Na proa dos barcos reconhecemos
os ventos tropicais.
Um cais torna-nos marinheiros
de um destino sem remorsos.
Ninguém põe em causa a perfeição
do voo das gaivotas nos corpos dos meninos
que rebolam, pela areia, a inocência do olhar.
Há uma rota, plural de outras rotas,
que pressente naufrágios a poente dos afectos.
Sal que vicia os lábios e magoa
como um punhal de sede.
Braço de água-doce
comprometido com um mar inacessível.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
Um cais torna-nos marinheiros
de um destino sem remorsos.
Ninguém põe em causa a perfeição
do voo das gaivotas nos corpos dos meninos
que rebolam, pela areia, a inocência do olhar.
Há uma rota, plural de outras rotas,
que pressente naufrágios a poente dos afectos.
Sal que vicia os lábios e magoa
como um punhal de sede.
Braço de água-doce
comprometido com um mar inacessível.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
"Um cais torna-nos marinheiros
ResponderEliminarde um destino sem remorsos."
E não há retorno.
Obrigada, Graça.
todo um imaginário marítimo perpassa por este poema, riquíssimo em imagens e de uma beleza extraordinária.
ResponderEliminarbeijo, Graça.
Há uma rota, plural de outras rotas... Graça, é assim também na vida, mil rotas que levam a outras mil, não há um só caminho, um só jeito...que bom é ser plural.Muito significativo.bj
ResponderEliminarCais onde perdemos o olhar...
ResponderEliminarSonho de mares por descobrir.
Onde estendemos as asas e ensaiamos voos impossíveis... Divididos entre o estar e o partir. Entre o sabor adocicado do que se conhece e o sal tentador da aventura...
Lindas imagens como sempre.
Beijo. Sempre grata.
Gosto muito da tua poesia e quando o tema se relaciona com o mar ainda mais.
ResponderEliminarLindo, lindo poema!
Beijinhos
Bem-hajas!
Um texto maravilhoso de um livro idem. Qual a razão de ainda não terem batizado uma estrela ou uma constelação com o nome de Graça Pires?
ResponderEliminarLinda Amiga:
ResponderEliminarA sua linda poesia "enfeitiça" de ternura qualquer pessoa.
"...Ninguém põe em causa a perfeição
do voo das gaivotas nos corpos dos meninos
que rebolam, pela areia, a inocência do olhar.
Há uma rota, plural de outras rotas,
que pressente naufrágios a poente dos afectos..."
Que "coisa" mais linda e deliciosa.
Parabéns sinceros.
Extraordinário.
Beijinhos de gratidão pela sua amizade.
Com respeito e poderosa estima
pena
Adorei! Sublime.
Linda Amiga:
ResponderEliminarA sua sublime poesia expressa magia, doçura e encanto.
São versos-"explosivos" de beleza e pureza. Lindos e deliciosos.
Parabéns pelo brilhantismo que manifesta.
Beijinhos de respeito e gratidão pela sua amizade.
Com respeito e sensível estima
pena
Adorei! É linda, sabe?
o mar é bem mais navegável com as suas palavras, querida graça. um grande beijinho.
ResponderEliminarNão tenho palavras para a beleza inebriante do teu poema. Talvez a palavra Magia. Tudo tão lindo, querida amiga
ResponderEliminarBeijo. E boa Páscoa.
Eduardo
Excelente, como sempre!!!!
ResponderEliminarBeijinhos
O fim ou principio de tudo???
ResponderEliminarDescobre um novo porto, um novo rumo, às vezes uma nova vida....
Lindo
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Texto encantador;)
ResponderEliminarBeijo de lua*.*
Quando 'um cais torna-nos marinheiros de um destino sem remorsos', a vida ganha o sentido da aventura perfeita dos nossos sonhos.
ResponderEliminarBelo e único como todos os que escreve. A tua pena, Graça, tem a marca da singularidade.
beijos de luz e inspiração!
Um mar que brota, comprometendo...
ResponderEliminarGostei muito.
Abraço.
"há uma rota, plural de outras rotas"
ResponderEliminare um silêncio despido
uma respiração que treme
rendida à própria sede.
_______
e é tão belo, tão belo Graça, que já me havia tirado a respiração
.
e entrego-te um beijo, imenso.
lindo poema que nos dá umainmagem muito viva!
ResponderEliminarApesar das circunstâncias vigentes, auguro-lhe uma Boa Páscoa.
ResponderEliminarAté breve.
Belíssimo poema.
ResponderEliminarBeijos
sim,
ResponderEliminarninguém põe em causa, e há uma rota, o o Sal que vicia e greta...
nem o mar inacessível...
abraço Graça
"Um cais torna-nos marinheiros"
ResponderEliminarE poucas coisas são tão verdade!
um beijinho
Olá passei para te desejar uma feliz Páscoa.
