a Alcanhões, a minha terra
Nasci guardado por um dragão antigo.
Pedi-lhe que me ensinasse a extrair
todas as profecias do futuro.
E ele falou-me da seiva e das raízes,
legado das oliveiras que herdei,
e de como o azeite nunca cessou nas candeias
ardendo no altar da minha casa.
Perguntei-lhe se me cresceriam asas
para seguir o curso dos rios
e segurar a eternidade das estrelas.
Mas não podendo voar
nem cuspir o fogo que me ardia no peito
bebi da água de todas as fontes
para tocar a mesma luz que há nos astros.
Samuel Pimenta
In: Ascensão da água. Fafe: Labirinto, 2020, p. 42
Gostei deste poema do Samuel Pimenta.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Mais uma linda escolha pra aqui compartilhar, Graça! Que seja linda tua semana! beijos, chica
ResponderEliminarLindamente acolhida pelo meu espírito, toda essa poesia. Verso à verso.
ResponderEliminarAbraço e uma feliz semana.
Nice poem..Have a nice week
ResponderEliminarUm poema de carinho pela terra e cujo ambiente se sente nas palavras.
ResponderEliminarBoa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema muito belo de Samuel Pimenta!
Tem os aromas da época e dos tempos idos da minha infância.
Muito obrigada por tê-lo partilhado, na sua imensa generosidade.
Um grande beijinho e uma boa semana, com muita saúde, minha Amiga e Enorme Poeta.
Ailime
É uma bela escolha!
ResponderEliminarObrigado pela visita!
Hermoso. Tiene un espíritu mítico. Un abrazo. Carlos
ResponderEliminar"Bere acqua da tutte le fonti" è bellissimo. Così dovremmo fare anche noi. Da tutte le fonti e forse riusciremmo anche noi a volare
ResponderEliminarOlá, Graça!
ResponderEliminarUm poema a saber a castanha cozida com erva doce.
No dealbar deste outono, saibamos colher os frutos da nossa imaginação.Em Alcanhões, aqui quase minha vizinha.
bj.
Não conhecia esse diáfano interessante poeta, Graça. Seu trabalho de divulgação é tão magnífico quanto sua poesia, amiga.
ResponderEliminarAbraço grande. extensivo a Pimenta também.
"... Mas não podendo voar
ResponderEliminarnem cuspir o fogo que me ardia no peito
bebi da água de todas as fontes
para tocar a mesma luz que há nos astros. "
Muito belo o poema, semana de luz para você. Bjs.
Maravilhosa esta alquimia que esta bela inspiração nos proporciona... a receita do belo e fundamental, para se achar a paz de espírito e uma verdadeira conexão à terra de infância ... para se ser equilibrado e verdadeiramente feliz...
ResponderEliminarComo sempre uma partilha de excelência, Graça!... Bebi cada palavra!...
Um beijinho! Votos de uma excelente semana, com saúde e tranquilidade!
Ana
Que bom;
ResponderEliminarInteressante de sua parte trazer outros autores
Obrigada pela partilha;
Agradeço tambem a sua visita e por apreciar este pequeno espaço
que é a casademadeira;
Boa entrada de mês de novembro.
Tão bonito este poema de amor à terra natal. Obigada, Graça, por tê-lo trazido até aqui.
ResponderEliminarBoa semana.
Beautiful.
ResponderEliminarNão sou muito fâ de poesia livre, sem rima. É o mesmo que escrever prosa e fazer parágrafo nos pontos finais. Mas gostei de ler.
ResponderEliminar.
Uma semana feliz
Cumprimentos poéticos
Um poema magistral. Parabéns Graça Pires!
ResponderEliminar--
Algo vai morrendo lentamente
-
Beijos, e uma excelente semana
EresEres muy culta.
ResponderEliminarUm (mais um...) belo poema,
ResponderEliminaramiga!
Boa semana para si e os seus!
Não conheço o autor... Em sonhos ou não, podemos chegar às estrelas....
ResponderEliminarObrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
O dragão certamente nos fornece a eternidade. beijos
ResponderEliminarSamuel Pimenta, um poeta novo na idade mas já com vasta obra premiada, deixa-nos aqui neste poema, um conto de fadas/dragão a beber das terras e raízes da sua gente. Muito belo.
ResponderEliminarParabéns, minha amiga Graça, por esta divulgação.
Um beijo e saúde para ti e teus.
Wonderful words. So nice to read.
ResponderEliminarBig hug, Marco
Muito bonito! Um bj
ResponderEliminarBonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Lindo, lindo, lindo! Bjinho
ResponderEliminarBoa tarde minha querida amiga Graça. Obrigado pelo poema maravilhoso.
