Manuel Fazenda Lourenço
A mais clara palavra lança a sua sombra
sobre os muros caiados de fresco.
O reflexo da cal incide em nossos olhos:
o mesmo aceno da luz, o mesmo brilho,
o mesmo pressentimento de júbilo.
Sobre o peito fatigado da terra
refazemos a casa.
Dói-nos, no olhar, a intensa floração
das árvores e podemos sentir,
no clamor das antigas oliveiras,
o vento que nos trouxe.
Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005
A mais clara palavra lança a sua sombra
sobre os muros caiados de fresco.
O reflexo da cal incide em nossos olhos:
o mesmo aceno da luz, o mesmo brilho,
o mesmo pressentimento de júbilo.
Sobre o peito fatigado da terra
refazemos a casa.
Dói-nos, no olhar, a intensa floração
das árvores e podemos sentir,
no clamor das antigas oliveiras,
o vento que nos trouxe.
Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005
Um poema muito bonito com uma fotografia também bela! Gostei. Beijinhos e bom fim de semana para ti, Graça.
ResponderEliminarE eu que adoro o mar, olho para esta foto, leio este belissimo texto, e até apetece levar o meu mar até à entrada deste paraíso.
ResponderEliminarObrigado pelas tuas palavras.
Beijinhos
Ricardo
Esta frescura até me faz esquecer os calores que alguém apanhou...
ResponderEliminarsão tão de claridade as suas palavras Graça.
ResponderEliminarsempre um nó. doce de prazer. pela leiturA.
p.s.
(MUITO OBRIGADA. pela companhia. sempre)
beijo.
o aceno da luz
ResponderEliminarclave de todos os júbilos
de todos os princípios que intenficam a floração no peito da terra.
______
e eu a des articular as tuas palavras, atardo-me sempre mais da tua luz
.
um beijo, imenso minha amiga do coração.
Poema pleno de claridade...
ResponderEliminarA fotografia é linda e traz-me grande saudade...
Beijo.
E eu gostei muito.
ResponderEliminarSenti o perfume das flores e da terra a saltar desta escrita.
Um beijo.
Ás vezes, doi a Primavera...mas sempre vem acompanhada de uma palavra...belo poema, como sempre.
ResponderEliminarUm beijo
conheço bem os campos de oliveiras, um vento sempre de lembranças é quem nos trouxe...
ResponderEliminarbeijos
Graça...
ResponderEliminaràs vezes sinto-me como se á minha frente se levantasse um muro, um muro espesso, monótono, árido, de cores negras, feito de esperas, desencontros, de sonhos e desejos por realizar. Não o vejo, mas esbarro com ele a cada passo.
Olho este teu muro, alvo na pureza do amanhecer... e sinto o meu muro ainda mais negro!
Beijos...
Estimada Amiga:
ResponderEliminarA casa parece falar com encanto e delícia, neste fabuloso poema.
Lindo numa pessoa que "constrói" admiráveis poemas.
Brilhante. Notável de sentimentos poéticos.
Os muros caiados, a florestação sensível num jogo de poesia sensata e criativa.
Fascinante.
Beijinhos de apreço e amizade...
pena
Lindo poema.
Bem-Haja, poetiza amiga.
As estevas entraram no poema ...e também em mim!
ResponderEliminarFeliz fim de semana.
Por entre as palavras e a poesia uma aguarela pintando o tempo.
ResponderEliminarinconfundível:)
ResponderEliminarTiago
"Sobre o peito fatigado da terra
ResponderEliminarrefazemos a casa" com a claridade das palavras,
Gostei muito Graça, Um grande beijinho
O vento sabe quando precisamos de clareza e a clareza de tudo está em cada uma destas palavras..
ResponderEliminarObrigada pela visita...
Até já
Beijos e abraços
Marta
Uma luz que inundou minh'alma, Graça. Belíssima composição - imagem e poema!
ResponderEliminarAbraços,
Lou
O mesmo vento que nos há-de levar?...
ResponderEliminarUm grande beijo.
Encantamento , é a palavra exacta que os eus poemas me trazem !
ResponderEliminarbeijo
_______ JRMARTO
"refazemos a casa"...parece que ela transpira...entre a terra e o vento.lindo demais o poema.
ResponderEliminarreconfortante. o clamor das oliveiras.
ResponderEliminarde claridade solar. o teu belíssimo poema.
beijo
o esplendor na relva !!!!
ResponderEliminar(LOULOU)
Mas o quadro que nos trouxe o vento...
ResponderEliminaré idílico!
Bjs
Viva Graça!
ResponderEliminarA mais luminosa palavra com a frescura poética que é seu timbre...
Sempre gratificante ler seus poemas... E as suas imagens tão
claras no indizível da sua poesia!
beijinho,
Véu de Maya
Poema sensorial, a palavra como luz, a cal, o branco, o reflexo, a floração, as oliveiras, cor , aroma, o movimento dos ventos. O júbilo na renovação, os ciclos, a alegria primeira recuperada no poema: tempo de refazer a alma.
ResponderEliminarBelo poema, querida amiga. Bjos.
eu venho com o vento das páginas que guardo comigo. As suas.
ResponderEliminarque me prendem aos dias.
Um beijo imenso.
Ps. (e outro ao V.O.M.)
(piano)
ResponderEliminar:)
E os cheiros? Deviam ser bons.
