30.8.07

Um rubor de malvas floridas



Com uma perturbação herdada das sombras,
a luz excessiva de agosto adormeceu nos olhos
das aves fatigadas pela travessia das manhãs.
É possível improvisar, agora, a nesga de cor
que lhes define as asas: um rubor de malvas
floridas, deslumbrando o sol.


Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005

9 comentários:

  1. Mas como é belo este rubor!

    Beijinhos, como são belas as suas palavras!

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  2. «deslumbrando o sol»

    deslumbrando o leitor também...

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  3. Vim ler o teu poema, deixar-te um beijinho e desejar-te um bom fim de semana.
    Belas palavras e bela flor.

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  4. ainda bem que estas aves, apesar da perturbação, consegem improvisar

    belo

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  5. Vim deixar um abraço carinhoso e dizer que é com imenso orgulho que coloquei no meu blogue (espero que não se importe), o poema que me dedicou pelo meu aniversário.

    Grata por todo o seu carinho.

    Um abraço ;)

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  6. deslumbrante a vibração das tuas palavras. tão belas!

    ... são elas que dão "rubor" às malvas floridas!

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  7. Enquanto a lia pensei em Cesário e não foi numa associação ao Pick-nick e ao seu "ramalhete rubro de papoilas" mas sim à fluência poética de cada palavra que completa a outra como as harmonias na música.

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  8. Obrigada Menina pela visita e por ter divulgado o poema "no olhar de uma mulher". Um beijo.

    Maria, são carinhosas as tuas palavras. Um beijo.

    Sophiamar, gosto das tuas visitas. Um beijo.

    Teresa, é sempre um gosto ler as tuas mensagens. Um beijo.

    Herético. Obrigada. Fico sensibilizada. Um abraço.

    Helena, que bom teres lembrado Cesário ao ler-me. Todos os poetas me influenciaram. E eu deixo... Um beijo e obrigada.

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  9. " deslumbrado o sol" é uma bela transposição.

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