Maurício Abreu
Na data prevista, agosto arde
e nem sequer uma sombra indaga
a desolação da terra nos montados.
Os pássaros trancam o verão em suas asas,
acenando à luz coalhada das nascentes.
Um sorriso, ajustado ao abandono,
envelhece nos olhos das crianças.
Graça Pires
e nem sequer uma sombra indaga
a desolação da terra nos montados.
Os pássaros trancam o verão em suas asas,
acenando à luz coalhada das nascentes.
Um sorriso, ajustado ao abandono,
envelhece nos olhos das crianças.
Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005
É bom ler por aqui a palavra sorriso. Empatias. O menos importante neste poema onde esse "trancar o verão" me colheu.
ResponderEliminarUma honra imensa te receber lá em casa, Graça. As coisas que vc escreve me tocam profundamente. Sou sua fã. Adorei conhecer esse teu espaço.
ResponderEliminarBeijucas, querida.
Primeira visita!
ResponderEliminarGostei do seu espaço...
Sábias palavras...
beijooo.
Belo poema em que o tema "Verão" aqui tem o sentido inverso, para quem o vive, sob o calor abrasador da planície, onde até "o sorriso envelhece nos olhos das crianças"!
ResponderEliminarBeijo.
Momento reflexivo...
ResponderEliminarUnha aperta.
:)
Tive um dia muito bem passado!
ResponderEliminarDesejo-lhe um grande fim de semana.
"Os pássaros trancam o verão em suas asas..."
ResponderEliminarÉ uma bela imagem poética que, tal como a pintura, retrata bem o calor ardente de Agosto.
Beijo.
Creio que todos se identificam um pouco em seus poemas, Graça. Um dos sinais da boa poesia.
ResponderEliminarBeijos.
Linda a imagem metafórica que criaste. As tuas palavras, Graça, possuem possuem grandes e belas asas semânticas.
ResponderEliminarbeijo de além-mar
Cheguei até aqui através de Alexandre Bonafim, não sei se na data prevista, e o coração me faz perguntar: quem é você, onde está seu rosto clandestino? De onde vieram estes olhos que tanta beleza enxergam assim?
ResponderEliminar"...Na data prevista, agosto arde
ResponderEliminare nem sequer uma sombra indaga
a desolação da terra nos montados."
Triste este lamento de alma, que não apazigua o verão de tantas cinzas...
Um abraço carinhoso, querida Poeta, que as suas palavras cheguem longe e toquem os corações ímpios...
muito doiradas estas palavras
ResponderEliminarum estado de graça, parabéns
beijo
a capacidade de "dizer"....
ResponderEliminarencanto-me.
beijo. G.
Prezada Graça,
ResponderEliminarimagino o que padecem com as ondas de calor do verão português, apesar de ser período de férias, praias, romarias, enfim, de festejar.
O poema transpira (sua mesmo) a falta de umidade do ar, a indisposição que causa o calor excessivo. Muitíssimo bem ilustrado.
Aqui está um frio horroroso, que vai e volta. Muita poluição e umidade relativa do ar muitíssimo baixa. A outra face do problema.
Beijos no coração.
Bárbara Carvalho.
P.S.: Tomei a liberdade de "linkar" seu blog.
Ah! Espero, com ansiedade de criança, a "merecida atenção". Será de grande valia para mim. Outro beijo.
é bom regrssar, aqui ao Poema.
ResponderEliminar"Os pássaros trancam o verão em suas asas,"- belo!
Abraço,
mariah
Linda Amiga:
ResponderEliminarMais um momento apaixonante de poesia magnífica.
As palavras são construidas com encanto e beleza.
Registo, maravilhosamente, estes versos:
"...Os pássaros trancam o verão em suas asas,
acenando à luz coalhada das nascentes..."
Sublime.
Parabéns sinceros, excelente poetisa.
Brilhante poema que cintila docemente para ler e reler.
Beijinhos de amizade
pena
bonito de ler. e reler.
ResponderEliminarbeij
Perfeito teu retrato da inclemência do Verão alentejano, Graça.
ResponderEliminarBj
deve ter sido um belo passeio ;). gostei. beijo.
ResponderEliminare no esboço trémulo do sorriso,
ResponderEliminarhá sonhos inacabados.
suspensos
no insane voo mutilado
bj, Graça
maré
Poema de sutis imagens, em qua a beleza poética da natureza refulge nossa humanidade. Beijo.
ResponderEliminarQue lindo poema, Graça.
ResponderEliminarComo bom alentejano saboreei cada uma das letras e sílabas do montado. E guardei nas algibeiras os pássaros até à ribeira mais próxinma. Foram salvos do calor. E ainda lhes li o poema.Piaram: gostaram...
Bj.
Eduardo
Amada Graça, poeta Maior, a quem tenho o privilégio de poder chamar amiga,
ResponderEliminarRepito: a falta que me tem feito este teu espaço!
Creio que voltei agora e não tenciono manter- me afastada. Como poderia???
Beijo-te com muito carinho.