José Pancetti
Com
barcos torneando os ombros
decifro
o rumo das viagens
em
minhas mãos atentas ao desalinho
das
cordas destecidas pelas vagas.
Sei
que os mapas não assinalam
o
tumulto das areias com que o vento
vai
refazendo as dunas.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
Linda tua poesia e a imagem idem e não vejo a hora de chegar nesse ambiente e cenário...bjs, INTÉ! chica
ResponderEliminarOs mapas, de facto, não se movimentam por si só, são somente um plano que orienta. Em cima dele, sobrepõe-se uma paisagem sempre em transformação, tal como o pensamento e o mote da poesia em que a Graça é exímia e de uma imaginação inesgotável.
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana.
Um belo poema muito bem ilustrado por uma magnifica pintura.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Não, somos nós que o desenhamos... Seja na areia, nas montanhas, no mar....
ResponderEliminarPorque estamos lá...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Graça, Não há como confiar cegamente nestes ventos nem nestas vagas... Tal qual é a vida... Parabéns e grande beijo. Tuas poesias são, sempre, portos seguros...
ResponderEliminarBoa tarde, Graça.
ResponderEliminarEsse desenhar de renovação ou mesmo uma destruição é semelhante ao sexto-sentido.
Muito bom.
Tenha uma linda semana de paz.
Beijos na alma.
Boa tarde, Graça.
ResponderEliminarEsse reconstruir ou mesmo destruir dos formatos da vida , assemelham-se ao sexto-sentido.
Parabéns.
Linda poesia,sempre.
Abençoada semana de paz.
Gostei bastante! Parabéns
ResponderEliminarBeijo e uma excelente semana.
Olá Graça,
ResponderEliminarMuito bom!
Falando em dunas, lembrei de um lugar super lindo no Estado da Bahia,aqui no Brasil. É uma vila de pescadores, o nome é "Mangue Seco" a uns 240 quilômetros de Salvador a capital, cuja a característica são as imensas dunas que com a força dos ventos, vem cobrindo ao longo dos tempos, coqueiros, casas, e até ruas...
Beijosss.
Que lindo, viajei em seus versos.
ResponderEliminarbjokas =)
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema muito belo.
Depois da tempestade vem a bonança e a poesia acontece sempre com o seu elevado cunho poético.
Um beijinho e boa semana.
Ailime
Que bonito...
ResponderEliminarMuito lindo, querida Graça, hoje pela manhã estava lendo você em "Poemas Escolhidos"...
ResponderEliminarA obra acima, quando abri já reconheci Pancetti de imediato. Maravilha.
Como sempre, querida amiga, você arrasou!
Beijo, dias melhores pra Portugal, me solidarizo com nossos irmãos portugueses, nuito triste...
"O túmulo das areias" é um magnífico poema que, admito, será uma prenominação. É essa a leitura que faço nestes dias trágicos. "O refazer das dunas" constitui o sepulcro que nos há de submergir como povo? Povo que tocou o mundo inteiro nos pinheiros do Rei-Trovador. Aquele que semeou versos "Ai flores, ai flores de verde pino" onde havia dunas. E agora?
ResponderEliminarBj, amiga Graça Pires.
un bel viaggio attraverso questi versi... grazie per essere passata cara,
ResponderEliminarun abbraccio ed ancora complimenti per le tue poesie molto belle
What compelling view!!!
ResponderEliminarand Lovely poetry Grace!
you painted so well the restlessness of sand and carnation of wind
Hello Graça,
ResponderEliminarNice poetic words with a wonderful picture.
Have a nice day.
Hugs, Marco
será que os mapas assinalam o tumulto das mãos?
ResponderEliminarMontagem e desmontagem das palavras inspiradas pela areia ou da areia inspirada pelas palavras. Lindo! www.hellowebradio.com ... você.Vem!
ResponderEliminarCadinho RoCo
Belissimo poema.
ResponderEliminarQue depois do tumulto venha a tão desejada paz e serenidade.
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Sem palavras. Ou melhor:com palavras. Suficientes, de um arenoso ofuscante.
ResponderEliminarDecifrando os desígnios do mar... que é tão profundo, incerto, e fascinante, como a própria vida...
ResponderEliminarUm belíssimo poema, Graça, como sempre acompanhado, com um soberbo suporte em imagem...
