10.6.10

Em seara alheia

UMA VIDA

A lua lambe os limos fétidos. Aborda o cais. Espreguiça o sono. Isto era um rio.
O nosso. Reconheces aqueles dois? Há três mil anos que ali estão. Uma vida.
Ora acordam, ora adormecem. Às vezes gritam, mas ninguém os ouve.
Às vezes amam, mas o amor pesa-lhes. Da janela vejo-os passar. Buscam.

Alice Fergo
In: Quando junto às horas se ilumina um rio. Fafe: Labirinto, 2010

37 comentários:

  1. Um histórico de vida, a insatisfação como herança. Embora com alguns laivos de esperança (Buscam), o adormecimento é notório.
    Será que ainda vamos a tempo?

    Bj

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  2. E quem busca sempre alcança...Beijinhos

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  3. Obrigada pela partilha! Um belíssimo poema.
    Beijos.

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  4. Anestesiados, nem a lua consegue fazer cócegas. Apodrecer é a única saída, uma pena, já que a esperança continua batendo no peito.

    até mais.

    Jota Cê

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  5. uma busca eterns de certeza...
    Bonita partilha
    Brisas doces para si Graça******e obrigada pelos parabéns meus e da filhota :)

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  6. Preciosa Poetiza Amiga Linda:
    Um poema, metaforicamente, lindo de ver e sentir.
    Perfeito poema sensível e extraordinário.
    Parabéns sinceros.
    É uma enorme poetiza de sonho. Adorei.
    Bem-Haja, pela forma sublime do seu ser.
    Sempre a respeitar e a estimar o seu talento divinal.
    Beijinhos amigos de gratidão.
    Bem-Haja, pela ternura no meu blogue.
    Com admiração constante e sempre, mas SEMPRE!

    pena

    Excelente, doce amiga e notável poetiza que fascina e maravilha.
    Possui uma magia maravilhosa e gigante no que concebe poeticamente.
    De novo: Parabéns!

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  7. que belo poema, tão verdadeiro...


    beijinho Graça e obrigada

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  8. Gos muito destas searas. Um beijo, Graça.

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  9. O amor floresce igual vida verde... quando a maturidade chega já está a ódio!

    Bjs moça.

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  10. Graça

    este poema
    é deste dia, 10 de junho

    ora acordamos
    ora adormecemos

    às vezes gritamos
    buscamos

    um dia
    descobrimos tanto

    outro
    pensamos que somos apenas a ausência de luz num rio...

    obrigada pela seara tão pouco alheia!

    um beijo

    Manuela

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  11. um rio é uma boa metáfora para vida, inexoravelmente eles passam.

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  12. Graça
    Vim dizer que gostei da visiota e vai serbom irmos partilhando oque gostamos...


    Fale-me do seu livro... Em que

    zona do País vive?

    Eu pergunto pois dia 19, tenho na feira do Livro no Porto uma sessão de autógrafos dos meus livros Sporting em poesia e pais e Mães...


    Se estivesse no Norte era muito bom tomarmos um café...
    Um beijinho


    BEIJOS

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  13. « ...Buscam » o rio... como salmões, ora nadam contra a corrente, em busca de paixões...ora
    desvanecem, esgotados pl'as emoções...
    Um grande beijo e obrigada pelo carinho!

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  14. Numa solidão....
    Triste, embora haja alguma esperança...
    Gostei muito...
    Beijos e abraços
    Marta

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  15. a eterna busca do eterno.......





    .
    um beijo

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  16. o rio

    eterna testemunha de um tempo que corre como as suas águas e nelas reflete a vida...

    __

    um beijo enorme, querida Graça.
    e um abraço de imensíssima saudade

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  17. GRAÇA

    De Aveiro para Lisboa um beijinho grande
    Vou continuar a visitar o teu blog.
    Um beijinho.
    Deixo para ti...


    Vou sacudir o tempo...
    Vou sacudir o vento...
    Que me leva os pensamentos...
    E em troca nada me dá...

    Vou sacudir o tempo...
    Vou fazer uma aliança...
    Vou deixar que me leve...
    E continuar a ter Esperança......

    E depois desta aliança...
    Ou deste contrato falado...
    Eu acredito que ele é verdade...
    E vai cumprir o tratado...



    Lili Laranjo

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  18. uma bela escolha de um poema belissimo da Alice Fergo.

    deixo o meu beij

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  19. palavras adecuadas e precisas, bela imagem final... Gostei muito do pomea,

    um beijo

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  20. Que pontaria a minha, Graça!

    Vou a passar aqui na rua, espreito, e apanho logo com uma aliteração da Alice no olhar...

    Ambos sabemos que é um bom livro!
    Um beijo pªa Alice e outro para ti, minha amiga.

    V.

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  21. Lindas imagens...

    Bela escolha.

    Beijos!

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  22. Vida em ciclo vicioso, quantas vezes!

    Bjos

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  23. teresa p.8:32 da tarde

    "Às vezes gritam, mas ninguém os ouve."
    Solidão...
    Gostei do poema e da partilha! Parabéns à autora.
    Beijo.

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  24. Esta seara é mesmo fértil. Belíssimo poema. Obrigada.

    Um beijo.

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  25. A lua é inspiradora:)
    Beijinho de lua*.*

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  26. uma bela seara.

    todos buscamos.e ardemos por vezes. na busca...

    asas de cera. as nossas.

    beijos

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  27. Partilhar é também uma procura de vida... :)
    obrigada pela partilha.
    beijinho

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  28. Belo poema nos trouxeste, Graça. Beijo

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  29. Andei por aí e aqui vim parar!

    Nada acontece por acaso!!!
    Já li três ou quatro poemas e fiquei boquiaberta.
    A vida é uma eterna busca...

    Voltarei, pode ter a certeza.

    Bjs.

    Na casa do Rau

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  30. Obrigado pela partilha.

    Beijinhosss

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  31. Além de talentosa, és generosa.

    Bem hajas!

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  32. Bela descoberta fiz, em aqui chegando. A começar pelo título do blog...
    Um abraço.

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  33. Belíssima escolha, querida amiga Graça. Gostei.
    Beijos.

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  34. já conhecia este título, que acho notável, mas ainda não tinha tido oportunidade de ler nenhum poema. obrigada, graça. como sempre, partilha boa poesia connosco. um grande beijinho.

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  35. Belo poema...na procura da esperança.Metáfora perfeita.
    Parabéns á autora e obrigada querida Graça pela divulgação. Não conhecia.
    Beijos

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  36. Muito bom o poema, forma inusitada, quase uma prosa poética, estilo suscinto, mas cheio de beleza, profundidade. Parabéns a Alice. Bjos.

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