Ortografia do olhar

Seleccionar o ângulo de um rosto, sem lhe macular a luz, como se, a meia voz, pudéssemos reter os múltiplos reflexos do júbilo e das mágoas.

1.12.25

O poeta chorou

›
Gabriel Pacheco                             Diante do mar mediterrâneo o poeta chorou. E em nome das águas nos acusa de mortes de exílios de...
13 comentários:
24.11.25

É sempre a sede

›
  Silena Lambertini Deciframos o orvalho no sequioso fôlego de quem aguarda à boca do inverno um líquido sopro. É a sede. É sempre esta sede...
36 comentários:
17.11.25

Inutilmente

›
  Laura Makabresku  Ignoro se alguma nascente mitigou a sede em minha voz arável no barro quente da infância onde todas as falas eram ...
40 comentários:
10.11.25

Uma chama perturbada

›
  Georges de La Tour Uma chama oculta e perturbada tange as cítaras de água‑viva que transportam em asas invisíveis todos os silêncios, depu...
46 comentários:
3.11.25

Os crisântemos

›
           Em voz baixa digo que os crisântemos crescem no batimento inquieto do coração E são delicados como a cambraia bordada por mulhere...
52 comentários:
27.10.25

Em seara alheia

›
                              O SONHO ADORMECE LENTAMENTE O dia esgota-se. O sonho adormece lentamente. Enquanto os sentidos farejam a exalt...
35 comentários:
13.10.25

Abraçados

›
  Sandra Bierman Tantas vezes nos assusta o rumor de tragédia espalhado pelo mundo. As notícias sufocam-nos a esperança. Articulam absurdos ...
47 comentários:

Um tempo que passou

›
                                                                                            Beatriz Martin Vidal  Sempre que o silêncio se t...
44 comentários:
6.10.25

A luz de outubro

›
     Rachel Giese Com silêncio te encobres. O vento do outono estremece em tua pele. As folhas de árvore com gotas do relento são fontes ant...
53 comentários:
29.9.25

As marcas da memória

›
  Damian Hovhannisyam Tenho no rosto as marcas da memória  e debaixo da língua  todas as palavras maternas  com que aprendi a nomear a vida....
43 comentários:
22.9.25

Em seara alheia

›
                             14. No tempo de ser erva ofereci-me aos bichos e aos homens e ensinei-lhes o verde e a frescura. Depois fui ped...
43 comentários:
15.9.25

Perturbada dádiva

›
  Laura Makabresku Acerco-me de mim. Possuo um rubor adolescente no rosto. Minhas mãos avaras dos gestos silenciosos e do desvario da lingua...
40 comentários:
8.9.25

Tão íntimas as palavras

›
Iman Maleki                                            Para a Conceição Lima, a quem tantos poetas devem tanto Tremendamente obsessivas as p...
49 comentários:
1.9.25

Existem contornos de liturgia

›
  Um súbito silêncio, mais que suspeito,  encobre a morte das luas  no olhar daqueles que, pela noite dentro,  usam a cegueira  para poderem...
47 comentários:
28.7.25

Os livros

›
Jacek Yerka Discretamente refreio o gesto de acertar os livros pelas lombadas. Qualquer desalinho me devolve agora a leitura inicial. Indago...
67 comentários:
21.7.25

No culto da palavra

›
Silena Lambertini Continuarei a definir o exíguo espaço  de uma errância no culto da palavra.  Habita-me a expectante mudez  de um náufrago ...
54 comentários:
14.7.25

Bolero de Ravel

›
Ouço em modo de oração antiga pausadamente rezada o bolero de ravel. O ritmo invariável quase silencioso elevando o tom. Como água imóvel re...
39 comentários:
7.7.25

Em seara alheia

›
  queremos estar vivos hoje recusamos grilhetas antigas de senhores que já matámos recusamos prender estas bocas que queremos transbordante...
39 comentários:
29.6.25

Se eu fosse uma gaivota

›
Ana Pires Livramento Reinicio a infância no esboço do poema e circunscrevo o litoral fragmentado do que sou. Quem foi que descodificou  o cé...
43 comentários:
23.6.25

Sem consolo

›
                         Katia Chausheva Não me perguntem se na vertente da noite há mães que se deitam no berço dos filhos à espera que reg...
47 comentários:
16.6.25

Na senda do cansaço

›
  Michael Bilotta Não vamos sucumbir. De tão arriscado este tempo não tem remissão. É soluçante a vida onde nos estranhamos na senda do cans...
47 comentários:
9.6.25