ResponderEliminarbjs naty e carlos
"punhal de sede"... que teu poema ilumina.
ResponderEliminarbelíssimo.
beijos
Imagens poéticas de imensa beleza e profundidade...
ResponderEliminarA tua poesia "Braço de água doce
comprometido com um mar inacessível." Maravilha!
Beijo.
Lindo poesia!
ResponderEliminarEu adoro as pinturas do Monet!
bjs
Continuo a gostar !
ResponderEliminarE te desejo uma doce Páscoa com os teus.
"Na proa dos barcos", conhecemos, por vezes, as origens deles e nossas, a alegria da chegada e a nostalgia da viagem, sempre que o repouso cansa...
ResponderEliminarBj
Maria Mamede
Há uma rota, plural de outras rotas... mas o poeta procura sempre a rota nos obscuros redemoinhos...
ResponderEliminarÉ sempre uma deliciosa aventura, navegar nesta mar Graça!...
Beijos e Boa Páscoa!
Admirável e Extraordinária Amiga Gigante:
ResponderEliminarQue musicalidade tão doce e maravilhosa num poema lindo de palavras extraordinárias.
Excelente, amiguinha. Um talento e génio notáveis.
Um maravilhoso "instante" poético grandiosamente significativo de sonhar e sonhar...
Sensacional, a sua Arte mágica num blog de maravilhar e fascinar. Repleto de ternura e encanto...
Beijinhos amigos de imenso respeito.
Bem-Haja, amiga!
Com admiração e estima enormes
O AMIGO SINCERO
pena
MUITO OBRIGADO pela sua amizade.
"Há uma rota, plural de outras rotas (...)"
ResponderEliminarna conjugação dos afectos é imensa a pluralidade.
Graça, que belo poema!
Excelente!
ResponderEliminarBoa Páscoa.
Que essa rota de todas as rotas se alcance!
ResponderEliminarBjs e Boa Páscoa.
palavras de "água-doce"
ResponderEliminarcomprometendo esse "mar inacessível"..
Lindo_________________________
Um beijinho Graça
Fizeste novamente. O texto encaixou em algo interior e arrancou para fora por identificação. Posso usar com citação?
ResponderEliminarTalvez por falta
ResponderEliminarde bússola,
perdi o rumo...
Naufraguei,
sem aportar ao cais
do entendimento,
porque que me perdi
no mar de sargaços
das tuas palavras.
Fiquei sem leme
e sem hélice,
com a proa
sem destino…
Cara amiga, Páscoa Feliz.
Beijo.
A leveza do teu olhat tão poético num cenário tão lírico e intenso.
ResponderEliminarvotos de Páscoa muito feliz.
beijinhos,
Véu de Maya.
Linda Amiga:
ResponderEliminarFantástico. Fabuloso. Lindo.
Só as estrelas poderão "comungar" consigo a bela poetisa que é neste momento poético delicioso e mágico na amizade e reflexão da comemoração Pascal que se celebra em todo o mundo Católico.
É preciosa, sabia...?
Linda...!
Beijinhos
P.P./Pena
Desejo-lhe uma Feliz Páscoa junto dos seus.
Bem-Haja pela grandiosidade do Ser Humano que é.
Passei para te desejar uma boa Páscoa
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Um mar de metáforas. Um cais para uma nova partida/chegada.
ResponderEliminarBjs
Seus poemas nos brindam com lirismo e beleza!
ResponderEliminarUm grande abraço,
Lou
um cais torna-nos marinheiros de um destino sem remorsos...
ResponderEliminarpalavras acertadas que desvelam a viagem que nos define como pessoas... sempre um cais expectante...
um beijo
Tudo - também o voo das gaivotas, as inocências plurais e, até, o sal - se conjuga nos versos hábeis. É poesia que em todos habita - e não o contrário.
ResponderEliminarGostei muito...
Um grande beijo.
nesta proa sempre "minha"....sou sempre um barco a navegar sobre as suas palavras.
ResponderEliminarUm forte abraço. Graça.
(piano)
Lindo poema !
ResponderEliminarO cais, onde perdemos o olhar, lembra-nos que a nossa vida é uma viagem.
Sempre divididos entre o estar e o partir de um destino sem remorços.
No cais, devemos manter a perfeição da inocência do olhar.
um beijo
"Na proa dos barcos reconhecemos
ResponderEliminaros ventos tropicais"
Eu li "isto" aplicado aos humanos,
à forma como intuimos as tempesta-
des... e a bonança também.
E depois aquele Monet... hum, fica um post magnífico!
Um beijo, Graça.
Maravilha, Graça!!!!
ResponderEliminar..Que graça de poema Graça...
ResponderEliminarE que hajam sempre cais para partidas...e chegadas.
**********
praia de palavras salgadas escorredno pelo olhar
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