Anne Packard
No meio do areal
a pulsação da mulher
impelia o veleiro.
Em antiquíssima visão
ulisses avistava ítaca.
Sentia o coração de penélope
e o faro do cão
quase exauridos de esperar.
Talvez pareça dissonante invocar
homero nesta página.
Come se fosse possível escapar
de um malogro inevitável
ou culpar o primeiro silêncio
pela inabilidade da voz inicial.
a pulsação da mulher
impelia o veleiro.
ulisses avistava ítaca.
Sentia o coração de penélope
e o faro do cão
quase exauridos de esperar.
homero nesta página.
Come se fosse possível escapar
de um malogro inevitável
ou culpar o primeiro silêncio
pela inabilidade da voz inicial.
Graça Pires
De O improviso de viver, 2023, p. 29
Bom dia, amiga Graça
ResponderEliminarEsta analogia que aqui faz, é representativa da ansiedade com que esperança abraça, no intuito de alcançar o horizonte que está bem longe, mas possível de lá chegar.
Gostei bastante deste magnífico poema!
Deixo os meus votos de uma feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
marvelous painting of struggle between hope and despair dear Grace
ResponderEliminari think this whole scenario of world and life interesting only because of "Hope" which despite
the darkest night fill our eyes with dream of sun that will rise next day .isn't it most magical event that we all go through everyday in our life :)
hugs and best wishes
Na minha leitura o poema tem dois andamentos.
ResponderEliminarO primeiro evoca o mito homérico de Ulisses e Penélope.
No segundo andamento é como se a poeta atribuísse ao primeiro silêncio a inabilidade inicial da voz.
O que no dizer da poeta é um malogro.
Beijinhos
Bom dia, uma excelente segunda-feira e uma ótima semana minha querida amiga Graça. Obrigado pelo maravilhoso poema.
ResponderEliminarBoa tarde de Paz, querida amiga Graça
ResponderEliminarImpressionante sua sensibilidade poética e sua expressividade gigantesca.
"Sentia o coração de penélope
e o faro do cão
quase exauridos de esperar."
Versos que tocaram meu coração de forma plena.
Muitas vezes me sinto exaurida...
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos
Acredito que Ulisses tenha rejubilado ao avistar o seu reino que em dez anos procurou. Mas nada sabia ainda da teia de Penélope nem do cão agonizante. Quem parte desconhece infortúnios dos que ficam.
ResponderEliminarNão é vão citar Homero, essa voz múltipla ou única que nos iniciou na oralidade mágica das lendas e histórias gregas, citar esses livros de poesia que educaram gerações e onde Europa tomou nome e forma; antes aporta merecimento e louvor ao poema e à poeta.
Boa semana, Graça
Este poema entrelaça o mítico e o contemporâneo, evocando a história de Ulisses e Penélope para explorar temas de espera, expectativa e comunicação. A "pulsação da mulher" que impulsiona o veleiro sugere uma força vital e determinante.
ResponderEliminarA referência a Ulisses avistando Ítaca e sentindo a espera exaurida de Penélope e seu cão enfatiza a longa e sofrida espera. A menção a Homero sublinha a universalidade e atemporalidade dessas emoções, ao mesmo tempo que questiona a inevitabilidade do fracasso e a dificuldade de expressão inicial.
Belo nobre poetisa.
😘 em seu 💗
🐾
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema magnífico, muito bem construído, que infelizmente tenho alguma dificuldade em comentar por falta de conhecimento.
Um beijinho, minha Amiga, e Enorne Poeta.
Boa semana.
Emília
Andamos constantemente a lutar entre o desespero e a esperança...
ResponderEliminarHá dias em que a esperança vence e respiramos fundo...mas, por vezes, deixamos que o desespero nos embrulhe...
Mas, o Sol volta a nascer e temos que nascer com ele...
Lindo..
Beijos e abraços
Marta
Excelente poema, retive os dois últimos versos.
ResponderEliminarUm abraço.
Gran poema, amiga Graça. Veo cada verso. Un lujo leerla siempre...
ResponderEliminarAbrazo admirado una vez más.
Oi Graça. Parabéns pela linda inspiração. Uma boa semana pra vc. Bjs querida. Abcs NalPontes
ResponderEliminarAs always, you delight with your words, beautifully show emotions, and delight with your poetry!
ResponderEliminarHello Graça,
ResponderEliminarNice words about the heart of the woman.
Wonderful image. Nice to read.
