25.8.10

Em seara alheia





Na impossibilidade de hoje te florir apaziguo a saudade muda e áurea singularizando a memória. dirás no teu canto de cinzas que nada mudou. que o tempo é só um coração aberto à espera de ser prado. direi mãe. apenas. e terra. onde a lágrima se fez flor. e luto. despenhado nos teus cabelos brancos.


Isabel Mendes Ferreira
In: As lágrimas estão todas na garganta do mar. Lisboa: Arcádia, 2010

35 comentários:

  1. Belíssimo! Como ela sabe.

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  2. ... apaziguar uma saudade muda; memória que nunca se apaga, apenas abranda.
    Lindo!
    Um bj.,Graça! Um bj.,Isabel!-Poetas!!!

    V.

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  3. semeias felicidade...

    teu estímulo é importante para eu seguir escrevendo...

    beijos!!

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  4. em seara alheia
    ou da própria seara

    gostei de aqui mergulhar de novo. nestas searas de poemas.

    Bjins

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  5. uma excelente escolha...

    tambem gosto muito de ler a Isabel..

    um beij

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  6. Maravilha de prosa!!!

    Um beijinho*

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  7. palavras plenas de horizontes

    beijos

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  8. Graça, ao "meter a foice em seara alheia" está a oferecer-nos um pouco da sua sensibilidade, também.
    É um poema lindo e cheio de ternura.

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  9. a saudade, a memória e a beleza das palavras da Isabel.

    abraços para as duas

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  10. Que poema suave, triste, mas perfeito....
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  11. Sempre Graça :)
    Obrigada pela partilha.
    Brisas frescas para si****

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  12. Oi Graça, sempre leio bonitos e expressivos versos aqui. Bj.

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  13. Graça,

    Saudade quando se entranha na memória fica mais eterna.

    Beijo imenso, menina linda.

    Rebeca

    -

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  14. Quem carrega parte destas palavras consigo... comovido, abre caminho pro pranto.
    Inspiração sempre!Bj.

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  15. intensa saudade de pessoas amadas, por isso as palavras...
    um beijo

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  16. A marca inconfundível da qualidade da IMF.

    Um abraço, Graça.

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  17. ...traigo
    sangre
    de
    la
    tarde
    herida
    en
    la
    mano
    y
    una
    vela
    de
    mi
    corazón
    para
    invitarte
    y
    darte
    este
    alma
    que
    viene
    para
    compartir
    contigo
    tu
    bello
    blog
    con
    un
    ramillete
    de
    oro
    y
    claveles
    dentro...


    desde mis
    HORAS ROTAS
    Y AULA DE PAZ


    TE SIGO TU BLOG




    CON saludos de la luna al
    reflejarse en el mar de la
    poesía...


    AFECTUOSAMENTE
    GRACA



    ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.

    José
    Ramón...

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  18. "que o tempo é só um coração aberto à espera de ser prado."


    Muito belo, terno, calmo e sereno este poema da Isabel

    Bjs Graça

    José

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  19. Graça
    Ficou uma Lágrima grande
    Pelo Poema...

    Pela autora...

    E Especialmente...
    Pela Mãe que era uma grabde senhora...

    um beijo

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  20. Minha querida
    Muito belo texto.
    Deixo um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  21. Legal.... vou pesquisar sobre esse autor.

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  22. A dor da saudade... Comovente!

    beijo.

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  23. Viva!

    Lindo texto, fiquei encantado.

    Voltarei se mo permitir.
    Obrigado,

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  24. belíssimo texto. de uma grande, enorme escritora...

    gostei muito de ler aqui.

    beijos

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  25. Desejo-lhe

    bom resto de fim de semana.

    Bjs

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  26. Triste e belo poema em prosa, Graça.

    Saudade daqui.

    Beijos e obrigada pelo carinho.

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  27. É um poema lindo, da Isabel, a deusa criadora das palavras vivas, a fonte das imagens, o rio tumultuoso da poesia. Adoro. Um dia destes tb vou postá-la no À Beira de Água. Beijo para as duas, Isabel e Graça.

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  28. Há pessoas assim... únicas. lírios no meio do lodo...
    beijinho

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  29. Belo, Graça.
    Mais uma descoberta gratificante.
    É sempre bom vir aqui.
    Um abraço.

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  30. A beleza das tuas palavras...como sempre!

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  31. para ti...um beijo


    LÁGRIMA


    Lágrima marota
    Cai no meu rosto
    E vai rolando...
    De mansinho...
    Por toda a cara...
    Vai saboreando...
    E vai deixando
    Um pouco de água
    Um pouco de sal...


    Sal de amargura...
    Mas que é necessário...
    E, assim vou ficando
    Com o rosto mais doce...
    Com o rosto molhado
    E vou sentindo...
    Lágrima marota.
    O teu rolar...
    E vou gostando...
    Que te sirvas de mim
    Para te acostares...
    E quando quiseres
    Podes voltar!...


    LILI LARANJO

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  32. falo desse mistério que abre o coração germinando de flores.
    e se nada renasce das cinzas, o cristal de uma lágrima rebenta de luminosidade e restutui-me a luz do amor que emana dos fios de seda dos teus cabelos brancos.


    ____
    os infinitos recados do amor que nenhuma morte apaga.


    um grande beijo minha querida Graça

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  33. Beijos, Prima.
    Beijos, queridíssima I
    Duas tão grandes e tão diferentes poetas, que no entanto se admiram mutuamente.

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