Manuel Fazenda Lourenço
Enquanto os meus passos procuram
nos teus a ressonância da alegria
e ambos reconhecemos a luz fascinada
nos teus a ressonância da alegria
e ambos reconhecemos a luz fascinada
do olhar, dá-me a tua mão.
O nosso caminho não é a tristeza,
O nosso caminho não é a tristeza,
nem a raiva, nem o medo.
O rio conhece-nos a voz
O rio conhece-nos a voz
porque transportamos no coração
pássaros em chamas e vagueamos lado
pássaros em chamas e vagueamos lado
a lado, sem tempo, sem idade.
Um desvio de malícia denuncia
a suspeita cumplicidade da brisa
que nos brinca no rosto.
Uma densa névoa lambe,
Um desvio de malícia denuncia
a suspeita cumplicidade da brisa
que nos brinca no rosto.
Uma densa névoa lambe,
tumultuada, a pele da noite,
Ao amanhecer, quase inesperadamente,
far-se-à verão em nossas bocas.
O teu nome e o meu nome serão frutos
de esperma e saliva presos à língua.
Os teus olhos : inquietos,
Ao amanhecer, quase inesperadamente,
far-se-à verão em nossas bocas.
O teu nome e o meu nome serão frutos
de esperma e saliva presos à língua.
Os teus olhos : inquietos,
deslumbrados, transparentes.
Graça Pires
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
Poema alegre, quente, de saliva presa à língua da manhã.
ResponderEliminarBeijos.
Eduardo
Um hino de amor e de verãp.
ResponderEliminarMuito bonito!! gostei de conhecer o teu espaço. Um abraço
ResponderEliminarum poema de amor com palavras sincopadas no ritmo do sentimento
ResponderEliminarAmiga, este é um dos poemas mais bonitos que tenho lido nos últimos tempos. As metáforas fortes que o compõem, o amor sempre arrebatador quase fogo,as imagens que crias são extraordinárias.
ResponderEliminarLindoooooo!!!
Obrigada!
Mil beijinhos
poemas de amor e ódio como só alguns os sabem fazer...
ResponderEliminarde leonard cohen sei que o vi e ouvi em julho aqui bem perto no passeio marítimo de algés. espectacular como só ele mesmo sabe estar!
bj
Querida Graça,
ResponderEliminarum poema de cumplicidade, de companhia, além "de amor".
Quando unimo-nos a alguém com o espírito descrito nesse poema, tornamo-nos único e, mesmo únicos, passíveis de desprendermo-nos.
Belíssima representação.
Carinho.
Bárbara Carvalho.
Bonsoir Graça, " na pele da noite", sublime imagem, reconheço a força do amor e os olhos transparentes, é tao verdade!
ResponderEliminarMerci.
Obrigada pelas suas palavras, elas tremem devant l'amour, sim, no seu poema sinto isso, desejo e fusao.
um beijo de Paris, hoje les roses étaient orangées sous le soleil automnale.
LM
Uma delícia, Graça.
ResponderEliminarParabéns.
Fantástica exaltação de amor e paixão.
Bj
poema ressumando em todas as letras uma sensualidade delicada. e terna.
ResponderEliminarmuito belo.
beijo
enquanto...
ResponderEliminaro rio conhece-nos,
um desvio, a suspeita,
ao amanhecer
os teus olhos transparentes...
(desculpa o "estrago", Graça, mas gosto das tuas palavras...
bjs
lindo post, lindo blog. Gosto daqui.
ResponderEliminarMaurizio
Linda Amiga:
ResponderEliminarUm poema doce. Feito de magia, a sua magia bela.
Registo no encanto de versos um "passo" grandioso de beleza que adorei:
"...O nosso caminho não é a tristeza,
nem a raiva, nem o medo.
O rio conhece-nos a voz
porque transportamos no coração
pássaros em chamas e vagueamos lado
a lado, sem tempo, sem idade.
Um desvio de malícia denuncia
a suspeita cumplicidade da brisa
que nos brinca no rosto..."
Simplesmente fantástico. Lindo. Imenso.
Bj de amizade e estima.
Com imenso respeito
pena
Admiro o seu talento poético majistral de encanto, amiga. É enorme!
