31.5.07

Crianças

Gotthard Schuh

Mansamente aprendendo o tempo,
têm o espanto no rosto
e querem saber as sílabas encantadas,
o som dos barcos, os ninhos, o carrocel,
as cantigas de roda.
Com que sonhos lhes daremos
uma casa sem sustos,
ou a dispobibilidade das searas,
ou, tão só, uma palavra de amor,
que lhes permaneça na voz
pela vida fora?


Graça Pires
De Ortografia do olhar, 1996

6 comentários:

  1. Um poema lindíssimo! Ouve-se a música das sílabas e saboreiam-se as imagens nos olhos. Mas não sei a resposta. E a pergunta é premente!

    Um beijo, uma boa noite

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  2. acreditando neles e fazendo com que eles os sintam (nos nossos, não é possível abranger todos)

    se não pensasse assim nunca teria conseguido ter os meus.

    e por isso sempre que posso abraço-os, beijo-os e digo-lhes que os adoro, respeito e quero que eles sigam o seu sonho.

    mais tarde, quando a sua constituição psíquica estiver desenvolvida, têm o direito de lutar pela sua vida e pela dos seus, tal como nós o fazemos agora

    boa tarde para si

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  3. Excelente!

    Obrigado pela partilha.

    Um abraço

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  4. Com que sonhos lhes daremos
    uma casa sem sustos,
    ou a dispobibilidade das searas,
    ou, tão só, uma palavra de amor,
    que lhes permaneça na voz
    pela vida fora?

    Acho que apenas com paz, amor e carinho!
    Mas caminhamos sempre à beira do abismo!

    Lindo poema! Um beijo...

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  5. Soledade, Obrigada pela sensibilidade com que leu o poema. Quem me dera saber a resposta, também. Um beijo.

    Teresa, que bom para os seus filhos terem uma mãe assim. Felicidades para si e para eles.

    Vítor, obrigada e um abraço.

    A.S., é um facto "caminhamos sempre à beira do abismo". Mas o amor há-de ajudar concerteza. Um abraço.

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  6. :)

    lindo e ternurento.
    e com amor, o amor que tudo abraça.

    um beijinho.

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