Amedeo Modigliani
Quem
foi que roubou os meus sonhos
brancos
de menina e me pôs no olhar
a
imensa clareira da tristeza?
Como
esquecer aquele tempo
em
que eu brincava com o vento
e
rebolava na erva e cantava
com
as cigarras e me espantava
com
o desenho das nuvens?
Como
não lembrar os dias
em
que nada quebrava a porcelana
dos
lírios de intacta leveza?
À
margem de trilhos ao acaso
vagueio
para além de mim
sem
que os pés se amarrem ao chão.
As
minhas mãos, sobre o regaço,
estão
trémulas e vazias.
Retenho
as lágrimas
como
se dispersasse as chuvas.
Graça Pires
De Fui quase todas as mulheres de Modigliani, 2017
Saudades da infância...
ResponderEliminarBelo, como sempre!
Beijos, Graça :)
Intensa e linda e esse olhar triste retratado muito bem! beijos, linda semana,chica
ResponderEliminarUm belo poema muito bem escrito de que gostei bastante bem como a ilustração.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Loved this simple yet very beautiful face!!!
ResponderEliminaryou are beautiful artist Dear Grace!
Poetry is touching and captivating, hold me and took along to the times when soul was LIGHT like feather with no burden !
sadness surrounded the heart like hauling wind and took me in the tip of storm
Me encanto tu poema.
ResponderEliminarFeliz día.
Besos.
Bom dia querida Graça
ResponderEliminarNos tempos passados a infância era só alegria. Agora já se observa crianças com olhar tão triste. Um poema muito tocante e imagem mostrando a tristeza no olhar. Uma linda semana minha amiga. Grande abraço.
Um poema cheio de verdade de nossa infância roubada! Ontem e hoje a cena se repete!
ResponderEliminarRecorda-se os bons momentos e tenta-se deletar os piores... Criatividade infantil é o que nos resta!
Abraço.
Maravilhoso poema! Amei de verdade!
ResponderEliminarBeijo e uma excelente semana.
Boa tarde, sonhos e sonhos que foram roubados na infância, impedidos de concretizar mais tarde, sonhos que nunca passaram da recordação, a composição poética é maravilhosa.
ResponderEliminarFeliz semana,
AG
Olá Graça,
ResponderEliminarSaudade de um tempo que se foi e deixou na lembrança o quanto é bom ser criança!
Beijos.
Como esquecer aquele tempo
ResponderEliminarem que eu brincava com o vento
e rebolava na erva e cantava
com as cigarras e me espantava
com o desenho das nuvens?
Como não lembrar os dias
em que nada quebrava a porcelana
dos lírios de intacta leveza?
Leudos y releidos estos versos, tengo que confesar que me han emocionado t llevado mi corazón y mis recuerdos hasta el maravillo jardín de la niñez. Es el tiempo de vivir todas las maravillas y de vivirlas sin ser conscientes pero su paso deja recuerdos imborrables en nuestra mente. Pewxioso. Fue un placer disfrutar de esta lectura.
Un abrazo. Franziska
tenho reminiscências da minha infância parecidas com estas, Graça.
ResponderEliminarBoa semana beijinho
Graça.
ResponderEliminarDifícil descobrir qual de tuas poesias poderia ser classificada como a melhor delas.
São tantas e tão ricas, tão profundas, Graça.
"Menina com bibe", certamente é uma das que mais amo.
Tão expressiva. Tão Graça Pires...
Parabéns!
E um grande beijo...
Extremamente belo! Todo.
ResponderEliminarabraço Graça
Sonhos em que tudo era possível.... Invencíveis....
ResponderEliminarLindo....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Quando vais à minha casa te
ResponderEliminarrecebo com beijos e abraços tão
somente, ao passo que tu, minha
doce e querida Graça, nos recebe
com flores, palavras perfumada e
versos de poesia.
Te adoro.
Beijos do;
silvioafonso
.
Não amiga, nada dispersa as chuvas... Passadinha rápida pra mandar um beijinho.
ResponderEliminarToda menina tem seus sonhos...
ResponderEliminarbjokas =)
Lágrimas soltas
ResponderEliminarBj minha amiga
Fui uma criança feliz! Tive infância, brinquei com bonecas, pulei árvores, banho de rio...
ResponderEliminarNão gostaria de ser criança hoje! Nasceria com Tablet nas mãos dedilhando joguinhos - talvez.
Obra pictórica maravilhosa.
Beijo, querida Amiga.
Mais uma das mulheres de Modigliani. Da recuperação da memória infantil da perspectiva do adulto. Uma fotografia do silêncio. Do retorno ao mais simples através do delírio da linguagem. Não peço mais do que essa clareza didática que oferece neste poema!
ResponderEliminarUm beijo, minha amiga!
Graça, Graça, como é que consegue escrever tão bem? A última frase é perfeita. Beijinhos
ResponderEliminarOlá Graça
ResponderEliminarBelo poema, bjs querida.
Tão triste, saudoso e profundo.
