Vêm de todos os
lugares, por caminhos
que fervem sangue e
luto.
Aos milhares, saem
dos túneis da noite e do medo.
Não trazem bandeiras.
Um ardil cavado na
lonjura enjeita-lhes a idade.
E chegam extenuados,
traídos, indefesos.
Procuram um chão e um
abraço.
As sombras coladas
aos muros
são a morada da
esperança que lhes resta.
Poderão perdoar a
nossa ausência?
Graça Pires, 2015
Tristeza me dá ao ver esse quadro e o que está acontecendo!! bjs, lindo dia! chica
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ResponderEliminarNão está ausente quem assim se pronuncia!
Um beijo
Lídia
Lindo e muito tocante!
ResponderEliminarBeijinhos
Lindo o que escreveu, um olhar demonstra sensibilidade para perceber que desejam sentirem -se acolhidos.
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ResponderEliminaro cenário é demasiado triste e violento.
um grito de alerta escrito com palavras tocantes e sábias.
eu não consigo escrever sobre este tema.
beijo
:(
Uma busca de esperança...
ResponderEliminarÉ preciso lutar até o último suspiro...
Abraços
Como é triste este cenário...
ResponderEliminarTenho uma profunda angústia só em pensar
que a quantidade de seres humanos padecendo, em busca
de um lugar mais feliz, é de um número inestimável!
Sem contar os que já se foram por esta causa...
Lindo tua sensibilidade.
Beijos,
Mariangela
Muito triste, esta situacão, tempos brutos demais para nossos olhos sensíveis, trazemos o coração trancado na dor por esses irmãos. Seu poema traduz esta dor/abraço/cleri
ResponderEliminarA dor em cada uma das palavras... A vontade de dar esse abraço, estender a mão a quem tanto precisa....
ResponderEliminarAdorei...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
assim como nós também não perdoaremos aos novíssimos e sempre iguais construtores de muros
ResponderEliminarpermanece a humanidade dos poetas
um abraço, Graça
Nossa, que evolução maravilhosa desses versos!
ResponderEliminarCadinho RoCo
É impossível não se emocionar com seu poema à dor tocante de nossos semelhantes.
ResponderEliminarUm grande abraço.
Um tema sensível e muito atual.
ResponderEliminarSerá que nos irão perdoar os vindouros?
Creio que a Europa está a ser engolida e o Islão será a religião oficial dum futuro bem próximo.
Beijinhos
Tocante de emoção e de atualidade! Muito bonito. Obrigada por palavras tão profundas e, ao mesmo tempo, tão serenas.
ResponderEliminarBeijinho
Reconheço as nossas bandeiras de cores lúcidas
ResponderEliminarBj
A Europa, todos nós, estamos hoje colocados perante um desafio que é um imperativo moral: amar um próximo que, sendo distante nas suas raízes culturais e modos de vida, é nosso irmão, nosso igual, na sua frágil humanidade.
ResponderEliminarSe não formos capazes de ser solidários com os «extenuados, traídos e indefesos» de que fala o belo e tocante poema da Graça, então algo está profundamente errado na civilização e cultura a que pertencemos, não teremos coração num mundo sem coração.
É uma triste realidade..
ResponderEliminarIsabel Sá
http://brilhos-da-moda.blogspot.pt
Só alguém muito evoluída consegue se colocar no lugar do outro, parabéns companheira! abração
ResponderEliminarEsta ausência ficou bem patente na foto da criança morta na orla da praia. Só espero que o seu impacto tenha resultados palpáveis na postura e acção dos líderes europeus.
ResponderEliminarUm excelente poema, para além de ser bem oportuno.
Graça, tenha um bom fim de semana.
Beijinhos.
Hola,,,buena entrada...un saludo desde Murcia...
ResponderEliminarNão, não podem perdoar. Um belo poema nas circunstâncias actuais.
ResponderEliminarQuerida amiga Graça
ResponderEliminarHoje colhemos os frutos
da nossa opção social.