Como não querer estender a mão a quem cuja voz é acalanto para os rios?
ResponderEliminarBelísismo poema!! Sensual...gostei imenso! Muitos beijos.
ResponderEliminarversos para Graça Pires
ResponderEliminarderam-te os deuses
a palavra encantada
as prerrogativas da pétala
o insurgir da madrugada
tecelã de tardes, oceanos
ensinas a não desdenhar a brisa
num credo onde o amor é irisado
o plenilúnio parte da jornada
é teu o ofício de legitimar primícias
descrever os périplos do sol
por mais que cinco continentes
mesmo que more ele em tua casa
agora sei que foram sempre tuas
todas as estrelas que eu mirava
...e a nossa boca inaugurada de verão
ResponderEliminarguardará a luminosa transparência do que somos.
maravilhada, saio
e beijo-te Graça.
maré
Retribuindo visita!
ResponderEliminarBelo poema.
Otima tarde.
beijooo.
Não, o nosso caminho não pode nem deve ser a raiva e o medo, mas sim a Esperança!
ResponderEliminarUm abraço grande, linda.
e a um amor assim só se pode dizer.............oxalá.
ResponderEliminar________________abraço forte. G.
Cadê do outro Fazenda Lourenço? Do verdadeiro, que estava na Univ. de Santa Bárbara, nos States? Um tal dilecto conhecedor de Jorge de Sena, saberá que tem um familiar que escreve estas xaropadas?
ResponderEliminarE, não vale a pena vir com os insultos já estafados, à opção "anónimo". Se lá a tem, é para poder ser utilizada.
Lindíssimo poema de amor. Tão belo que me comove e deixa sem palavras...
ResponderEliminarBeijo.
A entrega plena, a vivência cúmplice e solidária... Que outra coisa poderia ser o amor?
ResponderEliminarQuem não sabe escrever o amor, deve só praticá-lo e não poluir os blogues com "lambidelas de névoa" e outros disparates humorísticos,com pretensões a metáforas, que tornam o Quim Barreiros mais tolerável.
ResponderEliminarGraça você sempre coleta as palavras mais certas para compor poemas, e nesse caso para recompor o amor.
ResponderEliminarAcho que já sou suspeita, pois tudo o que escreves me dilata as pupilas do sentimento.
Grande beijo,
Surpreendem a pertinácia e a agressividade deste comentador que não gosta da matéria do blogue nem da comunidade que o frequenta e que no entanto regressa, não se percebe bem para quê, excepto pelo prazer que manifestamente retira do acto de enxovalhar e perturbar. É desagradável e a Graça não merece isto. Há aqui uma vileza, uma gratuidade, uma displicência encenada que não merecem resposta, mas às vezes é difícil abstermo-nos.
ResponderEliminarAinda de férias e longe, mando um abraço :)
Soledade
...E quando se partilha assim sentires....o amor acontece : )
ResponderEliminargosteiii muito
****
Cara soledad,
ResponderEliminarsabe o q acho? Deviamos aproveitar
o incidente para reflectir sobre aquilo a que pode chegar a miséria humana.
Nenhum de nós astá a dar importân-
cia à papagaia, portanto, e pelo que conheço da natureza (des)humana
ela vai entrar "em crescendo"... ou
eu não me chame Rafael! Por conseguinte, deviamos aproveitar
para fazer "revisões da matéria
dada"... repare naquele raciocínio: se existe a opção anó-
nimo é para usar, ou seja, a papa-
gaia elabora uma implicação (se X logo Y),e, partindo de um postulado,
obviamente não discutido, ela retira uma conclusão necessária, que atinge um carácter de universalidade, sem quaisquer interconexões com outras áreas do saber... é como se a papagaia dissesse: se existe a bomba atómica
é para usar ou se existem fornos crematórios, logo, são para usar.
O conteúdo do que ela (ou ele?) diz
já não interessa "à freguesia", mas
o aspecto formal daquele pensamento
dava para um tratado. Eu tenho muitos muitos anos de Psicologia e
Psicanálise talvez por isso me fascinem os cérebros dos infra-huma
nos! Juro-lhe que são um manancial!