ResponderEliminarSimplesmente sublime!
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Dispersar a chuva não é tarefa fácil, mas não deixa de ser possível. www.hellowebradio.com ... você.Vem!
ResponderEliminarCadinho RoCo
A minha geração teve infância; as de hoje já não sei.
ResponderEliminarLindo.
Amei os poemas com as imagens de mulheres do artista.
Boa continuação de semana.
janicce.
Um sublime retrato da infância com que muita/os de nós seguramente nos identificamos, eu desde logo identifico-me... e não quero ser "velho do Restelo", até por isso não vou fazer juízos de valor, pelo que aquém e além de melhor ou pior, parece-me cada vez mais que a infância actual é diversa da poeticamente aludida; ainda que a própria vida adulta também seja diversa da que já foi, senão e desde logo não estaríamos aqui a interagir pessoal e socialmente, de entre indivíduos que na esmagadora maioria dos casos sequer alguma vez conheceria-mos a existência real e respectivamente virtual ou vice-versa uns dos outros.
ResponderEliminarTudo para dizer que no presente caso seria uma verdadeira perda deixar de conhecer a poesia da estimada Graça Pires, cuja interacção virtual com a própria, ao menos no meu caso é uma verdadeira e grata honra de que eu espero merecer e tudo farei para estar minimamente à devida altura!
Beijo de reconhecimento e gratidão _ que se for o caso com acrescido pedido de perdão pelo "discurso", mas feliz ou infelizmente, ao menos por vezes e em alguns casos sou assim mesmo! :/)
Quem não tem saudades dos sonhos da infância? (=
ResponderEliminarBom resto de semana, beijinhos
Quando se perde a inocência da infância é natural aparecer uma certa tristeza no olhar...
ResponderEliminarMas quando a infância foi feliz (como a minha...) sabe muito bem recordá-la.
Gostei imenso do poema, assim como da tela.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Belas linhas sempre arrasando nesta linda recordação,
ResponderEliminarobrigada pela visita bom feriado.
Blog: https://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br/
Canal:https://www.youtube.com/watch?v=DmO8csZDARM
A inocência infantil geralmente dá lugar a um nublado de lágrimas nos olhos de quem a perde.
ResponderEliminarEstupendo post, linda
Beijinhos e boa semana
Boa noite Graça,
ResponderEliminarQue poema tão belo!
A infância livre e alegre a quem foram roubados os sonhos dando lugar à tristeza no olhar e, quem sabe, para sempre gravada na alma.
Um beijinho minha Amiga.
Continuação de boa semana.
Ailime
...quel velo di tristezza che oggi provo guardando indietro, quando si guardava il mondo con ingenuità, innocenza, ci si emozionava per motivi che non si possono comprendere ora, mi manca quella visione del mondo, ma soprattutto mi manca l'amore che nutrivo per quei sogni, credo non potremmo mai dimenticare quel tempo..molto intensa, un abbraccio...
ResponderEliminarUm poema muito bonito!
ResponderEliminarO olhar, o sentir e os gestos da criança precisam ser vivificados... Mesmo que tenham sido danificados no passado... Sempre é tempo de "ser como criança"!
Um abração
E a meninice já se foi...
ResponderEliminarMagnífico poema, gostei muito, muitíssimo.
Continuação de boa semana, amiga Graça.
Beijo.
é a vida, que nos rouba os sonhos
ResponderEliminaré a vida!
e a inocência perdida e as lágrimas que não deviam ser derramadas ( ou deviam?)
poema que nos mostra a sensibilidade da autora em sua forma de fazer poesia.
muito bom!
beijinhos
:)
Olá, querida Graça!
ResponderEliminarA infcia se vai mas as recordações ficam sejam quais forem...
As mãos no regaço me chamaram atenção... me sugeem delicadeza de alma...
Seja feliz e abençoada!
Bjm de paz e bem
A infância feliz e descuidada ficou em qualquer esquina do tempo. O brilho dos olhos deu lugar ao desencanto pelos sonhos perdidos. Permanece a memória plena de nostalgia.
ResponderEliminarGostei imenso do poema. Magnífico!
Beijo.
...e, no entanto, toda a beleza era habitada; toda a pureza era olhada; e, no fundo da alma, a tristeza do sonho roubado.
ResponderEliminarmuito me diz este seu belo poema, Graça.
um beijo, minha Amiga.
Hoje, aqui no Brasil comemoramos o dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil e o dia das crianças.
ResponderEliminarVim para lhe deixar um abraço, com esse pensamento.
Nunca deixe a criança que existe dentro de você desaparecer, porque um pouco de inocência é bom .Se quer permanecer jovem, só tem um jeito, conserve viva a criança que existe dentro de você, um coração cheio de amor, se interesse pelas coisas que acontecem, perdoe, se alegre com as mínimas coisas, esqueça as ofensas, as tristezas e as quedas, sorria mais, tenha sempre um coração disposto a amar, abraçar o mundo inteiro, um coração que não se apequena e não se esfria.