Países que invadiram países
para ficar com suas riquezas.
Religiões que perderam o sentido da fé
e da tolerância,
para disputar com outras a maior influência.
Há muitos culpados.
Para muitos não há perdão,
seja pelos seus atos
ou por suas omissões.
_______________________________
Desejo que desejes ser feliz.
Toda felicidade do mundo
começa com um simples desejo de alegria.
Ouvi o vento e a música
ResponderEliminarProcurando um porto na madrugada
Ouvi a chegada de um navio
Julguei sentir uma voz amada
Meu Armando, meu amor...
Uma criança jogando lama ao meio dia
Embrenhada e perdida na alma
Com rimas colorindo pálpebras de nostalgia
Doce beijo
Até quando teremos que presenciar cenas assim?
ResponderEliminar_ por onde andamos nós?
obrigada ,Graça pelo poema tocante.
um abraço
OI GRAÇA!
ResponderEliminarLINDO E TRADUZINDO TODA A TUA SENSIBILIDADE NA LEITURA DO QUE DESTES AOS INCIDENTES QUE, TOMARA SENSIBILIZE, GOVERNANTES DOS PAÍSES AOS QUAIS ELES PEDEM ASILO.
TODOS SOMOS RESPONSÁVEIS!
ABRÇS
-http://zilanicelia.blogspot.com.br/
O Mundo doente que não ouve
ResponderEliminaro sonho de quem não quer
a Morte a acontecer...
outra vez, mais uma vez.
Esta europa é um deserto
demente, que não sente
o medo de tanta gente.
Um beijo no abraço do seu belo poema.
Até quando teremos nossas mãos atadas?
ResponderEliminarBelo poema, Graça.
Beijos!
Nada pode perdoar a ignorância, ela nada têm de santidade.
ResponderEliminarBeijos
Este poema retrata, com grande sensibilidade, a tragédia humana dos migrantes que fogem da guerra "e chegam extenuados, traídos indefesos, procurando "um chão e um abraço". Solidariedade tem de ser a palavra de ordem, quer da Europa e das Nações, quer de todos nós, como seres humanos.
ResponderEliminarMuito belas e tocantes as palavras e a foto.
Beijo
Podemos nós perdoar-nos a nossa ausência?
ResponderEliminarbj
lindíssimo poema, abordando um tema bem atual e forte... beijinhos querida Graça
ResponderEliminarOi, amiga Graça Pires !
ResponderEliminarNão há o que dizer, mas muito a fazer.
São zumbis assustados, encurralados pela
desgraça, fugindo em direção aos quintais
alheios.
Teu lindo poema registra este triste momento
histórico.
Um fraterno abraço, muito emocionado, aqui
do Brasil.
Sinval.
Belo e tocante, inscrito da tua sensibilidade humana,
ResponderEliminartambém compartilho deste mesmo sentir...
Beijo, Graça.
Poderão, minha Amiga?...
ResponderEliminar(sinto a voz embargada e incapaz de escrever)
beijo, Graça
E a nossa ausência está existindo
ResponderEliminare demoradamente existindo...
Bj.
Irene Alves
A humanidade minha amiga está de luto perante tanta indiferença e cobardia.
ResponderEliminarNunca pensei assistir a tamanha provação.
Um beijinho com amizade
~Fê
Há felizmente ainda quem não esteja ausente, minha amiga. Exemplo disso é este belo poema/reflexão que fazes e eu contigo também.
ResponderEliminarUm beijo enorme sempre presente.
Não perdoemos aos causadores de tanto sofrimento: Israel, EUA, el Assad
ResponderEliminarExcelente Reflexão traduzido num excelente Poema !
ResponderEliminarBeijinho
Luis Sousa
Boa noite, Graça! Seu poema me emocionou muito, mas sei que apenas a emoção nada vai resolver.
ResponderEliminartriste sabermos o que acontece ao nosso redor e nada ou quase nada podermos fazer.
