Em contraluz, a velha nespereira
tem um perfil de vigília.
Quem dela se aproxima pode ver os múltiplos
ângulos do dia explodindo na ramagem
dando à terra um rosto iluminado.
Ao fundo da noite haverá sempre um luar
marginal com que ilustrarei o poema.
Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005
Graça, eu também tenho uma nespereira. O luar também se esconde entre as folhas.
ResponderEliminarGostei particularmente, deste poema.
sim, e é tão bom quando a terra parece um rosto iluminado...
ResponderEliminarbeijinho Graça
Os dons da natureza definidos no seu próprio olhar.
ResponderEliminarDe apreciar, pela singularidade.
Abraço
Antes de mais, quero agradecer a tua visita ao meu espaço.
ResponderEliminarEu também tenho uma velha nespereira: exibe as marcas da minha traquinice quando era criança, mas agora é alvo da minha contemplação quando o sol se põe por entre os seus ramos nos lindos finais de dia de verão.
Um beijo.
Continuo gostando da tua poesia, sim.
ResponderEliminarUm abraço, linda
Olá Graça,
ResponderEliminarAqui estou eu de novo a ler-te com imenso prazer.
Sou igualmente um amante da natureza. Camponês de fim-de-semana.
Obrigado pelo incentivo no meu blogue.
Beijos
É esse luar ao fundo da noite que nos ilustra o poema, a vida.
ResponderEliminarMuito obrigada pelo teu talento.
Beijo.
Nascido na ruralidade, sempre convivi com as nespereiras que o meu avô plantara, nos cantos dos poios. Muitas delas serviam de baloiço nas tardes quentes de Verão, enquanto os mais velhos ceifavam o trigo. Em Março os suculentos frutos saciavam o apetite, quando ela se vestia de ouro.
ResponderEliminarNo Natal alguns ramos eram sacrificados para embelezar a lapinha.
Do teu poema guardo a recordação desses tempos na memória dourada da infância.
Obrigado por ter passado no cronicando.
Gosto mesmo das suas imagens! São luminosas!
ResponderEliminarBem haja por no-las mostrar!
...e eu me encanto com teu
ResponderEliminarcanto e com todos que por
aqui cantam!!
bjbjbj, querida!
obrigada sempre!
"Ao fundo da noite haverá sempre um luar
ResponderEliminarmarginal..."
Quando tinha dezoito anos gostava de dizer que marginal também queria dizer ao lado do mar...
um beijinho
:)
consegue sentir-se o aroma, querida graça. um grande beijinho*
ResponderEliminarO teu olhar de poeta, por entre os ramos de uma nespereira... Lindo!
ResponderEliminarBeijos
AL
o que uma arvore pode desencadear...a inspiraçao, de palavras ternas e bonitas.
ResponderEliminargosto muito da sua poesia.
um beij
E um sorriso rasgado...
ResponderEliminarLindo....
Adorei...
Obrigada mais uma vez por me deixares publicar o teu poema...
Beijos e abraços
Marta
em contraluz
ResponderEliminarvigiamos
gulosos de nêsperas
ouvindo os poemas vindos das estevas!
um beijo
manuela
Vc que ilustrou a paisagem com seu poema!
ResponderEliminarBeijo.
Uma imagem para viveres no seu coração sempre...
ResponderEliminarUm beijo
Poética elevada ao mais alto grau de beleza. Que lindo poema, Graça, maravilha, gostaria de escrever assim. O texto cria imagens belíssimas. Um beijo amigo, minha querida poeta.
ResponderEliminarNa marginalidade das palavras se encontra a poesia. Belíssimo!
ResponderEliminarBela imagem. Gostava de me lá sentar a ler um livro!
ResponderEliminarEncantador perfil tem este poema!
ResponderEliminarBeijos
Minha querida POETISA Graça Pires;
ResponderEliminarBelo quadro poético, este seu poema, onde as palavras sãos magnificentes cores que pintam o nosso imaginário quotidiano.
Gostei imenso.
Um beijo.
Oi, Graça!
ResponderEliminarDelicado como um hai kai...
Chamou-me atenção o detalhe:
"... Quem dela se aproxima pode ver os múltiplos ângulos..."
Às vezes, perdemos tanto quando não nos aproximamos...
Um beijo! Estava com saudades!
Conheço bem a tua "velha nespereira" à sombra da qual nos sentávamos algumas vezes a conversar e, até, a fazer belas sestas, em dias quentes de Verão.
ResponderEliminarA foto da Ana captou bem uma imagem do poema, onde dizes que ela dá "à terra um rosto iluminado".
Beijo.
Magestosa, ilumina tudo em seu redor,visível para todos os que têm a alma desperta para os dons da natureza.
ResponderEliminarMuitas e felizes memórias da minha infância.
Um Excelente fim de semana.
Beijinhos
Poesia, tal como a entendo, é assim: esse toque que torna a realidade irresistível, e que está presente em todos os poemas seus que já li.
ResponderEliminarBeijos, Graça.
As árvores dormem em pé...
ResponderEliminarBeijo
Adorei estes ângulos do dia que explodem pela ramagem: um poema-imagem que se auto-ilustra.
ResponderEliminarHá quanto tempo, Graça!
ResponderEliminarO trabalho e a luta contra os senhores do feudo não me deixam tempo nem pachorra para estas visitas. Mas uns dias de férias... e cá estou.
Conheci duas nespereiras como a tua. Mágicas! Davam frutos carnudos e saborosos como os da tua. belos.
Continua a cantar.
Simples e luminoso, o teu poema. Como a nespereira, irradia luz.
ResponderEliminarComo a terra, nós ficamos agradecidos pelo calor recebido dos ramos.
Com essa luz, escreveste o teu poema.
Bonito.
Beijo grande.
tantas histórias moram ao pé de cada ángulo de sombra... belas palavras, Graça
ResponderEliminarUm beijo
O poeta, uma árvore, um olhar...
ResponderEliminarDepois, bem desenhadas, as palavras insinuam-se, e a árvore quase adquire alma...
beijo :)
Estimada Poetiza:
ResponderEliminar"...dando à terra um rosto iluminado.
Ao fundo da noite haverá sempre um luar
marginal com que ilustrarei o poema..."
Que "coisa" mais linda, perfeita e sublime de beleza imensa.
Parabéns.
Abraço amigo de respeito e sempre a admirá-la
pena
A minha nespereira
ResponderEliminardeixou as vigílias...
morreu...
E agora
sinto mais o luar,
porque era ela
que o comia...
Belo poema. Gostei.
Beijos.
Belas imagens, caríssima!
ResponderEliminarAbraços,
Lou
Em contraluz as formas são mais perceptíveis devido à luz que ilumina os rostos...
ResponderEliminarbj Graça
José
não que mais admirar - se o belo poema se a "transparência" da fotografia.
ResponderEliminarexcelente composição.
beijos
Lindo Amiga, o poema e a foto.Jhs
ResponderEliminarNespereira faz-me lembrar infância...foi árvore de ao pé da porta a guardar memórias e açafate de amarelos (quase ocres) em meio ao verde.
ResponderEliminarObrigada Graça, principalmente pela recordação que o poema me trouxe.
Bjs.
M.M.
doce Graça...que continue haver sempre luar nas suas palavras******
ResponderEliminarBelíssimo como a luz descrevendo raios se palavras que lhe saem dos dedos...
ResponderEliminarum abraço