ResponderEliminarProcurei a palavra mais clara...
ResponderEliminarSó encontrei a saudade!
Um beijo.
um poema fresco como a sombra...
ResponderEliminarum poema muito bonito.
E os cheiros? Como eram os cheiros?
ResponderEliminarexiste sempre essa sombra. mas os opostos dão-nos o conceito
ResponderEliminarGraça
ResponderEliminarQue te hei-de dizer sobre a cal, o sol, as oliveiras, a luz intensa, o arder do olhar, eu, que sou do sul, que nasci no sol, que sei da miscelanea da tragéia da luz e das sombras, a reconstrução das casas nas estevas dos cansaços, dos ares parados de Julho e de Agosto, o ar tórrido tremeluzindo, tremendo, imperceptivelmente sobre a pele, as miragens como se fosse no deserto, a espera das brisas, do amor, já me perdi, não importa, o teu poema já disse tudo, a vida e a morte que há nos reflexos da cal, a gente vence a luz intensa, a gente fica sem ver por causa da luz, mas levanta-se, recomeça, reconstroi, e está pronto no outro dia para o pó os caminhos.
Um beijo de vento suão. Um beijo terno de grande admiração por ti.
Mas os golfinhos continuam felizes
ResponderEliminarA cavalgar ondas de madrepérola
A Lua sorri tristemente e pensa
Haverá alguém mais perverso do que ela?
Haverá?! Há sempre uma deusa perdida
Nos labirintos da contradição
Há sempre alguém que usa a palavra amor
Soprando doce veneno ao coração
Boa semana
Doce beijo
leio e sinto essa imensa claridade sobre a terra, as árvores, deixo-me ir com o vento...
ResponderEliminarbeijo grande!
Palavra claríssima, a tua.
ResponderEliminarTocante.
Beijo.
Excelente texto ilustrado por bela foto.
ResponderEliminarAssim é querida Graça , ao olhar-mos as árvores, faz-nos doer.Como elas, florescemos e secamos.
Mas este poema...tem a frescura da palavra.
Adorei a simplicidade da comparação de duas naturezas.
Bji amigo
Porque a árvore é palavra.
ResponderEliminarAbraço.
como nos vai habituando, uma poesia limpa e pura.
ResponderEliminargostei muito mesmo desta estrofe:
"Sobre o peito fatigado da terra
refazemos a casa"
deixo um beij
Admiro a tua capacidade de síntese poética. Para além de outras particularidades dos teus excelentes poemas.
ResponderEliminarEste, em particular, respira felicidade. E isso, sabe bem a quem lê a tua poesia.
Bom fim de semana querida amiga.
Beijo.
Incrustado como uma jóia, o enigma da procedência. Lirismo e natureza, imersão em fundas águas, lavoura do abismo - que somos. Amei. :)
ResponderEliminaré aqui que fatigada de sede venho recolher-me sempre. na mais magnifica serenidade de quem pesa e mede a claridade da sabedoria.
ResponderEliminaro meu beijo G.
imf.
luz naa tuas palavras. luz a rodos neste poema. belíssimo.
ResponderEliminarbeijo
Amiguinha:
ResponderEliminarUm poema sublime perante o seu sentir da natureza e que a "habita" com ternura.
Bela oliveira que encerra mistérios por abordar...
Que lindo é isto tudo aqui.
Majestoso perante a beleza de pureza e encanto.
VOCÊ fascina, delicia e deslumbra.
Beijinhos de majestoso respeito por tudo o que faz.
Excelente instante poético!
Com amizade e sempre a admirá-la
pena
OBRIGADO pela sua amizade de sonho.
Linda...
neste terreno o vento traz-nos sempre coisa boas.
ResponderEliminargostei!
um beijo
luísa
Um poema quase "impressionista".
ResponderEliminarParabéns!
Vamos a um brinde para molhar a palavra?
ResponderEliminarOlá Graça
ResponderEliminarUm poema muito belo em que ressaltam as sensações e estão presentes os sentidos.
Conseguimos "ver", "sentir", "cheirar", "ouvir"... quanto ao "sabor", se prestarmos atenção também aí o encontraremos...
Beijinhos.
PS: amiga, há um prémio no Farol, o "Premio Llacolén", que se destina a premiar grande mulheres como tu. Vai recolhê-lo, pois ficarei feliz de o ver aqui no teu blog.
Há sempre uma sombra na claridade
ResponderEliminarmas o vento
tem ciclos de marés
e entra pela casa da poesia
para repôr tudo na ordem
Boa memória
Bjs
Deixo um beijo de admiração... como se pode comentar o que admiramos sem reservas?
ResponderEliminarBeijo e boa semana :-)
é bom saber que as palavras que outrora semeamos ainda dão flor, graça. um grande beijinho para si.
ResponderEliminarO poema e a imagem, levou-me à minha infância. Comovida, fogem-me as palavras para um comentário à altura. Limito-me à palavra mais humilde que conheço: Obrigada querida Graça.
ResponderEliminarBji amigo
Levei-o comigo para aqui...http://aguasdoverso.hi5.com/friend/group/4297126--17525641--Roteiro%2BPo%25C3%25A9tico...--A--topic-html
ResponderEliminarGrata pela partilha.
Beijinho e bom fim de semana
e vou daqui com os olhos cheios de luz :)
ResponderEliminarUm abraço ****