Ana Pires
Graça Pires
Nas casas abandonadas, as silvas
vão tecendo as rédeas do tempo.
A terra inquieta fende o cimento
afagado, desfaz a cal das paredes,
contamina alvenarias.
Um declínio de pássaros na poeira
da tarde, desfoca as mãos
dos que morreram com as árvores.
vão tecendo as rédeas do tempo.
A terra inquieta fende o cimento
afagado, desfaz a cal das paredes,
contamina alvenarias.
Um declínio de pássaros na poeira
da tarde, desfoca as mãos
dos que morreram com as árvores.
Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005
A finitude existente nos vários aspectos da vida.
ResponderEliminarGostei, como sempre do teu poema e do poder encantatório das palavras.
Os meus blogues têm estado encerrados.
Bem-hajas!
Beijinhos
Há sempre uma terra para assentar, mesmo nas coisas mais esquecidas.
ResponderEliminarLindo e intenso, Graça!
Beijo.
olá amiga
ResponderEliminarobrigado pelo teu carinho
belo teu poema "caminhos que nâo se veem"
por amar uma flor
sou jardineiro.
beijo amiga!!
Percepção cheia de sutilezas nesse belo poema!
ResponderEliminarUm grande abraço,
Casas como estas, minha amiga, servem para guardar sonhos desfeitos e esperas sem fim, que como silvas se vão enredando nas memórias do tempo.
ResponderEliminarTambém as há dentro da minha saudade.
Bjs.
M.M.
A desesperança, afinal...
ResponderEliminarO abandono é uma coisa tão triste e que tanto nos magoa...
ResponderEliminarBeijinhos.
As casas abandonadas têm várias
ResponderEliminarhistórias de vida e poder-se-á
imaginar várias histórias.Até
fazer poesia, como fez e bem.
Beijinho
Irene
Um belo retrato que verbaliza o abandono... Não só das casas.
ResponderEliminarUma profundidade textual admirável.
L.B.
seduzem-me
ResponderEliminaras casas abandondas
os farrapos de cortinas
as esquinas do medo
inquieto-me
com as asas de morcego
e assim me seduz este poema "nas casas abadonadas" e desfoco as minhas mãos e liberto a imaginação!
um beijo, Graça
manuela
Preciosa e Estimada Poetiza Amiga:
ResponderEliminarNem me atrevo a comentar, tal o encanto, ternura e beleza que saiem de si.
Excelente! Parabéns sinceros. Toda a poesia que brota das suas mãos fascina.
Abraço amigo de gratidão e respeito.
MUITO OBRIGADO pela simpatia e amabilidade expressas no meu blogue.
Abraço amigo de respeito gigantesco.
Deslumbram os seus versos geniais, fantásticos e admiráveis.
Sempre a estimá-la e a lê-la atentamente.
pena
Bem-Haja, prodigiosa poetiza amiga.
Adorei.
Perfeito.
"a terra inquieta"secretamente...
ResponderEliminarum beijinho
Cara POETISA Graça;
ResponderEliminarNo abandono há sempre um desfiar de memórias que contribuem para o desmoronamento das paredes, sejam elas de cimento ou de afectos.
Gostei deste belo poema.
Um beijo.
Mas não morrem as memórias....
ResponderEliminarPorque há quem escreva um poema delicado sobre a tristeza do abandono....
Lindo....
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta
Uma imagem muito forte!
ResponderEliminarUma ruina contém a virtualidade do declínio e é desta condição que retira a sua força, permitindo sonhar o passado,despertando a memória e provocando a emoção e a sensibilidade.
É uma pena ver as casas morrer por não serem habitadas com amor.
um beijinho
nas casas abandonadas tudo se vai desfazendo...
ResponderEliminarmenos as memórias, cravadas em cada divisão...
beijinho Graça
Graça,
ResponderEliminarO musgo chegará ás palavras quando nada mais existir que o choro dos pássaros...
Abraço!
AL
GRAÇA
ResponderEliminarAveiro tem na sua Ria uma beleza ímpar.
não me canso de a fotografar e de a cantar..
UM BEIJO
Volto para dizer que o seu poema é cheio de beleza.
ResponderEliminarObrigada pelo Momento
Um beijo
Que imagens tão bonitas num poema tão belo, tão ritmado...
ResponderEliminarcasas sem história?
ResponderEliminarA beleza melancólica, outonal, do poema prolonga-se na depurada fotografia de Ana Pires.
ResponderEliminarAdivinha-se uma sonata de Schbert.
Manuel Fazenda Lourenço
As silvas a preencherem o lugar do abandono e a cobrirem memórias "dos que morreram com as árvores".
ResponderEliminarA imagem e qualidade da fotografia da Ana Pires, prolongam o sentimento traduzido pelas palavras deste belíssimo poema.
Beijo.
Lindo, Graça, o tempo desfocado destas palavras...
ResponderEliminarMorrer com as arvores
ResponderEliminaré escrever um poema com a própria vida...
lindo
O tempo sempre com as rédeas de tudo.
ResponderEliminarA tua escrita, Graça, é única e unânime no meu coração.
beijo na luz da tua inspiração.
Apesar de conhecer, é sempre bom reler aquilo que é bonito. agradeço os comentários de MFLourenço e TeresaP. que me são muito valiosos! ;0) Obrigada!
ResponderEliminarNas casas abandonadas há histórias de vida belas, tristes, efémeras... e eternas.