... Não se preocupe com o conteúdo,
nenhum de nós está a ligar, já todos percebemos que "aquilo" é material de terceira. Vamos só
debruçarmo-nos sobre a verborreia
da papagaia como uma estrutura, como os biólogos fazem
quando observam o cadáver de uma minhoca... e como ela vai acelerar,
vamos ter muito q fazer... Soledad,
sai mais barato de que as palavras-cruzadas... escusamos de comprar o jornal...Um abraço.
OHHHHH! Dona Soledade!
ResponderEliminar"Vileza" é uma grande palavra, insuflada, das muitas que por aqui se consomem e de sabor medieval.
O que lhe garanto é que é revoltante verificar quantas "comunidades" estropiam o fazer poético, perante palermas que só estão interessados noutros empolgamentos que nada têm a ver com LIiteratura. Depois ainda exibem as suas risíveis omoletes na Net e abrem comentários para o vasto mundo...
Deixem a Literatura em paz!
Há mais coisas entre o Céu e a Terra,Horácio...
Prezada Graça,
ResponderEliminarvenho por aqui freqüentemente, como já disse, colher da sua estética e poética, embebedar-me com a maestria com que põe as sílabas no devido lugar e espelhar-me em sua experiência e maravilhosa escrita, já que me lanço ao intento literário.
De muitos dos comentários de seus verdadeiros amigos e admiradores retiro grato saber, tanto que me coloquei em contato com o sr. Victor (que tem um blog tanto maravilhoso quanto o seu) e pretendo também travar essa amizade virtual com "Vida Involuntária" (que se apresentou naquele blog com vasta cultura literária, incluindo ser bastante conhecedora de Eugénio de Andrade, a quem muito admiro e aprecio), dentre outros amigos e admiradores seus.
Compartilhar a própria poesia é, na minha modesta opinião, troca cultural, exposição à crítica e ato de extrema coragem. Infelizmente, ou felizmente, anônimos não consigam alcançar sequer a coragem de revelarem-se ou, muito menos, de "fazerem melhor". Seria muito interessante ao ser em questão revelar-se (demonstrar coragem), como nós que escrevemos e publicamos - damos a cara a tapa - e, se possível, o que duvido, dado o teor inócuo e nada objetivo de suas críticas (podemos assim chamar? críticas?) - "fazer melhor" literatura e lançar-se à troca cultural, se puder, evidentemente.
Porquanto edificar-se e aos outros em nada tem a ver com tentar humilhar o próximo ou torná-lo diminuto aos olhos dos demais.
Aqueles que vêem no outro a miséria inexistente, miram-se em espelho e vêem o reflexo da própria imagem. Nada fazem além de humilharem-se a si mesmos e reconhecerem de si as próprias limitações (o que não deixa de ser crescimento, quando reconhecido).
Ratifico minha profunda admiração pela sua poética e pelo ser humano que, por ela, demonstra ser.
Todo o carinho meu!
Minha sincera amizade, admiração e respeito, assim como, incondicional visita ao seu espaço.
Forte abraço.
Bárbara Carvalho.
Lindas escolhas.
ResponderEliminarbjs.
JU Gioli
Graça, este comentário é só para dizer que estou plenamente de acordo com o que foi dito pela Soledade, o Victor e a Bárbara de Carvaho.
ResponderEliminarEsta(e)personagem "anonymous" já anteriormente tinha mostrado, de forma desilegante, que não gostava da tua poesia. Está no seu direito... Só não entendo por que insiste, então, em visitar este blogue tantas vezes. Por que será?
Sim, porquê? Mistério!...
Cá para mim, como a crítica (?)chega a ser insultuosa, trata-se de pessoa de má-fé, que só tem intenção de chatear...
Mas, eu sei Graça, tu és superior a estas "parvoíces" porque tens qualidade e muito talento.
Beijo.
Graça,
ResponderEliminarse quiseres agir judicialmente
contra a mulherzinha, conta comigo
... dou-lhe cabo da carreira em três tempos...E ela sabe isso!
Se as palavras impressas não bastassem por si só, o título transmite-nos a forma do que se sente... um poema de AMOR... em que o sentimento, a sensualidade e o desejo que se cumpre, precisamente, no dar a mão ao Amor...