Até quando, as pessoas vão demorar para aceitar que somos irmãos, e eles veem de todos os lugares. O Brasil é um celeiro de pessoas que chegam de todos os países, vamos rogar a Deus que os demais também resolvam acolher os nossos irmãos menores. Grande abraço!
Boa noite Graça,
ResponderEliminarUm poema magnifico que em cada palavra, em cada linha, reflecte de forma muito emotiva o sentir do povo em fuga! "As sombras coladas aos muros"....Os muros que nos envergonham.
Um beijinho.
Ailime
Boa noite Graça.
ResponderEliminarUm poema emocionante, triste realidade. Feliz semana, estou ausente por problemas familiares, só passei rapidinho. Beijos.
Ortografia do olhar perfeitamente
ResponderEliminarpontada, com o sentir de quem sente.
Quem sabe se na Terra cresce
uma escrita nova que nos resgate.
A nós e àquela pobre gente.
Obrigado, Graça, pelo privilégio desta escrita.
Não podem perdoar!
ResponderEliminarMª. Luísa
Me debato
ResponderEliminarcom essa realidade!
Mª. Luísa
Muitos contra o acolhimento destes seres
ResponderEliminarseres humanos tratados com toda a desumanidade
seres sofridos
que não têm a culpa de entre eles poderem vir malfeitores
não podemos fechar os olhos ao seu sofrimento
à sua dor
o meu coração sangra um mar de lágrimas de inocentes.
Propaga-se
ResponderEliminarum turbilhão de
lamentos mudos
que rasgam bocas
bocas ressequidas
famintas
sem pão sem chão.
maria maia
Boa tarde, belo poema que foca a realidade que emociona, o sofrimento destas pessoas que só procuram a paz e a sua dignidade de vida, faz-nos pensar que um dia também nos pode acontecer, todos estamos sujeitos ás guerras provocadas em prol da riqueza de quem as provoca.
ResponderEliminarAG
~~~
ResponderEliminar~ Impressivo
este drama vergonhosamente acontecendo na Europa!
~ Poema de grande beleza e humanidade expressando
a solidariedade que as pessoas de bem desejariam...
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~~~ Abraço, Poeta amiga. ~~~
~ ~ ~ ~
Já li o teu poema noutro lugar e, aí, o elogiei pela pertinência e beleza poética.
ResponderEliminarFaltava-me o título...excelente em tudo.
Beijo
Fantástico texto, que aborda tão triste, cruel e insana realidade...
ResponderEliminarEles fogem do país deles... muitos dos nossos, foram forçados a ir para outro país...
Mundo triste este... que frusta todas as expectativas de quem pretende viver apenas em paz, e ter alguma dignidade...
O pior é que quem desencadeou estes êxodos bíblicos... e atiçou o radicalismo... está a salvo deste mar de problemas, que nos vai ser deixado como legado, aqui na Europa, para os próximos anos... por ter um mar imenso pelo meio...
Há mares e mares... e para alguns destes infelizes, há mesmo um ir sem voltar... e sem chegar a lado nenhum...
Bjs
Ana
Os sobreviventes ao caos hão de perseverar, edificarem do nada e mostrarem sua supremacia sobre os que os rechaçaram.
ResponderEliminarPorque a convivência com a morte sopra ao espírito vozes que mais ninguém testemunha, confere ao ser uma força impossível de outra forma.
Não será para nossos olhos.
Mas tempo virá...
deixo-lhe um bj amg
Um poema belo, profundo e tocante para uma realidade que envergonha estes tempos.
ResponderEliminarPenso que nunca poderão perdoar a ausência do primado pela dignidade humana...
Bjo, Graça
A imagem já fala fundo ao coração, mas ao ler suas palavras, mais tocados ficamos.
ResponderEliminarO homem carece de amor e não percebe que a cada dia se distancia mais de Deus através de suas violentas atitudes e banalidades.
Parabéns pelos belos versos.
Abraços e ótimo dia.
Tão urgente, fazermo-nos presentes.
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