Imagem

›
  A imagem consente apenas  que nos doa a mesma dor daquelas mães que adivinham a morte pelo cheiro da fome em bocas que lhe sugam a secura ...
42 comentários:
1.6.25

O riso dos meninos

›
                                                                              Robert Doisneau À solta pelo vento e pela água o riso desenvo...
50 comentários:
26.5.25

Peço à agua que me purifique

›
  Magdalena Russocka Escrevo nas paredes  um eco cósmico  singular, mitológico, irreal.  Uma chuva nocturna  insinua-se-me no olhar,  onde m...
36 comentários:
19.5.25

Banidos da inocência

›
  Banidos da inocência por corrompermos a paz procuramos nas colinas da galileia o monte tabor para nos transfigurarmos. Perdoados buscaremo...
47 comentários:
11.5.25

Maravilhamento

›
                                                      Um abraço carinhoso a todas as mães do Brasil e do mundo Não importa se os estilhaços ...
57 comentários:
3.5.25

Que amor é este

›
                                                          Para os meus filhos com amor Escrevo filha. Escrevo filho. Substantivos comuns. Di...
45 comentários:
28.4.25

Um desvio de luz

›
             Masha Raymers Errante na busca de palavras defiro a minha voz em plena boca. Rasgo o peito para que um desvio da luz me clarifi...
35 comentários:
21.4.25

Poema-memória: 25 de abril de 1974

›
                                                                           Alfredo Cunha Mais que mil palavras, valia cada imagem fixada pel...
47 comentários:
14.4.25

Nas páginas do tempo

›
  Mikeila Borgia                                                                                    Para a Virgínia do Carmo   Ident...
48 comentários:
7.4.25

Rito de passagem

›
  Natalie Karpushenko Descerrei  o olhar para ver no fundo do abismo o reino da água com reflexos de lágrimas e suor de sangue e saliva no r...
36 comentários:
31.3.25

Convite para o lançamento do meu novo livro

›
                                         Às minha Amigas e aos meus Amigos, a todos os que gostam da minha poesia convido para virem ao lanç...
49 comentários:
24.3.25

Em seara alheia

›
  PALAVRAS DE TI Quero que escrevas que digas que grites no papel que desates o cordel e consigas tirar-me esta sede de palavras de ti Carlo...
46 comentários:
17.3.25

Semana comemorativa do Dia Mundial da Poesia

›
  A convite da Amiga Rosélia aqui deixo a minha participação: Quero a poesia, ainda que imperfeita, mas que fale de amor. Que diga o corpo i...
49 comentários:
8.3.25

ELAS

›
Tamara Lempicka                                                                       Elas têm olhos de vespa como as antigas deusas e morde...
53 comentários:
24.2.25

O aceno da sede

›
  Katharina-Jung Resgato o trémulo aceno da sede com um deserto furtivo na boca. Roço com deleite os lábios no chão. Até enraizar a língua n...
51 comentários:
17.2.25

Lugares sagrados

›
  Silena Lambertini                                                                 Para o Samuel Pimenta Abençoado por rituais que decifram...
44 comentários:
10.2.25

Em seara alheia

›
  Desenhar um poema Hoje queria desenhar um poema com linhas e traços ausentes e nele ler esquecimento Ana T. Freitas In: A coragem da cor ....
43 comentários:
3.2.25

À passagem de pássaros rubros

›
  Daria Petrilli Deixo que um brado demente  me atravesse o coração  à passagem de pássaros rubros  na periferia dos meus olhos  e me rasgue...
43 comentários:
27.1.25

As mulheres trancam-se em casa

›
                                                                     Andrea-Kowch                          Quando a humidade  faz crescer o ...
48 comentários:
20.1.25

Em revolto espanto

›
  Rembrandt Era fluvial o brilho dos meus olhos em revolto espanto à procura do mar que brandia no meu peito. Eu vi a tempestade em redor do...
43 comentários:
13.1.25

Em seara alheia

›
                       Solstício de inverno Tudo se anima já: os pomos nas árvores, os arqueólogos-melros procurando no chão os seus ninhos ...
36 comentários:
6.1.25

Num pressentimento feliz

›
  António Dacosta Num pressentimento feliz, recebo de mãos abertas  a inexprimível conivência  das palavras. Arrasto-me até à nitidez  de um...
43 comentários:
›
Página inicial
Ver a versão da Web

Acerca de mim

A minha foto
Graça Pires
Portugal
Ver o meu perfil completo
Com tecnologia do Blogger.