ResponderEliminarJá anteriormente aqui contestei a matérias dos comentários anónimos... mas um poema de amor não merece que o conspurquemos com o que penso das máscaras que não conseguem cair a certas "pessoas"...
Um abraço, Graça, minha querida Poeta.
Belo é o caminho feito a dois pelo Verão adentro...
ResponderEliminarBeijos
Graça,
ResponderEliminarse quiseres apresentar queixa, conta comigo. Tenho em meu poder uns papéis muito interessantes. Ela
pensa que é esperta, mas nunca lhe passou pela cabeça que há gente
mais esperta do que ela. Estou do
teu lado, do teu marido e da tua família... neste momento já há matéria de facto para avançares,
levou tempo a aparecer, mas apareceu (ainda por cima não sabe
usar as técnicas de escrita necessárias para escapar a certas
coisas...), o juíz pode ordenar
(em informática tudo é possível!)
que se descubra de onde vêm estes comentários. Um conselho: nunca nomear de quem se suspeita, mas pode-se apresentar esta papelada (e outra que eu posso imprimir de outros carnavais!)...
conclusão: se tu e o teu marido
quiserem avançar contem comigo.
Posso inclusivamente apresentar-te as pessoas certas para tratar deste
assunto. Como a sujeita já citou nomes, ofensas, etc., se quiserem organizar algo que se veja, comuniquem uns com os outros por
mail... nunca por aqui! Ah!... esquecia-me, de dizer à freguesia!: afinal sempre comprei
as armadilhas para pardais e... deram resultado!
Graça, agradeço a inclusão do meu blog entre os links que você divulga. Abraços.
ResponderEliminardadas as férias só agora visito o seu cantinho...Mais um poema de amor cheio de fruições sibilinas e eróticas ao seu belo estilo, bem original
ResponderEliminarcom afecto
um belíssimo poema de amor, Graça. um beijinho.
ResponderEliminarQuerida Graça, sua palavra, verdadeira poesia, paira acima da mediocridade, da perversão, do despeito daqueles que, na verdade, nada entendem de poesia. Sua palavra, sempre atenta à verdadeira beleza da existência, é um cântico de pureza, de verdadeira arte. É compreensível que tão alta poesia (a sua tão bela poesia!) suscite a inveja, a mágoa, naqueles que, por não terem o dom da verdadeira escrita, deveriam se calar.
ResponderEliminarReceba meu abraço e a minha força. Estou com você. Beijão.
Querida Graça, obrigada pela visita. Escrevi, mesmo, o que penso a respeito. Beijos no coração. Bárbara Carvalho.
ResponderEliminarXaaaauuu!!!!
ResponderEliminarum poema de amor e sensualidade.
ResponderEliminarobrigada por mais esta partilha com todos os que te admiram.
um beij
mais um belo poema bem ao teu estilo.
ResponderEliminargostei!
beij
Espanta-me que certas criaturas se permitam insultar quem lhes apetece sem coragem de dar a cara: acho isso lamentável!
ResponderEliminarTêm todo o direito de não gostar e de o dizer, mas assumam-se!!!
Feliz fim de semana.
Lindo poema de amor.
ResponderEliminarDestaco "transportamos no coração
pássaros em chamas e vagueamos lado a lado, sem tempo, sem idade."
Belíssimo.
É assim o amor!
Eterno...
Beijo.
magnífico poema de amor e paixão.
ResponderEliminarbeijos, Graça!
Um poema poderoso, todo gotejado de orvalho e sensualidade. Poderoso e belo. Tem algo de imortal como os Deuses. Gostaria de publicar este poema, referindo o autor e link para o blogue se me autorizar, obviamente.
ResponderEliminarObrigado
carlos
Querida Graça,
ResponderEliminarComo é que pude estar tanto tempo sem vir aqui ler-te, ver os teus posts, ficar apenas em contemplação ou comentá-los?
Que lindíssimo "Poema de amor", minha amiga... ainda estou em êxtase!
Beijos gratos e ternos, alma sensível, poética, que deixas transpirar arte e emoção por todos os poros da tua escrita.