25.5.09

Em seara alheia


Máscaras


ah! o imenso da possibilidade.

quantas rotas em tormentas?
quantas máscaras desejadas?

sucumbes à pressão dos momentos.

nada se transfigura nos espelhos,
e todos os dias és
mais do que a soma das tuas partes.

às vezes, os mares da realidade assim obrigam.

é nessas águas que também somos humanos.


Vicente Ferreira da Silva aqui

In: Interlúdios de certeza. Porto: Temas Originais, 2009

43 comentários:

  1. Hoje estou a promover o sorriso, mesmo que seja mascarado.

    ResponderEliminar
  2. Belo poema do Vicente Ferreira da Silva, Graça.

    Excelente a sua escolha. Destaco a passagem:

    "nada se transfigura nos espelhos,
    e todos os dias és
    mais do que a soma das tuas partes".

    Profundidade nas linhas e sensibilidade poética. Eis, um dos traços da poesia do Vicente.

    Um abraço nos dois.

    Beijos.

    ResponderEliminar
  3. Graça,

    no desnudar das palavras, o meu agradecimento.

    beijo

    Vicente

    ResponderEliminar
  4. E a partilha... tão bela, tão pura, tão sentida!

    Foi mesmo um prazer ler aqui, neste momento, o Vicente.

    Beijinho a ambos :);

    ResponderEliminar
  5. Mais um bonito poema de Vicente Ferreira da Silva. Gosto muito do trabalho dele, Graça.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  6. Fico a aplaudir de pé na primeira fila.
    Muito bem.
    Beijinho

    ResponderEliminar
  7. Bela escolha. que me leva a um poeta que desconheço.
    Obrigada.

    ResponderEliminar
  8. pois somos, com a possibilidade de usarmos ou não as ditas...

    abraço Graça

    ResponderEliminar
  9. Belíssimo poema. Obrigada pela partilha, Graça. Beijos.

    ResponderEliminar
  10. Lindo....
    Nos espelhos reflectem-se os sorrisos...
    Obrigada pela visita...
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  11. tem sido um prazer descobrir a poesia do vicente, querida graça. e ainda hoje estive com uma amiga que tem o livro e conhece o autor :) um grande beijinho.

    ResponderEliminar
  12. Graça: um belo momento de poesia...e questionamentos sobre o sentir...Abraços de boa semana pra ti.

    ResponderEliminar
  13. Tenho umas perguntas para ti, Graça, mas não sei aonde colocá-las.

    Não sei dizer, porque o sentir me é imensamente grato, ao para e deixar entrar em mim, cada ortografia do (teu) olhar.

    Obrigada por o teu escrever me ser tanto.

    Beijinhos.

    P.S. Haverá apresentação ou lançamento do teu livro por terras do Norte?

    ResponderEliminar
  14. Obrigada, também, pelos outros que nos revelas.

    Parabéns ao V.F.S.

    ResponderEliminar
  15. Obrigada. És um ANJO. Aqui toda a humanidade.

    :) já seguiram :)

    Abraço sem longe.

    ResponderEliminar
  16. Oh, Linda Amiga:
    Que delicioso e soberbo poema feito pela sua inteira escolha.
    Uma maravilha de encantar.
    "...sucumbes à pressão dos momentos.
    nada se transfigura nos espelhos,
    e todos os dias és
    mais do que a soma das tuas partes..."

    Sim! Todos somos um pouco assim.
    Lindo poemar...sabe, às vezes temo repetir-me, mas é o que eu sinto...o que eu sou...
    Com respeito, estima e consideração.
    Beijinhos
    Sempre a admirar o que "constrói" com doçura que faz enternecer.

    pena

    ResponderEliminar
  17. a sombra que brilha na Seara de quem não vive só da sua sombra!


    um abraço. daqueles. sempre.



    .


    imf.

    ResponderEliminar
  18. pois é ., aqui está um belo poema do Vicente... soube bem lê-lo, ouvi-lo , palavra a palavra ...
    Abraço , Graça!
    _______ JRMARTO

    ResponderEliminar
  19. a confusão de "não" mascarar nada!

    ResponderEliminar
  20. Tantos de nós, tantas máscaras, tantos sorrisos.
    Muito belo.

    ResponderEliminar
  21. "todos os dias és
    mais do que a soma das tuas partes.
    às vezes, os mares da realidade assim obrigam."
    Bem verdade! E quantas máscaras surgem assim!

    Vou seguir o link!

