Um calor, quase sede,
amadurou as cerejas
nas bocas festivas,
envoltas em aromas de gula.
Apetece a sede assim adivinhada.
Apetece o hálito espesso
que a língua em seu ceder retém.
Apetece morder. Até ao caroço.
Com os dentes devassos de disfarçar o riso
ou roer as unhas junto aos muros
que amam os vendavais
e a flagrante solidão das borboletas.
Graça Pires
In: CONTINUUM: antologia poética. Pinturas de Luís Liberato, fotografias de Soledade Centeno. Braga: Poética, 2018, p. 117
Poema sublime. Adorei. :))
ResponderEliminarBjos
Votos de um bom dia.
Um bonito poema que aguça espírito e sentidos.
ResponderEliminarBoa semana,Graça.
Beijo
Tela maravilhosa e poesia desse apetecer que até sede parece dar...Linda semana! bjs, chica
ResponderEliminarGostei bastante minha amiga deste belo trabalho poético.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
As palavras são usadas de forma intensa, resultam numa poesia bela! Beijinhos, uma excelente semana :)
ResponderEliminarQuase. Intensidade da incerteza. O que permanece entre o prazer e a satisfação, na ponta da língua. vislumbres do que existe, mas não pode ser visto, na região do insondável.
ResponderEliminarAlta poesia, Graça. Abraço.
A vontade, a ânsia, o desejo... de qualquer coisa... às vezes sem nome...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Os seus poemas são sempre intensos e maravilhosos!
ResponderEliminarBeijo e uma excelente semana.
Bom dia!
ResponderEliminarObrigada pelo carinho. Tem sido um pouco corrido, mas acredito que aos poucos tudo vai se encaixando.
Abraços esmagadores e dias felizes.
Bonito poema, ilustrado por uma excelente fotografia.
ResponderEliminarTemos um novo conto e gostaríamos que nos ajudassem na escolha do título. Convidamos-vos a ler e a votar.
https://contospartilhados.blogspot.com/2018/06/novo-conto-ainda-sem-titulo.html
Uma boa semana para todos.
Saudações literárias!
https://poemasdaminhalma.blogspot.com/
ResponderEliminarBoa tarde, Graça!
"Quase Sede", poema interessantíssimo.
Tanta coisa que ás vezes nos dá azo a morder as unhas,
Tal como as cerejas ou o caroço. Gostei imenso!
Beijo e ótima semana.
Luisa
Me apetecía retomar mis lecturas de tus poemas cuyas palabras se ensartan como las cerezas maduras. Bello y evocaador texto poético.
ResponderEliminarMe despedí hace más de siete meses pensando que mi ausencia no sería tan larga y hoy por fin puedo decir:
"calle cortada por motivos de salud, ya reparada, entrará pronto en servicio. Disculpen las molestias". Así son las cosas.
Ha sido un placer pasar a saludarte.
e assim tão bem dito, apetece mesmo
ResponderEliminaras carnudas cerejas e tudo o que mais se possa trincar
muito bonito, mesmo, Graça!
Boa noite Graça,
ResponderEliminarQue poema tão belo!
Sede que se revela fonte de enorme inspiração na excelente poesia da minha Amiga e enorme Poeta.
A imagem é magnífica .
Beijinhos e boa semana.
Ailime
Olha só como eu fiquei, oh!
ResponderEliminarArrepiadíssimo, amiga.
Beijos e beijos. Com ou sem
caroço.
.
Waounh mas que bonito gostei mt bjs
ResponderEliminarBoa noite, querida amiga Graça!
ResponderEliminar"Apetece a sede assim adivinhada."
Que verso mais lindo!
O poema é um mergulhar no apetecer e saciar... muito bom!
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Graça, poesia absolutamente sensual e maravilhosa. Com a qualidade de tuas poesias. Com os sentimentos de tua poesia. Bela e extremamente envolvente. Parabéns!
ResponderEliminarPoema lindíssimo, com uma fotografia maravilhosa.
ResponderEliminarAdoro fotografia preto e branco.
Boa semana, e um julho só de coisas boas.
Beijos!
