27.8.09

Agosto

D'Ângelo

Recorta-se um agosto lento
na mutação da página em branco
onde conjugo o verbo amar.
A inquietude enrosca-se no texto
e contamina as frases sem nexo.
Redijo os contornos de um abraço.
Soletro um nome.
Um vento morno rasga, na minha boca,
um alfabeto alegórico com que revelo o futuro.


Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997

45 comentários:

  1. E ama-se calmamente...
    Lindo...
    Obrigada pela visita..
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. suave, a lembrar o fim de agosto, e um nome que soletramos devagar.

    uma foto cheia de beleza.

    beij

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  3. Admirável Poetiza Amiga:
    "...Redijo os contornos de um abraço.
    Soletro um nome.
    Um vento morno rasga, na minha boca,
    um alfabeto alegórico com que revelo o futuro..."

    Simplesmente, Maravilhoso. De encantar.
    Beijinhos. SEMPRE!

    pena

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  4. Uma foto e algumas palavras. Assim se pode captar um fragmento de infinito.
    abraço

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  5. Nuvens negras a anunciar o futuro?

    Dizem que sim.

    Vamos a ver se não!

    Bjs

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  6. Gosto especialmente do suave toque da redação de um abraço.
    São quatro palavras que por vezes substituem um poema de quatro estrofes.

    Cumprimentos

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  7. a cálida "inquietude" do amor...

    belíssimo.

    beijo

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  8. Muito lento este agosto...gostei imenso do teu poema. Beijos.

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  9. Muito bonito este Agosto...tem um gosto de fim de verão...onde dançam as brisas mansas
    Dias cheios de brisas frescas****

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  10. Um Agosto lento...mas determinado em chegar ao fim.Que os seus efeitos perdurem na poesia...para eu os reconhecer ao lê-la.
    um beijinho

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  11. Graça...

    Solenes vamos ao oongo dos versos
    num caminho de Agosto!
    Viajamos muitas vezes no centro daquilo que somos, num único verso, muitas vezes!


    Abraços

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  12. Belíssimo, Graça! Sua poesia me prende e encanta!

    Beijos

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  13. Lindo,Graça! Tudo faz sentido neste abraço. Belíssima ilustração.


    Grande beijo.

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  14. E$ assim também Agosto está a terminar...
    Lindo!
    Carinhos

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  15. Ficou a pairar sobre mim, o vento morno.
    Delicioso Graça
    Um beijo

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  16. Agosto revela-se ao gosto de cada um. E o poema faz agosto ter um gosto de poesia.
    beijo no coração

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  17. teresa p.9:55 da tarde

    "Redijo os contornos de um abraço..."
    Suave e belo como o fim do verão!
    A foto é uma beleza.
    Beijo.

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  18. e no rosto deste agosto escrevo a pálpebra de um pássaro.
    uma brisa fresca à boca da água enrosca-me a nudez de um nome como se fora o amplexo de um abraço.

    ______
    eu deixo o carinho desmedido num beijo. e outro ainda deixado pela Isabel
    calma é a varanda da noite.

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  19. Oi, Graça!

    O verbo amar, em agosto, mês que aqui no Brasil chamamos de "desgosto" ou " a-gosto de Deus", se conjuga com mais paixão e poesia em teu lindo poema cheio de uma inquietante e perturbadora voz.

    Beijos!

    Taninha

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  20. vim "a.gostar.me" aqui. mesmo dentro do silêncio que é só ausência formal.


    beijo.





    (imf)

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  21. O calor e os seus espectros. Sempre na exacta medida, os teus Poemas.

    Beijo, Graça.

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  22. As brisas mornas e crepusculares
    do Verão, revelam-se num Agosto lento...
    e o amor tem nome...

    muito lindo!... o muito que se diz no pouco que se escreve!

    beijos e obrigado pla visitas.

    José

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  23. Rediges o contorno de um abraço e também mais um poema muito bom, Graça.

    Fica bem.

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  24. A inquietude enrosca-se no texto, e das frases sem nexo constrói a poesia.
    Estou aqui de volta, minha querida amiga,soletrando teu belo enigma. Bjos.

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  25. Ah, e muito importante, linda a foto do D'Angelo. Bjos.

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  26. E k esse futuro seja o k desejares!
    Beijinho de lua*.*

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  27. Aqui,

    "Soletro um nome"

    Lindo poema!


    Um beijo Graça

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  28. Por que será que eu gosto sempre tanto das suas imagens?

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  29. Essa sua poesia faz jus a poetisa cheia de intensidade que você é.

    Noite de luz, menina linda.

    Rebeca

    -

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  30. verão e o amor sempre à porta. espero que não se dissolva na areia

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  31. e na lentidão de agosto, o lugar ao amor, ao poema;
    a «inquietação» que preside à palavra no rosto deste belo poema.

    beijo grande, Graça!

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  32. Querido(a) novo(a) amigo(a),estou precisando muito da ajuda de todos os amigos. estou montando uma minibiblioteca comunitária pra crianças e adolescentes na minha comunidade carente aqui no Rio de Janeiro,se voce puder me ajudar estou fazendo uma campanha de doações. pode doar qualquer quantia no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3, ou pode doar livros ,ou pode doar máquina de costura, ou pode doar retalhos, ou pode doar computador usado. se quizer fazer aguma doação entre em contato com meu email: asilvareis10@gmail.com ,eu darei o endereço de remessa. se voce não puder me ajudar com doações pode divulgar minha campanha, tenho 2 blogs no google gostaria da sua visita: Eulucinha.blogspot.com ,obrigado pela sua atenção.

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  33. belo final, os alfabetos sempre são oráculos de alegorias...

    beijos

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  34. por acaso há acasos
    e, por acaso, vim de férias
    e este foi, ao acaso, o primeiro lugar onde vim.
    maravilhoso acaso que me deixou maravilhado.
    amanhã vou correr lisboa à procura.
    deste e dos outros...

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  35. ps - nem todas as manhãs "acordo com o desejo de ser feliz" mas sou.

    obrigado

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  36. Alfabeto alegórico que as palavras revelam.
    bj
    Chris

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  37. Doce Poetiza Amiga:
    O seu poema, fascina, delícia e encanta porque é soberbo de deslumbre.
    Perfeito. Adorei passar aqui pela "transcendência" bela sentida do seu gigantesco sentir poético lindo.
    Excelente. Fabuloso instante de dimensão em versos admiráveis.
    Bem-Haja e tudo de bom.
    Sempre a admirá-la
    Abraço amigo...

    pena

    Fantástica...

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  38. Eu não sei usar as palavras como a Dona Graça, mas lá que o Agosto tem sido ventoso, lá isso...

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  39. Caríssima Poeta, roubei-lhe dois poemas.
    Espero que me perdoe.

    Com consideração

    José da Silva Martins

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  40. Soube-me bem aqui voltar. Pareçe que ainda sinto o perfume das férias.

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  41. (A)Gosto deste poema de afectos mornos em palavras inflamadas pelo sentir quieto.
    E o silêncio do nome soletrado.

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  42. "Um vento morno rasga, na minha boca,
    um alfabeto alegórico com que revelo o futuro".

    Belíssimo poema, Graça. Você conjuga o verbo amar lindamente em Agosto. Seu livro "Conjugar afectos" é muito especial. Parabéns!

    Com tempo, há uma escrita no "Maria Clara: simplesmente poesia" que não lhe é estranha...

    Um beijo,
    H.F.

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