soltando os fantasmas e os sonhos.
Transpôs os espelhos quebrados,
os muros caídos, as árvores já velhas.
No desfile mágico dos mortos
procurava pedro páramo, afirmava.
Mas os caminhos extenuaram-lhe os pés
e a sua boca inchou com o silêncio,
com a poeira, com as ervas secas.
Assombrado, rebolou o corpo
pelo chão até ser trevo rasteiro.
Graça Pires
De A solidão é como o vento, 2020, p. 53
Um curioso poema (de desespero?) na procura de alguém inexistente e que a existir estaria muito longe.
ResponderEliminarGostei. Obrigado.
Um belo poema de homenagem a Juan Rulfo, gostei.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Profundo e forte, assim como é a solidão. A conclusão fala de "ser trevo rasteiro", bonita expressão depois de uma dura procura...
ResponderEliminarBom Novembro, Graça. O meu carinho...
Lindo, profundo e um pouco triste. Há caminhos assim...
ResponderEliminarUm beijo e bom início de semana
Nestes últimos dias, tenho acompanhado a sua poesia em silêncio, mas com muito agrado.
ResponderEliminarAbraço
Amiga Graça,
ResponderEliminarVersos que desfilam na solitude que se revela, nos dias vazios e rasteiros que sobrevivem.
Um beijo, boa semana e cuide-se!!!
Muito linda, melancólica, profunda! beijos, chica
ResponderEliminarMuito intenso o momento de leitura!!!
ResponderEliminarBoa semana 🙏
vagare a caso liberando fantasmi e sogni...
ResponderEliminarè semplicemente delizioso
grazie, Amica Poetessa,
bouna settimana
Um beijo
Tela lindíssima e um poema intenso, profundo, muito sedutor de ler.
ResponderEliminar.
Um dia feliz
Cumprimentos
Boa tarde Graça Pires.
ResponderEliminarBastante denso o poema.
O que fica é o silêncio e a solidão.
Uma boa semana para você. Bjs.
Qual das duas é mais Bela? A tela ou a poesia? Ambas! :)
ResponderEliminar--
"É preciso acreditar em bons ventos"
-
Beijo, e uma excelente Semana
Proteja-se...
Profundo e forte.
ResponderEliminarMas com uma força para não se deixar vencer.
A tela da Olívia Marques é belissíma.
Uma postagem muito bela amiga Graça.
boa semana.
beijinhos
:)
Belos versos que incluem uma homenagem ao grande Juan Rulfo, refletindo o espírito de sua literatura. Alto poema alto, amiga Graça.
ResponderEliminarMuito obrigado por compartilhar. Abraço imenso.
Boa tarde Graça!
ResponderEliminarUm poema bem intenso, gostei muito de ler.
Lindíssima pintura de Olívia Marques.
Ótima semana pra você Graça.
Um beijo!
❤️
ResponderEliminartanto uma como a outra muito bonito o poema um pouco triste mas nao deixa de ser bonito bjs saude
ResponderEliminarOlá querida amiga Graça!
ResponderEliminarAs suas palavras encantam minha aprendiz alma de poetisa!
Um abracinho com um sabor a outonal!💛🍂💛
Megy Maia🌈
Superior inspiração.
ResponderEliminarÉ por isto que eu costumo dizer que vós a/os poetas dizem muito e, no caso, muito profundamente em poucas palavras, o que prosaicamente não se costuma ou consegue dizer num ...milhão... de palavras _ sem prejuízo das magistrais prosas, que, à sua medida, as há!
Belíssima a imagem.
Profunda e até emocionalmente tocante o Poema.
A minha humilde vénia por tudo.
Abraço de profunda admiração e, se cabe, amizade.
VB
Boa noite Graça,
ResponderEliminarUm poema muito, muito belo e profundo!
Uma busca ao mais profundo da existência quando os sonhos e os fantasmas nos rodeiam e como resposta temos apenas o silêncio, os escombros e as memórias.
O final é admirável!
Um beijinho, minha Amiga e Enorme Poeta.
Desejo-lhe uma boa semana, com muita saúde.
Ailime
Intenso y razonable en los tiempos que vivimos, me encanto.
ResponderEliminarAbrazo
Palabras,palabras,cultura y mas cultura.
ResponderEliminarBela imagem escolhida para ilustrar palavras poderosas!
ResponderEliminarDa terra viemos, terra tornaremos.
Boa semana, amiga!
Beijos.
ResponderEliminarAs ruínas são das imagens mais amargas de se ver e descrever. São indescritíveis os sentimentos de orfandade e impotência
A exaustão personificada pela solidão e silêncio e a belíssima tela de Olívia Marques
Mais um grande momento poético , querida Graça .
Um grande beijinho e muita saúde 🌸
Vida de luta e de angústia até ser trevo rasteiro. O trevo que traz no ventre a chave da felicidade. E a chave da inspiração não é fácil de encontrar.