Apetece a sede, apetece morder, roemos as unhas esperando um novo poema da Graça para nos comovermos, nos emocionarmos, porque não dizê-lo, nos exaltarmos.
ResponderEliminarBeijo.
Hello Graça,
ResponderEliminarWondeful to read these words.
A nice little story again.
Sweet greetings,
Marco
Viva, cara amiga Graça Pires.
ResponderEliminarApetece dizer
que da "flagrante solidão
das borboletas"
(tão bem)
abrigadas da nortada vigente desabrocham
carnudas também
as cerejas que se dão
encarnadas de sumo
Como sempre, aplaudo a excelência.
Bj.
uM POEMA MUITO DIRIGIDO AOS SENTIDOS....
ResponderEliminarbEIJINHO, AMIGA
Nossa, amiga Graça, este seu poema é de uma excelência luminosa,
ResponderEliminarexuberante de beleza e junto com a fotografia (arte!), nos
hipnotiza com esta arte grandiosa da Poesia!
Adorei, parabéns.
Votos de feliz semana!
Um beijo.
Bom dia, Graça,
ResponderEliminara sede parece ser infindável, pois mistura muitos sentidos,
apetece comer ou roer a fruta até o caroço, quantos sentidos podemos dar a esse poema
cheio de simbologia. Quase sede, a imagem nos mostra uma sede de sentimentos,
que fogem à razão. Bonito. Beijos!
A imagem e a palavra são sequiosas. O poema, no seu todo, é fartura - uma mesa cheia.
ResponderEliminarTão belo e intenso, querida Graça!
Beijo.
è exatamente assim a quase sede de cerejas…
ResponderEliminarUm poema magnífico, Graça.
Que venha um ótimo Julho!
Beijinhos, querida Amiga.
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Boa tarde, lindo "amadurou as cerejas" poema,
ResponderEliminarPara a poeta, continuação de feliz semana,
AG
Olá, Graça,
ResponderEliminarApetecer, verbo para se degustar em qualquer situação. Em particular, neste poema tão bem engendrado em sua moldura e para a inteira satisfação do leitor, que esteja atento ao trabalho de linguagem da poeta.
Um beijo, minha amiga!
"quase sede" que é um verdadeiro festival de cores, odores e sabores
ResponderEliminarque a "poesia é para comer", não é verdade, Graça?
(mais não seja que "no fingimento de dentes devassos de disfarçar o riso"...)
beijo, minha amiga
gostei muito
Graça,
ResponderEliminarencantada
separo essa maravilha
"Um calor, quase sede,
amadurou as cerejas
nas bocas festivas,"(...)
Graça Pires
Bjins
CatiahoAlc.
Gostei de ler. Bjinhos.
ResponderEliminarQue bonito Graça.
ResponderEliminarUm calor calor quase sede, junto da sede dos peixes, penso eu, a que não tem solução.
Mas a solidão das borboletas é um voo sem plano no colorir de céu.
Linda semana Graça.
Um Julho maravilhoso para vocês amiga.
Beijo de paz.
"Um calor, quase sede, amadurou as cerejas..."
ResponderEliminarPoema emocionante que festeja o Verão, pleno de imagens coloridas, aromas e sons que satisfazem os sentidos.
Excelente fotografia.
Beijo
Wow simplesmente lindo!
ResponderEliminarBeijinhos,
O meu reino da noite ~ facebook ~ bloglovin
Do teu Poema vejo princesas
ResponderEliminarcom brincos de cerejas
a passar.
E como são tão belas, fica o desejo
na sede de as fotografar (as cerejas neste Pomar)
Do degustar, só' a Poeta nos pode falar
e fala, neste Poema belo como cerejeiras
carregadas de aromas e cores.
(voltei, no tempo, a trepar...)
Delicioso!
Um beijo, minha cara Amiga Graça
Oi Graça
ResponderEliminarBom te ler,sempre e novamente.
A linguagem portuguesa tem muitas variáveis e isso é empolgante.
'Apetecer'é ótimo aqui já usaríamos o 'desejar'_'Apetece morder' ou 'Desejo morder' e entende´riamos como algo apetecível e desejável.
