito de alerta " , um grito que que deveria ser de todos. Um beijinho e SAÚDE!
ResponderEliminarEmilia
Vidas terríveis onde a dor, a tristeza, a magoa e a desilusão, são as únicas companhias.
ResponderEliminarUm poema sublime.
Beijinhos
Tão perturbante , mas tão real esta solidão de pés que não são ficção , não !
ResponderEliminarE que fotografia tão ao teu jeito , com uma mensagem que dói tanto !
Maravilhosamente belo este conjunto, querida Graça
Para ti, um abraço
Intenso poema, y esa imagen es toda una obra de arte.
ResponderEliminarUna delicia disfrutar de tus publicaciones.
Besos enormes.
Ainda há gente que se queixa só porque tem de trazer uma máscara. É caso para dizer que se queixam de barriga cheia.
ResponderEliminarTão intenso, como verdadeiro.
ResponderEliminarBelíssimo.
Beijo, minha amiga, e uma boa semana.
Graça,
ResponderEliminarEis uma descrição perfeita
e maravilhosamente poética.
Adorei me encantar.
Bjins de boa semana
CatiahoAlc.
Um poema tocante e profundo, sobre os sem abrigo... mais desabrigados ainda... numa fase como a que atravessamos!...
ResponderEliminarAdorei cada palavra, Graça, que tão bem os definiu, com uma sensibilidade tão marcante, que me comoveu!
Um beijinho!
Ana
E eu que não vi esse poema, querida Graça!? Magnífico!
ResponderEliminarO que mais se vê pelas esquinas dos países em desenvolvimento, é gente dormindo pelos cantos, enfiados em buracos ou em caixas de papelão, num canto debaixo de qualquer coisa que se pareça com teto. Vivem como ratos; mas são os moradores de rua: um dia aqui, outro ali... Caminham e procuram por um canto até terem a certeza do sossego. E contam com a sorte de não serem importunados por gente sem piedade.
Beijo, querida amiga! Uma boa semana!
E no entanto é preciso não se calar. É preciso nos insultar por não termos força para mudar como o desejávamos...
ResponderEliminarUm beijo, minha amiga Graça!
Por entre a beleza das palavras escorre, acusador, o dedo que põe o dedo na ferida. Não há como lembrar.
ResponderEliminarUm abraço, Graça :)
a profound and highly sensitive poem dear Grace !
ResponderEliminarimage has power to make my eyes teary
i used to cry for people who have no shelter on head ,that made me feel guilty for so long
now i am able to understand that all i can do is pray for them and help one if i can
your poem is substantial and guide line for those who want to better the world
Esa naturaleza tan mal tratada
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