ResponderEliminarGostei imenso, Graça.
A pintura de Olívia Marques também é inspiradora.
Beijo.
Há qualquer sortilégio de beleza dramática nos seus versos que nos entra para dentro da pele.
ResponderEliminarBoa semana, Graça.
Boa noite de paz, querida amiga Graça!
ResponderEliminarDeambulando... Silenciando...
Sendo rasteira pela caminhada...
Um misto de sentimentos num conjunto sombrio como sugere a pintura .
Tenha uma nova semana abençoada!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Olá, amiga Graça, gostei muito do teu belíssimo poema, nascido de uma fértil imaginação e sensibilidade. Parabéns minha amiga poeta.
ResponderEliminarUma excelente semana com os cuidados com a saúde, Graça.
beijo.
O livro compila estes estados de solidão.
ResponderEliminarSua arte mais que bela não finda.
Belíssima escolha e partilha Graça.
Adoro ler seus belos voos.
Beijo amiga e feliz semana.
Deambulamos à procura de alguma coisa... e, às vezes, o que colhemos são apenas decepções.
ResponderEliminarObrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
a magical painting of a random wander dear Grace :)
ResponderEliminari felt the longing and desperation of steps and heaviness of exhaustion of feet
what a joy to be able to read your poetry my friend ,it is like entering an endless castle filled with wonders and gleams !!!
hugs and blessings!
Também ele um mágico, um louco na loucura da procura, na constante
ResponderEliminare utópica caminhada.
E se a personagem Pedro Páramo não foi
encontrada, o Autor, por certo ficaria encantado.
Que belo Poema e homenagem aqui está,
querida Amiga.
Sempre, como sempre, admiro-te.
Beijos e cuida-te muito. Feliz semana.
Um maravilho esse poema
ResponderEliminarcuide-se
Há deambulações desesperadas que não nos levam a lado algum.
ResponderEliminarQuerida Graça, adorei o final deste poema.
A tela, linda, de Olivia Marques parece ter sido pintada para palavras tuas.
Beijo, minha amiga. Boa semana, protejam-se.
Não podemos prever o futuro, por muito que nele pensemos, não sabemos voar embora o desejassemos tantas vezes para assim fugirmos de realidades nem sempre agradáveis e tanta vezes dolorosas, dolorosas de as viver, não menos dolorosas de as observamos na vida de tantas e tantas pessoas. Resta-nos o aqui e o agora que deve ser vivido com equilibrio e sensatez, tendo sempre em conta os outros, principalmente aqueles que " deambulam ao acaso" sem rumo e sem esperanças de o encontrar. A solidão, o descaso, a falta de oportunidades é só o que eles encontram pelo caminho que são obrigados a fazer; doem os pês, doi o corpo por inteiro, doi a alma de tão inquieta. ; perdem a vontade de viver esta vida que para eles nada de bom tem trazido. É essa a triste realidade doa muitos que " deambulam ao acaso " e que nós tantas vezes fingimos não ver. Belos poemas, este, nesta tua seara e também o anterior numa outra seara totalmente desconhecida para mim; Adorei passar pelas duas ; dois belos momentos, Graça! Muito obrigada e, por favor, cuide-se, pois os tempos são dificeis! Pensemos naqueles que " deambulam ao acaso " e tentemos ajudar! Beijinhos e SAÚDE para todos
ResponderEliminarEmilia🌈🍀🍃
Muito bom poema
ResponderEliminarQuerida , beijinho e cuida.te
Na dúvida de que pudesse ter lido a minha resposta ao seu simpático comentário no meu há muito perdido Pekenasutopias, informo que mantenho, desde Janeiro de 2008, publicações diárias no poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt
ResponderEliminarForte abraço, Graça!
Beautiful poem i loved the photo
ResponderEliminarHá tantos com os pés já extenuados, deambulando ao acaso, assistindo ao desfile mágico dos mortos!
ResponderEliminarMais um belíssimo momento poético que nos deixa Graça Pires!
Muita saúde e uma boa semana. Cuide-se muito!
Beijo.
caminante, no hay camino, se hace camino al andar...
ResponderEliminare assim a vida segue. nosso tempo é quando.
um beijo, Graça.
Mind blowing poem
ResponderEliminarBonito poema!
ResponderEliminarSente-se a força e o peso deste excelente poema como se o carregássemos aos ombros.
ResponderEliminarUma busca incessante, cansativa, que o deitou por terra.
A alusão a Juan Rulfo (que Gabriel Garcia Marques, um dos meus autores preferidos, elogiava tanto) dá-lhe ainda mais vigor.
A tela é lindíssima!
Bom final de Terça-feira e uma feliz semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
ResponderEliminarConhecer-te deste e de outros poemas foi, para mim, uma sorte, um privilégio, como sabes. Julgo eu.
Obrigada!