Obrigada pelo poema tão delicioso e apetecível.
Beijo, Graça
R. Muito obrigada pela visita!
ResponderEliminarBeijinhos,
O meu reino da noite ~ facebook ~ bloglovin
OI GRAÇA!
ResponderEliminarJÁ DEVO TER TE DITO MUITAS VEZES QUE ADORO TUA FORMA DE ESCREVER POIS, CADA TEXTO É UM DESAFIO E AO MESMO TEMPO NOS DÁS A LIBERDADE DE COMO NESTE, SENTIR A SEDE QUE QUISERMOS OU QUE NA VERDADE ESTEJAMOS SENTINDO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
ResponderEliminarFoto e poema que nos levam a imaginar e refletir bastante...
A sede é universal e precisamos da Fonte de Água Viva, dia após dia...
O meu carinho
Querida Poetisa, gRAÇA pIRES !
ResponderEliminarQue sutil descrição de uma sede, abastecida
da farta e artística imaginação literária.
Parabéns !
Um ótimo final de semana e um carinhoso
abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
ResponderEliminarTudo apetece neste poema. Do calor aos aromas,
das apetitosas cerejas à doçura das palavras, que quase
apetece degustá-las.
Uma sede de tudo, de nada, de qualquer coisa,
de algo que nos faça viver a vida como ela merece.
Muito obrigada, querida Graça, por este tão
belo poema.
Beijinhos
Olinda
Boa noite
ResponderEliminargostei do poema
tudo do melhor
abraço
Maria Alice
https://www.mariaalicecerqueira.com.br/
Excelente, como sempre.
ResponderEliminarPoesia que se morde, até ao caroço...
Amiga Graça, bom fim de semana.
Beijo.
Estamos numa época propicia, tanto para borboletas, como para cerejas. Amabas não demorarão em abandonar-nos!
ResponderEliminarMas aquilo que tão bem escreves não. Gostei desse modo tão teu de empregar a metáfora, que subtileza!
Abraços de vida, querida amiga
Nossa! Coisa mais linda! ;)
ResponderEliminarbeijos
https://ludantasmusica.blogspot.com
Um poema que transmite um calor que aquece o coração de quem lê. Lindo!
ResponderEliminarUm ótimo final de semana.
Beijinhos.
Olá Graça querida
ResponderEliminarLindo poema, muito gostoso de ler.
Beijos e um domingo maravilhoso.
Ani
Olá Graça!
ResponderEliminarVersos sensuais que primeiro se estranham e depois se entranham.
Isto porque não me lembro de ter lido um poema seu em que sensualidade escorra de cada verso.
Poema belíssimo, querida amiga.
Beijo.
Gracias por el paso por el blog, ya sabes que significa mucho las visitas y comentarios en nuestro blog.
ResponderEliminarBesos
Belíssima... esta sede de vida... que se saboreia nesta deliciosa inspiração...
ResponderEliminarSimplesmente sublime, Graça!... De facto, um momento poético, para se apreciar... até ao caroço... e que me fará procurar, por imagens de cerejas... para qualquer dia, o destacar no meu canto, quando voltar... :-)
Um beijinho grande! Bom fim de semana!
Ana
Viver a vida, é ter esta sede.Tão lindo, tao cheio.
ResponderEliminarAdorei.
Abraço e brisas doces **
Oi gente,
ResponderEliminarEstou a pedir uma ajuda, para realizar um sonho meu, peço que por favor, entrem e leiam ... apenas leiam.
http://www.vakinha.com.br/vaquinha/um-sonho-samanda-ines-dos-santos-silva
Desculpe Graça pirez, por usar este seu espaço, estou a divulgar e sei que você pode me ajudar. És uma artista brilhante e peço a sua ajuda também para a divulgação .
Linda, esta solidão.
ResponderEliminarNão sei se a solidão poderá ser linda: talvez quando for uma escolha de borboleta livre!
Beijos.
Jaime
O poema é muito bonito, de uma profundidade boa de nela se afundar, e a imagem é muito bonita também. Espero que estejas bem e que tenhas um bom ano novo, Graça, um abraço.
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