ResponderEliminarMuito bela partilha!
ResponderEliminarBeijinhos.
Gostei da suavidade desse poema, querida Graça!
ResponderEliminarGostei, vou procurar conhecer mais do poeta!
"Mas não podendo voar
nem cuspir o fogo que me ardia no peito
bebi da água de todas as fontes
para tocar a mesma luz que há nos astros. "
Uma ótima semana, amiga Graça, cuide-se...
beijo!
Lindo verso gracias por su vista Saludos
ResponderEliminardepois de ter lido os seus dois últimos poemas muito intensos,
ResponderEliminargostei também deste último de muito criatividade nas imagens
que nos proporciona:)
a poesia é a linguagem da alma!
beijinhos
mas que bonito é tao bom ler o que escreve bjs saude
ResponderEliminarA poesia é linda e parece única porque conta uma lenda do dragão ... Fiquei impressionado ao ler esse poema. Saudações da Indonésia.
ResponderEliminarBelo poema em mais uma «seara alheia».
ResponderEliminarSamuel Pimenta... espero que consiga beber "água de todas as fontes para tocar a mesma luz que há nos astros".
Obrigada, querida Graça.
Beijo, saúde.
Gostei de conhecer!
ResponderEliminarBom resto de semana e enorme abraço, minha Amiga
Bela partilha! O Samuel voa entre o céu e os abismos e neste voo as palavras ganham um código particular.
ResponderEliminarUm beijo, minha Graça!
Muito!!!
ResponderEliminarTenho grande admiração pelos dragões e seu fogo.
Um poema interessante.
ResponderEliminarUm voo sobre o fogo e a arte de escrever poesia.
Boa partilha!
Beijinhos
:)
As 'searas' trazem sempre boas colheitas, Graça
ResponderEliminarBom conhecer inspirações alheias,
Parabéns ao Samuel e obrigada por apresentar-nos.
beijinho
Muy buen gusto en seleccionar hoy este poema para nuestra lectura!!! Impresionante!!! un abrazo!
ResponderEliminarBelo poema.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
Continuação de boa semana, querida amiga Graça.
Beijo.
generosidade a tua, Graça.
ResponderEliminarmuita - e sempre!
beijo, minha Amiga
Esse Samuel não arde, como
ResponderEliminarpimenta, mas como poeta sabe
o que diz.
Um beijo, Graça querida.
Um beijo.
ResponderEliminarQuerida Graça
Um tema interessante nessa sua "Seara alheia".
Nos tempos que correm é realmente de desencantar
mitos do nosso imaginário para tentar perceber
o que se passa connosco e qual o caminho a seguir.
Gostei muito do poema e da poesia de Samuel Pimenta,
que eu não conhecia.
Beijinhos
Olinda
Epifânico, sem dúvida.
ResponderEliminarUm abraço, Graça :)
Graça Pires belo e interessante o poema de Samuel Pimenta, porque de certo modo diferente. De qualquer modo, um poema sempre terá de ser visto como proposta.
ResponderEliminarBjs
Um poema de raízes, sede e luz. Bem concebido.
ResponderEliminarBeijo, querida Graça.
Lindo prosear em versos.
ResponderEliminarUm olhar de sangue pela natureza e pelo desejo irrealizável.
ResponderEliminarBoa colheita nessa seara.
Um abraço de carinho e protejam-se
Muito bem escolhido neste tempo de desesperança, Graça Pires.
ResponderEliminarPorque pode ser eterno
o sonho seiva que sobe
da raiz a óleo de candeia:
arde e não se queima
Assim se faz homem:
quer e teima!
Dias iluminados por mancheias de sonhos, a suplantar as agruras que se afiguram no horizonte. Uma nortada há-de levá-las para um inferno bem longínquo, buraco negro que as reduzirá à insignificância do nada.
Um beijo, querida Amiga.
ResponderEliminarthe last para of this poem is mighty and astonishingly touching !
poet has success in defining his desperation and thirst to it's fullest indeed
i would love to read this poet more ,he seems to have powerful way to transform his imagination into appropriate words ,so impressive!
i am glad you shred this piece of poetry dear Grace
blessings and hugs !
Mestra / Poetisa, Graça Pires !
ResponderEliminarBem escolhido, Amiga, o texto de Samuel
Pimenta, para desfilar em "Seara Alheia".
A figura mitológica do DRAGÃO, nos sonhos
de seu herói...
Parabéns e um ótimo final de semana, com
um fraternal abraço, aqui do Brasil !
Sinval.