Lídia
Estamos sempre deambulando à procura de algo que muitas vezes nem sabemos o que é
ResponderEliminarO poema e tela formaram um dueto notável e excepcional querida amiga
Beijinhos
ResponderEliminarGraça, intensidad y hermosura
en tus letras.
Besitos dulces
Siby
A vida é por vezes, ou quase sempre, uma procura inacabada, trilhando caminhos que nos extenuam os pés, talvez "à procura da sombra de uma luz que não há", como no poema Cidade de Ary dos Santos cantado pelo Zeca Afonso.
ResponderEliminarQuando o filho vai à procura de Pedro Páramo, a mãe, à beira da morte recomendara-lhe "Não deixes de ir visitá-lo" mas antes dissera "Não lhe vás pedir nada. Exige-lhe o que nos pertence. O que me devia ter dado e nunca deu ."
A solidão é como o vento, quando deambulamos ao acaso, soltando fantasmas e sonhos.
Bem hajas Graça por nos dares tanta beleza e emoção.
Bjs.
Este livro está profundamente marcado de solidão, como diz o título, mas cada poema é mais belo que o outro!
ResponderEliminarOlá Graça
ResponderEliminarPoema interessante e a imagem também. Bjs querida.
É tanta sensibilidade e beleza por aqui. Lindo, Graça. beijos
ResponderEliminarhttps://ludantasmusica.blogspot.com/
Graça, no dia da sua postagem, foi feriado dos mortos no Brasil. Esse poema podia ser como um filme mexicano em que se procura um amado entre os fantasmas e não se acha, perde-se a si mesmo e se transforma em planta, de tanto caminho e cansaço. Adoro, sempre!
ResponderEliminarUm beijo, espero que sua semana esteja indo tranquila
Olá minha amiga Graça, belíssimo poema o qual se presta muito às nossas reflexões. Parabéns!
ResponderEliminarDesejo uma excelente semana, com saúde e paz.
beijo.
Olá, Graça!
ResponderEliminarQue lindo e forte poema.
De vez em quando precisamos soltar os fantasmas que nos assombram, ainda que ao fazer isso, fiquemos a andar sem rumo ao encontro de nós mesmo.
Um abraço,
Sônia
Excelente poema (mais um...).
ResponderEliminarParabéns pelo talento poético.
Continuação de boa semana, querida amiga Graça.
Beijo.
Bem real, obrigado.Abraçosss
ResponderEliminarQue quadro tétrico, Graça!
ResponderEliminarSerá a maior das solidões... Suponho que acontece.
Dias bons e aconchegantes. Beijinhos
~~~~~~~~~~~~~~
Belo poema que mostra inquietude, solidão e angústia!
ResponderEliminarBom final de semana pra você.
Um beijo!
ResponderEliminarBom dia, querida Graça
A arte de dizer tanto em tão poucas palavras.
Um mundo de desespero e solidão num quadro
que rivaliza com a tela que ilustra o Poema.
Belo e tocante. Adorei.
Beijos
Olinda
Un poema tremendo, fuerte y con ua profunda soledad a cuestas que parece resucitar al final. Me ha gustado muchisimo1 Te dejo un abrazo sentido en la distancia y te deseo un feliz fin de semana
ResponderEliminarHá deambulares em cujo final apenas encontramos a desilusão, angústia e solidão.
ResponderEliminarUm poema sublime.
Beijinhos
Creo que los muertos, nuestros muertos no los olvidamos. Y qué mejor poema para traerlos a la memoria que este, que hace alusión a Pedro Páramo, el personaje muerto de la novela incomparable de Juan Rulfo. Un abrazo. Carlos
ResponderEliminarVersos curtos, profundos e enxutos demonstram a inquietude de quem vaga ao acaso.Gostei da tela que encima o poema.
ResponderEliminarBoa tarde de paz.
Bjss
Tanto Pedro Paramo, tanta procura, tanta loucura, tanta degradação, tanra solidão.
ResponderEliminarTanta poesia na erva easteira.
A surpresa de ser trevo?
Magistral, Amiga Graça Pires.
Beijo.
A vida é um permanente deambular... por entre os sonhos... e os nossos fantasmas... até que os nossos passos se extenuem...
ResponderEliminarMovem-nos os sonhos... cultivemo-los ao máximo, enquanto pudermos... e que em vez de grandes... possam somente ser possíveis... e já teremos tido uma existência plena, enquanto cá andarmos... sempre tendo algo com que sonhar...
Mais um poema de excelência, Graça, como sempre por aqui!...
Beijinhos
Ana
Em busca de algo que falta, vai deambulando à procura... Vida é carência!
ResponderEliminarBela e inspiradora a tela de Olívia Marques. É belo é o seu poema.
Meu deambularam por esse código particular, que é a sua poesia!
Um beijo, minha amiga Graça!
Extraordinário poema, este! Arranhou-me por dentro.
ResponderEliminarBeijo amigo.
Que riqueza no dominio da metáfora! Uma excelência engloba este grande poema.
ResponderEliminarBeijinhos com afecto