Mais um post excepcional, por aqui!
Beijinho! Continuação de uma óptima semana!
Ana
Sua poesia deixa a gente no mar!
ResponderEliminarLinda!
Beijos!
Pancetti cria, inspira. E não há diferença entre o mar de Pancetii e “o tumulto das areias”. No primeiro, os pincéis dão forma e, “no tumulto”, o brotamento dos signos verbais, o trabalho metafórico do poeta dão vigor e colorido ao poema. Ambos nos levam ao encantamento.
ResponderEliminar"O tumulto das areias com que o vento vai refazendo as dunas" se assemelha ao trabalho do poeta, costurando as palavras, refazendo "o real". Gosto dos seus poemas>
A imagem e o poema transmitem tranquilidade (=
ResponderEliminarBom resto de semana! Beijinhos
Olá amiga, mais uma postagem que dá gosto de ler e apreciar. Linda postagem.
ResponderEliminarAbraços com desejos de uma noite de paz e um amanhecer feliz.
As linhas, as palavras, me fizeram viajar para longe, inspiram e são belas, Graça.
ResponderEliminarA imagem é encantadora, com cores maravilhosas.
Um abraço do Brasil.
Olá, Graça!
ResponderEliminarRetiras de teu livro (Graça Pires. De Uma claridade que cega, 2015), este belíssimo poema, "O tumulto das areias". Parabéns, quminha amiga.
Um beijo.
Pedro
O "pinhal do rei" e as dunas que sustém
ResponderEliminarE agora? como pergunta o Agostinho.
Teria sido tão só incúria
ou estaremos condenados a um deserto de ideias?
Um belo poema, inspirado e inspirador, dos mapas que não saberemos ler.
Um beijo, minha Amiga e uma boa semana.
Os mapas deixam de fora muita coisa...
ResponderEliminarBeijinhos, linda, bom resto de semana
"O vento vai refazendo as dunas", mas é sempre o mesmo deserto, igual e diferente, novo e antigo, familiar e estranho, oásis embriagante, vazio e silêncio. Só não nos perdemos porque as mãos da Graça, atentas ao desalinho das palavras, nos maravilham e fazem sonhar.
ResponderEliminarBeijo.
Lindo e precioso poetar...
ResponderEliminarO mar e suas areias nos convidam a prosseguir...
A vida com poemas e reflexões fica mais viva e vivificante...
Beijinhos
Nem tudo vem nos mapas...
ResponderEliminarExcelente poema. Como sempre, aliás.
Continuação de boa semana, amiga Graça.
Beijo.
A impermanência da vida pousada nas mãos da poeta,
ResponderEliminarem palavras construídas de imensa poesia em gestos!...
Belíssimo, Graça!
Beijos.
ResponderEliminarGosto de vir. Tuas palavras, viagem!
Beijo meu.
Lídia
Olá, estimada Graça!
ResponderEliminarEu sei que, embora, os "barcos" sejam, por vezes pesados, há gente, como é o seu caso, que consegue saber o sentido da "rosa-dos-ventos", mesmo que as vagas desalinhem o percurso normal dos acontecimentos.
Pois não, minha amiga! Os mapas mostram o físico, o geográfico, mas as "tormentas", não.
Beijos e resto de boa semana.
Bom fim de semana Graça. Beijnhos
ResponderEliminarOs barcos inspiram a decifrar o "rumo das viagens", Mas os "mapas não assinalam o tumulto das areias" nem as tormentas que se deparam na rota que se escolhe. O poema e a foto são maravilhosos.
ResponderEliminarBeijo.
Com muito trabalho das tuas mãos
ResponderEliminartudo se move
Bj
20 de outubro dia do Poeta.
ResponderEliminarQuerida Poetisa, que jesus te iluminando e que você continue nos encantando com suas lindas poesias.
Já dizia os poetas:
“Ser poeta é fazer de cada despedida uma saudade
É ter nas mãos os sonhos, vivê-los de verdade
Chorar, sorrir, sem medo de viver...”
“Poeta para ter o dom...
Das palavras...
Palavras de ternura... de carinho...
E poder encher...
nossos coração com amor
Escrevendo seus lindos versos e poesias”.
Parabéns!
