Hoje,
que não escuto o mar
fujo
na crina de um potro livre,
sem
jugo, em veloz cavalgada.
Tenho
nos olhos um incêndio tangível
à
luz que se quebra no galope
ágil
e sonoro da fuga.
Irrompe
sobre mim o perfil dos montes
que
me diz a que distância deixei o mar.
Um
odor de poeira impede-me de gritar.
Doeu-me
a voz quando bradei,
sem
fôlego, o verso de neruda:
quero inventar o mar de cada dia.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
Graça Pires
ResponderEliminarComo metáfora, o mar bem pode ser comparado a um a poltro bem azougado. gosta-se da tipologia do poema.
bjs
Lindo, Bj Lisette.
ResponderEliminarOlá
ResponderEliminarÉ como reinventar-se a todo dia, vivendo nossa liberdade.
Bjs e uma abençoada semana pra vc.
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
O mar acalma-nos.... Quando longe, sentimo-nos presos num deserto....
ResponderEliminarE grita-se....
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
belíssimo poema! Amei
ResponderEliminarExcelente semana. Beijo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Belas imagens!
ResponderEliminarBoa semana =)
... Com uma suave maresia...
Bom dia Graça.
ResponderEliminarSeus poemas são lindos e deixa sentimentos em nós, esse eu sentir a leveza da liberdade, sentir saudades de quando subia no meu cavalo e percorria a fazenda, sentindo o vento batendo no meu rosto. Sentir saudade do meu cavalo, doce e macio. Bons tempos. Infelizmente meus familiares, pensaram mais do valor monetário da fazenda, e com a morte da minha mãe, saíram vendendo tudo, não quis brigar por herança e abrir mão de tudo. Desculpa rsrs, seu poema me vez relembrar de como é bom cavalgar. Uma linda semana. Grande abraço.
Boa tarde, inventar o mau é a pureza sentimental, cavalgar nas ondas do mar e escutar as suas belas melodias é maravilhoso, o poema é lindo.
ResponderEliminarBoa semana,
AG
Olá, querida Graça!
ResponderEliminarComeço por lhe agradecer a visita e o tão inteligente comentário, que deixou no meu blogue.
Espero e quero que esteja bem, sinceramente!
Li e reli o seu distinto poema, que me prendeu da primeira à última linha, da primeira à última sílaba, da primeira á ultima palavra, embora eu não goste de mar, nem de potros, mas gosto de escrever e sentir "incêndios" no corpo.
No seu caso, ou melhor, do seu eu-lírico, até a poeira conspirou contra os seus sentires e só consegui ter grito, qdo se lembrou do verso de Neruda.
Que todos os dias, encontre/encontremos o nosso mar, bem repleto e completo, porque a vida é sempre pouca para tanto que queremos fazer e obter.
A pintura escolhida adapta-se, lindamente, às suas palavras e é pena que esta forma/tipo (não sei o nome técnico), que escolheu para os comentários, a não deixe ver.
Beijos e uma luminosa semana. Aqui, na zona norte de Lisboa, chove.
amo o mar com a mesma força que me amedronta a fúria das suas águas. Gostei do seu poema, com cheiro a maresia e a liberdade.
ResponderEliminaroh, minha amiga...!
ResponderEliminarNeruda inventa...esse qualquer mar.
(onde o gosta de olhar)
a Graça descobre-o em outro qualquer lugar.
mesmo de costas voltadas, cria um poema, num gigante cavalgar, numa procura do silêncio.
como é bela esta união: o ser, o estar e a razão. (onde esse mar nos persegue...e acabamos por voltar)
um grande beijo e uma semana feliz, Graça.
E com certeza inventa, querida amiga, com certeza inventa...
ResponderEliminarHoje finalmente terminei de ler teus "Poemas Escolhidos". Maravilhoso. Logo recomeçarei a leitura.
Beijos
Lá estaremos minha amiga
ResponderEliminarBj
Nossa... simplesmente maravilhoso, me causou um arrepio, Graça.
ResponderEliminarE que pintura!!Adoro cavalos, fui amazona (hipismo). Esse cavalo branco me sensibilizou, também.
Beijo, querida amiga.
Mesmo fugindo o mar está dentro de si minha amiga.
ResponderEliminarUma imagem também belíssima.
Um beijinho
que bonito, Graça.
ResponderEliminarMuito bonito!
ResponderEliminarMas que a voz nunca nos doa. É que por vezes precisamos tanto de gritar...
Beijinho
Mais um bonito poema.
ResponderEliminarTenha um ótimo dia!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Muito bonito!
ResponderEliminarQue dizer deste poema escrito à flor da pele? Que nos eleva à crista das emoções? Na crina da onda embalados na apneia do galope até que a claridade nos cega inventamos (sempre) um mar.
ResponderEliminarObrigado, Graça, por tudo e, sobretudo, pela sua delicada poesia. Também cura!
Bj.
Lindo Poema e belas imagens!
ResponderEliminarOlá, Graça. Voltarei para comentar mas quero dar-te uma explicação. Só hoje fui ao mail de lixo, no TM, e vi o teu mail. Movi-o para a caixa de entrada; entretanto, verifico que o TM deixou de ter acesso à net, sem que eu tenha feito nada. No mail do PC não entrou. Vou passar pela loja para verem o que se passa com o TM. Contudo, pedia-te que me voltasses a enviar o mail para te responder. Obg. Bjo (ando com inúmeras tarefas para "aviar", mas assim, também não tenho tempo de me enfastiar"...)
ResponderEliminarAmiga querida, Graça Pires !
ResponderEliminarEste poema, brilhante, já rompeu as
barreiras que te levaram para longe
do teu mar. Aspira o cheiro bom da
água salgada, e ouvirás o som das
ondas a te procurar...