    Bjinhos

    ResponderEliminar
  22. teresa p.1:46 da tarde

    A partilha é um acto muito belo e enriquecedor...
    Gostei do poema.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  23. Oá Graça, boa tarde.
    Obrigada pela partilha do Poema deste autor que não conhecia.
    Obrigada também pelas palavras lá em casa.
    Beijos

    Maria Mamede

    ResponderEliminar
  24. Um poema muito bem escolhido Graça:)
    Beijinho de lua*.*

    ResponderEliminar
  25. Belo poema, dialoga com minhas reflexões. Soma inconclusa de partes que sou ou busco ser, transfigurações inacabadas nos espelhos da retina. Duelo travado com as pressões exteriores que tantas vezes minimizam minhas pulsões. Ser é a aventura. :)

    ResponderEliminar
  26. uma boa escolha, o poema é de facto muito bom.

    fica um beij

    ResponderEliminar
  27. sucumbimos
    soma de muitas partes
    máscara que o dia nos impõe
    água de muitas correntes.
    ______
    E para ti um beijo sempre muito especial

    ResponderEliminar
  28. Olá, Graça!!

    Bem escolhida a poesia de Vicente.

    Mui bela e tocante.

    Parabéns,
    Taninha

    ResponderEliminar
  29. É bom conhecer quem vale a pena , isto é, tu e ele!
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  30. Ah, o imenso da possibilidade...assim tua poesia, mil vezes Graça.

    ResponderEliminar
  31. gostei muito de ler este poema... as máscaras de qwue nos revestimos consciente ou inconscientemente...

    obrigada, Graça. beijo grande.

    ResponderEliminar
  32. Ele há máscaras de que abusamos...
    Uma? Ei-la:
    "à ternura
    sem eco
    chamo-lhe tortura"

    Beijos

    ResponderEliminar
  33. Eis um belo poema do Vicente Ferreira da Silva!

    Acho que tão poucos ousam tirar a máscara...


    abraço!

    ResponderEliminar
  34. Prefiro ler os poemas que tu fazes.
    Mas, quando usas a tua foice e publicas poesia de terceiros, as tuas escolhas são sempre excelentes.

    Acho que nunca tinha lido nada do Vicente mas, a julgar pela amostra, só pode ser um poeta maduro.
    Gostei muito, como é óbvio.

    Querida amiga, um beijo.

    ResponderEliminar
  35. a poesia do Vicente é de uma beleza racional. uma surpresa, sempre. beijos

    ResponderEliminar
  36. ...Sempre belos momentos de poesia :)
    Um fim de semana cheio de brisas frescas :)

    ResponderEliminar
  37. Essa poética das tormentas, das águas me fascinam. Gosto de poemas molhados, de chuvas e poças.Graça, tua escolha me fez bem.

    ResponderEliminar
  38. Visito seu blog pela primeira vez, Graça, vinda lá da Maria João. Lindos os seus poemas, ainda não os conhecia, aqui do Brasil às vezes é difícil acesso à boa literatura portuguesa. Pareceu-me bom e bonito, também, este do Vicente Ferreira da Silva. Posso voltar aqui? A viagem é longa, rs, mas compensa!

    ResponderEliminar
  39. Estimada Amiga:
    Sim, as máscaras e todos os dias "somos". VOCÊ "é" e eu "Sou".
    Uma realidade óbvia, presente e indivisível. Presente.
    "...quantas máscaras desejadas?
    sucumbes à pressão dos momentos.
    nada se transfigura nos espelhos,
    e todos os dias és
    mais do que a soma das tuas partes.
    às vezes, os mares da realidade assim obrigam.
    é nessas águas que também somos humanos..."

    Descreve o real de forma verdadeira. Tal e qual ele é.
    Significativo? Imenso!
    Parabéns. Através da sua brilhante poesia descreve com um realismo fantástico a vida. As máscaras que "vestimos" existentes do ser e do sentir.
    Brilhante. Adorei.
    Beijinhos de respeito profundo e de amizade pura.

    pena

    Bem-Haja! Sem sem si a Blogosfera pareceria vazia. Um Nada. Parabéns sinceros, amiguinha extraordinária.
    Um poema fabuloso.

    ResponderEliminar
  40. "...Depus a máscara, e tornei a pô-la.
    Assim é melhor,
    Assim sem a máscara.
    E volto à personalidade como a um términus de linha."

    Fernando Pessoa

    (Álvaro de Campos, Depuz a máscaa)

    ResponderEliminar
  41. Amei!
    De quantas máscaras nos servimos, afinal?

    ResponderEliminar