ResponderEliminaras casas abandonadas guardam memórias e vivencias
ResponderEliminarmuito belo o seu poema
beij
Uma imagem com a a qual deparámos e que nos faz reflectir, sobre o tempo, o abandono, o declínio... Sacudir a poeira, olhar o voo dos pássaros e lembrar-nos que não somos mais que isso...
ResponderEliminarBelo poema Graça!
Um beijo
José
Graça,
ResponderEliminarGostei muito deste poema.
Nas casas abandonadas há raizes...ainda...
Abraço
morreram num lugar sereno com vista para esta janela magnificamente fotografada. lindíssimo. um grande beijinho, graça*
ResponderEliminarTudo é efêmero, menos essa sua intensidade na escrita.
ResponderEliminarBeijo, Graça.
Rebeca
-
Minha querida
ResponderEliminarNa casa que é o nosso corpo, por vezes apenas sobram as mãos...e tão vazias, adorei as entrelinhas do poema...é onde mais grita.
Beijinho com carinho
Sonhadora
Oi Graça, sempre belos e profundos seus versos... Bj com carinho.
ResponderEliminare quantos corações vivem assim...cobertos de silvas pelo abandono!
ResponderEliminarBeijinho de lua*.*
estranha vida a que cubre os lugares abandonados, estranhas e belas as palavras que falam deles...
ResponderEliminarum beijo
A natureza das coisas, às quais pertencemos, é implacável. Com ou sem silvas, tudo entra em declínio e perece.
ResponderEliminarMagnífico poema. Como sempre... gostei imenso, querida amiga Graça.
Beijos.
As casas abandonadas são lugares da ausência, que se vai esbatendo à medida que as silvas restabelecem novo equilíbrio...
ResponderEliminarAo poeta, contudo, não escapa o pormenor das lentas mudanças.
Beijo :)
"Nas casas abandonadas" crescem as silvas,mas quantas vezes guardam sonhos de quem lá viveu.
ResponderEliminarAdoro a sua poesia,ela contém percepção e sensibilidade,as palavras, de tão belas, não necessitam de imagem. Elas são imagens em si.
Belíssimo poema.
Bjito amigo
ergue-se uma teia com as mágoas do tempo.
ResponderEliminardores finas que circundam a janela dos meus olhos,
rendilham-se umas nas outras,
formam a armadilha de onde os braços pendem e o corpo,
engodo que o tempo rejeita.
um abraço
É um poema comovente, muito belo...como a fotografia...
ResponderEliminarUm beijo muito forte, querida amiga.
como as árvores. e as pedras - memórias vivas!
ResponderEliminarbeijos
Descobri o seu blog por acaso; gostei muito do que li. Também escrevo, se por mera casualidade quiser dar uma olhada no meu espaço ficaria contente. Um abraço. Muita inspiração, sempre!
ResponderEliminarE é o que mais por aí há,
ResponderEliminarneste país!
Saudações poéticas
Boa tarde, Graça.
ResponderEliminarGostava de saber se será possível comprar-lhe um exemplar de "Ortografia do olhar". Se puder, por favor, responda-me por mail (poesia.incompleta@gmail.com) ou para o telefone 960005360. Não lhe escondo uma certa urgência.
Obrigado e cumprimentos.
Mário Guerra
Bjs tantos
ResponderEliminarCara Graça,
ResponderEliminarLindo poema sobre as coisas como foram e são.
Beijo
Obrigada pelo carinho. Agradeço pela sua amizade.. Carinho.
ResponderEliminarComo é bom abrir as portas do Blog e poder te encontrar.
Desculpe pela ausencia. Mas nenm sempre conseguimos fazer tudo, como pensamos. Sempre precisamos dar um tempo.
Obrigada pelo seu carinho. assim que puder voltarei.
Carinhosamente,deixo o meu abraço..
Sandra.
A Amizade é um grande tesouro que encontramos.. Um Brilhante que esta sempre a brilhar.
Até mais..
Quase pude ver o declínio desses teus pássaros na poeira
ResponderEliminarda tarde.
Eu sou das árvores e me acostumei a observar mãos e braços, e pernas e corpos sumindo lentamente da paisagem.
E meus galhos não aguentaram o peso das perdas!
Ninguém quer ser uma casa abandonada. Acontece. Aí, só as tuas palavras sabem falar do que resta.
ResponderEliminarObrigada, Graça. Beijos.
Graça adorei o poema, profundo e as fotos da Ana me sensibilizam, um abraço,cleri
ResponderEliminarUm quadro belíssimo do declínio. Da tarde, das casas, de nós.
ResponderEliminarBeijo, Amiga Graça.
será que são as silvas..carrasco?
ResponderEliminarSempre que vejo uma casa abandonada..."invento -lhe" uma história...
Adorei Graça*
brisas doces para si*
sob a cal que recebe as memórias do sol
ResponderEliminarprevalece a antiguidade de uma melodia dos pássaros.
uma árvore, testemunh do tempo, seduz-se na sombra onde já ninguém mora.
e do ventre da terra cresce uma mágoa desiludida.
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um beijo e uma flor para florescer sempre
Novamente , a metáfora sutil, e poderosa, que é tua marca poética , minha amiga. Belíssimo poema. Bjos.
ResponderEliminarPenso numa terra desolada. Se até as árvores morreram. Então também a poesia morreu. Um poema que dói.
ResponderEliminarUm grande abraço.