Parabéns e um carinhoso abraço, aqui
do meu Brasil !
Sinval
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema maravilhoso com o qual tanto me identifico...
(Penso que um dia o publiquei no meu canto,))!
A imagem é lindíssima!
Momentos de fuga, de liberdade, momentos em que as fragrâncias das origens nos perseguem os sentidos e se nos colam na alma.
Um beijinho, minha amiga e enorme Poeta!
Continuação de boa semana.
Ailime
Olá Graça
ResponderEliminarLindo poema, bjs querida.
Oi Graça,
ResponderEliminarque poema lindo!! Amo quando posso estar perto dele, olhar o infinito.
Bjs
Tânia Camargo
Boa noite
ResponderEliminarTantos dias iniciando uma corrida .
O barulho da ondas faz-me esquecer a fúria do mar.
Obrigado pela visita.
Não consigo viver longe do mar e,
ResponderEliminarquando temporariamente não o tenho,
também o invento todos os dias...
Um poema impressionante e muito belo.
Beijinho, Graça.
~~~~~~~~~~
bonito e sutil!
ResponderEliminarabraço profundo.
Há mares por todos os lados! abração
ResponderEliminarVersos muito bonitos...
ResponderEliminarInventar, reinventar o mar ou outras coisas que nos façam mais felizes... Isso dia após dia...
Abraço grande...
A liberdade de percorrer novas paragens, mas sempre com o mar no pensamento. No coração guarda a fantasia de inventar "o mar de cada dia". São muito belas as imagens poéticas, bem como aquela que ilustra o poema.
ResponderEliminarAdorei!
Beijo.
Olá, Graça!
ResponderEliminarCheguei aqui vendo seu comentário em um blog da Ailime.
Amei seu poema! Inventar o mar com um fugir em cavalgada em meio as crinas de um potro livre. Belíssimo!
Beijo na alma!
querer é poder, e então podemos inventar um mar, sim, claro que sim.
ResponderEliminare eu digo que ele (o mar) é a eterna inspiração do poeta.
este poema é a prova disso.
muito belo
beijinho
:)
Poema muito belo, fuga, evasão na crina das palavras.
ResponderEliminarBeijo amigo
O mar exerce sempre um fascínio especial sobre nós e tem o poder de soltar toda a poesia que vai na alma dos poetas.
ResponderEliminarMaravilhoso poema.
Beijinhos
Maria
O mar, referência única, espelhado em qualquer cenário...
ResponderEliminarMuito belo, Graça!
Um beijinho :)
Este poema diz muito, a quem, como eu, na infância e adolescência, amou a serra sobre todas as coisas.
ResponderEliminarE só na idade adulta aprendeu a «inventar o mar de cada dia».
Poemas como este são parte dessa biografia da imaginação.
Adorei a cavalgada do potro livre.
Um beijo, Graça, por tanta beleza.
É fabuloso o poema, Graça, como todos os que escreve.
ResponderEliminarSua admiradora, sempre :)
beijinho
Inventar o mar de cada dia, sua imensidão, sua força, contagiando nosso espírito com sua liberdade.
ResponderEliminarUm abraço,
Sônia
Belíssimo; inspirado/r; poético conjunto: imagem e palavras!
ResponderEliminarFeliz fim-de-semana
Abraço, com estima e consideração
Gostaria de partilhar contigo a postagem que publiquei no dia 19/10/16, no meu blog A CASA DA MARIQUINHAS/, que assinala o meu regresso à blogosfera após as férias.
ResponderEliminarDesde já o meu “Bem hajas!”
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
PS – Desculpa o “copy & paste”
Gracias Por pasar por mi blog.
ResponderEliminarMe permitirdo pasar tu blog a mis segidores para que visite
Um poema maravilhoso e profundo, sobre esse mar que nos acalma, inspira, e nos dá força... na sua constância e permanência...
ResponderEliminarPara ler e reler!... Adorei, Graça!
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
✿゚ه° ·.
ResponderEliminarA poesia é tão delicada quanto a imagem que a ilustra!!!
Bom fim de semana com tudo de bom!
Beijinhos.
✿゚ه° ·.
O poema é lindo e o cavalo tão vivo
ResponderEliminarabraço
O ideal seria que nos reinventássemos a cada dia.
ResponderEliminarMas é capaz de ser cansativo...
Gostei imenso do teu poema, é excelente.
Graça, tem um bom domingo e uma semana feliz.
Beijo.
ResponderEliminarParabéns pelo poema maravilhoso!
Adorei a imagem do cavalo.
Hoje o dia está cinza, nostálgico
cai uma chuva miudinha
que me acalma e inspira.
Vê-la cair através da janela
é tão bom!
Obrigada pela sua visita e comentário, Graça.
Sim, é assim que sei fazer posts
dando a conhecer,
divulgando
e também homenageando quem merece.
A Câmara Municipal da Moita mereceu por esta iniciativa.
Uma boa semana.
Beijos.
Linda semana!!!!!!!!!! Beijos
ResponderEliminarÉ fácil inventar o mar de cada dia,
ResponderEliminarcom esta tua bela e imensa poética, Graça!
Uma semana luminosa e inspiradora, Poeta...
Beijo.
Para quem tem o mar a molhar a pele dos sentidos, é difícil estar longe. Contudo, tal como um amante, a ausência é apenas física. Ele está sempre lá.
ResponderEliminarProva-o este poema de um voo poético sublime.
Bjo, amiga :)
Pablo, escuta-a
ResponderEliminarbeijinhos, Graça
Como se a vida fosse uma ânsia intangível.
ResponderEliminarTão belo e imenso, Graça!
Beijinho.