Minha amiga Graça
ResponderEliminarOs mapas escondem muitas coisas...
sentimentos... conversas... palavras...
pessoas...
Que a poesia lhe acompanhe sempre...
Aluísio Cavalcante Jr.
Boa tarde, Graça,
ResponderEliminarimagem e poema maravilhosos.As dunas agem como se tivessem vida, pois
mudam-se quando querem, neste desmanchar-se e refazer-se igualam -se conosco que caímos e nos refazemos para acertar na vida, há tantas leituras a serem feitas através deste poema lindo.
Li sua poesia no blog da Tais, "A Cidade". Gostei muitíssimo. Vi que a sua obra Poemas Escolhidos está esgotada, ou não consegui acessar.
Aproveito para mandar uma oração à população de Portugal que passa por momentos de grande tristeza.
Grande abraço!
Devíamos estar atentos aos sinais...
ResponderEliminarQuem estará?
Nem mapas, agora só o GPS para nos indicar os rumos,
e tanto que se perde.
Bom fim-de-semana, amiga!
Poesia é vaga, desalinho, tumulto e viagem que acaricia a pele.
ResponderEliminarADOREI, amiga Graça.
Beijinho
ResponderEliminarBoa noite, Graça
Traçam-se rumos muitas vezes fora do
nosso controlo mas, pé-ante-pé,
procuraremos a inefável linha condutora
dos nossos destinos.
Bj
Olinda
Um mar agitado de palavras com pétalas de rosas ao vento.
ResponderEliminarBjs
sabe-se lá qual percurso dos barcos?
ResponderEliminarapenas os nomes escritos na areia!
Belíssimo, Graça.
beijo, minha amiga
anuncio-te que reabri os comentários
- espero continuar a merecer a tua presença amiga!
grato
Curto, forte e muito belo...como aprecio!
ResponderEliminarBeijinho
Quando os barcos nos torneiam os ombros (expressão lindíssima) nada mais nos resta que tentar navegar, rumar a qualquer lugar. É esse o nosso destino.
ResponderEliminarMais um belo poema, Graça.
Um abraço :)
Oi, querida Mestra Poetisa, Graça Pires !
ResponderEliminarO texto é tão belamente descrito, que
enxerguei a corda "destecida" pela água.
Parabéns, desejando uma ótima semana, com
o meu fraterno abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Já não usamos " bibe ", já não brincamos junto ao mar construindo castelos, já não gargalhamos quando uma onda mais forte tenta apanharmos, já não mergulhamos naquelas águas geladassentind-as quentes no nosso corpinho de criança. Tudo mudou em nós, mas o mar continua lá sempre à nossa espera, ora manso ora raivoso, assim como a vida. Contemplamo-lo tantas vezes com a alma triste, esperando que numa qualquer onda ele nos dê respostas para tanta inquietude, mas... em vão, ele continua calado como sempre ; não é a ele que compete dar-nos explicações, mas, sim, a nós mesmos; somos nós que, no emaranhado dos riscos, sinais e nomes, temos de encontrar neste nosso mapa da vida o melhor caminho a seguir ; quantas vezes não nos perdemos, quantas vezes não seguimos o errado, mas...há que continuar, pois voltar para trás continua a ser proibido. A vida também tem marés e por isso, procuremos a baixa para melhor desfrutarmos da serenidade das águas. E com este belo poema, amiga desfrutei de um lindo momento. Beijinhos e obrigada
ResponderEliminarEmilia
ResponderEliminarQuerida amiga, gosto muito dos poemas desse livro, como o nome já diz, são de uma claridade que chegam a cegar.
O vocabulário é de quem já sabe de tudo, "decifro", "atentas", "sei"...
Beijo e ótima semana.
Boa tarde, lindo e objectivo é a imagem e o poema, o vento forma as boas dunas e as má também, o vento que passa nunca é igual ao anterior.
ResponderEliminarFeliz semana,
AG
Uma lonjura no tempo na lonjura da viagem na incógnita das vagas.
ResponderEliminar"Longos" os teus poemas, Graça!
Abraço!
Magistral forma de dar corpo ao "desalinho" de tudo o foi e é vida e do rumo que se lhe dá.
ResponderEliminarBjo, poeta!
Belíssimas metáforas.
ResponderEliminarbeijinho
Lindíssima poesia. Relida num dia muito especial para mim.
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