6.4.11

Em seara alheia



BILHETE-POSTAL


Voltei aos jardins mas nem sombra de nós vi
na face das coisas - somos filhos do instante.
E no entanto que longos me vão os dias.


Por aqui tudo arde. Secretamente.
Uma raposa desceu das terras altas
e morde-me os dedos se tento afagá-la.

Soledade Santos
In: Sob os teus pés a terra, Lisboa: Artefacto, 2010

29 comentários:

  1. Ficamos apenas com as memórias...
    Tudo desaparece lentamente....
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  2. comovente.
    parabéns à Soledade Santos e obrigada Graça,pela tua generosidade em aqui partilhares.

    um beij

    ResponderEliminar
  3. Graça,

    Filhos dos instantes, quando as horas e os dias nos ardem dentro do peito e nos expõem à avidez de bocas que nos dilaceram...


    Abraços,
    AL

    ResponderEliminar
  4. Querida Graça,

    O seu bom gosto e sensibilidade são dádivas para seus leitores. Um poema que atinge diretamente os sentidos. Obrigada pela bela partilha.


    Carinhoso beijo, Poeta.

    ResponderEliminar
  5. Belíssimo como todos os poemas da Soledade sempre foram.

    ResponderEliminar
  6. Por aqui tudo arde. Secretamente.
    --------
    A magia da paixão. Que seria do mundo sem 'paixões'.
    --------
    Que a felicidade ande por aí.
    Manuel

    ResponderEliminar
  7. por aqui

    podem-se partilhar
    os poemas bonitos

    mas as raposas, não

    são como os lobos, não se deixam afagar

    um beijo

    manuela

    ResponderEliminar
  8. cOM UM BEIJO...

    Crise
    O mundo caminha
    Por ondas e ciclos...
    O mundo caminha
    Para a queda...

    Porque a família
    Não está...
    Porque a família
    Perde a força...

    E a sociedade humana
    Por diversos factores
    Tem muita gente imatura...

    Sem união familiar...
    Sem amor...
    Sem gosto pela vida...

    A crise rapidamente...
    Fica instalada!...

    LILI LARANJO

    ResponderEliminar
  9. Os dias vão longe e, mesmo sendo filhos do instante, há um tempo que nos arde e, nos são e nem as raposas nos são clementes.
    Um poema amargo, seco... lindo.

    ResponderEliminar
  10. Também me sinto assim. Gostei do poema. Beijos.

    ResponderEliminar
  11. Milagre é tudo aquilo que enche o nosso coração de paz.
    Paulo Coelho
    Bjs com carinho Naty

    ResponderEliminar
  12. Triste e comovente.Com o tempo tudo desaparece.
    Um aplauso à autora Soledade Santos e para si querida Graça um bjito e uma flor.
    PS. Adorei o seu livro.
    Maravilha de poesia.

    ResponderEliminar
  13. Filhos do instante: isso arde ao ouvi-lo!
    Beijos,

    ResponderEliminar
  14. Vejam! Faço magia!
    Com esta caixinha de simples cartão
    Não se iludam, nem pombas ou coelhos
    Não há truque...perdão!?

    E então?! Que emoção
    Encontrei algo aqui neste bolso esquecido e roto
    Espera aí o que é isto meus senhores?!
    Ah...! É uma pedra mágica que pensei ter dado em mar revolto

    E vou cantar uma adivinha
    Vou desenhar uma ideia minha
    Vou inventar uma musica em surdina
    Vou dançar sem bailarina


    Mágico beijo

    ResponderEliminar
  15. Graça, o "Bilhete-Postal" é um poema por que tenho particular afecto. Muito obrigada, a si e aos visitantes do Ortografia do Olhar. Ando longe da blogoesfera, mas de vez em quando algo me faz lembrar e retomo trilhos perdidos. É bom voltar. E fiquei a saber do "Incidência da Luz". Parabéns!

    ResponderEliminar
  16. os regressos sempre têm palavras difíceis,

    belo poema para este abril (complicado em Portugal..)

    um beijo

    ResponderEliminar
  17. Muito boa é a poesia da Soledad! Obrigada por a teres aqui trazido. Um beijinho, Graça.

    ResponderEliminar
  18. Éden perdido dos Poetas...

    belíssimo.

    beijos

    ResponderEliminar
  19. Olá passo por seu blog para convidar você a visitar o meu que é dedicado a cultura. De segunda a sexta feira noticiário cultural aos sábados minha coluna poética ás 09 horas da manhã e ás 5 da tarde Chá das 5 sempre com uma participação especial. Irei aguardar sua visita lá. Abraços sucesso em seu blog. O endereço é informativofolhetimcultural.blogspot.com

    Magno Oliveira
    Twitter: @oliveirasmagno ou twitter/oliveirasmagno
    Telefone: 55 11 61903992
    E-mail oliveira_m_silva@hotmail.com

    ResponderEliminar
  20. teresa p.5:01 da tarde

    Emoções que vão ficando pelos caminhos da vida...
    Gostei muito deste poema da Soledade Santos, parabéns!
    Beijo.

    ResponderEliminar
  21. Uma poetisa que eu não conhecia.

    Tenho conhecido alguns por seu intermédio.

    Obrigado.

    Bjjss

    ResponderEliminar
  22. Um belíssimo bilhete postal.
    Gostei da escolha.
    Desejo-te boa semana.
    Um beijo, Graça.

    ResponderEliminar
  23. Obrigada pela partilha, Graça!
    Um beijo de carinho

    ResponderEliminar
  24. Tambémj conheço muitas raposas como a do poema.
    Um abraço, Graça.

    ResponderEliminar
  25. Beleza crua, agri-doce.
    Beijo de carne sobre o mármore frio da estátua do tempo.
    Enternecedor.
    Triste e belo. Como a vida muitas vezes é.
    Obrigado pela partilha, querida Graça.

    ResponderEliminar
  26. Emerson Leal5:53 da manhã

    Graça, tudo bem? Me chamo Emerson, sou músico brasileiro e comecei a gravar meu primeiro CD. Tenho uma letra de música que gostaria que fosse recitada por uma portuguesa; esta seria uma das faixas do disco. Venho aqui te fazer este convite. Como fazemos para conversar melhor, caso aceites? Podes me escrever? emersonleal@gmail.com

    Grande abraço!

    ResponderEliminar
  27. Lindissímo poema!

    A vida é efémera, mas faz longa cicatrizes...

    Parabéns á autora!

    Um bj

    José

    ResponderEliminar
  28. muito bonito...obrigada pela partilha
    brisas doces para si doce Graça***

    ResponderEliminar