DERAM-ME O NOME
Deram-me o nome
da mãe
da avó
e de outras ancestrais que não conheci
a avó fez jus ao nome
e de Andaluzia onde foi menina
trouxe a espantosa solidão
da cama desabitada
dos filhos todos
perdidos
na guerra
a mãe foi artesã
da alegria
(da minha não da sua)
e passou breve
cisne ao sol
sacrificado
e agora
eu herança
no longe dos seus olhos.
Soledade Santos Aqui
In: Quatro Poetas na Net. Maia: Sete Sílabas, 2002
eu tenho um nome: o teu, que sigo.
ResponderEliminarbeijo de bom dia.
obrigada Graça.
É sempre bom encontrar e ler os poemas da Soledade.
ResponderEliminarUm magnífico poema...beijos.
ResponderEliminarO que dizer depois de "cisne ao sol sacrificado" ou "herança no longe dos seus olhos"? Nada: apenas contemplar tamanha poesia.
ResponderEliminarGraça, este poema é especial para mim porque nele afirmo a minha identidade e pertença: sou uma mulher; e venho daquelas mulheres que a vida me arrebatou muito cedo. É contra o espaço deserto das vozes delas que escrevo boa parte do que escrevo.
ResponderEliminarGraça, por esta e outras cumplicidades, muito obrigada. É bom estar aqui!
Agradeço os comentários gentis dos visitantes do ortografia.
Graça, seguir os passos daqui é sempre uma grande surpresa e alegria.
ResponderEliminarBjo
Sublimes palavras em luminoza tela...
ResponderEliminarDoce beijo
gosto imenso dos poemas da Sol.Este , em particular, toca-me imenso.
ResponderEliminarObrigada a ambas,
mariah
o nome não é meu, é de quem me chama por ele...
ResponderEliminarUm beijo
enorme
Os contornos da identidade atavés do nome, da herança, do carácter.
ResponderEliminarBjs
Só digo que o poema me tocou muito.
ResponderEliminarEA
a família que perpetua
ResponderEliminarlegaram-me o nome
ResponderEliminare
nele
o vendaval de todas de todas as sílabas.
______
lindo, Graça.
e obrigado por me dares a conhecer a Soledade.
um beijo, à beira ria.
E devemos mostrar orgulho! *
ResponderEliminarGostei imenso e não conhecia a utora: obrigada.
ResponderEliminarFeliz fim de semana, Graça.
Olá Graça, boa tarde.
ResponderEliminarAMEI!!! Obrigada pela partilha
Bj
Maria Mamede
Olá, caríssima.
ResponderEliminarCreio que foi em Poesias e Canções que li mais um excelente poema seu.
Parabéns pela participação.
Bjs
Obrigada às duas MULHERES que aqui nos dão caminhos.
ResponderEliminarBomfim de semana, Graça.
As ancestrais... como fazem falta e como, por breves e sofridas passagens terrenas, são gloriosas, purificadas, estímulos nossos para o cumprimento do bem, da justiça, da eqüidade, das mãos estendidas sempre e a quem for. Somos heranças de belíssimas mulheres, mulheres como nós: você, eu, a Soledade e todas as outras que possuem luz, porque a herança é a continuidade.
ResponderEliminarEsteve muito bem "na seara do bem alheia".
Beijo enorme.
Bárbara Carvalho.
Convido para fazer uma experiência lá no meu sítio. Olhe que é muito giro!
ResponderEliminarRespeitosos cumprimentos.
Muito belo este poema de Soledade Santos, de homenagem a sua mãe que por certo, cedo partiu!
ResponderEliminarGrata por dar-me a cohecê-lo.
Beijinhos.
Todos carregamos o nome da nossa história, dos nossos ancestrais.
ResponderEliminarSomos o traço de um pouco do todo para nos tornarmos muito de nós mesmos.
Amei o poema.
beijo no coração
Adorei o poema, fez-me lembrar "Para Sempre" de Virgílio Ferreira...
ResponderEliminarUm grande abraço,
Gisela Ramos Rosa
retenho a última estrofe. belíssima. no conjunto do excelente poema...
ResponderEliminarbeijo
Uma indizível melancolia, gostei muito. Parabéns!
ResponderEliminarMaravilhosa Soledade, como gosto dela e de seus poemas!
ResponderEliminarBeijo.
Olá gironzolavo entre os blogs e aqui estou a saudá-lo em suas férias uma!
ResponderEliminarLindo este poema da Soledade Santos.
ResponderEliminarGostei muito.
Beijo.
grato, por dar-me conhecer tão belo e sentido poema.
ResponderEliminarGostei...bonita homenagem de quem escreveu e tua ao partilhares connosco
ResponderEliminar***