![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHf3jHkMlP13QVdTndGa4Y5VYFBhNyTNsLbcDf2wt0u0noz4Dbg3lKtgCFJKZDAK3tZl5mY1ors_BTnKsLfWltk_zPTgb3KZN0gagPBphbpskU5DvngpkvvjkMu5YFx5QCtlcY/s640/Bea+Danckaert.bmp)
De rosto em rosto, a caligrafia do amor
implorou a memória das palavras encantadas
e, como se houvesse uma linguagem
de atravessar o tempo, acenderam,
sobre os dias, constelações sonoras.
Mas eu, que não adiro aos calendários,
nem acredito em vogais prometidas,
eu parti, de punhos febris,
enlaçando nos braços
um futuro marginal a qualquer lógica.
A posse da noite, onde me quero lua
implorou a memória das palavras encantadas
e, como se houvesse uma linguagem
de atravessar o tempo, acenderam,
sobre os dias, constelações sonoras.
Mas eu, que não adiro aos calendários,
nem acredito em vogais prometidas,
eu parti, de punhos febris,
enlaçando nos braços
um futuro marginal a qualquer lógica.
A posse da noite, onde me quero lua
em todas as fases, leva-me a glosar os medos
num novelo de rimas imperfeitas.
A cidade tem pombas
A cidade tem pombas
que me perseguem sem eu dar por isso.
Tenho um aqueduto modelado nos olhos
e um dilúvio vermelho no desenho do peito.
Graça Pires
Tenho um aqueduto modelado nos olhos
e um dilúvio vermelho no desenho do peito.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
1 comentário:
Conseils tres interessants. A quand la suite?
Enviar um comentário