Many greetings,
Marco
Um belo poema que reli com agrado.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Que beleza de poema!
ResponderEliminarHomero, sim, sim podemos evocá-lo!
Bello poema tan melancólico. Te mando un beso.
ResponderEliminarOlá, amiga, Graça, lendo seu poema fiz uma viagem
ResponderEliminarpor tempos idos, quando a poesia florescia.
Votos de uma excelente semana, com saúde e paz, nesse
seu belo Portugal.
Um beijo, amiga.
Tão lindo poema,Graça! Sempre emocionas! beijos, lindo dia! chica
ResponderEliminar
ResponderEliminarHomero, Ulissses e Penélope, duas personagens que povoam
a literatura do ocidente. Vê-los neste seu poema
em que desenvolve de forma tão bela essa analogia, agrada-me
imenso.
O Veleiro, a respiração da mulher, Ítaca ... e o cão.
Espera exaurida.
Boa semana, minha a miga Graça.
Beijinhos
Olinda
Grande odisseia a tua nesta viagem poética tão cheia de sabedoria quando terias pelo meio uma Circe capaz de minorar o esforço hercúleo da mulher da praia!Mas que seria do mundo se não existissem "Homeros" porque voltar e sonhar é preciso.
ResponderEliminarGrande poema, querida Graça!
Um grande abraço
Lindíssimo!
ResponderEliminarLogo os primeiros versos impeliam a leitura.
Beijinhos, amiga Grata! Continuação de boas inspirações assim!
Preciosa melancolía.
ResponderEliminarBuena semana Graça.
Un abrazo.
A vida num poema, versos que exigem releitura e reflexão.
ResponderEliminarUm beijo, querida amiga Graça.
Uma boa semana.
Um poema triste mas ao mesmo tempo bonito! Muitos parabéns!
ResponderEliminarBeijos e Abraços,
BLOG | Instagram
Fico com a impressão que poema tem dois momentos: as primeiras duas estrofes anunciam, prenunciam um regresso; a última podia ser a primeira intuição entre Ulisses e Penélope depois do regresso. Fico com a sensação que podiam ser os primeiros passos/versos/estrofes de uma epopeia.
ResponderEliminarBeijinhos, Graça
Nota: gostei bastante do seu último comentário no "árvore com voz"
Querida Graça,
ResponderEliminarAdoro os seus textos poéticos, a espera vale a pena quando temos alguém que nos importe e faça parte da nossa vida.
Um beijo!
Minha querida. Uma viagem por dentro da alma da poeta e que adorei fazer. Um beijinho
ResponderEliminarGostei muito....
ResponderEliminarMinha Amiga, abraço com carinho.
Bom dia, Graça
ResponderEliminarLindo poema, muitas vezes é preciso esperar com paciência, um forte abraço.
Boa tarde Graça
ResponderEliminarUm poema muito interessante, que gostei bastante.
Estrofes reflexivas e muito bem construidas.
Boa semana com saúde e harmonia.
Um beijo
:)
Ele no barco, ela esperando...
ResponderEliminarA metáfora do final da Udisseia, abrilhantm sobremodo o belo e expressivo poema.
Tudo bom. Beijinhos, Poeta amiga.
******
Beautiful.
ResponderEliminarwww.rsrue.blogspot.com
Olá doce Graça.
ResponderEliminarAssim é a vida.
Gostei de reler.
Abraço e brisas doces ****
sempre tao bom ler aqui adorei bjs desejo um feliz fim de semana saude
ResponderEliminarOlá, amiga Graça
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este belo poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Tantas vezes (como Ulisses) com o sonho no horizonte sendo Ìtaca,
ResponderEliminarpensamos o que Ulisses pensou de Penélope:
Oxalá o amor não te esqueça se de mim te esqueceres, pois já não sei se esperas...se teces!
- Assim cantava Homero!
Uma boa semana minha Amiga Graça!
Um beijo.
Boa noite, amiga Graça,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este belo post que muito gostei, e para deixar os meus votos de feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Na aventura do Mar o que nos vale é Homero. A Odisseia vale sempre, ontem e hoje, a quem almeja o regresso ao lar, ao calor do amor.
ResponderEliminarSe na vertigem dos dias e das noites de Ítaca, no faz desfaz, estiver o fôlego obstinado de Penelope, a que tem o condão da predestinação do caminho.
O Mundo estará a salvo.
Um beijo amigo.
Cuantos Ulises que no volvieron. Un abrazo. Carlos
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