Enquanto conservar calor no coração, a alegria de viver, não envelhecerá.
Que Nossa Senhora Aparecida lhe cubra de bênçãos e que essa criança que existe dentro de você permaneça viva e feliz. Abraços da amiga Lourdes Duarte.
Uma mulher criança,
ResponderEliminarou uma criança mulher,
todas têm sonhos e lágrimas.
Ambas enigmáticas como as mulheres de Modigliani.
Nem todos conseguem fazer das lembranças poesia.
Um beijinho, Graça.
Olá Graça!
ResponderEliminarSempre que venho a este espaço encontro excelentes postagens, como esta, que começa com uma pintura de Modigliani ara vir, logo após, "Menina com bibe", esse teu belo poema, quem tem versos como esses, que peço-te licença para transcrevê-los:
"À margem de trilhos ao acaso
vagueio para além de mim
sem que os pés se amarrem ao chão.
As minhas mãos, sobre o regaço,
estão trémulas e vazias."
Parabéns, minha amiga Graça.
Um beijo.
Pedro
Ei Graça querida!
ResponderEliminarÉ sempre um
encantamento ler aqui.
Bjins com afeto. CatiahoAlc.
A infância é, para muitos de nós, o paraíso perdido. Por vezes é um paraíso inventado, reserva de sonho, magia e encantamento que se reinventa sempre que enfrentamos «a imensa clareira da tristeza».
ResponderEliminarAdorei o poema.
Beijo.
Graça Pires,
ResponderEliminartão belo este alinhar de riscas. Passadas.
Comove-me, espanta-me,
não vejo a razão,
a gente deita fora, tanta coisa,
e vive sem bibe?!
Entretanto, o chumbo de que falei soltou-se (retiraram-mo) e fiquei à tona da espuma. A flor assim irrigada rejuvenesc...
Beijo-a, com admiração.
Graça Pires
ResponderEliminarUma maravilhosa ilustração, diz tudo sobre o nível do poema.
Beijos
Quem foi que roubou de nós aquela criança, que é a parte mais linda de nós amiga.
ResponderEliminarUma inspiração que faz mergulho na existência com a beleza de sua poesia, com esta [ilustração perfeita.
Meu carinhoso abraço amiga.
Bjs de paz.
Estou feliz hoje, pois recebi informação, que meus dois livros de sua arte,
já estão disponíveis para retirar na Livraria Cultura.
Um poema lindíssimo, tocante e nostálgico!
ResponderEliminarÉ a vida... que tantas e tantas vezes... com as suas pressões, perdas e decepções, nos vai encaminhado para essa clareira de tristezas... onde os sonhos da meninice, ficaram para trás... e onde nos vai roubando a leveza de se ser... criança...
Beijinho, Graça! Desejando-lhe um feliz fim de semana...
Ana
A velha nostalgia...tecida de beleza!
ResponderEliminarUm beijo
OI GRAÇA!
ResponderEliminarUMA BUSCA DE TODAS NÓS, A MENINA QUE UM DIA FOMOS E QUE, COM CERTEZA SE ESCONDE NUM CANTINHO QUENTE DE NOSSAS ALMAS.
LINDO AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
É a infância, sim, o segmento principal. Contudo, vista com um olhar poético acutilante, colocado em palavras precisas e imagens belíssimas.
ResponderEliminarO teu admirável toque, uma vez mais!
Bj, Graça
Graça Pires, ilustríssima Escritora Poetisa !
ResponderEliminarAinda que irreversíveis fossem as desilusões,
serviriam, pelo menos, para iluminar os
caminhos à frente...
Texto maravilhoso, Amiga. Parabéns !
Aceita meu humilde e fraternal abraço, aqui
do Brasil.
Sinval.
Querida Graça,
ResponderEliminarInesquecível é a tua poética, que assim, como este belíssimo poema,
pousa nos nossos olhos, a emoção de sentir esta grandiosidade expressiva:
"Quem foi que roubou os meus sonhos
brancos de menina e pôs no olhar
a imensa clareira da tristeza?"
Um privilégio ler-te!!
Voando nos espaços dos amigos para deixar votos
de um feliz final de semana!
Beijos.
Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
ResponderEliminarAinda é tempo de voltar a Deus e agradecer pela vida física,
que embora passageira, se perpetua em nós espiritualmente..
Venho te deixar meu carinho.
Desejar um abençoado final de semana .
Saúde sem ela não teremos paz.
Beijos carinho e saudades.
Belas e inspiradoras poesias, abraços.
ResponderEliminarO olhar da menina de bibe é extraordinário e o da poetisa também.
ResponderEliminar"Como não lembrar os dias
em que nada quebrava a porcelana
dos lírios de intacta leveza?"
Leveza que levo comigo.
Grande abraço, minha amiga.
Gosto tanto da sua poesia!
ResponderEliminarHá uma infância sempre lembrada em nós.
Bom domingo!
Beijos.
Deste, talvez por falar da infância, desprende-se uma beleza especial.
ResponderEliminarbeijinho