Picasso
Por dentro da tua voz, posso adivinhar
a cidade longínqua que te perturba o rosto.
Vieste de todos os lugares onde as emoções
se expõem do lado da desordem,
e chegaste com os pássaros transparentes
que, agora, repousam nos teus olhos:
água ou mágoa, a juntar os pedaços da tua sombra,
a cidade longínqua que te perturba o rosto.
Vieste de todos os lugares onde as emoções
se expõem do lado da desordem,
e chegaste com os pássaros transparentes
que, agora, repousam nos teus olhos:
água ou mágoa, a juntar os pedaços da tua sombra,
repartida por quantos silêncios te cercaram?
Não. Não te ausentes ainda.
Deixa-me reaver todo o júbilo das mãos,
na curva do teu peito, onde vejo uma pátria
cor de trigo, que me aquieta o corpo.
Graça Pires
Não. Não te ausentes ainda.
Deixa-me reaver todo o júbilo das mãos,
na curva do teu peito, onde vejo uma pátria
cor de trigo, que me aquieta o corpo.
Graça Pires
De Ortografia do olhar, 1996
Que lindo poema! São sempre muito bonitos os teus poemas. Passei para te ler e saio reconfortada.
ResponderEliminarDeixo-te um abraço grande, muito grande, do tamanho da amizade que tenho por ti.
Beijinhos
Bravo! O meu coração agradece.
ResponderEliminarSempre fico perplexa com teu vigor poético.
beijo de além-mar.
por dentro das tuas palavras,
ResponderEliminarposso adivinhar os lugares, as emoções,
que repousam nos teus olhos...
e até juntar os pedaços da tua bonita sombra...
tão visivel...
abraço Graça
junta nas mãos.
ResponderEliminaras cerejas e os afagos.
e ____________
intimamente.
inaugura-me de calma.
belíssimo. como sempre.
bj, Graça
maré
A alegre saudação a uma chegada.
ResponderEliminarO trémulo, e algo assustado, pedido para que não parta...Belo!
Graça, querida, mais uma vez e sempre você consegue modular a palavra e dela extair o suprema dádiva de ser humano, de amar, de pulsar, enfim. Como sempre: Bravo!
ResponderEliminarBeijo.
fazes o que queres das palavras e elas ganham tantos significados.
ResponderEliminarescreves muito bem..
beij
de quando a nossa voz fala de outros lugares e emoções. gostei muito, graça. um grande beijinho.
ResponderEliminar"Deixa-me reaver todo o júbilo das mãos,
ResponderEliminarna curva do teu peito, onde vejo uma pátria
cor de trigo, que me aquieta o corpo." Bonito, diferente!
Sou mesmo uma alma sensível.
ResponderEliminarMuitos cumprimentos.
belas as cidades (impossíveis) e os rostos perturbados sonhando-as.
ResponderEliminargostei muito. posso "roubar" para a SN?
Muito bom!
ResponderEliminarÓptimo fim de semana.
bjs
"Por dentro da tua voz..." toda a emoção jorra em palavras sublimes, que enchem a alma.
ResponderEliminarBeijo.
Sempre
ResponderEliminarlindos poemas por aqui.
bjs.
Ju Gioli
Onde é essa pátria cor de trigo?,,,Porque a nossa está cinzenta!
ResponderEliminarFica bem, Graça.
nunca daqui ausente. deste lugar sábio onde as palavras fluem...no improviso de quem sabe a textura da alma.
ResponderEliminarabraço. terno. muito. Graça!
Adorei o poema. Forte e muito emotivo!
ResponderEliminarBeijinhos
Belíssima linguagem poética servida de imagens perfeitas. Um beijo.
ResponderEliminarpleno de imagens e significados, um poema muito bom, Graça! Beijo.
ResponderEliminarOs teus poemas sempre son especiais Graça es unha artista en maiúsculas.
ResponderEliminarUnha aperta e un beijo amiga.
:)
Gostei muito deste poema, Graça. Do modo como celebra um encontro entre dois estranhos que se fazem pátria mútua.
ResponderEliminarUm beijo, um bom domingo
Vou ali e já volto.
ResponderEliminarBeijinhos.
Tão belo o teu poema!! Beijos.
ResponderEliminarComo diz Elizabeth F. fico perplexa também com tamanha inspiração!
ResponderEliminarGrande e belo poema!
Parabéns.
Beijinho.
Quem me dera ter no coração tal campo de trigo, para chão, senda e abrigo de tamanho amor!
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